14 - Broken pt. 1
Reyna manteve sua expressão serena e indiferente à medida que Rick acertava diversas vezes a cabeça de Gareth na igreja. Ela não esboçava sentimento algum e aquilo estava começando a preocupar Cassandra. A garota permanecia com o olhar fixo na mulher, com grande preocupação e surpresa nas orbes azuis.
Carl estava ao lado, mas este estava vidrado no pai. O homem encontrava-se, novamente, com a insanidade controlando sua mente, movimentos e sentimentos. Ele sabia que era preciso ser assim em um mundo como aquele se quisesse manter um grupo vivo, mas ainda era assustador para o garoto ver seu pai, antigamente policial, homem da lei, acabar com a vida de um bastardo como se fosse a coisa mais comum do mundo.
Sasha descontava toda a sua raiva e tristeza em outro membro imundo do grupo. A mulher estava parcialmente destruída. Ela ainda tinha seu irmão, com toda a certeza, mas o jeito que perdera o homem que amava a deixava com ódio de tudo e todos que visse pela frente. Ela não queria estar brava com Reyna, aquilo poderia ser algo bom. A garota Dixon poderia salvar vidas, mas no momento Sasha apenas se perguntava por que tinha que ser Reyna e não Bob?
Rick não enxergava absolutamente nada em sua volta, apenas a cabeça de Gareth se deformando conforme as severas facadas eram desferidas pelo líder. Ele se sentia como quando perdeu sua esposa. A sanidade sumia aos poucos à medida que dava um passo atrás do outro para descontar sua raiva, tristeza e autodestruição em algo. No momento estava sendo a cabeça de Gareth. O motivo? Mexer com seu anjo caído de forma suja e desumana.
Após Michonne acertar outro com um tiro, mesmo sabendo que era errado, desviou seu olhar para Rick e Reyna. Ela escondia seu olhar surpreso em ver Rick novamente insano, mas principalmente por ver a expressão no rosto da mulher. Ela estava indiferente, como se a morte horrível de Gareth fosse algo indiferente. Como se ela estivesse vendo um filme de terror barato e amador.
Reyna, como a própria expressão já confirmava, não sentia nada em relação à morte de Gareth. Se Rick não o tivesse feito, ela mesma, com toda a certeza, faria. Para ela, aquilo era uma imagem ótima de se apreciar. Ela via a vida daquele nojento se esvair junto com sua experiência no Terminus e parte do seu passado com seu pai. Aquilo era o que ela tinha mais próximo de alívio.
Tyreese observava tudo, assustado demais para fazer alguma coisa. Ele sabia que a culpa daquilo tudo era parcialmente dele. Se tivesse realmente matado um dos ratos do Terminus quando ameaçou Judith, e não mentido a todos, provavelmente Gareth não saberia do paradeiro do grupo e toda essa carnificina não estaria acontecendo.
Rick foi o primeiro a acabar com toda a ação, recuperando sua sanidade em tempo suficiente para olhar para Carl e Cassie lado a lado, horrorizados mas ao mesmo tempo aliviados. Ele desviou seu olhar para Reyna. A mulher permanecia com a mesma expressão vazia, olhando fixamente para o corpo morto de Gareth. A repulsa que ela sentia pelo bastardo, agora sem vida, era quase palpável.
— Rey. — Ele chamou a atenção da mulher. Ela o olhou após alguns segundos. — Acabou. — disse Rick, tentando confortá-la de algum jeito.
Reyna sustentou seu olhar, procurando pelo conforto que sempre achava nas orbes azuis do homem. Ela assentiu fracamente antes de virar seu rosto e avistar Cassie, ainda assustada ao lado de Carl. A culpa por tê-los deixado ver aquela cena tomou conta da garota Dixon, mas ela não sentia remorso algum pela morte de Gareth. Muito pelo contrário, ela sentia-se aliviada.
