Vilões

Já vou adiantando que o final desse cap vai ser...confuso? Aleatorio? Enfim, apenas segurem na minha mão e confiem que eu tenho tudo planejado e em breve vcs irão entender o porquê desse final.

***************

-Mais uma colherzinha princesa..- Bakugou dizia enquanto levava a colher de comida na boca da pequena.

-Tem uma princesa sendo mimada em..- Mina disse lhe apertando as bochechas e a menina sorriu.

-Hey! Você é minha madrinha dinda Mina!- Katsuo que estava sentado ao lado da rosada disse.

Estavam em uma mesa enorme conversando e interagindo. Estavam em uma festa pós batismo.

-Quando o merda do Deku vai apresentar o muleke pra gente? Achei uma palhaçada isso de esconder o filhote nós dois primeiros meses. -

A dois meses Shoto e Izuku tiveram um filho. Porém, ninguém sabia o rosto da criança, Izuku disse que isso era pra proteger o bebê e que segundo o shintoismo esses primeiros meses era muito íntimo da família, e que o bebê podia pegar energias negativas.

-Ah vai, tem um fundamento, dizem que bebês são bem sensíveis a energias e Kamis* ruins, por isso ficar em casa com os pais sem ninguém ver é um jeito de proteger o bebê. - Jirou disse

-Isso não existe emo. Essas coisas sobrenaturais não existem.-

-Vocês acham mesmo que esse tipo de coisa existe? Sério?

-Papa, existe sim! -Liz disse. Ela ainda estava com o cabelo, porém era muito pouco comparado a antes, além da bandana rosa. Eijirou comprou uma roxa e rosa do modelo da dele pra ela poder usar, e ela não tirou mais da cabeça.

-Papai!!!! - Akihiko veio correndo até a mesa. Ele estava num pula pula que tinha ali para as crianças. - Vi o quão alto eu pulei? Viu? Viu? perguntou todo animado.

-Vi sim.- Eijirou disse rindo da animação do filho. - Você é bem esperto garotao.- Lhe bagunçou os cabelos fazendo o moreno rir.

-Fica olhando papai! Eu vou pular mais alto ainda, não para de olhar tá?- Eijirou riu.

-Tá bom, vou ficar olhando. - E lá se foi o moreno, correndo todo feliz da vida pro pula pula. Liz olhou pro irmão e pras outras crianças brincando, fez um bico e olhou pra Katsuki.

-Não, você sabe que não pode.- Ele disse pegando outra colher da comida. Estavam jantando. Akihiko como é agitado preferiu ficar brincando e depois comer.

-Papa..o senhor é tão bunito e legal..- Piscou os olhinhos fazendo charme. Antigamente funcionária essa tática, mas agora com a situação dela não iria adiantar.

-Não Liz, você não pode. Quando melhorar vai poder, mas agora não. - Ela fez o bico de novo.

-Então o senho é feio também!- Exclamou.

-E aí gente?- Todoroki chegou

-E aí nada! Ninguém quer ver essa tua cara feia Todoroki!- Uraraka Exclamou - Cadê o baby?

-Ta mamando, daqui a pouco o Izuku trás ele.-

-Tem nome aquela praga?- Katsuki perguntou colocando mais uma colher de comida na boca da filha.

-Naiko. - Ele disse e todos olharam que encantados.

-Ainnnn que fofo!-Mina exclamou

-Mô, eu quero um nome assim pro nosso bebê também. -Uraraka disse encarando a rosada.

-Vamos pensar num nome assim quando ele chegar amor.

-Vocês tem mesmo que ser melosas assim?- Bakugou questionou.

-Para suki, é fofo! - Eijirou exclamou tirando os olhos de Akihiko que estava no pula pula.

-PAPAAAAI! OLHA PRA MIMMMM!- O moreno berrou e Eijirou voltou seu olhar ao filho, o vendo pular e dar cambalhotas.

-Papa, eu acho a tia Mina e a tia Uraraka fofas. Quando eu crescer quero momola uma menina que nem as duas. -Liz disse antes de receber mais uma colher de comida.

-Mais uma sapinha pro time!- Mina comemorou.

Porém a mente de Bakugou não deixou de pensar outra coisa a não ser "isso se você crescer né pequena. " Fechou os olhos se repreendendo pelo maldito pensamento. Tinha que acreditar nela, acreditar que tudo daria certo e que essa era só mais uma provação que passariam.

