Capítulo 31 | Descobertas

Sem medo de faíscas
A faca gira com o pensamento
De não atender às expectativas
Assustado pela mordida
Embora ela não seja pior que o latido

505 | Arctic Monkeys

Sentia braços firmes me segurando. Todo meu corpo estava inerte, o cansaço e sono me dominando. Mal consegui abrir os olhos, nem tentei o fazer.

    — Escapou de mim apenas hoje, Magan. — Reconheci a voz de Derek, mas não o respondi, o único movimento que fiz foi me aconchegar mais ao seu pescoço enquanto sentia seu corpo se movimentando. — Apenas hoje, diaba.

    Eu estaria rindo, se tivesse forças.

    Algum tempo depois ele me depositou em algum lugar aconchegante e quente. Permaneci levemente adormecida, mas, antes que o sono me levasse por completo, eu ouvi sua voz distante.

    — Está entrando em meu sistema. — Um suspiro. — Está cruzando a linha, Thompson.

    Não tive tempo de raciocinar as palavras, Morfeu me abdicou antes que eu o fizesse.

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Despertei com lentidão. Antes de abrir os olhos, senti braços ao meu entorno, meu rosto estava sobre algo quente que batia em um ritmo compassado. Vislumbrei Mitchell quando abri os olhos, adormecido ao meu lado, o rosto perfeito totalmente sereno.

    Ainda era noite, vi.

    Suspirando, fechei os olhos.

Pisquei ao compasso que a luz da manhã invadia minha visão. Fitei por alto o quarto de Derek — mesmo não sendo a primeira vez que estava aqui.

    Apertei minha testa, tentando lembrar de algo, mas a única coisa que consegui ver com clareza foi a despedida com meus amigos após a noite regada à dança e drinks. Depois disso tudo era um borrão, então supus que o sono fosse o responsável. Não precisei olhar para o lado para saber que estava sozinha, isso sempre acontecia quando eu dormia aqui, com exceção da primeira vez. Eu não sabia nem por que estava nesse quarto, na verdade.

    Observando as paredes de vidro com cortinas negras, levantei-me, constatando depois que usava uma camiseta cinza que não era minha e não o meu vestido. Dei de ombros. Era confortável.

    Desloquei-me até a sacada, coloquei minha cabeça contra o vidro gelado e fechei os olhos.

    "Por quê?!"

    "Não reconheço mais você totalmente"

    As falas de Jack ecoavam e ecoavam em minha cabeça de tempos em tempos. E ele não havia dito que era tal coisa, mas todos os dias eu me pegava pensando no quão egoísta e baixa fui, e não apenas com ele. Um dia eu queria poder explicar para ele que aquela garota que saiu do Texas tinha sido derrotada em uma sela escura e podre, que sua irmã era agora uma pessoa diferente e falha.

    Suspirei.

    — Não me odeie — pedi baixinho olhando para o grande jardim, como se, de certa forma, ele pudesse me ouvir e eu pudesse ir ao seu encontro, para ouvi-lo dizer que me entendia.

    Balançando a cabeça e reorganizando os pensamentos, me afastei do vidro e decidi sair dali.

    O quarto de Derek era muito grande e seguia uma decoração obscura, tomada por móveis negros e alguns cinzas. A cama era enorme, bem mais que a do quarto onde eu ficava. O que havia me chamado a atenção foi um enorme quadro que estava acima da mesma. Rabiscos violentos e negros juntos e dispersos em uma confusão de formas davam moldura a traços laterais da silhueta de uma pessoa ajoelhada, aparentemente desfalecida e derrotada. A confusão de tinta fazia visíveis os traços frontais das pernas, joelhos, coxa, braços. Mas a cabeça e tronco eram os únicos pontos irreconhecíveis. Uma confusão desesperada.

   Tive uma visão de pertencimento. Senti aquela agonia que o artista transpareceu de forma tão crua. Mordaz aos olhos.

    Movi a visão dali e, antes que chegasse até a saída do quarto, a porta aberta do closet me chamou a atenção. Deixou-me curiosa.

    Levei um susto quando, ao colocar um pé dentro do espaçoso lugar, as poucas luzes acima de mim e as das laterais dos móveis ascenderam automaticamente.

