Medo.
A Melhor Forma De Enfrentar O Desprezo De Alguém É Mostrar Que A Ausência Dele Já Não Faz Mais Diferença .. ❣
Entro e vejo o apartamento do jeitinho que deixei,não havia nada fora do lugar exceto a porta que esqueci aberta mas porque essa sensação não passa?
Decido vasculhar todos os cômodos atrás de algo ou de alguém,minutos depois olhando cômodo por cômodo me sinto aliviada, realmente eu estava certa não era não e nem ninguém.
Vou até meu quarto e deixo meus pertences em cima da cama,abro a janela da sacada e dou uma olhada na rua,ver o movimento do dia,até que depois de um tempo admirando a paisagem da linda Paris encontro dois pares de olhos me olhando fixamente.
Aquele olhar,aquela postura eu sabia muito bem quem era,ele estava com um olhar frio olhando intensamente pra mim,ele estava lá embaixo novamente.
Meu telefone toca atendo de imediato.
—Alô— minha voz sai rouca demais.
—Ora,ora meu quindim—só ele me chamava assim,senti medo em anos eu nunca havia sentido o que estava sentindo agora.
—O que você quer?—respiro diversas vezes afim de controlar minha respiração.
—Conversar meu amor— um frio estranho passou pela minha espinha.
—Não temos nada pra conversar.—digo isso ainda olhando pra ele,que não desvia seus olhos do meu por nada.
—Me deixe subir meu quindim,prometo não lhe causar nenhum mal,só precisamos conversar e deixar as diferenças de lado.
—Nãaooo—grito quase tendo um colapso nervoso.—Do outro lado da linha ele ri,e isso me deixa preocupada e com uma ânsia de vômito maior do que posso imaginar.
Desligo o telefone e vou para dentro do quarto,o medo tomando conta de mim meu coração batendo como louco na caixa torácica,fiquei desnorteada sem saber o que fazer até que uma ideia se passa em minha mente.
Desço correndo pra sala e tranco a porta,em busca de me acalmar ligo a tv e tento me distrair,mas nada fazia com eu esquecesse o olhar dele,ele estava frio parecia estar sofrendo,ou melhor parecia outra pessoa,isso tirou a minha paz fiquei ali horas a fio,mas ainda estava com um aperto no peito uma sensação ruim.
—O melhor é ir descansar,nada vai acontecer eu só tenho que dormir um pouco.—Falo pra mim na tentativa de me acalmar,e consegui.
Subo as escadas e vou até meu quarto,pego uma manta e me deito afim de tentar esquecer o que tinha acontecido esses dias foi longos e espero que passe bem rápido.
Pego meu celular que estava em minha bolsa e disco um número, mando mensagem pra minha secretária.
Há algumas horas nos não nos falávamos,e sinto que precisava desabafar com alguém.
Me deito na cama e mando a mensagem.
Oi Kátia,tudo bem? Tô me sentindo sozinha e com um pouco de medo.—minutos depois ela responde.
Boa noite Anastasia,você sumiu da festa,te procurei e não te achei.
Te liguei você não me atendeu.
O que tá acontecendo?
Você está com medo do que?
Quer que eu vá aí?
Um homem Kátia,ele está vigiando o meu apartamento,ele pediu para que eu deixasse ele entrar,ele tem meu telefone.
Óbvio que não deixei,mais ele está diferente e já faz algumas horas que ele está lá embaixo.
Alguma coisa me diz que devo ter medo.
Envio a mensagem,e afundo a cabeça no travesseiro,respiro fundo minha barriga da sinal de que esta com fome sinto um calafrio,sabe a sensação de estar sendo vigiado então é essa aí,ainda com o rosto no travesseiro sinto adrenalina,medo,tudo percorrer meu corpo e quero acreditar que seja apenas coisas da minha fantasiosa cabeça,afim de acabar com isso levanto a cabeça lentamente e a viro olhando diretamente pra porta.
O susto faz meu coração disparar ,se antes eu já estava com medo agora então não tem o que explicar,ele está no meu quarto com um sorriso que me dá medo,meus olhos se alargam não consigo me mover.
Sua imagem me passa assombro, insegurança seus olhos me revelam o quão louco ele pode estar.
Não sei o que é,mas ele está diferente,transtornado talvez ele sempre foi uma pessoa calma sempre fez a barba e se vestia impecável mas ao contrário dos outros dias,sua barba está grande suas roupas rasgadas.
