4. Découvertes
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No capítulo anterior Jungkook e Jimin tiveram um momento incrível. Mais depois que tudo acabou Jimin falou seu nome. E agora, o que vai acontecer?
Boa leitura!
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— Eu sinto muito. — Jungkook interrompe sua pergunta, levantando as mãos para o rosto do garoto menor. — Sinto muito por ter que fazer isso com você.
— Desculpe, não entendi? — Jimin ri, afastando o cabelo loiro bagunçado do rosto. Ele passa os braços em volta dos ombros de Jungkook. — Confie em mim, depois do que aconteceu naquela varanda... você não tem por que se desculpar. De fato... deixe-me mostrar o quanto eu aprecio você...
Jungkook balança a cabeça, gentilmente agarrando os pulsos de Jimin para se afastar quando o outro tenta se inclinar e beijá-lo.
— Não, eu... nós precisamos...
— Ei, o que há de errado? — Jimin franze a testa, segurando o rosto de Jungkook.
Jimin é lindo pra caralho, ainda todo fodido, mas macio nas bordas, seus óculos grossos ampliando seus olhos um pouco o faz parecer ainda mais adorável.
Jungkook sente a pele arrepiar de apreensão. Ele sabe o que está para acontecer; ele sabe que quando Jimin perceber quem ele realmente é, tudo isso explodirá e se desintegrará em nada. E a ideia disso é realmente aterrorizante.
— Eu... eu não sinto medo... medo verdadeiro, há muito tempo. — Jungkook começa baixinho, olhando para as mãos. Suas mãos estão cobertas de tanto sangue... que poderiam incluir o próprio de Jimin.
Isso o faz sentir-se mal até o amago.
Jimin pisca, franzindo a testa.
— Por que você está falando sobre medo? Estamos nos divertindo juntos... parece certo... eu e você.
— Porque eu sinto isso agora... com você. Você me assusta Park Jimin e não há como eu consertar isso.
O loiro balança a cabeça, seu rosto nada além de confusão.
— Eu não... eu não entendo. Quero dizer... se você está falando em ter medo... do que sente... eu também sinto, Jungkook. Mas você não precisa ter medo.
Jungkook olha de volta para Jimin, seus grandes olhos assustados traindo sua ansiedade.
— O problema é que isso pode terminar de duas maneiras. E esqueça as besteiras de antes... sobre eu estar no controle. Agora isso... isso é sobre você. E você tem que ser o único a decidir.
— Decida o que? — Jimin inclina a cabeça um pouco.
— Eu poderia continuar beijando você. — Jungkook estende a mão, segurando delicadamente a bochecha de Jimin. — Eu podia calar a boca e parar de falar, e poderíamos nos perder a noite toda. Eu poderia ser o fotógrafo de férias, e você... você poderia ser quem você quisesse. Christian... Jimin... tanto faz. E de manhã eu iria embora e você nunca mais me veria. Nunca. Seria uma ruptura limpa.
Jimin olha para ele, seus olhos arregalados e chocados quando se enchem de lágrimas, porque o pensamento de nunca mais ver Jungkook dói. Dói tanto que ele está quase chocado com a intensidade disso. Mas Jimin sabe o que quer; ele sabe que o desejo de se apegar firmemente a Jungkook e nunca deixar ir. Então ele se recusa a aceitar um futuro em que Jungkook desapareca do seu lado sem uma palavra.
— O que... qual é a segunda opção?
— Essa alternativa é pior... porque é a verdade. E acho... acho que a verdade vai fazer você me odiar.
Jimin passa a mão pelo cabelo, tentando processar o que está ouvindo, mas não chega lá.
— Eu... eu não...
— Se você escolher a primeira, terá esta noite... essa memória como algo positivo e bom. Você não precisa ter medo. Meu nome... não será algo que te enoja. — Jungkook olha para baixo, afastando a mão. Parece errado tocar em Jimin agora. — Eu não quero ser seu monstro, Jimin. Não quero ser alguém que você encontra nos seus pesadelos... apenas nos seus sonhos.
Jimin está realmente chorando agora, algumas lágrimas escorrendo por suas bochechas que ele rapidamente enxuga. O momento é pesado, e ele não entende como eles passaram de ter o sexo mais incrível para isso em questão de minutos.
