Diagnóstico

ESSE É UM TEMA MUITO DELICADO, PODE GERAR GATILHO. CASO SEJA SENSÍVEL RECOMENDO QUE NAO LEIA OS PRÓXIMOS.
Ent gente, nós vamos falar sobre câncer infantil, isso é muito sério, então caso percebam que alguns sintomas dos descritos aqui bate com o de alguma criança, leve ela ao médico, só ele pode te dar um diagnóstico. Eu estudei bastante pra escrever essa história então eu sei o que estou abordando, porém eu não sou médica e com certeza deve ter algum errinho. Então não se guie por uma história ok? Em caso de suspeita vá a um médico. Neuroblastoma é raro, mas é sério e mata muito quando não tratado devidamente. E muitas pessoas nem sabem a existência desse câncer.
Emfim, é isso. Vocês estão avisados. Eu agradeceria muito se vcs votassem e comentassem 😔👉🏻👈🏻 ajuda muito a tia DK.

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— Sua febre tá alta….— Eijirou disse tirando o termômetro de debaixo da axila da menina de quatro anos que estava deitada em sua cama.

— Papai… -- Ela resmungou se cobrindo mais na coberta. — Minha cabeça tá doendo….—

— Eu vou trazer um remédio pra você tá? — Disse, levando sua mão até os cabelos loiros dela e acariciando. — Você vai ficar boa daqui a pouco e vai brincar com seus irmãos….—

Essa era Liz, uma menininha encantadora de cabelos loiros e olhos vermelhos. Ela é a filha mais nova do casal Kiribaku, tendo hoje seus 4 anos de idade e prestes a despertar uma individualidade.

— Papai….— Ela disse levando a mão até o peito — Eu não vou melhorar. —

— Liz, lógico que vai minha princesa. É só um resfriado normal meu amor. — Ele disse não levando a sério o que a criança disse. Ele já tinha cuidado dos outros dois meias velhos quando estavam doentes também e conhecia bem essa manhã de falar que ia ficar dodói só pra receber mais atenção. — Vou ir buscar seu remédio tá? — Disse depositando um beijo no topo da cabeça da criança e se levantando para ir para a cozinha.

—EU MANDEI PARAR DE BAGUNÇA! A IRMÃ DE VOCÊS TÁ PASSANDO MAL INFERNO!— Ouviu Bakugou berrar com os outros dois filhos.

— Pede pro papa falar mais baixinho papai ..— A menina disse resmungando meio mal.

— Vou pedir sim princesa.— Ele disse carinhoso, enquanto saia do quarto. Desceu as escadas da casa e chegou na sala de estar onde viu os dois meninos correndo pra lá e pra cá enquanto riam.

— Meninos! — Chamou com um tom de voz séria. — O que eu pedi pra vocês antes de subir? — Questionou olhando os dois, que na mesma hora pararam de correr e encararam o pão ômega.

— Fazer silêncio por quê a Liz tá dodói...— Akihiko, o do meio de 5 anos de idade respondeu.

— Desculpa papai….— Katsuo o mais velho de 7 anos disse.

— Pra ele vocês pedem desculpa não é!— Bakugou resmungou irritado. — Agora pra mim que tô aqui a meia hora mandando vocês calarem a boca, nada! —

— É que o papai é mais legal que você papa!— Katsuo respondeu no típico tom dos Bakugou.

Dos três filhos o mais velho era o que mais se parecia com o pai alfa, tanto em aparência quanto em personalidade. Era irritado, não aceitava que o julgassem ou falassem mal dele, retrucava todas as pessoas e quando precisava gritava. Era a cópia perfeita de Bakugou.

Já Akihiko era mais quieto e menos irritado. Escutava mais calado as coisas, mas ainda sim às vezes respondia com grosseria e gritava, mas nada comparado ao irmão mais velho. Ele também tinha cabelos escuros e olhos vermelhos assim como Eijirou.

E por fim tinha Liz, que era a calma em forma de criança. Era meiga, carinhosa, educada e encantadora e nunca havia se irritado ou levantado a voz para alguém. Achavam até impossível ela ser filha de Katsuki sendo tão calma, mas os olhos vermelhos e o cabelo loiro entregava que era uma legítima Bakugou.

Eijirou soltou um riso enquanto via o filho mais velho discutir com Bakugou enquanto Akihiko tentava parar o irmão. Parecia até que o nível de estresse e raiva foi diminuindo conforme as gerações foram passando.