Ela tentou lançar o famoso olhar de perdão para os dois. Carl e Cassie sabiam que ela estava certa em se sentir daquela maneira, e eles sabiam que pessoas como Gareth ou o Governador só iriam piorar a situação atual do mundo. O garoto assentiu, ao passo que a garota sorriu fracamente para a mulher, fazendo-a relaxar os músculos que nem percebera que tencionara.
O grupo parecia paralisado pela recente cena. Se sentiram assim quando conseguiram escapar da prisão. Cada um para um lado. A preocupação enchendo seus corações ao ponto de fazê-los ficarem atônitos pelo medo crescente. Mas não sentiam medo agora. Estavam atônitos pelo que foram capazes de fazer para proteger os seus, e o mais importante, nunca deixar com que algo como o triste fim da prisão aconteça novamente com eles.
— Está tudo acabado, agora. — Rick gritou para todos. — Gareth e o povo do Terminus não são mais uma ameaça. — Sua voz firme não vacilava em momento algum.
(...)
Passados alguns minutos da marcante carnificina na igreja, todos já estavam mais calmos, enquanto se preparavam para descansar um pouco. — se fosse possível. — Reyna estava do lado de fora, na pequena escadaria do que antes fora um local sagrado. Ela olhava fixamente para seu arco, perdida em pensamentos. Se sentia parcialmente culpada por ter deixado Carl e Cassie assistirem à morte de Gareth, e principalmente por tê-los deixado ver sua expressão vazia em relação a isso.
Mas não era apenas nisso em que ela pensava. Ela não sentia nenhum remorso pela morte brutal de Gareth, inclusive ela até achava que havia sido pouco. Reyna reprisou todo o inferno de seu passado quando esteve no Terminus. Os irmãos, até depois do apocalípse, não sabiam sobre o que ela passava com o pai monstruoso que tinham. Merle menos ainda, já que partiu na primeira oportunidade que teve.
A história que ela contara a todos do grupo era que ela apenas acordava algumas vezes, mas logo desmaiava por conta da dor de cabeça e na perna, mas ela não queria expor seu passado a nenhum daquele grupo. Primeiro porque não conhecia nenhum deles além de Rick, Michonne, Carl, Cassie e, óbvio, Daryl. E segundo porque não queria pena nos olhares de todos. Isso a fazia se sentir como uma garotinha vulnerável.
No Terminus, não chegaram tão profundamente quanto seu pai, mas tiraram algumas peças de roupa da mulher, como sua jaqueta com o capuz que ela usava para caçar, mas mesmo assim ela saiu de lá se sentindo suja, repugnando seu próprio corpo. E ela imaginou que quando se cansaram de tentar algo, deixaram um morto ao seu lado, para que morresse da forma mais hedionda possível.
A mulher espantou os pensamentos da cabeça no momento que viu uma movimentação ao seu lado, nos arbustos, mais precisamente. Ela puxou rápida e habilidosamente uma das flechas da aljava em suas costas e preparou-a no arco. Reyna apontou a mira para onde as folhas balançavam com a movimentação por trás delas. Ela estava prestes a soltar a flecha quando a figura se revelou.
Ela relaxou a tensão no maxilar quando viu que era seu irmão. Suspirou aliviada enquanto abaixava o arco e guardava novamente a flecha. Reyna teve que se controlar para não abraçá-lo, finalmente permitindo que sua preocupação se esvaísse pelo menos um pouco. Mas foi bem menos que ela esperava, já que não viu a figura de Carol em lugar algum.
Daryl, por outro lado, olhava para a irmã mais nova com um misto de alívio e tristeza. Alívio por ainda estar viva, mesmo que não demonstre sua pouca alegria em relação a isso, e que controle sua vontade de jogar o orgulho para o espaço e abraçá-la. E tristeza por ter se lembrado o motivo de seu "Orgulho Dixon" existir em relação a ela, enquanto a mulher olhava para os lados a procura de Carol. Daryl nada falou a ela, apenas virou o rosto para o arbusto e disse:
— Pode sair.
(...)
