Reencontros desagradáveis
Sugiro que peguem os capacetes e uma garrafinha de água. Acabamos por aqui a introdução, apartir do próximo capítulo será só ladeira a baixo meus caros. Personagens vai sofrer, e como vão sofrer.
Se puderem votar eu agradeceria muito! (♡ω♡ ) ~♪
Me ajuda muito a continuar. E se sinta livre pra comentar, eu amo ler os comentários de vocês.
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"— Abre Suki. —Eijirou dizia sorridente, encarando o marido a sua frente que olhava desconfiado para a caixa de presente. Eijirou estava com Akihiko de 6 meses no colo, o até então caçula da família.
Bakugou meio receoso abriu a caixa, vendo um sapatinho amarelo e um teste de gravidez positivo.
— Você tá grávido?— A voz dele soou diferente do que Eijirou imaginou. Tudo bem, não tinham planejado um terceiro filho, na verdade nem queriam, mas...Bakugou não iria repudiar isso não é?
—É...eu tô. — Disse desfazendo o sorriso que até então estava estampado no seu rosto. Ele viu a expressão de Bakugou virar uma expressão de decepção e em seguida o loiro suspirou como se tivesse recebido a pior notícia. — Suki….não está feliz?— Questionou engolindo o seco. Temendo o que poderia vir.
— Eijirou... nós já temos dois bebês pequenos dentro de casa.— Disse olhando para o neném de seis meses que mexia na orelha de Eijirou. E o outro de dois que brincava no tapete.
— É mas, mas...a gente queria ter uma menina lembra? Agora pode ser nossa chance. — Ele disse tentando receber uma resposta positiva do alfa.
— É, por isso planejamos a gravidez do Akihiko, para podermos tentar ter uma menina e para o Katsuo ter um irmão. E pronto, só duas crianças. —
— Suki.. você..— Uma lágrimas desceu, imaginando o que Bakugou diria.O loiro respirou fundo.
— Eiji, a gente não vai dar conta de três, o Akihiko ainda mama. É o melhor a se fazer, e você sabe. —
— Eu não vou tirar!— Negou. — E-eu sei que três é demais mas eu consigo! E ..e….e..—
— E nada. Se isso fosse daqui uns anos até estaria tudo bem, mas Eijirou nós não vamos dar conta de três de uma vez.— Repetiu.
Eijirou abraçou o bebê em seus braços sentindo as lágrimas descerem."
A memória atingiu Bakugou como uma flechada enquanto ele abraçava o ômega que chorava desesperado com a notícia de que a filha só tinha 45% de chance de sobreviver. As lágrimas desciam dos olhos dele e ele se sentia intensamente culpado pela situação que estavam.
Eijirou estava desesperado, sentindo o coração doer e bater fortemente dentro do peito. Era uma sensação desesperadora e ele não estava conseguindo lidar. Só conseguia chorar e se culpar mentalmente, pensado o que tinha feito de errado pra sua caçula estar daquele jeito.
— Eiji…— Bakugou chamou enquanto o ruivo continuava chorando em seu ombro e encharcando a blusa vermelha de Bakugou com duas lágrimas sofridas. — Eiji...
—Suki...e-eu não sei lidar com isso..— Disse com a voz cheia de dor. Sua pequena podia morrer, sua pequena tinha mais chances de morrer do que de sobreviver. — Porque ela? Porque justo e-la suki? Co-com tanta criança no mundo...o que eu fiz pr-pra merecer isso? — Perguntou inconformado abraçando mais o marido e sentindo o coração doer cada vez mais. — Ca-cade Deus nessas ho-hora em? Em?—
— Eiji..calma…- O loiro o abraçou mais forte escorando sua cabeça na dele e deixando lágrimas caírem. — Você tá chorando assim a uns 20 minutos já. Se acalma.—
O silêncio reinou e Eijirou continuou chorando agarrado a Bakugou, na verdade os dois estavam igualmente chorando. Receber uma notícia dessa sobre um filho não é algo tão fácil. Ambos estavam sofrendo e morrendo de medo do que poderia vir a acontecer no futuro.
—Eu deveria ter interrompido a gravidez….se..— Soluçou. — Se é pra-pra ela mo-morrer e-era me-melhor que tivesse sido dentro de mim, se-sem sofrimentos. — O coração do loiro doeu intensamente ao ouvir aquelas palavras. Eijirou deveria estar só o caco para dizer aquele tipo de coisa.