— Eu não entendo, Jungkook. Por favor... por favor me ajude a entender. — Jimin olha nos olhos dele. — Eu não... eu não posso deixar você ir. Você tem que sentir isso também... você precisa. Então eu escolho a verdade. Seja o que for, eu escolho. Proibido fugir.
Ele não consegue resistir ao impulso de se inclinar para o abraço de Jimin quando o garoto o toca; é como magnetismo. Ele olha de novo nos olhos molhados de Jimin, sentindo seu estômago revirar de nervoso.
Jimin é assustadoramente fofo... frágil. Com seus grandes óculos e cabelos desgrenhados. Jungkook não pode acreditar que a única pessoa que ele foi enviado para eliminar acabou sendo o anjo na cama com ele. Como o destino poderia ser tão cruel?
Ele estende a mão, gentilmente enxugando as lágrimas de Jimin. Elas parecem erradas e fora de lugar no lindo rosto do garoto.
— A verdade? Mesmo se doer?
Jimin solta um suspiro suave.
— Só porque dói, não significa que não é o certo. Isso não significa que não é o que eu preciso. — Ele estende a mão, segurando seu rosto antes de se inclinar e pressionar um beijo suave nos lábios de Jungkook. — Você não é um monstro. Eu sei que somos estranhos... Eu sei que tivemos tão pouco tempo juntos, mas... algo me diz que você não é. Algo me diz que você é importante... que vai mudar tudo. E eu sempre confio nos meus instintos. É por isso que estou vivo.
— E você tem certeza? — Jungkook nem sabe o que quer que Jimin diga... ele sabe que o outro garoto merece a verdade, mas também sabe que isso tornará as coisas infinitamente mais complicadas. — Porque não há como voltar atrás. Uma vez que eu disser... tudo isso pode acabar. É... é mais fácil fingir. Deixar que essa seja apenas uma noite louca que nós dois nunca esqueceremos. Algo que sempre apreciaremos.
Ele sabe em seu coração que não machucará Jimin; ele não pôde. Ele inventa uma desculpa... ele mentirá para Seokjin pela primeira vez, se isso significa proteger Jimin.
E ele sabe que deveria ser leal; que Seokjin e sua organização não foram nada além de gentil com ele, mas sua mente está decidida sobre isso. Ele não se importa se Jimin invadiu seus sistemas... ele não se importa se Jimin viu informações que nunca deveria.
Tudo o que importa é que esse garoto lindo fique seguro... ileso.
Jimin encontra seu olhar, um pouco de medo brilhando em seus olhos, mas é medo do desconhecido. Não medo de Jungkook.
E é ofuscado pela determinação.
— Eu tenho certeza. — Jimin assente. — Tenho certeza. Não vou deixar você ser o garoto que escapou. Estou confiando em você... então confie em mim para poder ouvir com a mente aberta. Confie em mim para ficar bem.
O coração de Jungkook cai um pouco; talvez egoisticamente ele quisesse que Jimin escolhesse a primeira rota. Não para que ele pudesse continuar se entregando ao corpo de Jimin, mas porque ele não queria ser contaminado na memória do outro garoto. Ele não queria que Jimin o visse como um erro... ou algo muito, muito pior.
Mas está claro que Jimin se decidiu, e ele não tem escolha a não ser respeitar sua decisão.
— A verdade, mesmo se doer. — Ele murmura para si mesmo, lentamente se afastando de Jimin. — Isso vai parecer loucura... inacreditável. Mas você terá que ter paciência comigo.
Jimin o deixa ir, puxando os joelhos contra o peito e passando os braços em volta das pernas um pouco vulnerável enquanto o observa.
— Estou ouvindo, Jungkook. Estou aqui.
— Eu não sou um fotógrafo. — Jungkook admite.
— Ok... — Jimin diz com cuidado. — Então... o que você é?
— Vá bagunçar minhas roupas; lá dentro você encontrará uma arma... ou duas. — Jungkook pode ver o choque no rosto de Jimin, mas ele não o retira. — Continue. Você pode... você pode mantê-las em sua posse. Isso pode... fazer você se sentir mais seguro. Considerando o que mais eu tenho para lhe contar. — Ele cruza as mãos no colo. — Eu não vou te machucar. Sei que estou assustando você, mas prometo que não vou.
