Capítulo 5
Alguém esperava do lado de fora da casa e disparou quando o alvo, eu, coloquei o pé para fora. Felizmente, Tobiah foi mais rápido que o trajeto da bala e puxou-me a tempo, iniciando uma troca de tiros com o inimigo. A pessoa conseguiu fugir no carro e nenhum de nós conseguiu decorar a placa ou vislumbrar o rosto do atirador.
Eu nunca vi Tobiah tão furioso.
— Vou te levar de volta. —ele resmungou quando passou por mim e apontou para seu carro, um modelo antigo que ele conseguiu essa manhã. Segundo ele, nossa estadia já tinha se prolongado o suficiente e eu precisava de um novo refúgio.
Refúgio.
Eu quase me senti como uma criminosa em fuga.
Entrei no carro com ele, ainda sentindo a adrenalina percorrendo meu corpo enquanto o silêncio preenchia todo o espaço. Descobri que Tobiah é um homem silencioso e mal-humorado na maior parte do tempo,mas seu silêncio é como a tempestade antes do furacão.
— Quem era aquele? — ele apertou o maxilar.
— Nenhuma ideia.
— Pensei que esse lugar fosse seguro, que ninguém o conhecesse.—resmunguei.
— Ninguém o faz.
Estalei a língua, porque era óbvio que alguém conhecia.
— Acho que alguém te seguiu.— sussurro, muito mais um desabafo do que uma crítica, mas é claro que ele não interpreta dessa maneira.
Minha resposta funciona como gatilho e cada músculo do seu corpo queima em resposta.
— O que você acabou de dizer? — Mantenho o olhar preso na estrada, e embora eu não consiga me olhar no espelho, meu semblante reflete apreensão enquanto mantenho o lábio inferior preso entre os dentes.
— Olha, você mesmo disse que ninguém sabia sobre esse lugar. Eu estive presa sem nenhum celular, considerando que você foi o único indo e vindo, a explicação plausível é que alguém te seguiu. — ele desvia o olhar do meu e bate o punho contra o volante.
— Acho que está na hora de esclarecermos alguns pontos, Nora. — A voz de Tobiah parece um convite antagônico no meio do turbilhão de pensamentos que me invade.
— Você está disposto de fazer o mesmo? — Exijo, deixando para trás a animosidade que cresceu em mim desde que ele me sequestrou.
Minha consciência grita de volta para que eu fique em alerta, arranhando as paredes da minha consciência e razão. Preciso lembrar que ele está escondendo segredos de mim e que já foi amigo de Ivan.
— Eu posso fazer isso, mas você precisará ser sincera e responder minhas perguntas. — Mergulho os meus dedos mais fundo nas minhas pernas, obrigando-me a inclinar o pescoço e olhar para ele.
— Será um jogo justo— Rosno, tão desesperada que meu coração acelera — Como temos certeza que não estamos sendo seguidos?
— Não estamos, aquele cara estava sozinho e foi surpreendido de forma negativa. Ele foi embora.
Estou pronta para começar uma discussão, quando ele vira o carro sem aviso para esquerda e minha cabeça bate de forma desajeitada na janela
— Que diabos!
— Era uma cobra— ele grita, mas não posso afirmar se ele está chateado ou nervoso. — Odeio cobras. — acrescenta.
— Você está bem?— pergunto, notando sua expressão vazia e rosto pálido.
Passa cinco segundos antes que ele me encara e acene com a cabeça, resmungando alguma coisa em russo.
— Você fala russo?
— Surpresa?
— Muito.
Ele me dá um olhar e sorrir, não o do tipo alegre e convidativo,mas um sorriso misterioso e sombrio.
— Tem muitas coisas que você não abe sobre mim, mas vamos mudar isso. Agora, vamos começar pela sua amiga morta. — eu agarro minha perna, não conseguindo olhar na direção dele.
— O que você quer saber sobre Ari?
—Tudo. — Sua voz calma irrita-me. Abro a boca para fazê-lo desistir, mas ele para bruscamente entre duas árvores e me encara.
Pai amado. Dei-me paciência. Aperto minhas sobrancelhas juntas.
Respire.
— Comece. —Tobiah abre a janela do motorista e ajeita a posição do espelho retrovisor.
— Que tal alguma orientação? Eu sinto que você quer uma resposta específica.
— Você está muito nervosa. —Indica, apontando para o assento do passageiro. Eu resmungo, solto o cinto de segurança e fecho os olhos. — Vamos, Nora.
Reflito se existe algo que posso falar sem me complicar muito, contundo, chego a conclusão de que é inútil.
— Comece. —Volta a falar, coçando a barba rala. Mesmo contrariado, faço o que pede.
— Nós matamos alguém.
— Vocês mataram alguém? — Tobiah fala e não dizer se consigo pelo seu tom, decidir se ele está perplexo, sem acreditar ou zombando de mim.
— Foi um acidente, estávamos voltando de um show, algumas de nós tinha bebido demais. O caminho era ruim, bem parecido com esse e estava de noite. O homem surgiu do nada, nenhuma de nós o viu até que foi tarde demais. — explico, voltando a memória daquela noite. Eu quase posso sentir a corrente de frio e o sabor do pânico.
— O que aconteceu?
— Nós o atropelamos, a estrada estava vazia, nenhum celular estava tendo sinal. Não tínhamos muitas opções, mas pensamos muito sobre cada uma delas. Talia queria chamar seu avô para resolver, mas nenhuma de nós queria dever qualquer favor para Magnus Krauss, ligar para os pais de Isa também não era uma boa ideia, considerando o quanto eles gostam de acumular segredos.
Minha respiração começa a ficar alterada.
— O que vocês fizeram?
— Eu chequei se ele ainda tinha pulsação.
— Então?
Balanço minha cabeça em negação.
— Ele estava morto. — afasto meu olhar do de Tobiah, me permitindo ter um minuto de silêncio longe dos seus olhos. — Ari decidiu que levaríamos ele para o hospital e largaríamos na porta, então assim o fizemos. Foi a viagem mais longa e estranha que já tive, eu não conseguia esquecer que alguém estava morto no porta-malas. Isa achou que era uma boa ideia olhar a documentação dele, porque talvez ele tivesse um sobrenome conhecido, mas nenhuma de nós nunca ouviu sobre ele antes.
— E você lembra?
— Do quê?
— Do sobrenome. — ele di
— Eu lembro do nome inteiro.
— Fale.
— Mikail Vasilyev Pushkin. — repito, imitando o sotaque de Talia quando ela corrigiu Isadora, agarrando os documentos do pobre homem e lendo ela mesmo. Sua expressão ficou parecida com a de uma pessoa doente, mas todas nós parecíamos um pouco doentes naquela noite.
— O que você acabou de dizer?!
Eu pisco,aturdida por sua reação.
— Você o conhece?
— Se eu o conheço? — ele bufa. — Você apenas atropelou um dos maiores assassinos da família Punhkin,mas não só isso. A família dele é inimiga declarada dos Krauss, eles brigam por territórios por gerações.
— Está dizendo que atropelamos um assassino?
— Estou afirmando que você todas estão com os dias contados.
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