-E quem disse que a senhorita vai namorar?- Ele perguntou tentando ser brincalhão e esquecer o pensamento antigo. - Eu não vou deixar ninguém tirar a senhorita de mim. -

-Vou sim! Vo momola e viaja o mundo com ela!-

-Eijirou sorriu vendo a cena enquanto os amigos continuavam a conversar e tagarelar.

-Papai..- Akihiko chegou. - Agora deu fome. -

-Vou colocar pra você, senta do lado do Katsuo.

-Isso mesmo Liz, tem que momolar uma maravilhosa que nem a Ochako - Mina disse abraçando a morena e a beijando no topo da cabeça fazendo a morena rir - E viajar bastante com ela.

-Para amor..- As bochechas da morena coraram.

Os amigos continuaram conversando por mais alguns minutos até Izuku aparecer com o bebê no colo, dessa vez sem o bendito lenço.

O hatsumiya kidan do bebê (batismos) foi em um templo xintoísta de modo bem tradicional.  E até então ninguém viu a carinha do bendito.

-Chegamos...- Izuku disse saindo de dentro da casa e indo para fora com o bebê nos braços,deu pra ver uma cabeleira branca nele.

-Até que enfim! Eu tava curioso!- Katsuo disse olhando.

-Eu também!- Akihiko acompanhou.

-Deve ser fofinho. - Liz disse

Todoroki andou até o esverdeado e o abraçou por trás, sorrindo orgulhoso ao olhar para o filhote, este que levantou as mãozinhas abrindo e fechando, abrindo e fechando, provavelmente brincando com os dedinhos.

-Aaaaaaaa neném!- Mina foi a primeira a correr em direção ao pequeno o observando. -Iiiitiiii Malia! Vem cá no colo da doida da tia Mina amor, vem. - Ela disse recebendo o menor no colo. Esse que não fez nada apenas fechou um pouco a cara, incomodado com a troca de colos.

-Aí quero ver também.- Jirou se levantou comprimentando o bebê. - Ai meu Deuso que coisa mais fofinha! -

Todos os amigos se aproximaram indo olhar o bebê, até Bakugou teve que admitir que ele era bonitinho com a aquele cabelo branco liso e olhinhos de cor diferente.

[......]

5 dias ..

5 dias até a cirurgia da menor.

Após 2 meses com radioterapia ela finalmente iria fazer a cirurgia para retirar o tumor da medula óssea. Essa cirurgia tinha 70% de chances de dar certo, o que não acalmava nem um pouco os dois.
Com o tratamento o tumor realmente diminui e pode ser retirado, porém os outro que já tinham espalhado cresceram assim como eles temiam, sendo um perto do pulmão e mais dois menores perto do estômago.

Um dos dos estômagos podia acabar com quimioterapia intensiva, já os outros dois teriam que ser com cirurgias, essas que provavelmente seriam de risco já que quanto mais tempo passava, mais eles aumentavam e se espalhavam. Era como uma maldição aquilo.

Bom, e agora estavam em um dos momentos mais doloridos. Estava na hora de raspar o cabelo dela. Não tinha como fugir daquilo mais. Não queriam ter que fazer isso no hospital com enfermeiros e médicos, seria mais desconfortante para a filha, então optaram por raspar em casa.

-Para papai...- Ela resmungou chorando. Ela estava no colo de Katsuki, esse que com um braço segurava o corpinho dela e a outra a cabeça, pra ela não se mexer e evitar de cortarem ela. E Eijirou estava com a tesoura na mão, retirando o excesso.
- Filha.. temos que fazer isso, é pro seu bem. - Katsuki disse.

-NÃO É PRO MEU BEM! ME DEIXAR CARECA NÃO É PRO MEU BEM! ME LARGA PAPA! - Tentou se espernear. O que só tornava a situação ainda mais difícil. Não podiam pedir que ela aceitasse e entendesse o que estava acontecendo, era só uma criança, uma criança que queria voltar a brincar e comer normalmente. Uma criança que estava tão farta da situação assim como eles. -EU VOU ODIA US DOIS! NUN-NUNCA MAIS VOU DA BEIJINHO E ABRAÇO!- Ela disse chorando.

Katsuki a abraçou enquanto a segurava.

-Hey princesa, vai crescer de novo. - Eijirou disse terminando com a tesoura.

-ENTÃO CORTA O SEU!- Aquele comportamento era tão estranho vindo dela. - NII-CHAAAAAAN! ME SALVA! KATS! AKIHIKO! ME AJUDA!-

Os gritos dela foram ouvidos pelos meninos que estavam atrás da porta angustiados com a situação.