Jimin pisca para ele um pouco antes de cuidadosamente deslizar para fora da cama, andando até as roupas de Jungkook. Suas mãos congelam quando ele encontra exatamente o que Jungkook disse que ele iria encontrar. Ele nunca tocou uma arma antes... é muito mais pesada do que ele jamais poderia ter imaginado. Jimin está começando a entender o que está acontecendo, e isso faz seu sangue gelar. Ele pega cuidadosamente as duas armas e as carrega de volta para a cama com ele, colocando-as em segurança atrás dele, enquanto se senta e olha para Jungkook com expectativa.
— Você está... você está bem até agora? — A voz de Jungkook fica mais baixa, o garoto tentando se tornar menor. Não ameaçador.
Jimin assente.
— Sim. — Ele engole, tentando não deixar sua voz tremer. — Estou bem. Eu quero que você continue.
— Há uma semana, a Yongil Pharmaceuticals vendeu 51% de suas ações para Eugene Winthrop, proprietário de um conglomerado médico aqui no Reino Unido por uma fração do preço. Isso foi possível devido a um dossiê incriminador de Cha Hwansoo, o CEO da Yongil, que imediatamente concordou em vender o controle acionário de sua empresa, em vez de passar o resto da vida em humilhação, ou pior, atrás das grades. Mas você já sabia tudo isso, não é?
Jimin empalidece, seus olhos se movendo para olhar a cama.
— S-sim.
— Kim Seokjin foi originalmente contatado por Winthrop para garantir esse dossiê em Cha. Foi-lhe prometido não apenas um pagamento pela compilação do dossiê, mas uma quantidade substancial de ações da Yongil Pharmaceuticals se o negócio fosse aprovado. Mas algo inesperado aconteceu. — Os olhos escuros de Jungkook se concentram em Jimin. — Você aconteceu.
Jimin sabe para onde esta história está indo, e ele se sente mal do estômago. Ele fecha os olhos enquanto Jungkook continua.
— Você invadiu o banco de dados seguro de Kim Seokjin, recuperou o dossiê e o entregou pessoalmente aos homens de Winthrop. O acordo foi concluído sem a supervisão de Seokjin, o que significa que ele não obteve nenhuma das recompensas prometidas, apesar de seus esforços em rastrear as informações que tornaram possível a aquisição hostil.
Jimin sente que está vivendo um pesadelo. Ele sabia que este mundo o alcançaria eventualmente. Ele sabia que não poderia ser sol e rosas para sempre. Ele sabia que alguém eventualmente viria cobrar.
Ele simplesmente não consegue acreditar que esse alguém seja Jungkook.
— Kim Seokjin não é o tipo de homem que parece diferente quando algo não corre conforme o planejado. Ele exige não apenas respostas, mas soluções. Ele fez seu pessoal rastrear a fonte do hack, o que nos levou a você. Recebi instruções muito específicas sobre como... lidar com o problema Park Jimin.
Jimin fecha os olhos com força, lágrimas rolando pelo rosto. De repente, a arma atrás dele parece muito pesada. Pesada e fria; implacável.
— Mas você é inteligente... você cobriu seus rastro da melhor maneira possível. Eu vim para Londres procurando um estereótipo de hacker de meia idade. A última coisa que eu esperava era você.
Jimin olha para ele, curvando-se.
— Você... você não esperava que o garoto que você pegou no clube também fosse o garoto que você recebeu ordens para matar, não é? — Jimin ri um pouco tristemente, limpando sua bochecha.
— Não é tão simples assim. — Jungkook admite. — Eu não vou... eu não vou mentir para você. Recebi uma ordem para matar se você não fosse... cooperativo.
Um arrepio percorre a espinha de Jimin.
— Não é surpreendente... — Ele murmura.
— Não é sempre que meu chefe é enganado. Ele estava bravo com você pelo acordo indo para o sul, isso é um fato. Mas ele também ficou impressionado; seu sistema deveria ser impenetrável. Ninguém deveria ser capaz de fazer o que você fez, especialmente em tão pouco tempo. Meu objetivo principal é recrutá-lo... para que ele possa usar suas habilidades para o próprio fim.
Jimin solta um suspiro suave, soprando alguns fios loiros ondulados com a força disso.
— O firewall dele era impressionante, com certeza. Mas... mas não foi difícil . Não foi difícil entrar lá... forçar dois cavalos de Troia que revelaram suas medidas de segurança. — O homem menor balança a cabeça. — Então... então você está dizendo que tem que me matar ou... ou o quê? Ne fazer assinar alguns papéis para que eu possa estar à disposição de Kim Seokjin?