A pessoa que saiu dos arbustos era um garoto, um pouco mais velho que Cassie e Carl, chamado Noah. Daryl contou a todos que ele esteve preso em um hospital com Beth, irmã mais nova de Maggie. Além disso, as mesmas pessoas que mantinham os dois presos ali, também machucaram e levaram Carol. Não demorou para que Big Grimes começasse a pensar no resgate de ambas.
Já era dia quando Rick e Daryl terminaram o plano para resgatar Beth e Carol. Glenn, Maggie e Tara já haviam partido junto com Abraham, Rosita e Eugene antes de saberem qualquer coisa sobre o assunto. Noah ajudava nos detalhes, já que ele era o único que conhecia o "lado inimigo". Reyna dava algumas dicas de como poderiam entrar despercebidos, sem barulho, caso precisassem.
— Quem virá conosco? — Rick perguntou olhando alternadas vezes para os membros do grupo.
— Eu vou. — Reyna foi a primeira a dizer, decidida. Daryl bufou em resposta, mas não respondeu absolutamente nada.
Sasha foi a próxima, já segurando o rifle com o silenciador em mãos. Tyreese decidiu acompanhar a irmã na decisão, terminando a definição de quem iria e quem ficava. Rick pediu à Michonne que cuidasse de seus filhos e Cassie, ao mesmo tempo que ficaria de olho em Padre Grabriel. Rick não confiava no homem nem cinco metros perto de seus filhos, então precisava de alguém de confiança, para que se sentisse mais seguro.
Daryl não dizia, mas queria que a irmã fosse. Ela era a melhor em estratégias e, assim como ele, não abandonaria o grupo por absolutamente nada. Durante o tempo que ficou fora para procurar por Beth, pensou e muito sobre a pequena briga que tiveram na igreja. Ele queria que ela visse o quanto esteve errada quando fugiu dos dois, mas não conseguiu conter a raiva no momento.
O que fez Daryl parar de falar fora quando Reyna contara sobre como se sentia em relação à mordida. De algum jeito ela sentia que aquilo estava nela, diferente dos outros, mas Daryl não conseguia entender o grande medo da mulher de morrer diante das pessoas que ela se importava. O normal seria uma atitude contrária, e era exatamente isso que o Dixon sentia.
Foram com esses pensamentos que Daryl saiu da igreja junto de Rick, Sasha, Tyreese, Reyna e Noah até o carro que haviam achado. Sasha tinha seus pensamentos perdidos em Bob, Tyreese, assim como o resto do pequeno grupo, permanecia calado o caminho inteiro apenas escutando enquanto Noah repassava algumas informações sobre o Hospital Grady Memorial, onde Beth e Carol estavam.
Quando chegaram em seu destino, foram em direção de uma espécie de galpão, apenas repassar o plano de resgate. Rick se agachou e refez todo o rascunho do plano no chão sujo do local, enquanto os outros escutavam atentamente.
— Atiramos para cima ao pôr do sol. — dizia ele. — Dois deles sairão em patrulha, e quando ficar escuro e o vigia do teto não nos vir, vamos atacar. — Todos assentiram fracamente. — Cortamos os cadeados da escada, subimos ao quinto andar, eu abro a porta, Daryl acaba com o guarda. — Ty franziu as sobrancelhas.
— Como? — perguntou ele.
— Cortando a garganta. — Rick respondeu sem rodeios, arrancando um par de olhos semicerrados em sua direção por parte de Reyna. — Temos que agir em silêncio, mantendo a vantagem. — Ele se explicava. — Eles não estão esperando por nós. — Tyreese permanecia com a mesma expressão, como se não gostasse nem um pouco do plano do líder. — Depois nos espalhamos. Facas e armas com silenciadores. Precisamos ser rápidos.
— O que precisamos fazer? — Sasha perguntou, com a expressão fria.
— Você e Ty acabam com os da ponta. — Rick desenhava no chão enquanto falava. — Daryl e Reyna, cuidem de quem estiver na cozinha. — Daryl tensionou os músculos assim como a irmã. — Eu fico com Dawn, e se forem espertos, o resto se entrega. — Tyreese ainda não estava convencido. — Ficarão seis no terceiro andar, na verdade sete, contando com Beth armada.