— TÁ DE CASTIGO TAMBÉM! VAI PRO SEU QUARTO AGORA PIRRALHO! — O loiro gritou por fim fazendo o menino mais velho bufar irritado. E subir as escadas com raiva.

— Papa, não faz isso com ele...— Akihiko pediu.

— Me enche a paciência pra você ver se não é o próximo a ficar de castigo! — O loiro respondeu bravo. — Senta e vai assistir seu desenho e fica quieto!— Exclamou voltando a mexer a panela de Curry.

— Suki...não precisa disso tudo….— Eijirou disse indo pra cozinha. — Ele só tá demonstrando os genes que puxou de você….— Disse abraçando o loiro por trás.

— Meu rabo! Ele tá é precisando de um bom castigo pra parar de ser atrevido daquele jeito — Ele resmungou. — A Liz melhorou?—

— A febre dela aumentou, vou dar um remédio, mas se não passar a gente leva ela no médico amanhã de manhã. — Disse. —

— Vou pedir folga amanhã então….— Respondeu. — Não tô com um bom pressentimento sobre isso, tô sentindo que não é uma simples gripe.

— Para suki! É lógico que é só uma gripe! O que mais séria? Ela come bem, faz exercícios físicos, toma todas as vacinas. — Exclamou negando a possibilidade.

— Se você diz. — Disse dando ombros. — Agora leva esse remédio pra ela enquanto eu termino a comida. Aproveita e avisa pro Katsuo que ele vai comer no quarto hoje.

— Vai nada, ele vai comer aqui com a gente. Se você quiser depois ele fica de castigo pela falta de educação.

— Se fude! — Resmungou bravo. Ele sabia que o temperamento do garoto era o seu, e era isso que o irritava, não queria que o filho ficasse como ele na adolescência, queria que ele se parecesse mais com Eijirou.

[........]



— Vem princesa….— Eijirou a chamou pra descer da cama depois de dar o remédio dela. — O papa fez curry que você gosta. —

— Eu não tô sentindo minhas pernas papai...— Resmungou chorosa. — Eu tô mal.—

— Oh meu Deus Liz, vem então eu te levo no colo lá pra baixo. — Disse pegando a pequena no colo. Estranhou um pouco, ela estava mais leve do que o normal, estava perdendo peso? Oh meu Deus!

— Liz, o que você tá sentindo? — Questionou.

— Minhas pernas tão mole, e tá difícil respirar papai. — Disse deixando Kirishima em alerta colocou a mão no pulso dela, chegando os batimentos, normais até então.

— Vamos no médico amanhã ok? — Disse, e ela acenou um sim. Ele estava realmente ficando preocupado, cogitando a ideia de ser algo mais sério.

Saiu do quarto com ela e passou pelo corredor dando leves batidas na porta do quarto do filho mais velho antes de abrir a porta.

— Katsuo, vem comer. — Chamou.

— Não, o papa não me quer lá! — Exclamou cruzando os braços e fechando a cara.

— Ah meu Deus! Que mini projeto de Katsuki mais fofo! — O falso ruivo disse vendo a carinha brava do filho.

— Eu não sou fofo papai! — Exclamou. — E depois eu como.

— Kats..— Liz chamou virando o rosto e olhando pro irmão. — Janta com eu, quero ficar perto de você — Ela disse com aqueles olhinhos brilhando. Liz era tão fofa e manhosa que conseguia ser mimada até pelos irmãos.

— Sua maninha tá pedindo, vai negar algo pra ela doente? — Eijirou questionou. O menino se levantou na mesma hora.

— Eu vou, mas só porque eu sou um ótimo irmão mais velho! — Ele disse saindo do quarto. Eijirou riu.

Katsuo sempre foi um amor com a irmã caçula, apesar de sua personalidade. Ele era extremamente apegado a pequena. Quando tinha três anos e a viu a primeira coisa que fez foi acariciar a bochecha dela e pedir pra pegar no colo. O que obviamente foi negado já que ele era muito pequeno.

— Ainda bem que nem você nem o Akihiko puxaram o genes Bakugou. — Ele disse olhando pra Liz que soltou um risinho. — Eu não ia aguentar mais do que dois dentro de casa.

— Verdade, o papa e o Kats grita muito...— Reclamou.

— É, eles gritam mesmo. — Disse apertando o narizinho dela.

Os três chegaram então na sala e foram pra cozinha onde vieram Akihiko sentado no mesmo lugar de sempre e Bakugou colocando a mesa.

— É curry Papa?— A menina perguntou olhando o loiro.

— É sim pivetinha. — Ele disse a olhando. Ela deu um sorrisinho feliz por poder comer o curry do "papa" de novo.