— Não é tão formal... mas essencialmente sim. Se você está lá fora fazendo as coisas que faz, ele quer que seja para ele; não para a competição. — Jungkook engole o nó na garganta. — Você tem que... você precisa saber. Se eu soubesse... eu não teria feito o que fiz. Eu não deixaria isso chegar tão longe.
Jimin suspira suavemente. Independentemente de tudo, ele acredita em Jungkook. O garoto parece mortificado com essa situação, genuinamente, e Jimin sabe que as pessoas nesta indústria geralmente não se importam com os sentimentos de outras pessoas. Jimin lambe os lábios, sentando-se um pouco mais reto.
— Você pode me trazer aquela mochila rosa? O que está na cadeira?
— Sim ... sim, é claro. — Jungkook imediatamente pula e pega para ele.
Jimin o pega, colocando-o no chão e puxando um laptop feito em casa fortemente modificado. Ele abre e pressiona o botão ligar, e a máquina vibra com um zumbido alto.
— A confiança vai nos dois sentidos, Jeon Jungkook? Esse é o seu nome verdadeiro?
— Sim. — Jungkook ri, balançando a cabeça. — Eu não sei o que diabos eu estava pensando quando te disse que... fui treinado para dar um pseudônimo. Mas eu vi você e apenas... — Jungkook desvia o olhar, sentindo-se um pouco bobo. — Vamos apenas dizer que você me derrubou no meu jogo. Eu deveria estar vigiando Park Jimin e, em vez disso, abandonei tudo para ir atrás de você. Acho que no final... ironicamente, acabei encontrando meu alvo.
— Realmente impressionante. — Jimin solta uma risada enquanto começa a digitar furiosamente, seus dedinhos fofos de alguma forma parecendo se mover na velocidade da luz enquanto ele se concentra.
— Jeon Jungkook... nascido em 1 de setembro de 1997 em Busan... — Jimin olha para cima com um pequeno sorriso. — Eu também sou de Busan.
— Pensei ter notado um sotaque. Mas eu estava um pouco... distraído com todo o resto.
— Extenso registro criminal juvenil. — Continua Jimin, com o rosto iluminado pela luz do laptop. — Furto, roubo de carro, agressão... — Jimin morde o lábio. — Mas você saiu do mapa aos dezoito anos. Suponho que foi quando você foi puxado para a rede de seu chefe.
Jungkook assente.
— Fui estúpido o suficiente para tentar matar Kim Seokjin porque o dinheiro era bom. Não sabia quem ele era... ou talvez eu devesse dizer o quão poderoso. Ele não é um grande jogador na Coréia... mas um dia ele será.
— Eu sei. — Jimin assente. — Eu vi as finanças dele... os ativos dele. Ele é poderoso... mais do que os outros capangas dos quais tenho aceitado cheques. Ele apenas não jogou sua mão ainda, mas está ganhando tempo. Eu pude ver isso a uma milha de distância.
— Ele ficou impressionado que eu consegui abrir caminho através de sua segurança. Ele me fez uma contraproposta, e eu estava inclinado a aceitar. Já faz um ano.
— Você é um bebê. — Jimin ri. — E eu sou seu hyung. Sinceramente, isso é mais chocante do que descobrir que você é um assassino treinado que foi contratado para colocar uma bala na minha cabeça. — Ele tenta brincar, mas parece um pouco frenético. — Eu aposto... aposto que você matou muitas pessoas, não é?
Jungkook inclina a cabeça, incapaz de ler o mais velho. Jimin não está em pânico, o que é um bom sinal. Ele também não pegou a arma atrás dele e disse-lhe para dar o fora. Mas ele também pode ver como as mãos do garoto menor tremem levemente, e ele pode ouvir o tremor em sua voz. Ele sabe que Jimin está tentando fingir... para se apegar a alguma aparência de controle.
— Você quer que eu minta para você? Isso tornaria isso mais fácil?
— Não. — Jimin balança a cabeça. — Quero saber tudo sobre o garoto que vou seguir em um mundo novo, estranho e assustador. Quero conhecer todas as coisas feias e bonitas.
— Seguir? — Jungkook pisca. — O que isso significa?
— Isso significa que eu aceito a oferta de Kim Seokjin.
— Você não... você não precisa fazer isso. — Jungkook balança a cabeça. — Eu vou... mentirei para ele por você. Vou dizer que não consegui encontrar você... que Park Jimin era um pseudônimo e eu nunca consegui olhar para a pessoa real. Não vou te machucar, e certamente não vou te matar. Você tem uma saída.