—Não Eiji, claro que não..— Disse acariciando os cabelos dele. — Aquilo foi uma ideia minha completamente absurda. Isso não é culpa sua, de forma nenhuma. Você deu a ela a chance de viver e ela ainda vai viver por muito tempo eu te garanto. Não é como se ela tivesse 10% de chance, 45 é um número alto, mesmo sendo menos da metade. —
— Não vai suki...até ela já sabe. Eu já perdi as contas de, de, de quantas vezes ela disse que não vá-vai melhorar e, e, você sabe que crianças são sen-sensíveis com isso. E..e ….— A voz foi ficando fraca e coração doendo cada vez mais. Não sabia como ainda tinha lágrimas para derramar. — Eu.. não que-quero viver sem ela ..— Disse apertando a blusa dele e voltando a chorar compulsivamente sentindo cada parte do seu corpo doer com a imagem.
—Isso...não vai acontecer. — Bakugou disse baixo também chorando... infelizmente aquela poderia ser uma realidade próxima, por mais que doesse imaginar.— Eu...também não aguentaria viver sem algum dos nosso filhos Eiji...—
[....]
A menina recebia um maravilhoso carinho do avô Masaru, enquanto ele lia pra ela. Bakugou e Kirishima estavam no corredor conversando com um outro médico sobre a situação. O tumor era bem grande na verdade, e muito provavelmente não conseguiriam tirar com uma cirurgia apenas. O problema era que, se não o retirasem por completo ele continuaria espalhar, e se acertasse algum órgão vital aí sim se complicaria bastante. Poderiam fazer radioterapia para tentar diminuir ele, e de quebra matar os menores que se originaram do maior, porém ainda corriam o risco de ele se espalhar mesmo durante o tratamento. Parecia até um beco sem saída.
— Vovô. — Chamou olhando pro moreno.
—Sim?—
—Se nós somos reponsáveis pelo o que cultivamos como o livro fala — Disse se referindo ao pequeno príncipe. — Então a gente é reponsável por deixar quem a gente ama mal?— O mais velho a olhou intrigado, ela só tinha 4 anos.
—Porque a pergunta princesa?—
— Puque eu tô magoando meus papais, o papa chorou hoje e o papai não tá sorrindo como antes. — Ela disse cabisbaixa. Podia ser pequena mas já compreendia que estava em uma situação difícil e que seus pais estavam tristes por sua culpa.
— Liz, a culpa não é sua. — Disse carinhoso abraçando o corpinho miúdo. — Eles estão assim porque ninguém gosta de ver a filha no hospital, só isso, mas você vai ficar boa rapidinho e todo mundo vai voltar ao normal. —
— Seu avô tá certo. — Uma mulher de corpo estrutural, cabelos pretos e compridos, olhar penetrante e uma bela barriga de grávida adentrou no local.
— Dinda!— Ela sorriu ao ver Momo ali, esquecendo completamente o sentimento de que estava magoando os pais.
— Oi minha princesa. — Disse se sentando na cama e abraçando a criança delicadamente. Eijirou contou a Momo sobre a menina, afinal ela era a madrinha, e deixou nas mãos dela que a informação passa-se adiante, afinal ele não tinha forças pra contar isso pro squad. Momo obviamente entendeu a situação e avisou os amigos que até mesmo choraram com a notícia, como não podiam ir todos de uma vez ela foi a primeira a ir ver a menor. — Tá se sentindo bem?—
—Humrum, só esse fio que me incomoda. — Disse olhando para o braço.
— Boa noite Bakugou-kun — Disse abaixando a cabeça perante Masaru, já que não conseguia fazer a mesura devido a barriga.
—Boa noite Yaoyorozu. — Comprimentou. —Bom, já que você chegou eu vou ir no banheiro. — Disse se levantando e saindo do quarto.
— Cadê meus pais? Tô com saudade do papai, e meus irmãos? Cadê eles? —
—Eles ainda não podem vir te ver, são muito pequenos.—
— Ué, mas se fosse assim dinda o bebê na sua rabiga não podia tá aqui, ele também é novo. — Momo não deixou de rir um pouco com a comparação. Porque uma criança tão pura tinha que passar por aquilo? Era crueldade.
—Mas o bebê na minha "rabiga" não nasceu ainda, e não acontece nada com ele se ele vier pra cá. Mas se te alegra fiquei sabendo que seus irmãos mandaram carinhas pra você, devem estar com seu papai. —
—Sério? Eles lembraram de mim?— Perguntou entusiasmada.