— Vão ter mais ajudando no terceiro andar. — Noah cortou o líder.
— Se tudo correr bem. — disse Tyreese, com o semblante agora triste. — Mas existe a opção de que não corra tudo bem. Basta apenas um policial passar no corredor na hora errada e o silêncio acaba. — dizia sem olhar para nenhum dos presentes no local. — Não vão faltar balas voando.
— Se for preciso... — Sasha começou, indiferente.
— Não é preciso. — Ty a interrompeu. — Podemos capturar dois dos policiais, vivos, fazê-los refréns, fazer uma troca. Sem tiros, sem perigo, sem mortes. — Rick se levantou.
— Pode dar certo, mas isto... — Ele apontou para o plano rabiscado no chão. — Vai dar certo...
— O outro jeito também pode funcionar. — Reyna se apressou em dizer. Para ela, a ideia de Tyreese era mil vezes melhor e menos doentia. — Essa tal de Dawn só quer fazer as coisas funcionarem, não? — perguntou para Noah.
— Falar é uma coisa, fazer é outra. — O garoto respondeu simplesmente.
— Pegando dois policiais dela, que opções ela tem? — Daryl se intrometeu de repente, ao lado de Reyna. Por um momento os dois se esqueceram de tudo o que acontecia entre eles e apenas permaneceram em família.
— Sem tiros, sem perigo, sem mortes. — Reyna falou novamente. — Como Ty disse.
Rick encarava os dois irmãos, cogitando seriamente as opiniões dos Dixons, mas principalmente percebendo que quando se tratava de família e ética, os dois eram extremamente iguais, e não deixariam que nada contradissesse um ao outro. O líder aceitou o plano no fim, singelamente aliviado pela proximidade involuntária de Reyna e Daryl.
(...)
Noah começara a colocar o novo plano em prática, atirando cegamente para o ar, justamente para atrair a atenção dos dois guardas que estavam em patrulha procurando por ele, como Dawn pedira. O garoto corria desengonçado por conta da perna machucada, mas isso não faria diferença no plano. Logo o carro da polícia seguia o garoto pelas ruas de Atlanta, até conseguirem contê-lo.
— Abaixe a arma, Noah. — A policial dizia enquanto descia do carro junto do companheiro. Noah colocou o revólver no chão, como o plano dizia. — Levante as mãos e vire-se. — concluiu ela. O outro caminhou até o garoto e puxou suas mãos para trás, algemando-o em seguida.
— Diga se estiver apertado, ok? — O policial disse sarcasticamente.
— Pensei que fosse mais esperto, Noah. — disse a policial. — Achou mesmo que não ouviríamos? — perguntou ela ainda apontando o revólver para o garoto. Noah se calou por um momento, enquanto o outro cara procurava algo ao redor.
— Onde estão as coisas em que atirava? — perguntou ele.
Era a deixa para que Daryl, Reyna, Rick, Sasha e Tyreese se aproximassem lentamente, com os rifles, revólveres e arco em mãos, apontando para os policiais. Daryl assobiou para chamar a atenção dos outros, que se viraram assustados e mudaram a pontaria de Noah para as cinco novas figuras.
— Levantem as mãos. — disse Rick, com seu tom autoritário na voz.
— O que querem? — A policial perguntou. — Seja lá o que for, podemos ajudar. — Sua respiração, assim como de seu colega ao lado, estavam irregulares. O medo já subia por suas espinhas.
— Obedeçam e não machucaremos vocês. — Rick disse mais uma vez. O homem foi o primeiro a ceder às ordens de Grimes, seguido pela companheira. — Bom. Agora, virem-se. — Ele se aproximava ainda apontando o revólver com silenciador para os dois. — Coloquem as armas no chão e ajoelhem-se.
Os policiais fizeram o que Rick mandou, lentamente, sem movimentos bruscos. Tyreese caminhou até Noah e desatou suas mãos, enquanto Reyna guardava sua flecha na aljava e se dirigia a mulher ajoelhada e a algemava. Daryl fazia o mesmo com o outro, mas apoiando a metralhadora no ombro.
