Despedir
Chegamos no fim dessa angst.
Eu juro que nunca mais faço Fanfic com final triste.
Se quiserem eu faço um spin-off já que o final vai ficar beeem sugestivo ao que vcs imaginarem. ❤️
O sol iluminou o rosto do casal, que estavam deitados na cama do hotel. Bakugou foi o primeiro a abrir os olhos, vendo Eijirou dormindo ainda em seu braço.
Com delicadeza o loiro se remexeu pegando um remédio que estava na cabeceira da cama. Tomando duas pílulas. apesar de fazer 1 ano e 2 meses que a pequena deles tinha partido, ele, ainda sim, precisava de remédios.
-Acordou?- Katsuo perguntou se remexendo na outra cama de casal onde estava com o irmão.
-Sim...-O loiro respondeu.
Katsuki respirou fundo, indo acordar Eijirou, hoje era o dia se despedir definitivamente da filha.
Ele ainda podia se lembrar de todos os acontecimentos que ocorreram depois de aquela máquina apitou.
" Os médicos entram na sala, disseram que sentiam muito e cobriram o corpo da menor enquanto ele e Eijirou permaneceram abraçados chorando.
Quando saíram tiveram que contar para os amigos. Esses que choraram junto deles, mas os deram apoio em tudo. Akihiko e Katsuo ficaram sabendo através dos avós. Os meninos simplesmenteq choraram até não poder mais, dizendo a todo momento que não podiam ficar sem a caçula e que não queriam que a irmã virasse estrelinha. Basicamente entraram em pânico.
Katsuki e Eijirou chegaram em casa e tudo que conseguiram fazer foi ficar deitados na cama com os dois meninos chorando e tentando confortar eles de algum modo, mas era basicamente impossível visto que eles estavam completamente quebrados por dentro. Por fim, as crianças dormiram na cama com os pais depois de chorarem por horas.
Nenhum dos dois dormiu. Eijirou se levantou e foi pro quarto da filha no meio da noite, onde o ruivo teve uma crise de choro. Bakugou até iria atrás mas... ele não tinha forças, simplismente não tinha. A imagem da filha não saia de sua mente, era como uma maldição, uma hora vinha a imagem dela feliz e sorridente como qualquer outra criança e em seguida vinha a dela morrendo diante de seus olhos. Dóia demais e o deixava sem forças, nem mesmo para confortar o ômega.
A única coisa que conseguiu fazer foi virar remédios tranquilizantes na boca. Colocou uns.. 2,3,5, 7 talvez, ele não lembrava, apenas queria apagar para sentir a dor acabar.
No outro dia ele se levantou respirando fundo, se preparando pro que teriam que encarar, teria que cremar a própria filha naquele dia, definitivamente não estava preparado para isso, mas teria que enfrentar assim mesmo, afinal a sua pequena merecia uma despedida no mínimo bonita.
Ele encontrou Eijirou na sala, deitado no sofá chorando agarrado a uma pelúcia da filha. A pelúcia preferida dela..
-Eiji...precisa dormir. - Ele disse se sentando com o ômega e o abraçando.
-Eu...eu não consigo.- A voz saiu quebrada e repleta de dor.
-Eiji...pre-precisa dormir.. -A voz dele não trazia nenhum conforto. Afinal não tinha não é mesmo?
A muito custo o loiro convenceu o ruivo a dormir o dando um tranquilizante. Levou o ruivo pra cama o deitando junto dos outros filhos.
Ele respirou fundo colocando umas panquecas para assar prós filhos comerem. E em seguida foi até o telefone. Não queria fazer aquilo mas era nescessário. Se sentindo um merda ele pegou o telefone ligando para uma funerária, era tão bizarro ter que fazer aquilo parecendo forte enquanto a vontade era de começar a chorar e nunca mais parar. No fim resolveu tudo antes de Eijirou e os meninos acordarem.
