8. Petite erreur
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Bem Yoongi salvou Jimin e ficou devendo um favor a ele. Mas Jungkook não gostou de Jimin ter revelado o nome a um assassino.
Capítulo tenso. ⚠️
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BUSAN, COREIA DO SUL
2017
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– É tão bom estar em casa. – Jimin tem as janelas abertas, deixando o ar quente da primavera entrar pela janela. Ele está nu, apenas um lençol fino pendurado na cintura.
– Casa é onde você estiver. – Jungkook sussurra em sua pele, sua boca pressionando beijos na espinha. – Eu gostaria que pudéssemos ficar aqui mais tempo.
– Mas o dever chama. – Jimin muda, sentindo-se quente e seguro no abraço de Jungkook. – Seokjin-ssi está esperando você em Amsterdã, e eu tenho um avião para Londres.
Jungkook faz o possível para combater o cenho franzido; ele está quase agradecido por Jimin ter tirado os óculos e não estar de frente para ele.
– E se eu conseguir uma passagem de avião para Amsterdã?
Jimin sorri, recostando-se no abraço de Jungkook.
– Você pode me conseguir uma passagem de Londres para Amsterdã. O trabalho só vai durar alguns dias. Então eu poderia te encontrar.
– Não há nada que eu possa dizer para convencê-lo a deixar este trabalho? – Jungkook sabe que ele provavelmente está deixando Jimin louco por isso, mas ele não pode evitar. Ele viu a última oferta que Kubaek estendeu no caminho de Jimin, e havia zeros suficientes para atrair o interesse de seu amante.
Jimin cantarola.
– Nenhum bebê. Não dessa vez.
– E se eu lhe desse o dinheiro? – Jungkook sugere. – Se você quer uma pontuação, então eu pago. Vou depositar o dinheiro em sua conta agora mesmo, se isso significa que eu tenho você só para mim. Por favor.
O mais velho suspira suavemente, virando-se para empurrar Jungkook de volta para o colchão para que ele possa subir em cima dele, montando seus quadris.
– Jungkookie. – Jimin estala. – É um trabalho tão fácil. Tão fácil que quase será chato. E quando eu terminar com as melhores notas, Kubaek confiará em mim o suficiente para começar a me dar mais empregos como este. – Ele beija seu amante, fazendo carinho nele. – Apenas quatro dias, bebê. Quatro dias que ficaremos separado. Então estaremos de mãos dadas pelos canais de Amsterdã.
– Eu sei que sou egoísta. – Jungkook admite. – Eu sei disso, mas ainda não quero que você vá. – Sua mão encontra a de Jimin, envolvendo-a com a maior. – Às vezes acho que te peguei... mas depois percebo que não estou nem perto.
Jimin ri, inclinando a cabeça.
– Como assim, baby? Eu te disse que você me pegou. Eu sou seu.
– Você vai trabalhar para Seokjin hyung? – O mais novo sussurra. – Você nunca vai se acalmar? Se contentar comigo? – Jungkook balança a cabeça. – Deixa pra lá. Não responda a isso. – Ele não acha que aguenta ouvir a resposta, porque sabe que não será a que ele quer ouvir. Ele prometeu a Jimin que não tentaria diminuir o brilho, que o deixaria voar tão alto e até onde suas asas o levariam. Mesmo que isso o assuste, mesmo que ele esteja mais feliz quando Jimin está ao seu lado, Jungkook sabe que precisa deixá-lo ir embora.
Jimin franziu a testa antes de suspirar, segurando o rosto do garoto com as duas mãos.
– Estar com você não é resolver, Jeon Jungkook. Você é todas minhas fantasias mais loucas reunida em uma pessoa. – Ele franze os lábios, não querendo dar a Jungkook uma resposta que irá amortecer seu espírito. Então ele passa o polegar sobre os lábios de Jungkook antes de pressionar um beijo suave lá. – Nem pense por um segundo que só porque eu vou não significa que não voltarei para casa para você. Você disse que o lar é onde eu estou. Agora você tem que acreditar que eu sinto exatamente o mesmo. Você tem que confiar em mim.
– OK. –Jungkook se afasta dele, olhando para o teto. – Apenas fique seguro; é tudo o que posso lhe pedir.
– Claro. – Jimin deita contra seu peito, gentilmente desenhando padrões contra sua pele com a ponta do dedo. – Não é nem um desses tipos de missões. Estamos atrás de artefatos de valor inestimável, não uma pessoa. Estarei de volta em seus braços em pouco tempo. Apenas tenha fé em mim, baby. – Ele dá um selinho nos lábios de Jungkook e se aconchega nele.
