Vamos pra casa

Subo as escadas correndo tentando esquecer o que acabara de acontecer,me visto e saio para o hospital o caminho parecia outro e a paisagem mudou eu devia parecer um louco,o que eu devia fazer?
Ele sempre foi um progenitor maldito que me tirou tudo que eu tinha.

Como eu posso ajuda-lo depois de tantos anos de mágoas,eu não queria e eu não posso ajuda-lo isso seria trair a memória da minha mãe.

Balanço a cabeça diversas vezes tentando tirar esses pensamentos e tento ter foco apenas em minha mulher e meu filho,eles sim mereciam toda a minha atenção e cuidado.
O pensamento dela ser minha me dá um conforto,mas antes tenho que passar na delegacia tinha me esquecido daquele verme,eu juro que irei fazer da sua vida um inferno ele não perde por esperar.

Minutos depois estava adentrando a delegacia,conversei com o delegado responsável pelo caso ele disse que estava tudo certo ele foi pego em flagrante,e seria muito difícil um hábeas corpus nessa altura do campeonato e que a pena não seria nada leve,imaginar aquele crápula mofando na cadeia me fez abrir um sorriso de orelha a orelha,e esquecer meu progenitor momentaneamente,
Saio de lá com um sorriso de orelha a orelha e me sinto bem, mais o meu maior problema estava em me redimir com Ana e a fazer ser minha.

Bato na porta três vezes e ouço.

—Pode entrar.

Entro meio sem jeito e vejo Kátia sentada em um sofá e Ana me olhando deitada na cama,Kátia ainda estava com a mesma roupa de ontem e isso significa que ela não tenha ido pra casa.

Vou em sua direção e lhe dou um beijo no rosto ela em um gesto rápido me abraça,e aquela corrente quente novamente passa sobre meu corpo sorrio sem jeito e vou em direção a Ana,sento ao seu lado.

—Bom dia,como passou a noite se sente melhor?—pergunto.

—Sim só estou cansada e quero ir pra casa—diz ela com ar cansado.

—Logo estará tem que se cuidar e cuidar do nosso filho— sorri pra ela que fecha os olhos e respira fundo.

—Sabe Pierre eu queria conversar com você será que ...

—Vou pra casa tomar um banho e mais tarde passo na sua casa Ana, Pierre ela terá alta na hora do almoço.—Katia interrompe.

Kátia chega perto e beija Ana que sorri,ela pega sua bolsa e sai pela porta.
Fico olhando pra Ana que tem um semblante pesado,e até sombrio.

—Pierre—ela respira fundo e continua.—
Eu sei que esse filho não era esperado por você e muito menos por mim,eu não quero ser um fardo como eu já disse anteriormente sou financeiramente independente e quero criar meu filho ou filha sozinha,vamos estabelecer regras sobre suas visitas e não irei cobrar nada de você,você poderá continuar com a sua vida,mas...

—Mas o que Ana?—Interrompo.

—Eu não quero meu filho convivendo com o entra e sai de mulheres em sua casa,você ficará com ele nos finais de semana só que nesses dias você não poderá sair com ele e com mulheres.

Será que ele vai achar que sou louca obsessiva,e que estou controlando ele?

—Ana,nos vamos cuidar desse filho juntos, eu nunca soube como era ter um pai e me esforçarei pra ser o melhor pai do mundo eu só achei que você que você ...

Como vou dizer pra ela que eu a quero só pra mim?
Será que ela vai me esnobar ou aceitará meu pedido?
Seu fosse você não arriscaria,eu acho melhor falar antes que você a perca.
Maldito pensamento.
Eu deveria para com esse infeliz hábito.

Seguro sua mão passando confiança a olho nos olhos e tomo coragem pra dizer...

—Ana eu queria que você .

—Bom dia senhorita Verón—sou interrompido por uma mulher negra vestida com  um jaleco branco,sorridente.
Bufo de raiva e reviro os olhos se não fosse uma mulher eu daria um soco certeiro a levando pro hospital,o que não seria difícil já que estamos em um.
Porque tudo da errado quando se trata de Ana.
Droga mil vezes ...

—Bom dia Dr.Rosa,alguma novidade?

—Sim,como o Dr,já havia dito você terá alta mas temos que conversar com você e com o seu marido.

—Marido?Ah sim— vejo Pierre rindo e manda um beijo no ar e pisca pra mim com risinho,fecho o semblante.
—Pode dizer Dra.

— A senhorita vai precisar ter repouso absoluto,e cuidados específicos para não ter um aborto espontâneo.
Vou precisar que o senhor a leve pra casa e vou passar alguns medicamentos,se ela sentir dores forte o senhor tem que traze-la de volta imediatamente.

—Doutora eu e ele não moramos juntos.—
Ana disse aquilo envergonhada.

—Oh,eu não sabia me desculpem mas
você vai precisar de alguém pra cuidar de você.Aconselho a vocês dois entrarem em um acordo,você Anastasia precisa de cuidados mais rigorosos e ter alguém ajudando será muito bom,pra sua saúde e a do bebê.—segura a prancheta contra o peito—Senhor Martine me acompanhe até a recepção por favor.

—Ja volto Ana.

[...]