Os acontecimentos seguintes eram borrões em sua memória... ele deu café prós meninos e em seguida chorou junto dos dois por alguns minutos. Assim que não possuía mais lágrimas para soltar ele deu banho nos dois e os vestiu para a cerimônia. Tomou um banho demorado, não queria sair, não queria ter que acordar Eijirou para se despedirem da filha.
Depois de uma hora de banho ele saiu, passando no quarto da menina e pegando uma roupa para crema-la. Não ficou muito tempo naquilo já que era basicamente uma tortura ter que escolher uma roupa para ser queimada junto dela, acabou no fim pegando um vestido leve e solto com margaridas desenhadas, ela gostava daquele vestido..
Se trocou e acordou Eijirou.
Antes do almoço eles foram no local para assinar papéis e pagar por tudo. Como os dois conseguiram fazer aquilo sem desabar era um mistério.
A tarde foi o velório, todos os amigos compareceram, os dando apoio e cuidando dos meninos para o casal.
Aquela memória jamais sairia da mente deles, ver ela deitada ali, imóvel e morta, quebrou eles. Os dois estavam em pe aos lado do caixão e Eijirou passava delicadamente o dedo pela bochecha gélida dela. Akihiko estava agarrado ao terno do pai ômega, sentindo a outra mão dele em torno de si. Katsuo estava no colo do pai alfa, olhando assustado para a irmã. Ele entendia o que estava acontecendo diferente de Akihiko que ainda não entendia o porque da irmã estar dormindo.
De noite cremaram o corpinho dela.. pequeno corpinho dela, o corpo que Eijirou gerou dentro de si por nove meses, o corpinho que costumava os abraçar, beijar, acariciar e sorrir iluminando a casa. Antes de feixarem o caixão, Katsuki deslicadamente colocou a bandana que ela tinha usado no início da terapia, a que Eijirou deu a ela, ao lado dela, e delicamente, passou o dedos pelo rosto gélido dela, sentindo seus traços infantis e delicados uma última vez.
Eijirou a olhou, entre as lágrimas o rostinho dela, tendo que aceitar que nunca mais encostaria nela novamente, nunca mais a abraçaria, nunca mais faria penteados os cabelos cedosos, apertaria as bochechas.
E então, o caixão se fechou, sendo pego pelos funcionários do local para colocar na esteira para cremarem. Eijirou pegou Akihiko no colo o abraçando, tentado sentir algum conforto por ainda ter mais dois filhotes consigo. Mas isso nunca apagaria a falta que ele já sentia da caçula.
Eles não sabiam explicar em palavras o quanto doeu ver o caixão ser fechado e em seguida indo ser queimado. Não era uma dor que se mantinha no peito, era pior, se espalhava por cada extensão do corpo os fazendo se sentirem completamente vazios por dentro. Era como ter um buraco negro no lugar do peito, buraco negro esse que espalha uma dor e sofrimento absurdo por cada parte do ser deles.
Cerca de uma semana depois o inevitável aconteceu, Eijirou entrou uma depressão profunda. Juntando forças sabe Deus de onde, Bakugou começou a tomar conta de tudo e cuidar do ruivo, porém ele também cedeu e 2 meses depois ele também ficou depressivo. O único motivo de ambos terem lutado contra a doença foi os dois filhos. Afinal, ainda tinham duas crianças que precisavam deles.
Apenas um ano depois os dois superaram a depressão, conseguiram desfazer o quartinho e montar um altar com parte das cinzas dela."
- Bom dia papa. -Katsuo disse antes de sacudir o irmão. - Acorda aí, imbecil. -Cutucou o moreno que se levantou com uma cara nada boa, e mostrou língua pro mais velho.
- Eiji...- Chamou o ruivo que resmungou se remxendo na coberta. - Precisamos levantar se quisermos chegar no castelo a tempo.
Um ano e dois meses depois eles decidiram finalmente jogar as cinzas da filha. Os locais escolhidos foram os castelos da vida real que inspiraram os castelos da Disney.
Eijirou ainda se recordava do dia que a menina de quatro anos descobriu que os castelos eram inspirados em castelos reias, e ela simplesmente ficou pedindo pra ir em todos eles. E agora eles iriam levar ela até esses locais, mesmo que fosse só as cinzas dela.