— Agora vamos descer pro chão né pequena...— Eijirou disse descendo ela do colo e colocando de pé no chão.

Porém na mesma hora ela cambaleou, como se suas pernas não estivessem com força o suficiente para aguentar seu corpo. E ela caiu no chão.

— AAAAAAAAH — Ela começou a chorar

— Que isso? — Bakugou perguntou assustado largando a panela em cima da mesa e indo até ela.

— Liz, porque você não ficou em pé?— Eijirou a questionou a pegando novamente no colo.

— Eu..e-eu... não tô com fo.. força papai...—

— Dá ela aqui.. —Bakugou disse pegando a menor no colo. — Janta com os dois que eu dou comida pra ela na sala e marco uma consulta para amanhã de manhã. Isso tá ficando estranho...—

— Que que a mana tem? — Akihiko questionou enquanto encarava o pai ômega.

— Eu não sei, mas não se preocupem, amanhã cedo ela vai no médico e vai melhorar. — Disse se sentando na mesa para poder ir comer.

Bakugou ficou com a menina na sala fazendo ela mexer um pouco as pernas. Ele não estava com um bom pressentimento sobre aquilo. Quando a pegou no colo sentiu ela mais leve que o normal. Isso era muito preocupante pois ela estava comendo como sempre.

Talvez ela estivesse com algum problema no intestino e por isso estava franca. Só de imaginar isso o coração do loiro já apertava.

— Vamos, tenta ficar em pé agora. — Ele disse colocando ela delicadamente no chão e a segurando. As perninhas babaram porém dessa vez não cederam. Bakugou segurou a mão dela e dando apoio pra caso as pernas cedesem de novo. — Tá doendo? —

— Naum, só tá mole...— Ela respondeu segurando a mão dele com força, ainda sentindo medo de cair novamente no chão.

— Tenta andar — Ele disse segurando ela e ajudando ela a dar passos pela sala. A menina andou uns passos quase caindo até conseguir soltar a mão do pai e andar normalmente. — Tá doendo? —

— Naum, só tô sentindo a perna mole. — Respondeu se escorando no sofá.

— Você deve ta fraca, mas poha, isso não faz sentindo, você comeu um monte de coisa saudável hoje.— Resmungou.

—Papa! Não pode falar palavrão!— Ela disse corrigindo ele pelo "poha" que ele soltou. — É muito feio!

— Eu sei que é muito feio pirralhinha. Não vou mais falar. — Ele disse — Agora fica aqui que eu vou preparar uma coisa mais saudável pra senhorita comer. — Disse deitando ela no sofá e voltando pra cozinha.

— O que você vai fazer pra ela comer?— Kirishima perguntou

— Uma sopa de legumes e nato, pra ver se ela fica mais forte.

[.....]

Ok, a situação estava ficando fora de controle. Eram 2 da madrugada e a menina não saia do banheiro. No meio da noite,quando ela estava começando a melhorar ela teve diarréia. Os dois estavam em estado de alerta extremo. Nunca viram esses sintomas juntos.

— Papai ….eu não aguento mais, eu quero mimi. — Ela resmungou se escorando a pia do banheiro. Katsuki olhou a filha. Ele e Eijirou estavam fazendo rodízio para cuidar dela. O ruivo ficou das dez da noite até uma da manhã com ela. Agora era a vez de Katsuki.

— Calma….daqui a pouco passa. — Ele disse se agachando no chão do banheiro.

— Aí….- — Ela Exclamou fazendo mais cocô.

Bakugou se pegou perguntando como cabia tanta bosta dentro de um corpo tão pequeno como aquele.

— Eu...só vou melhorar quando…..eu for embora papai. — Ela disse e Bakugou a olhou estranho enquanto coçava o olho. Que tipo de frase era aquela? Era melhor deixar, devia ser só um delírio dela já que ela estava caindo de sono.

— Não fala bosta..— Ele disse e em seguida bocejou sentindo os olhos pesarem.

Ele ainda ficou uns 15 minutos ali com ela. Até ela para com a diarréia e cochilar escorada na pia.

— Liz, liz.— Chamou a pé que acordou zonza. — Limpa esse bumbum cagado e vamo dormir. Vai fazer mais cocô? —

— Não tô com vontade agora. — Ela disse pegando o papel higiênico e limpando o bumbum. Depois vestiu a calça do pijama saindo do banheiro. — Posso mimi com você e o papai?—

— Pode baixinha, mas é só hoje ok?— Disse coçando o olho e apagando a luz do banheiro. — Mas nada de caga na gente tá? — Ele disse e ela deu um risinho indo pro quarto com ele e se deitando no meio dele e de Eijirou.