– A que horas é o seu voo?
– Não até à noite. – Jimin sorri.
– Deixe-me fazer... – Jungkook se contorce, lambendo os lábios. – Deixe-me ficar com você... só mais uma vez.
Jimin está feliz em rastejar para cima de Jungkook, ansioso para fazer o mais novo saber o quanto ele sentirá sua falta, e o que ele tem que esperar quando voltar.
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LONDRES, INGLATERRA
2017
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– Você está indo para o lado errado. – Jimin diz exasperado, observando o homem pelo seu laptop do seu poleiro em uma van estacionada fora do Museu Britânico, tendo que segurar seu suspiro frustrado enquanto seu suposto 'parceiro' continua ignorando suas instruções. Ele pensa em Jungkook, em como seu divertido namorado ficaria ao vê-lo praticamente a ponto de arrancar seus cabelos por não ser levado a sério. Ele prometeu a Jungkook que essa seria uma missão fácil, e teria sido, se esse homem pudesse ouvir.
"Você está brincando comigo, porra", ele pensa consigo mesmo enquanto o agente se aproxima da exposição 'Ancient Relics of Asia'. "Seu idiota", ele amaldiçoa em sua cabeça, já sentindo a dor de cabeça chegando.
– Águia, entre. Águia. Você está literalmente indo na direção oposta que deveria. – Jimin fala através das comunicações, antes dele simplesmente decidir abandonar qualquer pretensão de ser profissional. – Pare de brincar, Woodong! Você está se aproximando de mais pessoas, o que significa mais guardas de segurança, porque você está indo para a porra da exposição. Não posso guiá-lo se você não escutar.
Mais alguns minutos tensos se passaram e ele observa Woodong esgueirando pelo museu. Mas, de repente, a imagem da câmera escurece.
– Eu perdi a imagem de você, Woodong. – Jimin luta para recuperar a imagem de vídeo, mas fica aquém. – Woodong, você desativou seu feed de vídeo. Restabeleça o link para que eu possa ajudá-lo. Eu não posso te ver na CCTV, se você estiver nos dutos de ar. Woodong...
Um pequeno sinal sonoro é emitido e Jimin percebe que o áudio também foi desativado.
– Maldição. – Ele bufa, pegando o seu da orelha e jogando-o contra a janela. – Idiota. Você não pode fazer essa missão sozinho. Duvido que você possa ler um mapa. – Ele reclama em voz alta, se perguntando se Kubaek ainda lhe enviará algum dinheiro quando essa missão inevitavelmente explodir em seus rostos, porque não há absolutamente nenhuma maneira deles conseguirem roubar se não puderem nem mesmo falar um com o outro.
Segundos depois de Woodong ficar completamente escuro, os instintos de Jimin - os mesmos instintos em que ele confiava tantas vezes no passado para guiá-lo na direção certa - estão gritando com ele que algo está errado, muito errado.
Ele conhece o plano. Ele e Woodong repassaram o plano várias vezes, examinando cada pequeno detalhe, para que isso pareça um erro. E também não parece uma tentativa imprudente de bloquear Jimin para que ele possa ter todo o lucro para si.
Não... algo não está certo.
– Droga. – Jimin murmura, abrindo outro laptop e digitando furiosamente, invadindo o sistema de segurança do museu e puxando imagens de câmera de backup, folheando-os para tentar ter uma idéia de algo, qualquer coisa que pudesse levá-lo a descobrir exatamente onde Woodong está e o que está fazendo. As comunicações permanecem assustadoramente silenciosas.
Ele não vê nada; ele sabia que não o faria se Woodong já tivesse subido nos dutos de ar, mas ele precisava tentar. O tempo parece passar em câmera lenta, e Jimin se sente incrivelmente sozinho, sentado em sua van, esperando por algum tipo de sinal.
Poucos minutos depois, um lampejo de movimento chama a atenção em uma das imagens, e ele vê Woodong descer do teto, movendo-se rapidamente em direção à entrada.
– Finalmente. – Ele suspira, imediatamente invadindo o mainframe do museu e limpando o CCTV para que ninguém saiba quem realmente estava lá dentro. Ele decide amaldiçoar Woodong quando ele voltar para a van em segurança, mas a contagem regressiva se engaja na bomba e Jimin entra em hiperdrive.
– Porra. – Ele amaldiçoa, imaginando como diabos Woodong conseguiu acionar acidentalmente a bomba quando ele não estava nem perto da posição correta dentro do prédio. – Você tem sorte que essa coisa é eletrônica. – Ele resmunga, digitando furiosamente os códigos de acesso para desativá-lo.