-A gente vai entra lá!- Katsuo disse determinado ouvindo o barulhinho da máquina de cortar e o choro da irmã.

-Não! O papa e o papai não iam fazer nada de ruim pra ela, deve ter motivo pra ela ficar sem cabelo. -

-Eu não ligo se tem motivo ou não! Tão fazendo mal pra minha irmãzinha! E eu vou proteger ela!- Ele disse

-Porque essa poteção toda com a Liz? Gosta mais dela do que de mim?-Akihiko perguntou cruzando os braços

-Não seu imbecil, gosto dos dois igual. É que ela é minha maninha.

-Eu também sou!

-É! Mas a Liz é mais pequena, e eu jurei proteger ela ué! Eu não lembro quando jurei mas eu jurei ...Agora vamo entrar lá! Você segura o braço do papai e eu pego a aquele negócio da mão dele!-

-Tá...mas se eu ficar de castigo eu juro que te bato. -

-No três...1..2..3..- E eles entraram correndo super decididos no que fazer. Akihiko correu e puxou o braço do pai ruivo esse que por sorte tirou a maquininha da cabeça de Liz antes que a cortasse. Quando assustaram Katsuo pegou a maquininha a puxando da mão de Eijirou, esse que segurou.

- KATSUO! LARGA...- Bakugou começou a gritar mas não deu tempo nem de raciocinar o que aconteceu.

-AAAAAAAAAH!- Akihiko começou a chorar enquanto o sangue jorrava.

Quando Eijirou segurou a maquininha Katsuo tentou a pegar puxando pro lado, pro lado em que Akihiko estava e como o moreno estava perto a maquininha acabou o acertando antes que Eijirou pudesse virar a mão para outro lado.

-Akihiko!- Eijirou Exclamou olhando pro filho. Katsuo largou a maquininha na mesma hora.

-AAAAAH! AAAAH! AAAAAAH!- Ele chorava nervoso olhando pro corte que derramava sangue.

Eijirou puxou a maquininha da tomada a tirando e deixando e jogando pro outro lado da cama, e em seguida se aproximou do filho que berrava sentado no chão.

-KATSUO! OLHA O QUE VOCÊ FEZ! QUASE PEGOU NA GARGANTA DELE!- Eijirou disse vendo o corte no queixo do garoto. Alguns centímetros e teria pego direto na veia principal da garganta. Um arrepio e sentimento amargo o percorreu só de imaginar isso.

O loiro deu passos pra trás assustado com a situação, não era essa a intenção! Ele devia proteger os irmãos caçulas, não os machucar. Olhou para Liz que estava aos prantos olhando pro irmão e pro sangue.

- Katsuo...QUARTO AGORA!- Bakugou berrou e o loirinho saiu correndo e chorando pro quarto. -Vou pegar os primeiros socorros, puta merda!- Katsuki se levantou pegando o kit enquanto Eijirou tratava de acalmar o filho.

-Suki...vamos ter que ir no médico, tá muito fundo. - Eijirou disse enquanto tentava parar um pouco o sangramento.

-O Aki vai ficar bem?- Liz perguntou, por um segundo se esqueceram dela.

-Liz, sobe pro seu quarto também ok? Vamos cuidar dele e depois ir no hospital.-. Katsuki disse e a menina acenou um sim e saiu correndo. O loiro rapidamente pegou o primeiros socorros se abaixando e ajudando Eijirou a esticarem o sangue e fazer um curativo temporário.

-Hey, hey, Akihiko olha pro papai..- Eijirou chamou com a voz doce, apesar de ainda estar assustado com o que quase aconteceu. -Calma, vai melhorar ok? Daqui a pouco a dor passa. - O menino fungou o nariz e tentou segurar o choro.

-Eiji, liga pra alguém ficar com os dois pra gente levar ele no médico. Eu termino de cuidar aqui. - Disse e o ruivo se levantou, deixando o loiro na função de limpar a ferida e estocar

-Papa..o Kats va-vai ficar de cas-castigo por muito tempo?- Perguntou em meio ao choro.

-Você vai saber, vai pegar o mesmo castigo dele. -Disse limpando a ferida.

Alguns minutos se passaram e Eiji voltou no quarto avisando que Jirou e Denki viriam. Bakugou ficou com o filho enquanto o ruivo subiu pra avisar os outros dois, e avisar que eram pra se comportar.

Assim que os dois chegaram eles se preparando pra sair.

