Solidão.

Já se passaram três meses que Cassandra chegou na casa de Pierre,se eu e ele já não tínhamos uma relação amigável agora piorou.

Não saio de casa sempre estou trancada no quarto Kátia e Diego sempre vem me visitar e trazer mimos pro meu bebê,isso faz com que eu consiga levar as dificuldades com mais calma,como minha gravidez e um pouco sensível passo a maioria do tempo deitada o que não e nada bom.

Já que não consigo parar quieta em canto nenhum.

Cassandra e Pierre estão cada vez mais próximos como um casal  que se ama e esta feliz pela chegada do lindo bebê do casal de comercial de margarina.

Ela sempre vive de sorrisinho quando chego como querendo dizer aceita querida que DOI menos,enquanto eu faço de conta que ela nem existe.

Taylor foi condenado por homicídio doloso,pegou quarenta e cinco anos de prisão em regime fechado,porém seu advogado conseguiu diminuir a pena comprovando que ele teria problemas psiquiátricos.

Como isso?

Eu também não sei,pra mim ele sempre foi saudável fisicamente e mentalmente.

No tribunal doeu ve-lo daquele jeito,estava muito magro abatido como se não se alimentasse a anos.

Quando ele olhou pra mim e viu que minha barriga estava sendo ocupada,ele simplesmente teve uma crise de choro e nada fazia parar o juiz Mendes teve que parar o julgamento umas quinze vezes,até se dar conta que o problema era eu.

Eu praticamente fui expulsa do tribunal pra ele depor a sua  versão, na saída nos encontramos e decidimos seguir em frente.

Desejei tudo de bom que a vida podia lhe oferecer e que podia contar comigo quando ele quisesse.

Ele chorou mais e disse que me amava e me pediu perdão por tudo que tinha me feito,eu me acabei de chorar ne malditos hormônios da gestação.
Te fazem ficar alegre como numa montanha russa de um parque, como também sentir a dor e a tristeza de um funeral do seu ídolo do rock Elvis.

Dizem que ser mãe é uma dádiva divina,eu espero essa dadiva ainda até hoje.

Não é fácil dormi de bruços, enjôos a todo momento,nada para no estômago ter que acordar na madrugada com desejos mirabolantes.

E o pior é quando o desejo vem e não tem na geladeira o que você quer,e também não tem pra quem você pedir.

O medo de levar uma bronca por está incomodado é maior que tudo, eu me sinto estranha aqui deslocada, é como se eu não fizesse parte desse mundo,dessa casa.

Todas as vezes que precisei comer algo diferente fui eu mesma,em outras acordava o Diego que vinha correndo pra me socorrer o que seria de nos simples mortais sem nosso anjo da guarda não é mesmo?
Diego é mais que isso,um anjo, um amigo,um irmão, um pai não tenho como definir.

Kátia também não fica atrás começou como minha estagiária e conquistou meu coração com seu jeito meigo e delicado,ela e muito apegada a detalhes o que faz toda a diferença em minha vida.

Uma vez estava de TPM e cheguei como um furacão na empresa,tudo o que eu precisava era uma cama quente e um bom sono.

Tinha muito trabalho a fazer mais fiquei apenas encarando o computador ligado como se ele fosse resolver o meu problema ne,foi aí que vi como a Kátia além de eficiente funcionária era também excelente amiga.

Ela entrou sem bater na porta o que era estranho já que sua educação era impecável.

Colocou em cima da mesa uma bandeja de chocolate branco,preto e um capuccino quente com leite e com duas gotas de chocolate.

Um remédio pra cólicas e dor de cabeça e um ursinho com a barriga branca escrito:

Para melhorar o seu dia

Foi aí que percebi o quanto ela era importante, não por ter me bajulado, mas por ela saber o que iria melhorar o meu dia,e por ela saber que eu estava nos meus dias somente por olhar pra mim.

Foi aí que a ficha caiu,eu não sabia nada dela apenas profissionalmente fora isso somente seu nome,e vi o quanto eu era uma pessoa ingrata.

Ela sempre esteve nos meus melhores e piores dias,e isso me fazia ser uma pessoa feliz além de ter Diego tinha Kátia.

Saio dos meus pensamentos com suas batidas na porta.

—Entra.

Era Pierre todo arrumado,com um smoking preto que custava mais que mei apartamento,seus sapatos italiano,cabelo penteado para trás arrumado fio por fio.

E ali vi,o quanto ele é bonito.

Ainda no batente da porta ele se pronuncia.

—Oi — disse sem jeito.

—Quer alguma coisa?

Franzi o cenho.

— Ah não é ... só.. que..
Ele não completou parecia sem jeito.

—Que?— disse encorajando ele a falar.

— É que irei sair e não voltarei hoje—coçou a nuca,algo não estava bem

—Tudo bem,aproveite a noite. — coloquei o meu melhor sorriso,e ele pareceu ficar aliviado.

