Capítulo 7

CICATRIZES INVISÍVEIS

Maria permaneceu em observação no hospital por dois dias. Apesar do diagnóstico positivo, o susto ainda pairava no ar. João não saiu do lado dela nem por um instante, ignorando treinos e até mesmo as ligações insistentes do técnico.

"Você precisa voltar pro campo, João. Estou bem," Maria disse, acariciando o rosto dele enquanto ele se recusava a soltar sua mão.

"Não importa o que eu precise. Você é minha prioridade," ele respondeu firme.

O Retorno para Casa

Quando Maria finalmente teve alta, foi recebida em casa com um carinho caloroso de Bruna e alguns amigos. Havia balões, flores e até o prato favorito dela, preparado por Bruna.

"Acho que virei uma celebridade de hospital," Maria brincou, tentando aliviar o clima.

João sorriu, mas sabia que a preocupação ainda estava gravada em seu rosto.

O Peso do Trauma

Nos dias seguintes, Maria tentava agir como se tudo estivesse normal, mas por dentro, ela estava lidando com o impacto do acidente. A simples ideia de voltar a um estádio a deixava ansiosa, e sons altos, como os gritos de torcida que ouvia na televisão, faziam seu coração disparar.

João percebeu isso, mas esperou o momento certo para tocar no assunto.

"Maria, você não precisa enfrentar tudo isso sozinha," ele disse uma noite, enquanto a abraçava no sofá.

"Eu sei," ela respondeu baixinho. "Só não quero que as pessoas pensem que sou fraca."

"Fraca? Você é a pessoa mais forte que conheço. Mas até os mais fortes precisam de tempo."

Ela sorriu, sentindo-se reconfortada.

Voltando aos Poucos

Sem pressão, João começou a incentivá-la a enfrentar seus medos. Ele sugeriu que visitassem o estádio vazio em um dia de folga, apenas para que ela pudesse se sentir confortável novamente naquele ambiente.

No início, ela hesitou, mas acabou concordando.

"É só um estádio," ela murmurou para si mesma ao entrar no gramado vazio, segurando a mão de João.

"É mais do que isso, Maria. É o seu mundo. E você pode retomá-lo no seu ritmo," ele disse, apertando sua mão.

Aos poucos, ela começou a se sentir mais confiante.

A Vitória de João

Enquanto Maria enfrentava suas batalhas, João continuava brilhando no São Paulo. Ele se tornou uma peça essencial para o time e, no próximo jogo decisivo, liderou sua equipe para a vitória com um desempenho impecável.

Após o apito final, João dedicou a vitória a Maria, beijando um bracelete que usava com as iniciais dela.

"Essa é pra você," ele disse na entrevista pós-jogo, olhando diretamente para a câmera.

Maria, assistindo de casa, sentiu os olhos se encherem de lágrimas.

Uma Reconciliação Quente

Naquela noite, João voltou para casa exausto, mas encontrou Maria o esperando, usando um vestido simples, mas que acentuava sua beleza.

"Então, o craque da partida voltou pra casa?" ela brincou, com um sorriso provocador.

"E o prêmio é você?" ele respondeu, puxando-a para si.

A tensão entre eles era palpável, e o desejo explodiu em um beijo intenso. Maria o empurrou contra a parede, segurando sua camisa com força.

"Você não tem ideia do quanto senti sua falta," ela murmurou entre os beijos.

"Eu tenho, porque senti o mesmo," ele respondeu, deslizando as mãos por sua cintura.

Eles não conseguiram esperar muito mais e acabaram no carro, estacionado na garagem. O espaço apertado não diminuiu a intensidade; pelo contrário, tornou tudo ainda mais elétrico. Entre risadas e suspiros, eles se perderam um no outro, reafirmando o amor que os unia.

Uma Decisão Importante

Na manhã seguinte, enquanto tomavam café, Maria parecia mais leve.

"João, quero voltar ao estádio em dia de jogo. Acho que estou pronta," ela disse, com determinação nos olhos.

"Tem certeza?"

"Sim. Não posso deixar o medo controlar minha vida."

Ele sorriu, orgulhoso da força dela.

"Você é incrível, Maria. E eu estarei lá com você, sempre."

Continua...

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