Exames
Oiê genteeeeee! Olha quem veio fazer vocês sofrerem? Eu! Hehehe. Nós próximos caps teremos a introdução dos personagens segundarios e afins. Eu decidi deixar os dois primeiros bem ficados na família e etc. Olha, vamos cair, e vamos cair feio nós próximos.
Comentar e votar ajuda bastante viu? E eu fico muito grata!
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—…. portanto as chances dela vencer a doença só podem ser calculadas depois da radiografia que mostrará o tamanho do tumor e se ele já proliferou para outros lugares. — O médico continuava a passar informações do câncer para os dois.
— Porque..porque ela tem isso? Porque.. não faz sentido..— Eijirou questionou com voz repleta de dor e angústia. — Eu, eu me alimentei direito na gravidez dela, eu me cuidei eu..eu...eu...fiz tudo pra ela ser saudável e...e..forte...—
— Neuroblastoma não tem nada haver com a gravidez. Ele é um tumor que simplesmente aparece, algumas vezes dentro do próprio útero e já é diagnosticado no exame do pezinho, e outras ele simplesmente aparece depois de um tempo, e não tem motivo pra isso. Cerca 2% dos casos são de herança genética, mas não é o caso dela, se fosse ela teria tido ainda no útero. — Era muita informação pra ser digerida. Era um porrada e tanto que estavam levando da vida.
— Mas, quais as chances dela vencer? Por favor me dá uma resposta.—
— Bom, como já disse isso é visto com o exame, mas se for acalmar os senhores a taxa de sobrevivência é maior antes dos 5 anos. — Finalmente algo que pudesse indicar uma saída. — Porém sou obrigados a alertá-los que mesmo que as chance dela sobreviver sejam altas e o tumor pequeno ainda sim será uma batalha difícil. Noites internadas, crises, raspar o cabelo e cirurgias. — Alertou. Os dois engoliram o seco e acenaram um sim pro médico.
— Bom, agora eu preciso ser prático e explicar os estados da doença. O tipo A é o do Tumor recessivo, nesse estado existe apenas um tumor que não se espalhou e ainda está pequeno, portanto uma cirurgia resolve. O tipo B, tumor localizado mas não recessivo, isso é, conseguimos achar a o tumor mas ele se proliferou, o paciente precisa de cirurgias ao longo de anos e quimioterapia. E o C que é quando já está em uma proporção enorme e é utilizado uma quimioterapia mais agressiva e muitas cirurgias de alto risco para retirarem. O tipo C geralmente é encontrado em crianças acima de 5 e 6 anos de idade, então provavelmente não é o caso dela, mas ainda sim é um probalidade.
— Está me dizendo que….na melhor da hipóteses ela vai ter que passar por uma cirurgia?— Bakugou perguntou ainda não acreditando na situação.
—Sim, e tomar remédios por um bom tempo. Eu sinto muito mas câncer é uma doença irreparável na vida de alguém.._
[....]
Eijirou respira pesadamente de frente a uma janela do hospital. Uma brisa batia em sua face, o que era bom considerando que ele não estava conseguindo nem ao menos respirar direito devido ao surto de pânico que estava tendo por causa de toda aquela situação.
— Eiji, — Bakugou o chamou, mas nada, ele continuava ali, parado deixando lágrimas caírem, o corpo tremer e a mente o atormentar com pensamentos sombrios sobre a situação da filha. As pessoas acham que em um surto de pânico você grita, anda sem parar e bom, em algumas pessoa é assim, mas mais do que a metade tem crises de pânico em silêncio apenas chorando compulsivamente e com a mente os torturando.
— Eiji..— Puxou ele fazendo o ruivo olhar pra si. — Hey, hey...— Bakugou acariciou o rosto dele limpando as lágrimas. — Vai da tudo certo, eu juro. — Abraçou o menor soltando seus feromônios para que o ômega se sentisse um pouco mais tranquilo. — Eu marquei o exame, vai ser hoje mesmo, e você vai ver, não vai dar nada grande, ela vai fazer a cirurgia e voltar pra casa rápido e nem vai ficar internada. Eu prometo.
— E se não ficar Suki? — Perguntou tremendo mais no abraço do loiro. — E...se ela tiver que fazer quimioterapia, e se for grande? E se ela não resistir? Eu não quero perder um filho suki... dói só de imaginar isso…— Bakugou acariciou a cabeça dele.
Também compartilhava desses pensamentos, porém precisava acalmar seu ômega e sua cria, os garantir segurança e conforto. Afinal se tudo se resolvesse rapidamente como eles desejavam poderiam passar por isso sem muito estresse e agonia. Então, mesmo que também estivesse com medo e agoniado se manteria forte, e iria fazer de tudo para a família ficar bem.