Jimin sorri um pouco.
— Honestamente... eu estive pensando em maneiras de ligar o radar dele em primeiro lugar. Desde que eu o cortei. Isso não é completamente inesperado. Não vou mentir... esse é o meu pior pesadelo. Eu tenho mentido para mim mesma que poderia me safar de qualquer coisa, desde que pudesse ser mais esperto do que isso... usar minhas habilidades no computador para sempre cobrir meus rastros. É como eu vivi minha vida inteira... enganando todos ao meu redor. Mas estou cansado de mentiras. — Ele olha para Jungkook. — Então não minta para mim, Jeon Jungkook. Nunca minta para mim. — Ele o observa com cuidado. — Você acha que eu deveria aceitar o acordo?
— Não. — Jungkook diz inflexivelmente. — Não... não faça isso porque você sente que não tem opções reais. Se você não gosta de se comprometer a alguém, então não.
— Você diz que tenho opções, mas quão verdade é essa? Mesmo se você não queira me matar... seu chefe não mandaria outra pessoa? Meu nome não desaparecerá magicamente de seu livro.
— Eu... eu posso ajudá-lo. — Jungkook se aproxima. — Kim Seokjin não é apenas meu chefe... ele é meu hyung. E acho... acho que ele realmente se importa comigo.
— O que você está sugerindo? — Jimin pergunta com cuidado.
— Você é bom no que faz. Muito bom Eu poderia te apresentar... você poderia indicar seus termos. Se você não quer trabalhar exclusivamente para ele, não faça. Diga a ele que quem ele tem na folha de pagamento é uma merda comparado a você. Ele pode ficar irritado por você existir, mas ele o respeita. Isso realmente não acontece com muita frequência.
— Eu não quero colocar você em problemas. — Jimin diz sinceramente. — Você já está me fazendo um favor, me dando esse aviso. Você não precisa mencionar que nos encontramos para seu chefe.
— Você poderia trabalhar para ele. Ele pagará quanto você vale. Não se apresse em um compromisso que você não pode escapar. Uma vez que você é afiliado... marcado, é para toda a vida. E embora eu esteja realmente impressionado que você não esteja gritando comigo ou me expulsando por ser essencialmente o assassino enviado para eliminá-lo, tudo bem se você estiver com medo. Porra... eu também estou com medo. Eu nunca esperei que isso acontecesse. Eu não... eu não esperava você.
— Você me assusta, Jungkook. Mas não pelos motivos que você deveria. — Jimin passa a mão desesperadamente pelos cabelos, fechando o laptop. — Talvez eu seja estúpido. Talvez eu seja imprudente. Mas... mas vou confiar na sua palavra. Vou usar as informações que você me deu para fortalecer minha mão. Ao mesmo tempo, se eu emprestar meus talentos ao lado do seu chefe, ele não pode pensar que eu farei o que ele quiser, simplesmente porque estou vivo. Eu tenho termos. Eu tenho condições. Mas se ele respeitar minhas demandas, tornarei a subida dele ao topo muito mais fácil. Vou pegar qualquer informação que ele quiser. Comigo na equipe, ele será imparável. Já estou aqui há tempo suficiente para saber que sou o melhor.
Jungkook olha para Jimin com puro respeito.
— O que? — Jimin pergunta quando o silêncio se prolonga um pouco demais.
— Nada, é só... — Jungkook ri, olhando para o mais velho com pura surpresa. Ele não está apenas impressionado; ele está um pouco admirado por Jimin. O mais velho é muito mais corajoso e inteligente do que ele originalmente imaginou. — Eu... eu subestimei completamente você.
Jimin sente um rubor subir em suas bochechas. Ele olha para o mais novo e de repente percebe quanto espaço há entre eles. Ele estende a mão.
— Jungkook. Venha aqui.
— Jimin-ssi...
— Venha aqui. — Jimin chama suavemente por ele, e é quase engraçado a rapidez com que Jungkook obedece. Toda essa bravura e arrogância de antes parece derreter, deixando para trás um garoto que parece vulnerável ao luar, sentado nu em sua cama com os lençóis emaranhados em volta das pernas.
Jungkook vai até ele, é atraído por ele, e Jimin o puxa para perto, segurando seu rosto e olhando em seus olhos.