A noite passou um pouco tranquila. Ela levantou mais 4 vezes pra ir no banheiro e começou a suar frio o que fez os dois não conseguirem dormir direito de preocupação. 

Acordaram no outro dia de manhã e levaram os meninos pra escola, já planejando ir dali direto pra um hospital com ela.

— Papai...— Akihiko chamou do banco de trás. — A Liz ta mimindo no meu ombro. — Disse olhando pra irmã que dormia no ombro do mais velho.

— Deixa ela filho. Ela não conseguiu dormir direito ontem de noite. — Bakugou disse.

— Nem você, tá com olho roxinho. — Akihiko disse olhando o pai alfa. 

— É a gente não dormiu muito bem também. — Ele disse.

— Meninos chegamos. — Eijiro disse enquanto estacionava na frente da escola.

Katsuo desabotoou o cinto e desceu. Akihiko na maior delicadeza e cuidado do mundo tirou a cabeça da irmã do seu ombro e escorou no vidro do carro, deixando ela continuar dormir.

Bakugou desceu junto dos dois e pegou as mochilas da escola que estavam no porta malas.

— Aqui pirralho. — Disse colocando a mochila do homem aranha nas costas do mais velho. — Dá tchau. — Disse e o pequeno o abraçou, o loiro retribuiu e bagunçou os cabelos dele. — Não faz bagunça tá?— Disse se separando do abraço

— Tá bom velhote. — Disse e saiu correndo pra entrar na escola.

— Tchau papa. — Akihiko disse indo abraçar o pai.

— Tchau baixinho. — retribuiu o abraço — Presta atenção na aula tá? — Disse, já que Akihiko tinha a habilidade de ficar voando nas aulas. Já olharam pra ver se era TDH, mas não era. Ele só ficava voando mesmo.

— Tá bom papa. — Saiu do abraço e saiu correndo para dentro de escola todo animado para encontrar os colegas.

Bakugou então fechou o porta malas e entrou novamente no carro.

— Então vamos ..—

[.....]

Os dois se viam completamente tensos perante o clínico geral. Chegaram no hospital e passaram com ela no pediatra que tinham custume, e que levavam os outros filhos. Disseram os sintomas e tudo o que estava acontecendo, na mesma hora o pediatra ficou com uma cara preocupada e então fez algumas verificações rápidas com a menina. Em seguida encaminhou ela para exames de sangue e principalmente de urina.

Ela fez os exames, e como estavam em um hospital excelente os resultados não demoraram muito sair. Pegaram os exames e levaram para o clínico geral que analisava os papéis no momento.

Liz estáva deitada no colo de Bakugou dormindo feito uma pedra, estava cansada pela noite mal dormida ainda.

— Bom… — O médico direcionou o olhar aos dois. E antes de falar qualquer coisa respirou fundo se preparando para a notícia que iria dar. — Bom, realmente é algo sério, e muito sério, mas peço que mantenham a calma antes de qualquer coisa.

— Fala logo inferno! — Bakugou disse já se corroendo por dentro.

— Bom os exames de urina dela mostrarão uma quantidade bem grande de uma substância, e bom, isso indica que ela está com neuroblastoma. —

— O- o que é isso? — Eijirou perguntou já sentindo as lágrimas nos cantos dos olhos. — Uma doença de intestino é isso?

— Eu sinto informar que é pior. Neuroblastoma é um tumor... é um tipo raro de câncer infantil.— E ali eles sentiram o mundo desabar ao redor deles.

Eles tinham ouvido certo? Câncer? Na princesinha deles?

— Ma-ma-mas não é certeza não é? — Eijirou perguntou já chorando.

Bakugou que segurava as lágrimas segurou a mão do seu ômega.

— Infelizmente é certeza sim, mas peço que mantenham a calma, precisamos olhar o tamanho do tumor, se é só um so, e se é grave ou não. Ainda é muito cedo pra se desesperar. —

— Cedo pra se desesperar? — Bakugou questionou. — Cedo? Você acabou de falar que a menina tá com câncer! Câncer! — Ele exclamou abraçando mais forte  a criança em seu colo, deixando finalmente as lágrimas caírem.

Esse cenário era mil vezes pior do que eles pensaram que seria. Estavam com medo de ser uma infecção, um problema no estômago, mas agora dariam tudo pra que esse é fosse o diagnóstico verdadeiro. Isso porque ainda nem sabiam a gravidade do tumor ainda...

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