—Claro princesa, você é a irmãzinha deles.—
[....]
" Eijirou se mantinha de costas para Bakugou enquanto amamentava Akihiko. Bakugou tratava de balançar Katsuo no colo para que ele dormisse.
—Não pode me ignorar para sempre Eijirou. — Disse quebrando o silêncio que estava naquele quarto desde que falaram sobre a terceira gestação.
Silêncio foi o que recebeu. Eijirou estava magoado demais para lhe responder, concentrando-se apenas em amamentar o moreninho em seu colo.
—Eijirou! Esse seu silêncio é irritante! Não precisa ficar assim por isso, Poha! Eu sou um pai bom, um marido bom, só não quero um terceiro filho. —Argumentou mostrando toda sua indignação.
Silêncio
Silêncio.
—Então..acho que vamos ter que nos separar, porque eu quero essa criança. — Ele se pronunciou, de virando e encarando os olhos de Katsuki.
—Eijirou? Está mesmo cogitando essa idéia? — Perguntou chateado.
—Você não quer esse bebê, eu quero, então é simples a gente se separa e eu finjo que não é seu. — Bakugou abriu a boca para retrucar porém Eijirou se levantou da cama. —Não quero mais falar sobre isso perto dos meus filhotes, isso gera uma energia hostil envolta deles. — Disse saindo com o menor no colo e indo para o corredor, sem nem se quer olhar nos olhos de Bakugou.
Bakugou bufou irritado com a situação. Katsuo resmungou no colo dele enquanto se esfregava no torso do pai. Claramente incomodado com o ambiente carregado.
—Shii, shii...— Acariciou as costas pequenas enquanto se balançava para fazer a criança dormir. Katsuo estava sonolento, então acabou dormindo dentro de um minuto. Bakugou percebendo isso, o pegou e colocou no cercadinho que tinha no quarto do casal. Saiu indo pro corredor e em seguida para a sala. Nada de Eijirou. Abriu então a porta do quarto dos meninos, vendo Eijirou sentado na cadeira de amamentação cantando uma música pra Akihiko, que o encarava todo sereno enquanto mamava, as vezes até mesmo sorrindo pro pai ômega.
—Eu não quero falar com você. — Pronunciou.
—Mas a gente precisa conversar Eijirou.—
—Você pelo menos pensou no que disse?—Perguntou tirando os olhos de Akihiko e olhando para o loiro. —Você pelo menos refletiu um pouco sobre a situação? Não né. Eu não vou conversar com você enquanto você não parar ao menos pra pensar. Agora sai, eu vou dormir aqui hoje.— Disse ríspido retirando o olhar do loiro e voltando novamente a Akihiko. Acariciou o bochechinha gorda e o filhote riu em resposta, balançando as perninhas. Bakugou com a cara enfezada saiu do quarto indo pro do casal.
A noite foi torturante pra ele. Não conseguiu dormir um pouquinho sequer. Ele não estava errado! Poha! Três crianças? Três? Mais uma gravidez sem planejar?
Katsuo veio de uma camisinha furada, até então tudo ok. Os dois passaram a morar juntos e tiveram o menino com todo amor do mundo. Depois de um tempo decidiram ter o segundo, para assim o maior ter um irmão e passarem pela adolescência juntos. Akihiko então chegou, dessa vez planejado. E pronto não é? Eijirou voltou a tomar os remédios e Bakugou estava decidido a fazer uma vasectomia para não correrem riscos, justamente por isso!
Droga! Não queria magoar Eijirou, fazer ele abortar contra vontade ou se separar por causa disso. Só queria mostrar pro ruivo que era inviável um terceiro filho. Mas não era ele que tomava essa decisão certo? O corpo é de Eijirou, ele decide o que fazer.
Se bem que.....dessa vez podia ser a garotinha que eles tanto querem, mas podia não ser também. Dinheiro eles tinham pro terceiro bebê, mas com certeza precisariam de uma casa maior. A opção de separação era inviável, Bakugou não saberia viver sem o ruivo. Porém não queria ser obrigado a cuidar de uma criança que não queria.
O outro dia se iniciou com Eijirou calado, apenas avisou que não iria trabalhar pois iria marcar consulta médica. Bakugou o pegou contando que estava grávido todo animado para Mina, literalmente cagando pro fato de que Bakugou não queria.