Mas nada acontece.
Os segundos continuam a diminuir terrivelmente, e Jimin olha para a tela na maior confusão.
Ele era quem deveria ativar a bomba, não Woodong. E, mesmo que o outro o tenha acionado por engano, ele deveria ter conseguido cancelar o comando daqui. Ele era literalmente quem estava no controle dessa operação; seu código de acesso deveria ter cancelado qualquer outro.
A contagem regressiva ainda está acontecendo quando a porta se abre e Woodong entra na van.
– Finalmente, porra. – Jimin geme, batendo em Woodong. – Rápido, não temos muito tempo. Algo está errado com o seu explosivo. Kubaek tem um código ou algo que eu não conheço? Temos que impedir que ela exploda, você colocou muito perto da exposição.
Woodong passa por Jimin, ignorando-o completamente enquanto tira suas luvas.
– Cale-se. Quão rápido você pode invadir a infraestrutura da cidade para tirar as luzes verdes e nos tirar rapidamente daqui? – O homem mais velho entra na frente da van, mexendo nas chaves no bolso.
Jimin corre atrás dele, sentindo suas mãos começarem a tremer.
– Do que você está falando? Woodong, há pessoas nessa exposição! Por que não posso desarmar a bomba?
Woodong não responde, e Jimin fica mais frenético.
– Porra, me responda! Por que não posso desarmar a bomba!?
– Está tudo bem, garoto. Apenas deixe ir.
– Deixe ir?! – Os olhos de Jimin voam para a contagem regressiva, o tempo lenta mas seguramente se esgotando. – Escute, idiota. Você pode concordar em queimar uma ponte em Kubaek, mas eu não. Devemos roubar as malditas relíquias, e não podemos fazer isso se uma bomba as explodir em um milhão de pequenos pedaços. Me dê o maldito código para que eu possa impedir que ela seja detonada. Vamos nos reagrupar e voltar; tentar novamente. Não estrague tudo para nós dois.
– Basta fazer o que eu pedi e parar de fazer perguntas.
– Não, foda-se! Você ficou escuro; desativou seus feeds de vídeo e áudio. Você foi quem estragou esta missão, agora conserte-a. A bomba deveria ser colocada longe da exposição... ninguém deveria se machucar, era uma diversão. Você a coloca muito perto e vai causar uma tempestade de merda em nossas duas cabeças. Se houver vítimas, haverá mais escrutínio... seja esperto! É seu explosivo, então me diga a porra do código!
Quando ele ainda não obtém resposta, Jimin toma o assunto em suas próprias mãos, o pânico correndo quente e elétrico por suas veias. Ele volta para a configuração na traseira da van, deslizando-se no banco e digitando furiosamente, tentando pensar em qualquer coisa, qualquer coisa que ele possa fazer para impedir a explosão da bomba.
Ele não vai deixar tudo isso desmoronar. Ele não vai deixar que algum idiota com um grande ego estrague tudo para ele... torná-lo alguém cúmplice do assassinato de inocentes, da destruição de artefatos de valor inestimável. Isso é terrorismo, não o inofensivo roubo pelo qual ele se inscreveu.
– Jimin. – vem uma voz fria da frente da van. – O que você está fazendo?
Jimin não responde, muito focado em invadir as salvaguardas de Woodong. Ele tem noventa segundos e planeja usar cada um deles com eficiência.
Aos sessenta segundos, ele decide, vai invadir o sistema de proteção de emergência do prédio e acionar os alarmes. Ele vai evacuar.
– Jimin. – Diz Woodong novamente, um pouco mais firme. – Pare.
– Porra. – Jimin murmura por entre os dentes, dedos trabalhando furiosamente.
Cinqüenta e dois segundos.
Woodong pode ser um idiota, mas seu patchwork é perfeito. Jimin continua sendo parado, todos os golpes que ele dá para desarmar o dispositivo são bloqueados.
– Jimin. – Diz Woodong novamente, e desta vez os dedos de Jimin congelam, porque a voz é acompanhada pelo som de uma arma sendo engatilhada.
Jimin sente lágrimas brotando em seus olhos, porque sabe que não há como escapar disso. Não importa o que aconteça, alguém vai acabar se machucando. Ele fecha os olhos, e a única coisa que ele pode ver é o rosto de Jungkook. Ele sente muito, porque ele sabe que isso vai machucar muito seu namorado. Ele sabe que seu Jungkookie sofrerá por ele, será uma concha do que ele é capaz de ser sem ele, e essa culpa é quase sufocante.