Em um estalo me levanto em um ato de defesa.
—Como você conseguiu subir?O que faz aqui?
O que você quer?—me olha sorrindo,um sorriso doentio.
—Estava com saudades da minha mulher,não posso vir ver ela?—As palavras dele me dão ânsia de vômito e me faz lembrar de Cassandra,aquela maldita mulher que cisma em me tirar tudo que amo.
—Sai vai embora,eu não te quero aqui e nem em lugar nenhum da minha vida como você tem coragem depois de tudo que me fez chegar aqui,e dizer que está com saudades?Some daqui some da minha vida—grito a pleno pulmões,mas com uma distância segura.
Ele adentra mais meu quarto,fecha a porta atrás de si, olha detalhe por detalhe,seu sorriso aos poucos vai se transformando se alargando e ficando não sei dizer ao certo,
a
penas sei que é aquele tipo de sorriso que devemos ficar longe.
—Aqui não mudou nada meu amor —diz ele com lágrimas nos olhos.—Eu te quero Anastasia você é minha e só minha,acha que eu não sei que você não se casou comigo para ficar com um play boy metido a besta?—vira seu rosto e me encara,minha boca se abre em um perfeito O de surpresa—Eu sei de tudo meu amor,e te perdoo por isso vem cá me dá um beijo eu sinto sua falta,quero você do meu lado—tenta se aproximar ergo os braços com as palmas da mão aberta em sua direção,tomando cuidado pra que ele não se aproxime.
—Taylor você só pode estar brincando não é eu não tenho ninguém,ao contrário de você que me traiu com uma vadia vagabunda,piranha praticamente na véspera de nosso casamento,você acha que isso é certo?—meus olhos se enchem d'água—Você não passa de um merda que não pode ver uma buceta e já vai pra dentro você nem ao menos se importou em como eu estava todo esse tempo.— Meu choro agora saia alto,lágrimas grossas rolavam meu rosto,meu coração parecia estar sendo pisoteado por uma manada de elefantes.Lembrar desse maldito dia ainda doia—O quanto sofri,a vergonha que senti tendo que ligar pra cada convidado desmarcando o casamento,a cada presente que devolvi,e a sua mãe?— Solto um riso histerico—Eu tive que contar milhões de vezes o que aconteceu,e sabe o que ela disse?—abaixo as mãos e prendo meu cabelo em um coque com o lacinho que estava no meu braço,um jeito de tentar me acalmar.—Você estava dando conta dele—imito a voz de sua mãe e vejo fúria passar por seus olhos.—E a cada vez que todos me perguntavam o por que do cancelamento.—Tento controlar a situação,passo as duas mãos no rosto com força secando as malditas lágrimas,olho pra ele com um olhar duro,não vou passar fraqueza ele vai ter que me ouvir,e pagar por tudo que me fez—Você é um verme,que não tem coração e não pensa em ninguém a não ser em si mesmo — grito ainda mais alto,colocando todo meu sentimento reprimido pra fora,sua expressão é de choque e raiva ao mesmo tempo,mas não me importo aquilo estava me sufocando por tempo demais.
Me olha com raiva seus olhos antes marejados agora tem um tom avermelhado,ele vem em minha direção e me empurra bruscamente na cama,ficando por cima de mim,sussuros estranhos saem de sua garganta.
—Eu te amo Ana você não vai fugir de mim,você vai ser minha ou não será de mais ninguém.—ele começa a me beijar a força viro meu rosto a cada tentativa que ele dá .
Ele se irrita e me dá um tapa forte,só ai percebi que ele estava alcoolizado e possivelmente drogado.
—Sai de cima de mim me solta Taylor— me debato cada vez mais em baixo dele que não tira o maldito sorriso da cara,parece gostar do que está fazendo rasga a minha blusa com uma brutalidade que jamais vi,me deixando apenas de sutiã, e começa a olhar intensamente para os meus seios, é aí que a ficha cai agora entendo o que ele está fazendo e o desespero começa a tomar conta de mim,me debato cada vez mais,tento empurrar seu corpo que mais parece uma tonelada de concreto em cima do meu,tento chutar suas partes baixas pra me livrar dele infelizmente ele é muito mais rápido e mais forte que eu.
—Ana,me perdoa eu não queria te trair,eu só queria ter dinheiro o suficiente para te dar uma boa vida,e ela me ofereceu e eu não consegui negar.—Ele parecia arrependido mas mesmo assim não consegui me acalmar.