— Suki...se..se... algo acontecer com ela eu….eu...não sei se, se aguento.—
— Eiji! Primeiro: nada vai acontecer com ela, absolutamente nada tá me ouvindo? Estamos no melhor hospital de Tokyo com os melhores médicos, nada vai acontecer com ela. E segundo: Não fala assim sobre você mesmo, você é o ômega mais forte que eu conheço! Você é um dos super heróis mais famosos e poderosos, um home de personalidade foda e o ômega que me deu três crianças, todas de parto normal, e olha que todos os três eram cabeçudos. Vai dar tudo certo, eu prometo.— Eijirou soltou uma risada por Katsuki ter lembrado que os filhos nasceram cabeçudos e literalmente rasgando o ruivo.
— Tá, eu...vou tentar pensar mais positivo. — Disse levantando o olhar e encarando Katsuki nos olhos. — Que horas que.. é o exame?
— Sete da noite. — Respondeu.
— Nós vamos ficar aqui até lá?— Perguntou já que ainda eram 11 da manhã.—
— Não, ficar aqui só vai te deixar mais ansioso e preocupado. — Disse. — Nós vamos buscar os meninos na escola e vamos ir pra um lugar, depois a gente deixa eles com a minha mãe e trás ela aqui pra fazer o exame.—
— Não é melhor só ir pra casa? — Questionou.
— Não, é….Eiji, muito provavelmente ela vai ficar internada depois do exame. Então, não acha melhor a gente sair com os três um pouco antes disso?— Eijirou respirou fundo.
Era verdade, mesmo se estivesse no estado A ela teria que ficar no hospital para realizar todos os procedimentos antes da cirurgia, e depois ainda ficaria mais um tempo internada pra ver se tinha realmente acabado o tumor. Isso dava no mínimo uns 2 meses. Deveriam aproveitar o pouco tempo em família que teriam antes de tudo virar uma bagunça.
— Você tem razão...— Disse enxugando as lágrimas. — Como vamos contar isso pros meninos?—
— Eu ainda não sei, mas vamos pensar em um jeito. Agora vamos pegar ela e ir, ela já deve tá melhor. — Disse entrando na porta que estava logo atrás deles. Eijirou ficou com a menina no quarto enquanto Katsuki foi marcar o exame, porém ele não aguentou ficar no quarto onde a filha estava recebendo medicação na veia para os sintomas diminuírem. Saiu indo pro corredor e para tomar um vento no rosto bem na frente do quarto.
— Liz, princesa..— Katsuki disse entrando no quarto vendo a criança deitada na cama com o soro na veia.
— Sim papa..— Ela respondeu olhando os dois. — O papai tá melhor? — questionou.
— Tô sim filha. — Eijirou disse entrando. — A agulha ainda tá doendo?
— Só tá me pinicando. — Reclamou olhando pro braço vermelho na região da veia. — Mas pelo menos minha cabeça parou de doer. — Disse
— Que bom. — O loiro se sentou na poltrona ao lado dela, Eijirou o segui e se sentou no braço da poltrona. — Assim que o soro acabar nós vamos sair, o que acha?—
— Mas os meus manos tão na escola papa. Não pode sair sem eles. — Disse.
— Relaxa baixinha. Vamos buscar eles na escola primeiro. Vamos os cinco.
[.....]
Quem a olhasse nem poderia imaginar que estava com câncer. A menina andava pelo aquário com a família. O soro na veia fez ela ficar bem melhor e quase sem nenhum dos sintomas. Apenas foi recomendada de não correr, pular ou se agitar muito, e parar pra descansar sempre que ficasse cansada.
O lugar escolhido por Bakugou foi o aquário de Tokyo. Akihiko estava querendo ir lá com a irmã a muito tempo. Segundo ele ela tinha que ver os "tubarão".
— Uauuu!— O moreninho disse assim que eles entraram num túnel subterrâneo ao aquário das orcas. — É muito grande papai!— Disse levantando a cabeça e vendo a baleia passar por cima de si.
— Quem pintou ela assim papai?— Lis perguntou para Eijirou enquanto admirava a baleia..
— Ninguém pequena, é natural. — Respondeu
— Ah, então não é tipo seu cabelo. — Ela disse.
— É, é diferente do meu cabelo. — Riu da comparação.
— Onde tá os tubarões papa? Eu quero ver eles logo! Principalmente aqueles com a boca estranha! — Katsuo disse animado andando mais na frente da família.
— Tá ali mais pra frente. — Disse enquanto segurava Akihiko que estava sentado em seus ombros. Liz estava de mãos dadas a Kirishima e caminhava devagarinho, afinal disseram pra ela não fazer nada de esforço.