    A primeira coisa que pude notar foi a vasta quantidade de ternos escuros e camisas brancas. Todos perfeitamente alinhados em cabides de metal. Na parte de baixo do lado esquerdo haviam diversos sapatos elegantes e em cima várias gavetas onde, após abrir as mesmas, achei acessórios, como relógios, cintos e gravatas. Os compartimentos eram muito altos, todos abertos ou com gavetas e divisórias. Mas uma porta no meio de um no lado direito me chamou a atenção, e estava entreaberta, apesar de ter um quadro digital perto da maçaneta de prata. Intrigada, me vi indo até ela.

    Aquilo não era um compartimento de roupas ou assessórios, mas, sim, uma porta de verdade, mesmo que pequena, o interior escuro.

    E, apesar de hesitante, entrei dentro daquele breu.

    Parecia um corredor, e estava unicamente iluminado pela porta atrás de mim que estava entreaberta. No entanto, após andar pouco mais que um metro e meio, as luzes voltaram.

    Mas não foi o sistema de luz que me assustou dessa vez. Foi o que havia ali dentro.

    Armas.

    E mais armas.

    De todos os tipos.

    Engoli em seco.

    Era uma sala pequena, mas as paredes eram completamente cobertas por armas grandes, pequenas, negras, prateadas, além de adagas e outras coisas que eu não sabia para o que serviam.

    Tudo era letal. Implacavelmente letal e mortífero.

    Por que isso está aqui?

    Perdida e confusa, toquei em uma pistola que estava na parede de frente para mim. O metal liso e frio sob minha mão. Fechei os olhos ao lembrar da última vez que tive uma sob meus dedos. No que fiz. Confirmando que estava travada, retirei o pente sem demora, assim como papai havia ensinado a mim e Jack anos atrás, e percebi que estava carregada. Os projéteis dourados reluzindo sob a luz fraca.

    — Eu deveria perguntar como e o por que você está aqui. — A voz mansa atrás de mim me fez pular em sobressalto, quase derrubando no chão o objeto que eu segurava. — Mas o que realmente quero saber é como você sabe lidar com isso. — Olhou para minhas mãos.

    — Que merda, Derek — ralhei, sentindo meu coração saltar pelo susto. — Quer me matar da porra do coração, inferno?

    — É você quem está armada, não eu.

    Fechei os olhos e suspirei. Abri novamente e fitei o homem diante de mim. Derek estava encostado na parede. As mechas de seu cabelo eram uma confusão, uma inclusive caía sobre sua testa e olhos. Ele estava sem camisa, o corpo tão musculoso suado, os braços cruzados sobre o peito definido. Havia uma toalhinha branca sobre seu ombro. Provavelmente estava fazendo exercícios, isso era integrando na rotina dele.

    — Por que você tem tantas dessas coisas aqui? — Minha voz era um sopro.

    — Por que você sabe manusear uma pistola?

    Olhei para minhas mãos, franzindo o cenho.

    — Não gastei toda minha adolescência com brincadeiras e cartinhas de amor. — Dei de ombros.

    — Interessante — pontuou, olhando-me silenciosamente. — Tem boa mira?

    Ri de lado ao recarregar a pistola e estender em sua direção.

    — Quer descobrir? Acho que consigo acertar seu olho.

    Então ele riu. Sim, Derek realmente riu em minha direção. Os dentes alinhados e brancos visíveis. Nunca tinha visto ele fazer tal coisa. E o sorriso era... lindo.

    — Seria interessante, mas não hoje. — Fitou seu arsenal. — E, sobre isso, não há muito o que dizer. Alguns colecionam relógios, eu coleciono armas.

    — Então é isso? Essas coisas são brinquedos para você? — Elas significam dor e caos, pensei.

    — Estão longe de ser brinquedos, Mag, elas apenas são necessárias.

    — Por que necessárias? O que você faz de verdade? — expressei minhas dúvidas internas. Estava farta de ficar no escuro. — O que você é?

    — Você sabe o que sou. — Foi breve.

    — Tudo o que sei é um título, promessas e agora... isso. — Apontei ao nosso redor.

    — Saber quem sou é arriscado. Isso já é o suficiente.