—Ela quem Taylor,Casandra?—
Ele balança a cabeça, agora sei o porque do desfalque na empresa.
M
eu telefone toca olho pra direção do celular ele também.
—Nem pensar Ana ou estouro os seus miolos.—Fico assustada com a entonação que ele usou,se antes eu estava com medo agora tudo piorou então resolvo puxar um assunto qualquer pra ele não fazer nada comigo.
—Ela gosta de você?— balança a cabeça afirmando e seus olhos param em um ponto fixo no meu olho.
— Conheci a Cassandra assim que nós mudamos pra cá,quando entrei na Stat éditeur de publications,ela era secretaria e tivemos uma grande amizade, com o passar do tempo ela misturou as coisas e se declarou pra mim—sua voz saia baixa e melancólica—Deixei claro de que não podia me relacionar com ela,e ela nunca entendeu,depois pediu demissão e foi trabalhar onde você está e descobriu como fazer um desvio milionário nos cofres.
No dia em que você nos viu,ela tinha ido lá pra me contar quanto ela já tinha conseguido e tentar fazer com que eu me casasse com ela,eu tentei resistir mas ela marcava cerrado era pra ser só uma vez,e foi o que aconteceu mas na única vez que eu cedi você chegou e não deu tempo de me explicar—ele diz chorando e por um minuto senti uma tristeza por ele.
Ele volta a me olhar,tira uma arma de suas costas e se vira apontado a mesma pra mim,
nesse momento meu corpo inteiro gelou meu coração pareceu parar e o pânico se apossou do meu interior,eu não tenho ideia do que fazer pra onde ir o medo de morrer gritava,batia,socava ainda mais o que estava em meu peito congelei,não tive forças e muito menos reação olhando ao redor procuro um jeito de sair daqui.
—Você vai me amar Anastasia você vai ser minha— grita exasperado—não digo nada,apenas olho ao redor em busca de algo pra me defender—Cassandra disse que você não me ama,que nunca será minha mas você será e vai ser hoje,seja por bem ou por mal—mira arma em mim com fúria nos olhos.
Sobe em cima de mim novamente sinto o colchão afundar ainda mais, arrancando minha roupa e sinto sua ereção rígida em minhas coxas,começo a chorar e a pedir ajuda ele me bate diversas vezes e cada tapa que me da me beijava em seguida me fazendo ter ânsia de vômito,ainda lutando pra defender minha vida continuo gritando.
—Socorroo,alguém me ajudaaa.
Ele rasga a minha calcinha começo a chorar e a chutar ele com todas as minhas forças,porem é inútil ele tinha o triplo do meu tamanho e do meu peso,ele me bate novamente e coloca o cano da sua arma em minha intimidade,era gelado meus olhos quase saltam pelas orbitas o medo e pavor cresceram misturados as lágrimas caindo quente em meu rosto,e tudo piora ainda mais quando ele decide fazer o improvável.
Ele força o cano pra dentro de mim e eu começo a chorar desesperada pedindo a Deus pra me ajudar.
Já se passaram umas duas horas e ele continua me intimidando com a arma e tentando me beijar,dizendo coisas sem sentido,seus tapas beliscões,chupadas e arranhões não são nada,ainda estou viva talvez com vários ematomas no corpo,mas enquanto eu ainda respirar não vou perder a fé de que ele vá embora e me deixe aqui quieta e em paz.
Me pegando de surpresa me dá um tapa que me faz sair da cama e cair no chão frio,estou sem roupa e com medo.
—Você ainda me ama meu amor?—sai da cama e fica parado na minha frente.
—Nãoooo, eu te odeio sinto nojo de alguém como você—gritando jogo o que sinto na cara dele,ele me puxa pelos cabelos e bate a minha cabeça no chão muitas vezes,da socos em minhas costelas o que me faz prender o ar e não conseguir soltar, sinto que já não posso mais aguentar estava ficando atordoada e sem sentido.
Sinto ele se deitar sobre mim e abrir minhas pernas,minha visão estava tão turva que mal dava pra enchergar a não ser vultos,os vultos de Taylor.
A porta se abre em um baque alto, uma gritaria se expande pelo quarto...
Não consigo me mexer,falar,e muito menos ouvir tinha perdido os sentidos,e o que eu sentia era algo quente descendo da minha cabeça e da minha boca,luto pra ficar acordada.
Minha cabeça gira,gira tão forte que eu desmaio completamente.
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