— Papai, a gente pode comer pizza lá em casa? — Katsuo perguntou olhando Eijirou.
— Na verdade, vocês vão ficar com a vovó hoje, a gente tem que voltar pro hospital com a Liz.— Respondeu. Os dois meninos olharam assustados.
— A Liz não tá melhor ainda papai?
— Akihiko perguntou. — Onde tá dodói nela? É onde eu posso dar beijinho pra sarar? —
Aquilo era como uma facada no peito. Como iriam contar a situação que estavam? Não sabiam, e nem pretendiam pensar nisso ainda.
— Deixa de ser infantil! Beijinho não cura nada!— Katsuo disse bravo olhando pro irmão mais novo.
— Não fala assim com ele Kats!— Liz protestou. — Beijinho cura machucado sim.—
— É Kats, quando você era bebê eu te enchia de beijinhos e você melhorava. — Eijirou disse tentando parecer brincalhão na frente dos filhos, mesmo que estivesse quase infartando por dentro.
— Eca! Que meloso.— Resmungou fazendo careta.
— Mas papai. — Akihiko olhou pra Eijirou. — Você ainda não me disse porque a Liz tava dodói. —
— Puque eu tenho que volta depois ué. — Ela respondeu como se não fosse nada. —
Todos a olharam, sem entender nada do que ela tinha dito. Os dois adultos decidiram ignorar por hora. Estavam com a cabeça lotada demais pra isso. Ficaram umas 3 horas vendo só peixes com os três encantados. Depois foram a casa dos Bakugou. Tinham que falar para os avós mais próximos sobre a situação afinal.
Liz ficou um pouco zonza depois de algumas horas e então ficou no colo de Eijirou até chegarem na casa de Mitsuki.
— I-isso...— Ela estava sem palavras perante a informação que recebeu. — Meu Deus, mas os meninos sabem? E..e...—
—Não, ainda não falamos, a gente...nem sabe como fazer isso. — Bakugou disse coçando a nuca. Nunca era um bom momento pra contar aquilo pra família.
— E agora? O que vocês vão fazer com trabalho, com os meninos e com o tratamento dela?—
— A gente vai tentar trabalhar um dia sim e um dia não. Assim cada dia um fica com lá com ela. E com os meninos a gente ainda não faz idéia, quando der pra levar eles a gente leva.—
— Não se preocupa, eu e o Masaru cuidamos deles. — Disse, olhando compreensiva para os dois. As vezes ela conseguia ser doce.
— Para Kats!— Ouviram Akihiko resmungar e em seguida o som de um tapa.
— Eu vou te matar pivete! — E pronto o mais velho começou a correr atrás do moreno.
— Não bate nele Kats!— Liz ques estava no sofá protestou. Se pudesse iria para o irmão loiro, mas seus pais a mandaram ficar quieta no sofá vendo desenho.
— SOCORRO! — O pequeno berrou correndo e pulando no colo de Eijirou.
—NÃO ADIANTA IR PRO COLO DO PAPAI! SHINEE!— Ele veio correndo endurecendo a mão, a única coisa que ele tinha de Eijirou era a individualidade. Pena que ele a usava pra descer o tapa no irmão mais novo.
— Paro!— Bakugou segurou ele antes de a mão encostasse no menor. — Eu não tô afim de gritar, então os dois vão voltar pra sala e vão ficar quietos! Se não eu juro que vão ficar de castigo pro resto da vida de vocês! — Ele disse em um tom sério e ameaçador. Não estava com cabeça pra briga.
— Mas eu não fiz nada!— Akihiko protestou.
— Não me interessa quem começou ou não! Ou se comportam ou castigo! Agora vai pra sala!— Exclamou e os dois foram pra sala então, ainda olhando torto um pro outro. Bakugou bufou irritado com toda a situação.
[...]
O coração estava na mão, doendo com a cena que estavam vendo.
Estavam na porta do hospital novamente para que ela pudesse fazer a radiografia. Os meninos foram juntos dos avós para poderem acompanhar a maninha. Segundo Katsuo eles deviam ir com ela pra cuidar e proteger, como bons irmãos mais velhos. Os dois tiveram que falar que Liz provavelmente ficaria no hospital depois do exame para melhorar, foi só dizer isso pros dois começarem a chorar e abraçar a irmã.
— E-eu não quero que vo-você fique no hospital! A- a-a comida é ruim!— Akihiko disse entre o choro. — E-e-e não tem Naruto pra assistir!—
— Filho..solta ela, a gente precisa entrar. — Eijirou disse se abaixando na altura dos dois, vendo o rosto do filho todo vermelho de tanto chorar.