    — Não para mim. Talvez eu pareça uma idiota, mas não a esse ponto. Quero a verdade. E não me venha com isso de segurança, o perigo é meu companheiro desde que fui pega naquela boate há meses atrás. — Seu olhar de safira me mediu, e imaginei e torci para que ele estivesse ponderando se o faria ou não.

    — Sou líder de uma organização criminosa.

    Engoli em seco de novo.

    — Um gangster ou algo assim?

    Negou com um manear de cabeça. Mitchell se aproximou de mim e tirou o metal frio de minha posse. Observei-o, esperando.

    — Não mais — iniciou, analisando-me. — Vai muito além que isso, talvez você não entenda. É muito complexo.

    — Não vou entender se não souber de nada.

    — Em resumo, produzo e vendo mercadorias ilícitas no país e no mundo. Drogas, armamento, munição, serviços e outras coisas ilegais. — Não quis descobrir o teor desses serviços. — Tudo é oculto e encoberto. As empresas me auxiliam nisso, em parte. O filantropo máscara um líder de máfia. — Abriu o jogo. Aquilo dizia muito sobre sua índole.

    — Então você também vende pessoas? — Havia um nó em minha garganta que me deixava engasgada, o ar se tornou escasso.

    — Não. — Seu pomo de Adão se moveu quando ele engoliu em seco, inexpressivo. — Aquela foi minha primeira e única negociação com tráfico humano, não lido com isso.

    — Estou surpresa por não estar surpresa. — Fui sincera. — Talvez eu já esperasse por isso, por você ser um criminoso ou por algo bem pior, não sei. Mas, ainda assim, estou tendo ciência de que você propaga destruição, Derek. Seus negócios... essas ações destroem com a vida de diversas pessoas.

    Derek suspirou e me deu as costas, as mãos nos bolsos enquanto analisava seu armamento.

    — Escolhas e consequências regem e moldam o mundo, Magan. Um viciado comprar uma carreira de pó pode ser uma consequência de minhas escolhas, mas ele ingerir aquilo não é uma escolha minha. Assim também acontece com as outras coisas. — Apoiou-se com as mãos sobre uma mesa escura no canto da sala. — Não sou eu quem aperta todos os gatilhos.

    — Está se isentando da culpa?

    — Não — disse, ainda sem me encarar. — Estou dizendo que não sou responsável por todas as merdas do mundo. — Sua voz era severa e impaciente.

    Fiquei em silêncio, absorvendo tudo, processando as informações que ele acabara de proferir.

    Eu era "casada" com um mafioso. E o pior era que eu nem conseguia imaginar o quão mais fodida ficava minha situação.

    — Dante e Jacob... eles...

    — Não cabe a mim responder isso. — Não persisti na indagação, entendia o ponto.

    O silêncio se estalou naquele compartimento pequeno. Eu não sabia o que dizer, estava à deriva perante as descobertas. Só pude fitá-lo. Ou fitar suas costas, na verdade.

    — Você tem uma tatuagem — disse aos notar um traço negro e pequeno abaixo de seu pescoço. Nunca tinha percebido antes.

    — Só vi você aleatória assim quando estava bêbada — respondeu ao rir baixo e lentamente. Decidi não falar sobre aquela ocasião catastrófica. — Pensei que já tinha visto antes. — Referiu-se à tatuagem.

    Aproximei-me de suas costas já não mais suadas pelos exercícios e toquei os escritos cravados em sua pele bronzeada. Havia uma pequena caveira acima do texto.

m o m e n t o
m o r i

    — Não tinha percebido, quem fode por trás aqui é você, não eu. — Seu corpo tremulou em um novo riso. — O que significa? — Passei os dedos sobre sua pele, contornando a caveira.

    — É uma expressão latina — falou depois de um tempo. — Significa algo como "lembre-se de que é mortal", "lembre-se que você também pode morrer".

    Era tão mórbido, mas, também, tão ele.

    — Poético demais para você.

    — Realista, na verdade — contornou. — A morte não é temida por mim, é um apenas uma realidade irremediável e elaborada.

    Frio. Tão frio.

    Resetei os significados contorcidos que queriam me assolar com sua observação. Derek era intenso e abrasador demais, só que, no entanto, também era muito... vago. Era um paradoxo ambulante que eu não conseguia entender mesmo que me esforçasse para isso.