Eijirou achou que seria mais doloroso fazer aquilo, bom, estava doendo mas ainda sim soltar as cinzas dela naqueles lugares trazia um certo... alívio? Conforto? Ele não sabia explicar mas ele sentia como se ela agradessece por isso, então era menos doloroso.
Era até reconfortante imaginar que talvez, só talvez, ela estivesse vendo isso e estivesse feliz pelo gesto. Porém era tolice acreditar em espíritos não é?
-Bom dia Suki..- Ele disse coçando os olhos e se sentando na cama.
Estavam na última parada, França. Estavam indo visitar o castelo que inspirou o da Rapunzel, já tinham ido na Escócia, Inglaterra, Dinamarca e Alemanha.
-Vamo logo! O café da manhã daqui é ótimo!- Akihiko se levantou. Katsuo o seguiu e juntos eles começaram a arrumar a cama onde tinham dormido.
Eles se levantaram, fizeram as higienes matinais e desceram. Os meninos se esbanjaram naquele café da manhã Francês. Era confuso olhar os dois se divertindo. Era ótimo saber que eles não estavam sofrendo e conseguindo serem crianças alegres, e que eles saíram da situação sem nenhum trauma, mas era horrível olhar prós dois e não ver a terceira filha ali, brincando e se divertindo com eles, afinal, a família estava incompleta.
Eles andaram pelas ruas da cidade com os meninos, aproveitando e passando em algumas lojas, comprando umas luvas e cachecóis extras, afinal era outono e o frio na Europa estava de matar. E depois foram para o castelo. Só podiam ficar na parte exterior mas já estava ótimo.
- Olha os golfinhos!-Katsuo disse animado apontando para o oceano onde golfinhos passavam. O castelo era em uma ilha bem perto da costa, o que os garantia uma ótima visão do mar e da cidade.
- Uau! Será que vai passar uma baleia aqui perto papai?- Akihiko questionou olhando pro ruivo.
-As baleias não ficam tão próximas da praia assim filho..- Eijirou responder e o menino abriu a boca como se entendesse.
-Tendi...- Ele continuou olhando encantado pro oceano junto do irmão.
Bakugou segurou a mão do ruivo.
- Enrolados era o filme preferido dela...- Bakugou soltou respirando fundo.
- Se... ela tiver vendo, deve estar feliz... - O ruivo disse mordendo o lábio inferior para conter o choro. Katsuki apertou mais a mão dele enquanto olhava pro horizonte. Ambos respirando fundo e controlando ao máximo a dor que estavam sentindo. Olharam os dois meninos que olhavam encantados paras os golfinhos que pulavam ali perto e apontavam para algumas lanchas.
Katsuki então tirou um potinho rosa de porcelana do bolso da mochila.
Eijirou o olhou e pegou o potinho. Nós outros locais os dois jogaram juntos, porém Eijirou sentiu que dessa vez deveria ser os 4.
- Meninos. - Chamou e os dois os olharam ainda com os olhares felizes, porém o olhar ficou chateado assim que viram o potinho com os restos da irmã. - Dessa vez... seremos nós 4. - Eles entenderam e caminharam até os pais.
Eijirou se abaixou, sendo seguido por Bakugou que o olhou com os olhos se enchendo de lágrimas.
O mais novo segurou o potinho por cima da mão do pai ruivo. Katsuo colocou a mão encima da do irmão e Katsuki colocou por cima das dos três. E Bem devagarinho eles viraram o potinho deixando as cinzas cairem em cima da grama do jardim que estava ali do lado de fora.
E as lágrimas dos quatro desceram pelas bochechas. Não eram de dor e de angústia, era apenas de saudade. Saudade...
O tempo poderia passar e ela permaneceria ali. As feridas poderiam cicatrizar, a dor ficaria menos intensa ao longos dos anos, ainda se fazendo presente é lógico. Porém a saudade jamais diminuiria ou ficaria menos intensa. Só aprenderiam a lidar com ela conforme os anos passassem.
