capítulo 01 : 1837

"Todos os dias eu me pergunto se teria valido a pena lutar por tantos anos na guerra. Mas quando eu olho para as crianças brincando na rua e sendo oque elas são, percebo que por causa dos que morreram na guerra,elas não precisarão lutar,como eu lutei um dia!"

Uma jovem de longos cabelos castanhos ondulado estava com uma carta de frente de uma janela embaçado no qual impossibilitava de alguém se quer tentar olhar para quem estava ali dentro. A moça jovem de 19 anos dobrou em quatro partes e guardou a carta em uma caixa de madeira no qual possuía suas iniciais e outras cartas lidas por ela. Deu um suspiro quando ouviu seu nome ser chamado lá embaixo, aonde sua mãe estava cozinhando.
Erguia seu vestido que estava caindo, e logo desceu correndo pelas escadas de madeira que costumava fazer uns barulhos esquisito  , e as vezes dava impressão de que  alguém andava de madrugada. Quando chegou na cozinha, pode ver sua mãe com seu avental que em algum momento já havia sido branco. Ela tirou um pão que acabará de fazer.—Que bom que já desceu, preciso da sua ajuda.

— Não sei porque está fazendo tanta coisa.—Ela pegou um pano e tirou os biscoitos de canela que quase haviam queimado.—As coisas nem sempre eram daquele jeito.

—Não seja boba, Jerry vai te pedir em casamento.— Um rapaz bonito com cabelos lisos e castanhos apareceu, pegando um dos biscoitos em cima da mesa dizendo:

—Falando em casamento? Estou fora!—ele logo se retirou daquela cozinha deixando as duas sozinhas novamente.

—Viu só! Porque não pressiona ele , mãe?

— Ander ainda não tem 22 anos.

—Mais eu não tenho 22anos.

—Vai fazer daqui um mês.

—Eu não quero me casar.

—Bobagem  Nell , quer sim!— Sua mãe ainda cortava e dava mais atenção no pão doque as queixas de Nell. — Eleanor Armstrong tinha um apelido que só sua família a chamava, "Nell" .—Hoje tem que ser perfeito, temos que causar uma boa impressão —ela deu um sorriso simpático.

—Não quero te decepcionar, mais ele não vai me pedir em casamento.

—Claro que vai!— uma jovem de 12 anos aparece com seu pijama branco se sentando na mesa da cozinha, pegando um biscoito.—Ele é incrível.

—Então ,casa-se você com ele. —As duas fizeram uma cara feia.

—Não coma Eynie , isso não é para agora.

— Só estou tentando avisar ,para que isso não os decepcione . Não vai dar certo. — Nell não era alguém que se casaria naquela idade, mais não podia fazer nada quanto a isso. Ela morava com sua mãe e a ajudava com oque podia, junto com seus dois irmãos. Seu pai estava em guerra, lutando pelo país enquanto eles três tentavam  sobreviver em uma pequena cidade em Londres.

—Não seja pessimista, oque vai fazer se não se casar?—Dessa vez ela estava a olhá-la bem para seus olhos castanhos .

—Trabalhar, quero ser uma professora .—ouviu Eynie soltar uma risada baixa .—Sabe que esse sempre foi o meu sonho,mãe. Quero poder mostrar que sou capaz sim de ensinar pessoas e levar conhecimento ,aonde hoje em dia é difícil chegar.

—Eu sei que você é muito capaz ...porém é mulher , não vai ter muitas oportunidade querida.

—Aqui! Quero ir para LONDRES.

—Me leva junto! —Nell ignorou oque sua irmã xereta havia dito.

—Quando se casar ,vai poder ir para qualquer lugar. —Aquilo não era verdade, não se por um momento infeliz casasse com Jerry. Ele era o mais rico daquela cidade e tão excêntrico a ponto dela não jamais sonhar em tê-lo como esposo. Como conseguiria se casar com ele? Sabia que Jerry amava sua popularidade e não abriria a mão daquilo,e ela...estaria presa para sempre naquele lugar sem graças e cheio de pessoas fúteis.
—Não se esqueça, você é a mais velha e precisa agir como tal.

—Como a senhora quiser.

—Suba as duas,e se preparem para receber os convidados. —Eynie resmungou algo baixo, e Nell sobe rapidamente para seu quarto que dividia com sua irmã mais jovem.