— Mesmo antes de você me contar tudo isso... eu sabia que esta noite mudaria minha vida. Quero saber se você se sente da mesma maneira.
Jungkook parece culpado.
— Você era meu alvo. Isso não é um exagero ou uma metáfora... e antes você estava brincando de ser minha presa quando o tempo todo...
— O tempo todo, eu realmente fui sua presa. — Jimin suspira. — Está tudo bem, Jungkook. Você não me matou. Bem, eu não vou fingir que minha alma não saiu do meu corpo momentaneamente enquanto você estava me fodendo na varanda, mas isso não é aqui nem ali. — Ele ri um pouco, tirando o cabelo comprido dos olhos de Jungkook.
— Como você pode não me odiar? Como você pode não ter medo de mim? Você me disse para não mentir para você, então eu não vou. Eu sou perigoso Estar perto de mim... ficar mais envolvido neste mundo é perigoso.
— E o que você acha que estou mais interessado em uma vida sentada em um emprego chato de mesa no departamento de TI de uma empresa chata? — Jimin suspira. — A verdade é que... eu disse a minha prima Jihee que estava nesta vida pelo dinheiro e pela independência. Mas isso é apenas parte da história. Eu gosto do perigo, Jungkook. Eu gosto da emoção disso. Você tem sangue nas mãos... — Ele pega a mão de Jungkook, abrindo-a suavemente para que ele possa passar os dedos pela palma da mão. — Mas eu também fiz coisas ruins. Estou nesta vida porque escolhi estar aqui. — Ele olha de volta para Jungkook sem hesitar. — Não sei o que aconteceu entre nós hoje à noite, mas não estou realmente interessado em desistir. Porque acho que isso pode significar algo... algo grande.
Jimin faz uma pausa, lambendo os lábios.
— É verdade que somos estranhos. É verdade que eu poderia pegar a arma e atirar em você, e fugir. Criar um novo apelido e um novo nome e fazer o possível para desaparecer do radar de Kim Seokjin. Mas eu não... eu não quero fazer isso. Não quero fugir disso... de você. — Ele sorri, olhando para Jungkook com olhos brilhantes. — A verdade é que acabei de ter o melhor sexo de toda a minha vida naquela varanda. Você... você me deixou sem palavras. E eu gostaria de pensar que estava tudo bem para você também.
Jungkook solta uma risada trêmula.
— Esse é... o eufemismo do século.
— Meu ponto é... você poderia facilmente mentir. Você sabia que eu queria mais... você podia sentir isso. Você poderia ter me dado nenhuma opção e me usado para seu prazer enquanto teve a chance antes de colocar uma bala na minha cabeça e completar sua missão. E eu... eu não poderia nem estar chateado com isso. Porque aceitei o emprego, gastei o dinheiro e sabia que estava brincando com fogo. Não caí acidentalmente nessa situação. Fiz uma escolha consciente de aumentar as apostas, e essa foi a consequência.
Jungkook escuta atentamente, sentindo algo semelhante à esperança e excitação cintilar em seu peito.
— Se você fosse um pedaço de merda, provavelmente já estaríamos na metade da segunda rodada. E você está certo; talvez tivesse sido mais simples. Poderíamos nos entregar sem nos preocupar com os detalhes. Mas no momento em que você ouviu meu nome... todo o seu comportamento mudou. Você fez um esforço para pensar com o seu cérebro em vez de com seu pau; às vezes isso não é tão fácil quanto parece.
— Eu nunca teria tocado em você se soubesse. Não quero jogar com você, Jimin-ssi. E não quero tirar vantagem. Sei que parece loucura, considerando o que sou e o que faço... mas é a verdade.
— Eu acredito em você, Jungkook. Eu não acho que isso foi algum tipo de armadilha elaborada. Você literalmente me deu suas armas. Você parou de me tocar. Você me disse para fazer a escolha. E mesmo que isso fosse a coisa decente a ser feita, você não precisava. Você poderia ter me enganado, e eu não saberia disso.
— Eu sei que fiz algumas coisas vil e horríveis na minha vida... eu sei que sou um monstro, mas isso não é quem eu sou. Não para você. Eu não vou te machucar. Eu nunca vou te machucar. Você é tão suave, fofo e lindo... tudo o que quero fazer é tocar em você. Não machucar. Nunca machucar.
Jimin olha para ele... realmente olha para ele, e é como se ele pudesse ver as profundezas da alma de Jungkook.