-Obrigado por ficarem com os dois. - Eijirou disse com Akihiko no colo esse que chorava baixinho. -

-Que isso, só tomem cuidado. Tem vilões nas ruas, a Mina e a Uraraka estão lutando contra elas. - Jirou alertou.

-A gente desvia. - Bakugou disse. - Tem uma maquininha em cima da cama, podem pegar ela e terminar de raspar o cabelo da Liz? Não deu tempo pra gente.- Os dois acenaram um sim e o casal saiu com o menino que ainda chorava baixinho.

Os dois então saíram com o carro e com o menino para o médico. O caminho foi tranquilo com um engarrafamento. Esse engarrafamento demorou tanto que o pequeno dormiu no banco de trás. Eijirou respirou fundo olhando o espelho para ver o filho. Puta merda, quando aconteceu uma tragédia.

-Cabelo de merda, ele tá bem, não pegou na garganta. -Bakugou disse olhando pro trânsito enquanto dirigia - E além di..-

Não deu tempo de terminar, e em um ato desesperado o loiro virou o carro em uma rua que estava ali, fazendo os pneus cantarem alto. E em seguida ele acelerou o carro em uma velocidade descomunal. Eijirou se segurou o olhando assustado, porém antes dizer uma coisa o barulho de tiros acertando a lataria do carro.

- Se abaixem os dois! Agora!- Ele disse olhando para o retrovisor e vendo o carro da liga de vilões vindo atrás deles. Merda! Tinha feito de tudo pra passar longe da onde os ataques estavam acontecendo. Novamente ele virou o carro de uma vez entrando em uma rua deserta.

-Papai...e-eu..tô-tô com medo...- Akihiko começou a chorar enquanto estava encolhido no banco de trás.

- Vilões?- Eijirou questionou e o loiro acenou um sim acelerando mais enquanto via os vilões se aproximarem mais do carro. Merda! Se Akihiko não estivesse ali ele sairia e lutaria com aqueles filhos da puta.

-NÃO ADIANTA FUGIR GROUND ZERO! EU VOU ANIQUILAR VOCÊ!- A voz de Shigaraki sou maníaca e assustadora, fazendo a criança no banco tremer de medo.

Mais um tiro, dessa vez no parabrisa o fazendo amassar. Bakugou trocou a marcha e acelerou mais o carro em linha reta. Tomou um olhar decidido do que iria fazer. O loiro cerrou os olhos e acertou a posição do volante.

Eijirou estava assustado e agarrado ao bando olhando pro filho a todo momento para garantir que nenhum tiro corri o risco de acerta-lo. Foi aí que ele percebeu..

-Suki! Essa rua dá num penhasco pro mar. - Disse apreensivo.

-Eu sei. - A voz soou firme e cheia de certeza. - Abre todas as janelas e deixa as portas destrancadas Eijirou.

-Suki má..- Foi interrompido por outro tiro, dessa vez em um dia retrovisores.

-ANDA LOGO! EU SEI O QUE TO FAZENDO! - Katisuki berrou. Eijirou então abriu todos os vídeos e destrancou o carro em uma velocidade absurda. Katsuki não ia jogar o carro no mar com eles dentro não é? - Tira o cinto de segurança e vai pro banco de trás tira o cinto do Akihiko e se endurece para proteger ele. - Katsuki disse retirando o próprio cinto.

-O que caralhos você vai fazer Katsuki?-

-Salvar a vida dos dois inferno! Ou prefere morrer baleado? AGORA VAI!- O ruivo retirou o cinto já imaginando o que o loiro iria fazer. O único jeito de sobreviver a um carro afundando é abrir as janelas e destravar as portas antes da água entrar pois depois os sistemas não funcionam. A mesma coisa o cinto, se a água chegar o cinto emperra.

Eijirou retirou o filho da cadeirinha e o abraçou se endurecendo olhando para Katsuki que já via o penhasco para o mar a sua frente.

-Filho. - Chamou e o menino o olhou ainda chorando de medo. - O que o papai vai fazer agora vai ser assustador, mas não se preocupe, eu e o seu pai vamos proteger você. - Ele disse acelerando uma última vez - Quando eu gritar já, você puxa o ar e prende a respiração ok?-

-O-ok papa. - Ele disse.

E em um piscar de olhos Katsuki lançou o carro no penhasco

-JÁ- gritou enquanto o carro caia os 8 metros que tinha ali batendo no mar logo em seguida e fazendo o impacto atingir os três.

Os vilões pararam no penhasco.

-Não foi a gente que matou, mas pelo menos o Ground Zero já era. - Toga disse.



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