- Papais... -Akihiko chamou enquanto olhava as cinzas que foram todas pra grama, de modo concentrado e amoroso. As lágrimas ainda desciam pelas bochechas do menor. Ele era o mais novo e já estava se esquecendo da irmã, tendo metade das lembranças apenas. -A... Liz tá contente... -Ele sorriu olhando pras cinzas, como se estivesse sorrindo para a própria irmã, a dizendo "dei seu recado".
Aquela frase não os impactou ou desestabilizou. Mas... incrivelmente trouxe um alívio que eles não sabiam da onde vinha, ela soou verdadeira e acalmou o coração de ambos.
-É... ela tá..- Bakugou soltou sentindo um alívio imenso no peito. Era como se preocupações tivessem sido arrancadas de si. Afinal ele sempre se preocupou. Não acreditava em vida pós morte, mas e se existisse? E se sua pequena ainda estivesse sofrendo? E se realmente estivesse acontecendo algo ruim com ela no mundo sobrenatural?
Pareciam preocupações bestas, mas na mente de pai dele eram válidas. Ser pai é sempre se preocupar, mesmo que depois da morte. Porém aquelas palavras pareceram limpar tudo isso de dentro dele. E lágrimas de alívio caíram de seus olhos.
Já Eijirou, tinha medo de que não existisse vida pós morte, e que de fato a existência da pequena tinha acabado para sempre. Doia só de imaginar isso. Parecia egoísta, mas ele desejava profundamente que um dia, mesmo depois de sua morte, pudesse reve-la. E aquela afirmação de Akihiko só fez o peito do ruivo sentir a certeza de que a existência dela não tinha acabado ali.
-É... e ela ficaria mais contente ainda se a gente fosse ver o castelo...- Disse limpando as lágrimas e guardando o potinho. Ele não queria tornar a viagem algo triste para os filhos, eles deveriam se divertir e crescer alegres, livres de qualquer luto.
[...]
Cena extra - no futuro.
Katsuki e Eijirou desciam pelo elevador do prédio indo ao encontro do filho mais velho que acabava de voltar de um intercâmbio no Estados Unidos de quase 2 anos.
Porém ele não estava voltando sozinho, e sim com uma namorada e um filho. Sim, foi só Katsuo sair de perto dos pais pra ele fazer merda e engravidar uma menina. A situação ficou pior com o fato de que ele só contou quando o bebê estava com 3 meses de vida e a menina tinha sido expulsa de casa. Sem outra solução e dinheiro pra cuidar do filho ele pediu pra cancelar o intercâmbio e contou a situação.
Os dois estavam tão putos com o filho mas tão putos, que a vontade era descer o tapa nele enquanto o abraçavam pela saudade.
Mas não fariam de qualquer modo, a menina deveria estar assustada de vir pra outro país com um bebê, morar com os sogros que ela mal conhecia e sem falar a língua direito, por compreenderem a situação da mais nova nora, iriam ter sua discussão com Katsuo a sós.
Eles então chegaram no térreo vendo o filho e uma menina de cabelos ruivos intensos tirarem as malas. O bebê estava em um sling preto, grudadinho ao pai enquanto dormia.
- Katsuo!- Bakugou chamou fazendo o loiro o olhar e engolir o seco.
- Oi pai...-Ele estava nervoso, sem saber direito o que dizer ou como agir.
Eijirou respirou fundo, foi até o menino e o abraçou, apesar da raiva eles estava morrendo de saudade do filho. Podia brigar outra outra com ele.
- Seu imbecil, pelo menos abraça a gente. - Resmungou e o loiro abraçou o pai de volta, tomando cuidado para não acordar o bebê.-Ain...que coisinha mais fofa.- Acariciou a bochecha e o bebê resmungou se esfregando no peitoral do pai.
Bakugou se aproximou e abraçou o filho também, em silêncio mas abraçou. Não perdendo a oportunidade de dar um tapa na nuca do moleque.