— Precisamos conversar. — disse Rick, observando a ação dos dois Dixons.
— Posso fazer uma pergunta? — O policial perguntou enquanto era erguido do chão por Daryl. Rick virou-se. — Pelo seu jeito de falar, de se comportar... você era policial? — A respiração do outro permanecia irregular. Rick apenas o encarou intimidando-o. — Acredite se quiser, eu também fui. — Ele sorriu, irônico. Rick se virou para Noah.
— Esse é Lamson. — disse o garoto. — Vai topar, é um dos bons...
A fala do garoto foi interrompida por um carro se aproximando. Daryl atirou enquanto Sasha corria junto com Reyna e Tyreese para se protegerem. Rick puxou Noah para o outro lado. Reyna passou o arco pelo tronco, visando que ele não seria de grande utilidade no momento, enquanto puxava o rifle das costas e apontava na direção do carro.
A troca de tiros começara. O policial dentro do carro atirava nos seis atrás de algumas caixas, para que os outros dois algemados pudessem entrar e fugir. Reyna mirava precisamente no homem, mas pela adrenalina crescente no momento, não conseguiu atingir seu alvo assim como os outros, consequentemente, foi uma questão de tempo para o carro dar a partida e sair. Reyna saiu de trás da proteção antes de todos e mirou no pneu do veículo, com a mira precisa.
Eles correram com toda a pressa até o carro. Rick foi na frente enquanto Tyreese ficava para trás para poder ajudar Noah, que não corria tão rapidamente por conta da perna. O grupo logo chegou em um local aberto, com trailers parcialmente queimados e vários corpos de walkers queimados e grudados ao chão, gemendo como de costume, tentando erguer os braços na tentativa falha de chegarem até suas vítimas para uma refeição completa.
O carro onde os três policiais estavam, se encontrava vazio, mas todos os seis sabiam que os outros estavam à espreita. Todos estavam com as armas erguidas, prestando atenção até no mínimo movimento, prontos para mais uma troca de tiros. Daryl permanecia ao lado de Reyna, como um ato involuntário de proteção, e vice e versa.
Logo, os seis caminharam entre os walkers no chão, sem se importarem em serem mordidos, já que sabiam que aqueles não eram uma ameaça. Eles voltaram a correr no momento que viram dois dos policiais correndo atrás de um carro. Rick usou toda a fúria que tinha para correr.
— São os dois algemados. — disse ele. — Sigam-me.
Todos foram prontamente atrás do líder, mas Daryl ficara para trás, tentando procurar pelo policial que faltava. Aquele era uma ameaça maior já que as mãos permaneciam livres. Reyna percebeu a atitude do irmão, e se escondeu atrás de uma parede caso precisasse atacar de surpresa, facilitando a captura do outro.
Não tardou para que o último policial aparecesse e derrubasse Daryl no chão. Reyna se controlou para não sair do esconderijo, vendo que poderia guardar o ataque surpresa caso seu irmão estivesse realmente muito ferrado. Daryl parecia dar conta da situação, com uma luta direta com o homem. O Dixon avançou furiosamente, mas o policial foi mais rápido e o agarrou pela cintura, trilhando novamente o caminho de Daryl ao chão, perigosamente perto da cabeça de um dos walkers derretidos.
Reyna esperou mais um pouco, certificando-se de que seu irmão tinha mais alguns segundos para conseguir se desvencilhar das mãos do policial em seu pescoço. Mas seus músculos se mexeram automaticamente ao ver que a cabeça de Daryl estava quase se encostando nos dentes do walker. Ela estava furiosa, como se fosse uma mãe urso protegendo seu filhote, no caso, seu irmão mais velho.
Ela jogou o rifle no chão, pretendendo impedir homem com as próprias mãos. A mulher demorou apenas alguns segundos para chegar até onde os dois lutavam, e puxar o policial pelo uniforme, com força o bastante para fazê-lo cair de costas no chão queimado. Daryl tossiu pelo enforcamento recente e observou enquanto a irmã mais nova virava o homem de barriga para baixo e o imobilizava no chão.