    Ele se voltou para mim, erguendo-se. Fiquei minúscula diante de seus quase dois metros.

    — Você não está me xingando ou pregando o quão verme sou como imaginei que fizesse ao descobrir tudo. — Sua mão ergueu meu queixo, um pequeno contato.

    — Eu já sabia que você era alguma coisa do tipo, só estou descobrindo a classe — repeti. O tom irônico não passou despercebido por ele. — Acredite, eu fiquei bem mais puta ao ouvir você ameaçando minha família e meus amigos. Isso ainda me deixa puta.

    — Você assim é um perigo, Magan. — Estava próximo demais.

    Cheguei mais perto dele, sentindo seu cheiro masculino. Após ele se abaixar o suficiente, colei minha testa à sua, minha mão em seu maxilar, sentindo sua barba rala.

    — O que eu sou? — murmurei de olhos fechados, acho que minha mão tremia. — O que eu sou por não me afastar de você? Você, que é tão tóxico.

    — Entrar em meu meio atro não fará de você um monstro. É boa demais para isso, Magan. — As palavras eram proferidas de forma baixa e lentamente cortante. — Como se ofuscasse qualquer inferno.

— E então? — Encarei Muller.

    Havia vindo em sua cobertura, no centro de Manhattan, após sua recente ligação onde ele dizia ter em mãos novas informações sobre o atentado no galpão.

    Era uma notícia propícia para o momento conturbado. Minha conversa com Magan tinha sido inesperada e tensa. Ela reagiu de maneira amena, se comparado ao surto que imaginei que teria. No entanto, sabia que ainda seria um choque, principalmente com as diversas guerras internas que teria ao absorver tudo. Não tinha planejado contar para ela de forma antecipada, mas a oportunidade se fez notória.

    — Não é a resolução de tudo, mas, ainda assim, é algo — estendeu uma pasta cinza em minha direção após dizer.

    Inclinei-me sobre o sofá e peguei os arquivos. Abri e passei as páginas uniformes, mas ali só havia números e mais números. Não, na verdade pareciam...

    — Códigos. Apenas códigos. — Ouvi sua voz, ainda analisando aquele sistema caoticamente organizado. — Analisei eu mesmo as câmeras de lá e acabei achando plugs nas que faziam um caminho pela saída externa, até as salas afetadas. As imagens estavam sendo repetidas, isso explica o fato de nada ter sido registrado, por isso, a princípio, achamos que nosso Cavalo de Troia tinha feito o estrago internamente, mas decidi não me prender a isso. Como disse a você após a análise do que sobrou da cena do atentado, não havia indícios de nada que nos levasse a algum lugar, além da digital quase parcial e desconhecida encontrada na lataria de uma máquina próxima aonde a bomba foi implantada. — Já sabia disso há um par de semanas, e isso não me deixou sossegado, pelo contrário, estava tenso por saber tão pouco. — Tenho todas as informações dos homens que entravam naquela sala, de todos os homens que pisaram naquele galpão no dia da explosão. — Cruzou a perna enquanto sentado na poltrona próxima a mim. Ainda usava seu terno alinhado, de certo havia vindo diretamente da empresa para cá. — Nenhuma digital bateu com essa, nenhum resquício de semelhança mesmo para algo imparcial. Ir até meus contatos foi o próximo passo. E foi então que descobri algo.

    — Sólido? — indaguei, largando os papéis sobre o sofá após analisá-los.

    — A pessoa que implantou a bomba não existe. — O rosto duro estava inexpressivo. Aquilo só podia ser uma fodida piada sádica de Dante, seria o mais sensato a se pensar. — Após falar com três pessoas diferentes e ter retornos falhos sobre a informação, recebi uma resposta. O contato fuçou e escavou a fundo o sistema do governo e encontrou isso. Apenas códigos, dezenas de codinomes e uma ficha vazia. A digital foi prejudicada pelos resquícios da explosão, mas, com uma reconstrução minuciosa, prova-se ser a mesma.

    — Se há uma ficha, mesmo que vaga, por que diz que o suspeito não existe?

    — Todos os dados desse indivíduo foram apagados. Nome, nacionalidade, ficha criminal. Não temos nem um rosto, Derek. Sequer imagino o motivo dessas poucas informações que temos ainda existirem, mesmo que tão camuflados, tudo foi excluído, com exceção disso — disse. — Só há um tipo de pessoa que pode ter tal regalia.