-Aí, aí! - Ele resmungou baixo, não queria acordar o bebê. - Enfim... essa é a Hana. - Os apresentou a garota. Os olhos dela eram um tom de mel bem claros, quase amarelos, e a pele dela continha vitiligo, não que isso a deixasse feia, pelo contrário a deixava mais bela ainda.
- É um prazer conhecer os senhores..- ela disse em um japonês mal falado enquanto fez a mesura. Ela estava claramente envergonhada e nervosa, não era pra menos né.
-Também é um prazer...- Os dois responderam juntos.
-E esse é o Ícaro. - Ele disse acariciando a bochecha do bebê.
-Pelo menos filho bonito tu sabe fazer. -Bakugou disse olhando pro bebê. Algo muito bom surgiu dentro dele e nostálgico também ...
-Quantos anos tem?- Eijirou perguntou olhando Hana. A menina na mesma hora olhou pro namorado com uma cara de "eu não entendi, traduz"
-Your age - Ele traduziu.
-16. -Ela respondeu tímida para o sogro.
-Puta merda, hein Katsuo. - Bakugou disse. - Vamo entrar em casa logo que a gente tem muito o que conversar.
Eles subiram então. Chegaram no apartamento, tiraram os sapatos e fizeram uma mesura para o altar da filha que estava ali. O bebê no mesmo instante resmungou incomodado. O ar da casa sempre ficava triste quando eles olhavam para o altar. E isso claramente incomodou o bebê.
-I stay with him, can go up and rest, princess - Ele disse para a namorada. (Eu fico com ele, pode subir e descansar, princesa.)
- Akihiko. - Eijirou chamou e o adolescente de 15 anos e cabelos compridos batendo no ombro apareceu. Akihiko era um adolescente comum, notas medianas, alguns amigos, saia de vez quando. Mas seu diferencial era sem dúvida a maquiagem. Um dia ele simplesmente começou a se maquiar, e hoje treinava para ser maquiador. Era zuado por isso, mas que se danem as pessoas! Isso não significava que não era um homem, e mesmo se ele quisesse ser mulher não era da conta de ninguém.- Leva a Hana pro quarto do Katsuo e aproveitando fica lá. Nós temos que conversar com ele. -
-Sim senhor. - Ele disse se aproximando do irmão. -Senti saudade seu bosta. - O abraçou com delicadeza para não apertar o bebê.-Deixa eu pegar ele..-Disse levando a mão ao bebê, tomando um tapa no mesmo instante.
-Você vai acordar ele assim, poha! Tem noção do trabalho que dá botar ele pra dormir? -
-Seu grosso- Akihiko resmungou pegando as malas e subindo com a ruiva.
-Vem pra sala..-Eijirou disse e ele obedeceu enquanto acariciava o filho que voltou a dormir em seu colo. -O que caralhos você tem na cabeça muleke?- Questionou incrédulo.
-Pai já aconteceu! Brigar comigo agora não vai adiantar em nada nessa merda!- Rebateu no típico tom Bakugou.
-Primeiro: Você abaixa esse tom de voz pra conversar com a gente!- Eijirou repreendeu. - Segundo: Você acha mesmo que não temos motivos pra te dar uma bela de uma bronca? Foi só você sair de perto da gente pra fazer merda! A menina tem 16 anos, é mãe, está sem a família e em um país do outro lado do mundo! Por culpa sua que engravidou ela! E ainda teve a coragem de esconder algo tão grande da gente Katsuo! Você escondeu uma vida da gente! Uma vida Katsuo, esconder uma vida não é como esconder alguma outra merda!
-Eu não quis engravidar ela! Aconteceu ué! E, olha, eu assumi, dei amor, trabalhei e tô criando não tô?
-NOSSA QUE INCRÍVEL! VOCÊ QUER O QUE? UM TROFÉU POR NÃO TER FEITO MAIS DO QUE A SUA OBRIGAÇÃO?- Bakugou gritou e no mesmo instante o bebê começou a chorar alto, tendo sido acordado pelo grito do avô loiro.