O dia no trabalho foi estressante, porém houve uma parte que abalou todas as estruturas do loiro.
Um casal estava passando quando um vilão atacou. A mulher grávida foi atingida e não resistiu. Quando chegou a ao local e resgatou o homem e retirou o corpo de mulher o homem chorou e chorou dizendo que pelo menos o bebê tinha que estar vivo. O loiro o levou pra ambulância a pedido dele chamou um médico pra ver se o bebê estava vivo dentro da mãe, mas nada. O homem então surtou chorando e gritando. Foi aí que Bakugou percebeu..
Uma vida é extremamente valiosa, e merece sim a chance de vir ao mundo. No caso deles não era nescessário aborto, tinham dinheiro, estabilidade emocional e amor pra dar. Era até mesmo monstruoso cogitar a ideia de interromper aquela vida pelo simples fato de não querer passar mais noites em claro.
Bakugou chegou em casa vendo Eijirou olhando pra TV onde passava o noticiário sobre o ocorrido. O ruivo chorava compulsivamente.
—Eiji...— Chamou com lágrimas nos olhos. O ruivo o olhou.
—Conseguiu entender?— Perguntou com voz amarga. Bakugou acenou um sim.
—Eu fui um..completo idiota egoísta. — Disse largando a bolsa num canto da sala e indo até o sofá onde abraçou Eijirou. —Eu não quero mais que aborte...e poha! Eu realmente fui um egoísta, você também está criando duas crianças e mesmo assim recebeu essa de braços abertos. —E as lágrimas também desceram dos olhos do loiro.
—E...— O ruivo incentivou.
— Agora eu percebo que fui um monstro dizendo isso, vamos ir pra uma casa maior, montar o quartinho e eu vou receber esse bebê de braços abertos. — Eijirou sorriu o abraçando mais forte.
—Sabia que uma hora você iria entender...— "
Bakugou parou de relembrar assim que ouviu a menina o chamar.
—Papa!— Chamou de novo.
—Oi..—
—Então eu vou voltar pra casa?— Ela questionou animada. No final decidiram optar pela radioterapia primeiro. Era o menos arriscado, já que na cirurgia ela poderia pegar uma infecção ou outra coisa, se o tumor estivesse menor, seria bem mais fácil, embora ainda corresem o risco do tumor se espalhar enquanto isso.
—Vai sim pequena. —Decidiram, também, fazer o procedimento em um centro de atendimento de câncer infantil, assim ela poderia voltar pra casa dentro de duas semanas e não precisariam lidar com…
—Com licença. — Um médico de cabelos cinzas adentrou no quarto. Tetsu….
O pediatra arregalou os olhos assim que viu Bakugou. Logo fechando o rosto em raiva.
Momo ainda estava ali, lendo as cartinhas dos irmãos para a menina. Eijirou estava encarando a janela, ele se recusava a olhar para Tetsu. Dava nojo só de ouvir a voz daquele que tanto lhe fez mal. Se não tivesse encontrado Bakugou, muito provavelmente teria se matado por causa do ex.
— Então vocês são os pacientes?— Questionou.
—Não, você não vai atender a Liz, pode sair. —Bakugou respondeu ríspido.
—Eu sinto muito mas vou sim, é meu trabalho. Ciúmes não adianta aqui. —
—Olha aqui se eu disse que você não atender a minha filha é porque você não vai! Já avisamos aos superiores e outro pediatra vai atender ela. —Momo tratou de tapar os ouvidos da afilhada.— Nós vamos fazer o tratamento dela em outro lugar, então pode por favor sair do quarto? Eu não quero ter que gritar na frente da minha filha. —
—Ok.. né..— Disse se virando. —Tomara que morra também ...— sussurrou, mas para infelicidade dele Bakugou ouviu. E em questão de um segundo fechou o punho, pronto para dar um belo soco naquele filho da puta.
O soco iria ter pego se Momo não tivesse intervido segurando o loiro antes.
—Acredito que você não quer ser agressivo na frente da Liz, não é? —Advertiu. O loiro olhou pra trás vendo a filha assustada, ela nunca viu ele pronto pra bater em alguém que não fosse um vilão.
O loiro respirou fundo abaixando a mão.
—Sai daqui antes que eu faça uma bobagem. — Resmungou e Tetsu saiu da sala então.
Momo saiu também, ela ia dizer umas belas verdades para aquele alfa idiota.
—Tetsu!—Chamou. —Olha aqui, é melhor não voltar mais naquele quarto, ouviu? — Ameaçou.