— Eu posso entrar?

— A casa é sua.

—Eu queria conversar com você.

Entrou e se sentou na ponta da cama,passando a mão lentamente pela colcha.

— Prossiga.

— Estamos distantes esses últimos dias ou meses. — abaixou os olhos,ele está estranho.

Fiz sinal com as mãos pra que ele continuasse não queria dizer nada.

— Sei o quanto e difícil ter sido tirada da sua vida assim bruscamente e sei que se sente sozinha,conversei com a Cassandra e combinei de dividir a atenção entre vocês.

O que ele ta falando?

Traduz pra mim que não consigo raciocinar direito.

— Não estou entendendo Pierre seja mais...como dizer... claro ?

—Ah sim me desculpe,vocês são mães dos meu filhos e não acho justo da atenção somente pra uma.
Eu estive percebendo o quanto está sendo difícil pra vocês,gestação não e fácil posso ser um cretino em muitos aspectos mais sei quando uma situação não e fácil.

Até que enfim você percebeu não e mesmo.

— Eu não sou um enfeite Pierre,só quero minha vida de volta.

— Eu sei Ana, é por isso que eu vou lutar pra ajudar vocês,eu percebi que em algumas noites o carro do Diego sempre está parado lá fora.— seus olhos mudaram de brilho,ressentimento talvez não sei.— Conversei com ele e ele disse que você tem muitos desejos durante a noite, o que quero dizer é que eu sou o pai me entende?

Onde ele quer chegar com esse papo?

— Olha se você está se sentindo mal por isso não fique,você tem a Cassandra e já e um trabalho cuidar dela não e mesmo? — como dizer que só quero ir embora e tudo ficará bem? — Além do mais logo tudo isso acabara,os bebês vão nascer e eu vou pra casa e você poderá ver ele sempre que quiser.

Um brilho diferente se apossou dos olhos dele como se fosse uma lágrima não sei não da pra ver muito bem,a cabeça baixa a too momento, alguma coisa está acontecendo esse não é o Pierre cheio de si que conheço.

—Voce está certa,bom já estou indo qualquer coisa pode me ligar.

Ele se levanta da cama e vem em minha direção, para na minha frente.

— Eu posso? — aponta pra minha barriga.
— Claro.

Ele se aproxima com cautela se senta ao meu lado,para por alguns instantes como se estivesse em um conflito interno.

Levanta a mão lentamente indo em direção a camiseta que eu estava,ergue ela pra cima me deixando com os olhos arregalados, encosta a mão suave na minha barriga protuberante.

Da um pulo como se estivesse com medo.

— Eu nunca toquei em uma barriga antes é est...diferente. — volta alisando a minha barriga em movimentos circulares.

Uma sensação boa se apoderou de mim em instinto Fechei os olhos querendo prolongar aquele sentimento que se instalava no meu peito,conforme suas mãos deslizava em meu corpo.

Um formigamento começou a surgir e pensamento libidinosos também,senti meu corpo arrepiar e um calor brotar em minhas bochechas.
De repente algo se mecheu na minha barriga e Pierre se afastou bruscamente cortando aquele momento.

— O que ac... aconteceu —disse parecendo tenso.

Começou a andar de um lado pro outro passando a mão no rosto.

Fechei o semblante.

Ele não gostou do que aconteceu, aquele sentimento evaporou como água no deserto do Sahara e deu lugar a tristeza e dor.

Sem perceber comecei a chorar sem conseguir pronúnciar uma só palavra,as lágrimas desciam teimosamente e a dor impulsionava meu peito com dor.

Como se meu coração estivesse sendo cortado com fios de navalhas, a dor de saber que ele rejeitaria meu bebê era grande e tudo o que eu menos precisava era disso no momento.

— O bebê mecheu,me des...culp...a— disse secando as lágrimas que desciam incessantemente.

Ele arregalou os olhos não acreditando nas minhas palavras.

— Ele mecheu pra mim? — lágrimas descia em seu rosto e seu olhar de medo mudou.— Meu filho mecheu pra mim?Pra mim?

Perai agora eu to confusa,alguém me explica.

— Meu Deus meu filho.— Se agchou perto de mim chorando e sorrindo.— Obrigado Ana, obrigado eu não sei descrever a alegria que estou sentindo agora.

Me abraçou como se o mundo fosse acabar,beijou meu cabelo minhas mãos,minha barriga.

Se aproximou do meu rosto olhando nos meus olhos,senti sua respiração aumentar e seus olhos escurecem,seus olhos pararam em minha boca.

Engulo em seco aquela sensação de desejo domina meu corpo e antes que eu percebesse rompi a barreira e o espaço entre nos.

Nossos lábios se encontram e nosso beijo é urgente não como o nosso primeiro, esse é melhor tem algo diferente como se fosse...

Sentimentos?

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