Mas... o choro dele era incrívelmente idêntico ao de Liz quando ela era pequena. Foi quase impossível não notar a semelhança nos engasgados e soluços, eram ato diferente dos outros bebês. Se lembravam de ter levado a filha no médico por conta do choro peculiar.
- Shi...shi...volta a dormir garotão. -Ele balançou o bebê, mas nada. Os dois bufaram irritados.
-É melhor a gente conversar amanhã de manhã..- Eijirou disse respirando fundo. O bebê continuou a chorar enquanto encarava os avós a sua frente com um semblante chateado, como se soubesse que estavam brigando por sua causa.
-Ta.. shi.. shi... - Ele respondeu ainda tentando acalmar o bebê. Aquele choro dele fazia o casal mais velho querer o pegar no colo imediatamente, era estranhamente parecido com a da filha, e isso por si só já fazia eles se arrepiarem.
-Da ele aqui. - Bakugou disse se aproximando e pegando o bebê nos braços. Katsuo Arqueou uma sobrancelha pro pai. -O que? Eu tô bravo é com você, não com ele.- Disse. -Vai pro seu quarto ajudar a menina com as malas, a gente da conta de botar ele pra dormir. Amanhã cedo você volta pra escola e um amigo nosso já disse que tem trabalho pra você na fábrica, e amanhã você também vai fazer o currículo da menina.
-Trabalhar em Fábrica?- Ele perguntou assustado. Não era arrogância nem nada mas... ele não precisava trabalhar em fábrica, os dois eram heróis, só dele trabalhar em algo mais tranquilo de meio período já daria pra cuidar do bebê.
-Prefere que teu filho passe nescessidade? É isso ou você se vira pra achar outro. - Eijirou disse. O menino por fim acenou um sim e saiu, subindo as escadas para ir pro quarto.
- Muleque atrevido. - Bakugou resmungou e em seguida olhou pro bebê que parou de chorar e começou a encarar. Ok, apesar de toda situação ele adimitia que a sensação de amor em conhecer o neto era absurdamente grande e forte.
Eijirou se aproximou dos dois acariciando os cabelos ruivos do bebê, esse que sorriu com o ato.
-Você é um neném muito fofo sabia..- Ele disse com aquela voz infantil fazendo o bebê gargalhar. Ícaro em seguida olhou pra eles curioso e sem exitar levou as mãozinhas até o rosto dos dois, passando elas por cada parte como se analisasse.
O sentimento nostálgico atingiu os dois. Era idêntico ao que Liz tinha feito minutos antes de morrer. O bebê então tirou as mãozinhas e sorriu prós dois feliz da vida.
-Ah, u-u-ah! -Bambuciou - blu! Uh! A-ah! Da-na na, ba, ba, ba, nada na,na dana.-
Era impressão deles ou o bebê tinha resmungando "Badana?"
E então o bebê agarrou a bandana rosa que estava amarrada no pulso de Eijirou, era a bandana que Liz usou e o ruivo se recusou a se desfazer, a mantendo amarrada no pulso. - tu..tu, cá..tu- Um arrepio percorreu a espinha dos dois.
"Eu...sempre vou estar ao seu lado..papai..." a frase que a garota tinha dito ecoou na mente do Eijirou de um modo que o fez soltar lágrimas na mesma hora.
-Ta sentindo o mesmo que eu?- Katsuki perguntou o olhando.
-Nos-talgia... - Ele respondeu sentindo algo tão..estranho e bom dentro de si.
"porque eu preciso voltar" a frase dela novamente voltou na mente deles e o bebê sorriu mexendo as mãozinhas.
Na mesma hora um vento gélido da brisa de inverno entrou na sala apagando assim a vela que tinha sobre o altar dela.
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Essa fanfic tem a explicação sobrenatural e a de que tudo foi uma conhecidencia, mas se quiserem, eu faço um spin-off com ela ter reencarnado.
Meu coração tá apertado aqui, eu não lembrava da parte do caixão, já que eu escrevi isso á uns meses.
Obrigada por terem acompanhando até aqui ❤️
Me perdoem
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