— Você realmente quer dizer isso?
— Sim. — Jungkook assente. — Eu juro. Eu sei que falar é fácil, mas... é tudo o que sinto. Eu garanto.
— Então pegue suas coisas e vá embora.
Jungkook olha brevemente em seus olhos, arregalado e vulnerável, antes de entrar em ação, vestir suas roupas a esmo antes de guardar suas armas.
— Jungkook. — A voz de Jimin o interrompe e sua mão hesita na maçaneta da porta.
Ele se vira e encara Jimin, piscando para ele.
— Sim?
— Desta vez você precisa confiar em mim.
— Eu sei. — Jungkook sorri um pouco, abrindo a porta. — Eu confio.
— Jungkook. — Jimin se levanta da cama, caminhando para encontrá-lo na porta. Ele agarra seu pulso, puxando-o para trás e pressionando-o contra o batente da porta. — Este não é o fim.
Ele fecha os olhos e puxa Jungkook para um beijo.
De alguma forma, é mais intenso do que qualquer outra coisa que eles fizeram juntos. Mais cru, emocional e honesto do que qualquer toque que eles compartilharam antes.
Jungkook está completamente vestido enquanto Jimin está nu em seus braços, mas no momento em que seus lábios se tocam todo o resto desaparece. Jimin separa seus lábios para que a língua de Jungkook possa deslizar para dentro, e isso se aprofunda à medida que os dois garotos se perdem um no outro.
E quando Jimin o beija, sua determinação se solidifica em sua cabeça e em seu coração. Ele sabe que esse não é o fim deles ou o último beijo que compartilharão; é apenas o começo. Mas, para ter o futuro que ele quer, ele precisa descobrir seu próximo passo por conta própria.
Jungkook, apesar de misterioso, lindo e hipnótico, é uma distração.
Jimin terá que estar no seu jogo A para impressionar o primeiro e único Kim Seokjin.
— Jimin-ssi. — Jungkook geme, e o garoto mais velho sente calafrios na espinha.
— Kookie... porra. — Jimin o agarra pelos cabelos longos, conectando seus lábios novamente em um beijo feroz.
Jimin sabe que fazer isso... se envolver na escuridão do mundo de Jungkook é algo que ele nunca será capaz de se livrar, mas quanto mais Jungkook o beija, mais ele descobre que não se importa.
Ele não se importa se é mais perigoso... se estar com Jungkook é um risco. Ninguém nunca fez seu coração bater tão rápido... ninguém nunca o deixou sem fôlego.
É esse sentimento de vertigem novamente; a sensação de fazer parte de algo tão poderoso que não há esperança de controlá-lo.
— Você tem que ir. — Ele murmura contra os lábios de Jungkook, as mãos segurando firmemente os bíceps do garoto maior.
— Eu sei. — Jungkook sussurra, envolvendo Jimin em seus braços e moldando seus corpos juntos. — Prometa que não vai me esquecer, Jimin-ssi.
— Eu não vou te esquecer... eu não posso. — Jimin se obriga a quebrar completamente o beijo, relutantemente voltando para dentro do quarto de hotel. — Não venha me procurar.
Jungkook não concordar, mas ele assente.
— Eu não vou.
— Falo sério.
— Eu não vou. — Jungkook jura. — Eu não vou atrás de você novamente, Jimin-ssi.
Jimin estende a mão, seus cabelos despenteados e seu peito arfando, o polegar roçando nos lábios de Jungkook.
— Quando eu estiver pronto para ser pego... você saberá. Esse jogo entre nós... — Ele se atreve a sorrir, e isso faz o coração de Jungkook pular em seu peito. — Isso nunca vai realmente acabar.
Jungkook quer puxar Jimin para perto, quer beijar, tocar e foder até que os pensamentos do mundo exterior desapareçam, mas ele sabe que não pode.
Ele tem que respeitar a decisão de Jimin neste momento, se quiser ter a chance de ser convidado a voltar.
— Então eu te vejo mais tarde, Park Jimin.
— Até a próxima vez, Jeon Jungkook. — Jimin se recompõe e se obriga a fechar a porta.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Obrigada por ler esse capítulo. Gostaram da conversa deles dois? Achei fofo Jungkook ser tão sincero. Sou boiolinha por um Jungkook boiolinha pelo Jimin. Qual será o plano de Jimin? Iremos descobrir em breve. ♥️
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