— Tudo bem, tudo bem. — O policial dizia com uma expressão de dor por conta da mulher estar quase quebrando seu braço. — Você ganhou, vadia. — Ele praticamente implorava.
Logo Rick aparecera após sentir falta dos dois Dixons. Ele apontava seu revólver para o rosto do homem enquanto fazia um gesto para que Reyna o soltasse. O policial se levantou, seguido da mulher. Ela deu um passo até o irmão para ajudá-lo, mas hesitou por um instante. O Dixon respirava irregularmente, ainda de joelhos, o que fez Reyna revirar os olhos, caminhar até o irmão e erguê-lo do chão.
Daryl surpreendentemente aceitou a ajuda, mas logo se afastou da irmã e olhou para Rick. O líder permanecia com o revólver apontado para a cabeça do policial, com a expressão fria e indiferente, exatamente como olhava para Gareth na noite anterior. Reyna tensionou o maxilar. Daryl se aproximou alguns passos.
— Rick. — Ele tentou chamar a atenção do líder. — Rick! — chamou novamente, mais alto. — Rick, três é melhor que dois. — disse ele, caminhando até onde sua metralhadora estava.
Rick olhou para o amigo, e abaixou o revólver depois de alguns segundos. Reyna foi até o policial e puxou bruscamente os braços do homem para trás, tirou a algema do bolso e amarrou-o pelas mãos. Rick encarava a mulher intensamente, viciado em sua figura como ficara desde a primeira vez que a vira, impressionado por sua segurança e confiança, mas ainda sim com o coração bom, assim como Daryl.
Sasha, Tyreese e Noah deram conta dos outros dois policiais, e rapidamente o grupo já voltava com os três refréns para o galpão onde estavam planejando antes. Sasha escoltava a mulher, Shepherd, e um dos homens, Licari, enquanto Tyreese escoltava Lamson.
— Como seu amigo se chama? — Shepherd perguntou para Daryl e Reyna, que andavam mais à frente do grupo. Os dois ignoraram. — Preciso conversar com ele. Seu plano será nossa morte.
— Faremos funcionar. — Sasha disse simplesmente, caminhando atrás de Daryl e Reyna até onde Rick e Noah conversavam.
— Seria diferente se fossem trocar outros policiais. — Ela continuava insistindo. Todos a encararam dessa vez. — Dawn está levando o Grady para o chão, e alguns querem tirá-la da liderança, e ela sabe. Além de que queremos Lamson em seu lugar. — Reyna ergueu uma sobrancelha e olhou de relance para o policial citado. — Acham que ela fará a troca? Isso pode resultar em todos nós mortos, mas podemos dar um jeito em Dawn se nos deixarem ir, e traremos suas amigas de volta.
— Você sabe que não faremos isso. — Lamson a interrompeu. — O plano pode funcionar, mas terão que falar com ela. Conheço aquela mulher há muito tempo, e tudo o que eu quero é uma solução pacífica. — Ele olhava para cada um do grupo. — Então, me deixem ajudá-los.
— Hey, Rick. — Reyna chamou depois de alguns segundos encarando os três policiais. — Vai querer ouvir isso.
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Autora: oooie, cá está mais um capítulo procêis! eu até q gosto dele, mas o próximo já me deixa bem triste kkkkkrying
esse cap tá um pouco mais longo, porém ele e o próximo costumavam ser um só, ou seja, maior ainda, mas eu dividi pq ngm é obrigado kkkkkkk
enfim, espero que estejam gostando! e aí, o que acham que vai rolar nesse resgate!
amanhã posto o outro capítulo pra vcs (preparem os lencinhos) não esqueçam da estrelinha e dos comentários, que me ajudam mto
Bjin procêis♥️
(p.s: BATEMOS 1K DE VIEWS! gratidão de verdade, meus amores✨🎉)
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