    Esperei que continuasse.

    "No exército soldados se destacam, geralmente franco-atiradores. Não só pelas habilidades em campo, mas por serem literalmente armas perigosas e valiosas demais para o governo perder para centros de reabilitação para veteranos com mentes fodidas, ou para uma vida de crimes como mercenários nômades. — Pessoas como ele mesmo. — Governantes possuem obstáculos, os bastardos sempre têm muita merda para ser limpa. Então eles pegam esses escolhidos a dedo, a elite fodida e doente, e oferecem acordos. Vidas são a moeda de troca. Dentre esses acordos há esse tipo de regalia, o esquecimento. Essas pessoas se tornam fantasmas, assassinos sem rosto, inalcançáveis. — Eu já tinha uma vaga noção daquele sistema obscuro.

    — Não é provável que o governo tenha dedo nesses atentados. Não é o modus operandi, geralmente as execuções são precisas. Se eu fosse uma mira dele meu primeiro contato com esse cara seria um projétil .50 na testa, não uma explosão. Isso parece mais um aviso. Além disso, o roubo de cargas não se encaixa nessa merda.

    — Foi o que também pensei. Então isso nos leva a outro cominho. Você é o elemento desse cara, mas por contrato de outra pessoa, já que esses bastardos não servem apenas a políticos, e uma que quer sua ruína, e não apenas sua morte. O que fode tudo é o fato de parecer impossível chegar até ela quando a única pista que temos é um assassino que não existe.

    — Esses códigos, há uma maneira de descobrirmos mais por meio deles?

    — Não está a meu alcance, nem da pessoa que os achou. — Ele suspirou e, parecendo ponderar algo, iniciou: — Mas há alguém... Conheço alguém semelhante a ele, e que poderia nos dar respostas mais precisas sobre. O complexo é fazer que nos dê essas respostas.

    — Pague o que for preciso para isso, negocie com esse homem e lhe ofereça até o inferno se necessário. Traga-o até nós e faça que cace esse verme.

    Um indício de riso arrogante e macabro se apoderou do rosto de Muller, então ele balançou a cabeça em negação.

    — Esse homem, como você diz, está se fodendo para o dinheiro. Se não fosse de seu interesse e se achasse que não merecia sua atenção, iria negar até a América se você lhe oferecesse. Mas isso não significa que seja impossível. Vou transmitir a situação, ter suas habilidades de elite aqui seria fodidamente útil para o progresso dessa investigação. — Ver Dante se referir a alguém assim, considerando que ele era um dos homens mais perigosos e implacáveis que eu conhecia, havia me deixando curioso para conhecer esse sujeito. — Até lá, sugiro que aumente sua segurança pessoal, assim como nos complexos.

    — Isso já estava sendo providenciado há algum tempo.

    — Também proteja seu ponto fraco, Mitchell. — Não esboçou nada ao jogar a insinuação. — À essa altura acredito que já seja de conhecimento deles que o Diabo possui um calcanhar de Aquiles. E, você sabe, eles irão atacar sem piedade onde mais dói.

    Estarão mortos antes.

NOTAS

Cavalo de Tróia: a expressão Cavalo de Troia, oriunda do relato histórico Odisseia, é popularmente utilizada para referir-se a um artifício astuto, um ardil para enganar o outro e conseguir aquilo que se deseja. Nesse caso, o Cavalo de Tróia o qual Dante se refere é o traidor que ainda está entre eles. 

Hey, baby's!

gostaram do capítulo? atrasou um pouco, mas, enfim, acontece kajkajkjkka

 a autora ama uma dose de ação, ansiosas pra ver o fogo no parquinho? confesso que até fiquei curiosa pra conhecer esse contato do Dante.

sei que vocês queriam mais de derek e mag e fico feliz em saber disso, pois significa que gostam da história, e por isso estou mantendo uma média maior de palavras, para compensar o intervalo entre as postagens. queria poder aumentar o número de postagens, mas infelizmente não consigo.

até o próximo o/ ...e deixem comentários e estrelinhas, adoro interagir com vocês.

©K. Lacerda

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