—Já resolvi a sua alta e podemos ir pra casa,Ana eu gostaria de saber se você aceita ir pra minha casa-—sei que ela não vai aceitar e isso me dá um aperto forte no peito,eu errei muito com ela e com as outras mas estou arrependido eu quero o meu filho bem esse pensamento me deixa agoniado.

—Eu não vejo isso como uma boa opção Pierre,gosto da minha casa lá eu tenho tudo que preciso não me leve a mal eu sempre soube me virar,e eu prefiro ir pra lá.

—Anastacia isso não é uma negociação,e eu não estou te dando opção você vai ir comigo sim, você está com meu filho se não quer pensar em você problema seu mas eu não vou deixar meu filho correr risco por imprudência sua,em minha casa tenho empregados o carro e meu motorista estará sempre ao seu dispor.
O Anderson além de motorista é meu amigo,ele cuidará de você.—estendo a mão pra ela que nega.—Vamos eu vou ajudar você a se trocar,e vamos.

Tenho que ser duro com ela,se não ela vai dizer não porém eu não posso perder a mulher mãe do meu filho.

Isso não vai acontecer.

Vejo seu rosto carregado de raiva,no entanto eu estou me divertindo com a situação,se antes eu não fui digno de ter Ana ao meu lado agora farei o impossível pra isso acontecer.
Ela se levanta com certa dificuldade e vai pro banheiro eu a acompanho,ela me olha com indiferença fechando a porta assim que entra na minha cara dou um sorriso.

Pego o celular e mando uma mensagem para Anderson,ele me responde e diz que no máximo 15 minutos ele estará aqui.
Fico arquitetando meu plano pra reconquistar Ana.

Minha nova tarefa é enlouquecer essa mulher,se não for de amor será de raiva.

—Com quem estava falando—pergunto quando saio do banheiro.

Droga Anastasia você e sua boca grande,o que ele faz ou não, não é da sua conta menina atrevida.
Reviro os olhos com esse pensamento.

Horas depois estamos em frente a sua casa.

—Porque me trouxe pra ca— pergunto irritada.

—Ana,por que tá dizendo isso?—
Ele começa a gargalhar alto,o que ele tem será que enlouqueceu de de vez?
—Eu já te disse eu nunca tive um pai então não quero ser um canalha com o meu filho ou filha,quero ser o melhor possível,eu errei mas eu quero mudar.Nem que eu precise você vai ficar aqui até nosso bebê nascer depois você pode fazer o que quiser.

Será que ele não sabe que isso é cárcere privado?

—Eu sei que isso pode sooar estranho,e você pode até ver como cárcere privado,mas é o único jeito de você ver o quanto eu quero você ao meu lado,e o nosso filho.

Fico olhando pra ele,ele leu meus pensamentos novamente?
Tá de brincadeira comigo não é mesmo.

—Vamos entrar em um acordo qualquer hora dessas.
Até mais vou descansar.

—Até Ana, mas antes que eu me esqueça...
—Me olha estranho—Não pense em ir embora e levar meu filho,gosto muito de você mas também posso ser muito persuasivo e extremamente possessivo quando quero.
E se isso acontecer a sua mala ficará cheia de lembranças desagradáveis que não te farão dormir um só momento, eu não vou descansar até ver você me pedindo pra ficar.

Pierre dá um piscada e sai,me deixando com cara de tacho e sem entender o que ele quis dizer com isso.





Luan Santana-As lembranças vão na mala.

Independentemente do que me disser agora
Queria deixar claro algumas coisas pra você
Independentemente se deu certo a nossa história
Não quero que fique comigo por dó de me fazer sofrer

Orgulhoso, eu não me ajoelhei pra ter seu coração
Imperfeito, sou sim, mas dei o meu melhor até o fim

Sua consciência não vai te deixar dormir
Pois ninguém mais faz palhaçada pra te ver sorrir
Ninguém vai te abraçar pra ver o sol se pôr

Ninguém vai escrever no muro uma história de amor

Sua consciência não vai te deixar dormir
Pois ninguém mais faz palhaçada pra te ver sorrir
Ninguém vai te abraçar pra ver o sol se pôr
Ninguém vai escrever no muro uma história de amor

Mas se mesmo assim, quiser me deixar
As lembranças vão na mala pra te atormentar

Orgulhoso, eu não me ajoelhei pra ter seu coração
Imperfeito, sou sim, mas dei o meu melhor até o fim

Sua consciência não vai te deixar dormir
Pois ninguém mais faz palhaçada pra te ver sorrir
Ninguém vai te abraçar pra ver o sol se pôr
Ninguém vai escrever no muro uma história de amor

Sua consciência não vai te deixar dormir
Pois ninguém mais faz palhaçada pra te ver sorrir
Ninguém vai te abraçar pra ver o sol se pôr
Ninguém vai escrever no muro uma história de amor

Mas se mesmo assim, quiser me deixar
As lembranças vão na mala pra te atormentar

Sua consciência não vai te deixar dormir
Pois ninguém mais faz palhaçada pra te ver sorrir
Ninguém vai te abraçar pra ver o sol se pôr
Ninguém vai escrever no muro uma história de amor

Sua consciência não vai te deixar dormir
Pois ninguém mais faz palhaçada pra te ver sorrir
Ninguém vai te abraçar pra ver o sol se pôr
Ninguém vai escrever no muro uma história de amor

Mas se mesmo assim, quiser me deixar
As lembranças vão na mala pra te atormentar.

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