—Isso é uma ameaça?— Perguntou se virando.
—É! E você não vai querer que eu e minha família entremos na justiça contra seu pai não é?— Perguntou. É, ela conhecia o homem a muito tempo, na verdade foi ela que o apresentou a Kirishima. Como se arrependia disso.
—Pode deixar, porque eu ia querer cuidar de um esperma do Bakugou?—
—Não se refira assim a minha afilhada!— Ameaçou. Tetsu riu.
—Vai fazer o que? Chamar o pai do seu bebê? Ah é não tem né? Você é mãe solteira...Sabe Momo, você pode ser rica, ser heroína, tem uma carta na manga contra mim, mas mesmo assim você continua patética, sem conseguir um namoro sequer, sempre tendo que dar a buceta por aí. E agora vai criar uma criança que você nem ao menos sabe quem é o pai pra suprir sua carência.
Momo riu.
—Eu sou a carente? Eu sou a carente? Ah claro porque sou eu que vivo sozinha afastada da minha família, sem amigos e remoendo que o meu ex me superou. Incluindo, fui eu que quase fiz o Eijirou se matar, não é? —Ela disse brava. — Você pode até tá certo em dizer que eu não sei quem é o pai, mais isso não é da sua conta. O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta. E eu não preciso de homem ou alfa nenhum pra me ajudar a criar uma criança, porque diferente de você eu sou forte e consigo superar as coisas. — Disse ríspida antes de voltar pro quarto. Ela poderia ter ficado quieta mais se recusava a deixar um ridículo como aquele falar o que quisesse sobre si e sobre a criança em seu ventre.
[...]
—E pronto. — Eijirou disse terminando de guardar as coisas da filha na mochila. 2 semanas após os exames ela estava liberada para ir pra casa. Isso porque ela ficou no hospital tomando a medicação na veia. Os médicos aproveitaram para colocar remédios que poderiam ser usados para quando ela começasse a radioterapia.
Afinal era um tratamento agressivo e iria ter vários efeitos colaterais, como dores de cabeça, vômitos e etc.
Finalmente os sintomas do tumor pararam e ele parou de se espalhar por causa da medicação. Então agora poderia ir pra casa até a radiografia ficar completa para depois fazer a cirurgia.
—Eu tô cum tanta saudade dus meus manos. — Resmungou pegando a mochilinha da cama.
—Eles também estão com saudade de você pequena. —Kirishima disse. O clima estava de pura felicidade por ela voltar pra casa. Mas estava longe de ser um cenário feliz, na verdade era agora que a verdadeira luta por sobreviver iria começar.
—Licença….— Ouviram a porta abrir e Jirou entrar. Ela era a madrinha de Akihiko. —Fiquei sabendo que tem uma princesinha voltando pra casa..— Disse carinhosa.
Todos os amigos já sabiam da situação e sempre vinham ver ela. No dia anterior Mina veio juntamente de Uraraka e antes disso Deku e Todoroki também. Lida e Hatsume também vieram na outra semana.
—Titia. — Ela disse feliz saindo da cama indo correr até a tia.
—Liz! Sem correr!— Eijirou a repreendeu e ela fez uma carinha triste. Já estava cansada daquilo, não podia correr, sair do quarto, comer comida gostosa, e ainda tinha que ficar com aquela agulha na veia. Ela queria voltar pra escola e brincar como antes.
—Diculpa..— Disse caminhando até a tia a abraçando.
—Aí que abraço mais gostoso!— Jirou elogiou. —Temos surpresa pra você...—
—Olha aqui! — Denki apareceu do outro lado da porta com um embrulho na mão.
—Tio!— Ela disse e ele logo a pegou no colo abraçando a menor. —Aqui...— entregou o embrulho.
—Isso é por você ter sido corajosa quando colocaram a agulha no seu bracinho. — Jirou disse e a menina sorriu.
—Obigada, foi difícil mesmo ficar com aquilo lá. — Disse arrancando uma risada da adulta, mas era uma risada de dó. Ela sabia das chances da pequena sobreviver e isso obviamente a deixava mal.
Ela abriu toda empolgada. Eijirou e Bakugou se aproximaram sorrindo meio tristes, afinal a situação não os permitia ficar feliz, apenas fingir para a menina ficar mais tranquila.
—É o pequeno príncipe!— Ela disse animada abraçando a pelúcia do livro que ela amava. —Brigada.
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