Ela pegou outro baú e levou para o sótão, aonde fazia dali o seu lar particular . Dentro dele havia folhas no qual ela criava métodos de estudos
Para crianças carentes e um livro que se tornou seu passa tempo em dias chuvosos . Ficava encarando e não sabia oque escreveria nas outras páginas. Havia uma coisa que tolerava em Jerry, era que ele havia prometido levar para um escritor famoso o seu livro, para lançarem em breve . E seu coração estava a mil, e tudo oque sentia era um frio na barriga e um pouco de raiva.

Colocou seu vestido azul, aqueles que moças de classe baixa usam para ocasiões especiais. Amarrou de um jeito quase elegante o seu cabelo, e logo colocou seu perfume caro que havia comprado de uma senhora viajante que lhe ofereceu rosas brancas, se ela comprasse aquele vidro de perfume. Obviamente ela comprou. Nell escutou a porta bater e logo sorriu por estar tão ansiosa em ver Jerry. Quando estava preste a abrir a porta,  se virando  o encontra olhando com aqueles olhos apertadinhos e um brilho que o deixava atraente, mesmo tendo olhos pretos.
—Você? —ele nunca esteve no seu quarto antes.

— Oi, densinho.  — Ela odiava aquele apelido ridículo que ele havia colocado nela. —Ela sorriu ao vê-lo.

— Oque faz aqui em cima? Sabe que um rapaz não deve entra no quarto de uma dama.

—Você não é exatamente uma dama. —ele deu uma piscada,mas ela não sabia se ficava ofendida ou levava aquilo na brincadeira.

— Bom, se está aqui em cima é porque tem alguma coisa para me dizer. —sua expressão era igual a uma criança quando espera ansiosamente por um doce. Jerry mantinha sua postura de um homem elegante e bem culto. Ele estava com as duas mãos para trás e logo movimentou sua mão direita fazendo gestos para que ela pegasse o livro que estava em sua mão. Nell pegou e logo percebeu que era o seu livro em mãos, com uma capa não muito incrível, mais era interessante para alguém que teria um livro pela primeira vez. —Isso, isso é incrível! —Nell  parou por um instante e logo percebe algo de errado. —Espere... Eu não terminei o livro... Como... Como conseguiu publicar, jerry? O livro originalmente tinha uma capa aveludada sultil em cores verdes e dourado.

Mais ele continuava em silêncio, esperando que ela mesma descobrisse.  Não perdeu tempo em olhar logo para o nome que deveria ser o dela na descrição do livro. Seu coraçao batia muito rápido, e podia jurar que estava faltando ar naquele quarto ,cujo as duas janelas perto de sua cama e da sua irmã estavam aberta ,aonde o ar gelado do anoitecer entrava. — Porque seu nome está escrito aqui?

—Porque o livro é meu.

— Você enlouqueceu?!  Eu escrevi!

—Não, Senhorita amistrong. Eu escrevi, veja meu nome.

—Por que fez isso? —Ele colocou as duas mãos para trás e começou a dar Passos ao redor dela. —Por que?

—Era bom de mais, para uma mulher levar o crédito.

— Como ousa fazer isso?

—Bom, eu tinha o contato com o escritor, e também tinha uma garota boba que acreditou que eu a faria uma escritora. E agora —Ele tocou no seu queixo.—Eu tenho um Livro.

—Seu babaca!

—Veja bem oque vai me dizer , posso destruir a sua família em questão de segundos, e ninguém, eu digo, ninguém vai querer casar com você. —Jerry tinha razão, todos amavam a família dele, mesmo sendo  Arrogantes e sempre tão distantes de pessoas que não eram do mesmo nível. Lembrou que uma moça se recusou a beijá-lo, e ele espalhou para todos da cidade que estava sofrendo assédio, destruindo a reputação da moça, que preferiu mudar de cidade. Nunca acreditou 100% naquela História, e agora sabia muito bem do caráter do jovem rico de Lordyfall.

Escutou a voz chamá-los lá para-baixo, e sabia que sua mãe estava bajulando como fazia todas as vezes. Jerry sorriu, e continuava a mostrar seus dentes alinhados e brancos para ela, esperando que ela causasse um escândalo. —Isso mesmo, controle.— Não conseguia nem sequer pensar em responder, e ficou calada vendo Jerry sair do seu quarto a deixando com o livro em suas mãos.

...

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