— Não!— Katsuo disse abraçando os dois irmãos mais novos. — Ela só entra se eu entrar com ela. — Disse fechando a cara como se estivesse ameaçando o pai. — Ela não vai ir se eu não puder proteger ela!—
— Eu também!— Akihiko concordou.
— Agora eu não quero ir sem eles papai...— Ela disse começando a chorar. E pronto, o chororô dos três estava feito. Apesar das brigas eles eram apegados ao extremo um ao outro, e aí de quem ousasse separar os três. Os dois respiraram fundo olhando a cena com o coração doendo.
— Liz, vem, a gente precisa entrar. — O ruivo chamou e ela acenou um não, se agarrando mais aos irmãos.
— Se, se, se, se nã-não for os tr-tres nin-ninguém vá-vai!— Akihiko disse em meio ao seu choro desesperado.
Os dois respiraram fundo. Ia ter que ser a força mesmo.
— Vocês vão se ver em breve, agora vem Liz. — Eijirou disse juntando sua coragem e então pegando a menina e a separando dos dois, teve que fazer uma certa força pois ela se sacudiu querendo voltar pra eles. — Parou os três! Ela tem que ir e vocês não podem ir junto! — Disse autoritário fazendo tanto a menina quanto os outros dois pararem de tentar se agarrarem. — Vocês querem que ela melhore?
Os dois acenaram um sim com a cabeça.
—Então vocês deveriam está encorajando ela e dizendo que vai dá tudo certo. E você Liz, não quer melhorar logo?
— Mas eu já disse que num vou melhora! Deixa eu ficar com eles!— Ela protestou cruzando os braços
— Liz...— Merda, porque ela estava dizendo aquelas coisas? Não sabia. Só sabia que doía imensamente ouvir ela dizer aquilo com tanta certeza.
— Vamo logo. — Bakugou disse.
— Os dois pro carro com os avós de vocês. — Kirishima disse e os dois pegaram e foram, dessa vez calados, mas ainda sim revoltados por não poderem irem junto da irmã.
Depois os avós se despediram da menina e os três entraram no carro.Foram logo encaminhados para a sala do exame. E, por mais que estivessem se preparando para isso o dia todo, ainda sim doeu imensamente ver ela vestindo a roupa hospitalar e sendo deitada na maca do exame. Optaram por ela ficar acordada, não queriam dar anestesia nela, ainda mais que ela odiava agulhas, fariam o possível pra não traumatizar ela com a situação.
E aquela hora foi a mais angustiante, ver ela ali, deitada sendo examinada e completamente assustada, sem poder correr pro colo deles. Foram alguns minutos assim, até que ela foi levada pro quarto já que independentemente do resultado ela já ficaria internada para controlar os sintomas e etc.
Os dois passaram a noite com a menina lá no hospital, e no outro dia Eijirou contra a vontade foi ver os meninos e trabalhar enquanto Bakugou ficaria ali. Decidiram que o loiro era quem estava com mais forças pra receber o resultado do exame.
Bakugou tratou de ficar com a filha todo minuto, seja contando alguma história sua como herói, relendo o pequeno príncipe pra ela ou até mesmo brincando com algumas bonecas, tudo pra ela se distrair e esquecer o soro em sua véia e os irmãos.
— Senhor Bakugou.— Um pediatra apareceu. — Me acompanhe por favor. — Ele chamou.
— Vou ficar sozinha aqui?— Liz perguntou meio cabisbaixa.
— Eu volto daqui a pouco pequena. — Disse se levantando e saindo do quarto indo para o corredor. Respirou fundo preparando sua mente pro que viria a seguir.
Só torcia para que fosse o estado A, só isso.
— Sem enrolação, estado A ou B?—Perguntou mantendo toda a pose que tinha.
— Infelizmente estado B. — Puta merda! — O tumor está na medula óssea e já tá bem grande, e infelizmente ele já mostra que se proliferou, porém ainda não dá pra ver os outros tumores que se originaram dele. Isso significa que ela vai ter que fazer várias cirurgias e uma quimioterapia mais agressiva para tentar acabar com os que se proliferaram. — Bakugou respirou fundo se escorando na parede. Porque caralhos com eles? Na verdade ele sabia..era culpa sua. Ele que não queria de modo algum ter um terceiro filho. Se..se tivesse aceitado bem a gravidez dela isso não estaria acontecendo agora.
— Quais as chances dela sobreviver?— Perguntou com a voz baixa enquanto as lágrimas desciam pelos olhos.
— 45% — Bakugou estava sem reação. Aquilo era menos de 50%... —Mas o nosso melhor pediatra irá acompanhá-la, o Tetsu. — Agora a situação piorou. Tetsu era o ex de Kirishima, e não um ex qualquer, um ex ciumento e tóxico ao extremo.
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