Mas ele não pode parar.
Quarenta e seis segundos.
Seus dedos começam a voar pelas teclas novamente e a arma dispara.
É um tiro de aviso, e Jimin grita quando a bala ricocheteia no metal da van, mas ele não para.
– Não seja estúpido, garoto. – Woodong aponta a arma para ele com firmeza. – Essa bomba está explodindo, quer você goste ou não. Mas você não precisa morrer aqui.
Jimin ouve o disparo da arma novamente, seus sentidos além de intensificados, mas ele tenta ignorá-lo. Ele pensa em Jungkook... ele pensa nos momentos felizes que teve com o garoto lindo no ano passado, e ele só chora mais.
Jimin percebe que ele só tem trinta segundos até a detonação e que ele não terá sucesso em desativá-la. Que a bomba vai explodir, ele gostando ou não. Seus ouvidos zumbem alto, e ele pode ouvir Woodong gritando com ele, mas parece que está debaixo d'água... tão longe. Barulho de fundo.
É quando ele sente a ponta fria da arma pressionada contra a têmpora que ele se move, afastando-se dos teclados e segurando os pulsos de Woodong, tentando usar seu peso corporal como Jungkook lhe mostrou, para desarmá-lo e tirar a arma de seu alcance. Woodong é muito habilidoso para um truque assim, e ele usa o impulso para bater com a arma na cabeça de Jimin, derrubando o garoto menor completamente de lado.
Há um momento de silêncio enquanto a contagem final apita ameaçadoramente através da van. Woodong aponta a arma para ele, encurralando-o, e Jimin sabe que ele pode se render e implorar por sua vida, ou ele pode tentar fugir, talvez gritar por ajuda e salvar alguém, alguma coisa.
Mas ele se recusa a cair sem lutar; e mesmo que Jungkook nunca saiba disso, ele sente que isso deixaria seu amante orgulhoso.
Ele chuta Woodong na virilha, usando a fração de segundo para tentar pegar o laptop. Tudo o que ele precisa é de alguns segundos; ele pode não ser capaz de tocar o alarme rápido o suficiente para que uma quantidade significativa de pessoas saia do museu, mas algo é melhor que nada.
Mas, no momento em que ele o segura, um tiro é disparado e o computador fica inútil quando a tela se despedaça. Então Woodong o derruba no chão, sua bota de combate no ombro de Jimin o prendendo no chão da van. Antes que Jimin possa abrir a boca para dizer-lhe para parar, Woodong puxa o gatilho novamente, e a bala encontra seu alvo.
Levar um tiro não é como nos filmes.
Não há nada de poético. Não acontece em câmera lenta, não há beleza nenhuma. Assim que a bala entra no abdômen de Jimin, ele grita, visceral e cru, mal reconhecendo o som como sua própria voz. A bala o atinge à queima-roupa, e mesmo que seja apenas um pedacinho de metal, Jimin sente que está sendo atingido pela força brutal de um trem de aço que se move a 320 quilômetros por hora.
– Garoto estúpido, porra. – Woodong cospe, passando por cima dele para ir e recuperar as chaves. – Que desperdício de merda.
Jimin se sente completamente paralisado, a ferida parecendo um buraco negro que está sugando o resto do seu corpo. A dor é tão violenta e intensa que sua visão embaça e se confunde. Ele não vê Woodong sair, mas ele o ouve; murmurando para si mesmo quando sai apressadamente da van, batendo a porta atrás dele. O som disso é decidido: ele pretende deixar Jimin aqui para morrer.
Jimin não sabe muito sobre ferimentos a bala. Seu Jungkook voltou para casa uma vez com um curativo enrolado em seu bíceps, mas isso foi apenas por uma bala que arrancou um pedaço dele, sem realmente entrar.
'Pare o sangramento', uma voz que soa como a de Jungkook flutua em algum lugar no fundo da mente estática de Jimin. Ele está tão cansado, e seria tão fácil ficar deitado aqui e deixar a dor tomar conta; deixar-se adormecer lentamente.
Mas quando ele fecha os olhos, o rosto de Jungkook aparece novamente e o estimula a agir. Ele se puxa para o banco da frente, trincando a dor enquanto pega o telefone e faz uma ligação desesperada.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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😢 Estou tão triste, tão desesperada. Jimin está ferido numa van. O que sera que vai acontecer? Pra quem ele vai ligar? Vamos ter que aguardar o próximo capítulo.
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