Diga Sim Pra Mim!






Anastasia on.

Depois que fizemos nossa compra voltamos pro apartamento da Katia ela teve que sair às pressas,fiquei aqui sozinha sem nada pra fazer assisti tv,limpei a sala e fiz um macarrão a carbonara algumas pessoas podem pensar que é macarrão de preguiçoso mas não é não, é fácil de fazer é sim, além do mais é extremamente delicioso.

Resolvo me deitar no sofá já que não tem nada pra fazer,Katia e Diego não deram o ar da graça o dia inteiro então só posso crer que estão atolados de trabalho,sinto uma falta enorme da Katia e do meu trabalho,dizem que mente vazia é oficina do cão, realmente é porque comecei a pensar em coisas que não devia.

Flashback on

—Bom Dia dorminhoca!—Taylor diz entrando no quarto dele.

—Bom dia Tay,não quero levantar meu corpo dói muito.—Faço manha.

—Deixa eu ver—ele põe a mão em minha testa medindo a temperatura.

—Está queimando em febre Ana, não se levante vou fazer um chá bem quente.—Ele sai e fecha a porta,tem como amar alguém tanto assim?Não, acho que não ,ele é o homem mais lindo do mundo e eu tenho muita sorte, Taylor é o homem da minha vida.

Ele volta com a xícara de chá na mão e senta ao meu lado na cama.

—Chega pra lá espaçosa quero me deitar também—diz me empurrando com o corpo pro outro lado da cama,acabo rindo do seu jeito ele me puxa pra perto e afaga meus cabelos,assim como minha mãe fazia.

-Assim você me faz dormir de novo-falo fechando os os olhos e sentindo cada vez mais seu abraço e seu carinho.Ele me beija na testa e diz.

—Eu te amo Ana,não vou deixar nada de ruin acontecer com você.

—Eu também te amo meu Iron Man—começo a rir, ele adora quando chamo ele assim.

Flashback off

— Acho que você não cumpriu sua promessa não é mesmo?—falo pra mim mesma respiro fundo tentando não chorar.

Então meu estado dá uma piorada já que começo a pensar em várias e várias coisas ao mesmo tempo.

As lembranças do Pierre na escada com a Cassandra me voltam a mente,e aquela sensação de vazio, preenche cada espaço do meu coração como um quebra cabeça sendo montado.
Vou até o banheiro,faço minhas necessidades,lavo as mãos enquanto esfrego uma na outra,com a água correndo pelo ralo da pia me encaro no espelho,meu cabelo cresceu tanto uns quatro cinco dedos, talvez tenha sido as vitaminas que tenho tomado.
Mas algo me incomoda muito, estou com um camisão grande e largo,um shorts de Lycra preto e um chinelo no pé.

Estou me sentindo feia acho que me arrumar um pouco não faria mal,saio do banheiro andando até o guarda roupa,abro as portas e paro na frente do mesmo olhando cada roupa que tenho,começo a separar algumas em cima da cama.
Experimento a primeira peça e não gosto nada do que vejo,a segunda,a terceira a quarta...

— Ahhhhhhhhh—grito frustrada,nada me serve e as que comprei me faz parecer uma geladeira duplex encapada.Resolvo procurar um pouco mais e acho um vestido longo de mangas até o pulso ele é leve e fresquinho e me deixa bonita.

Vou tomar um banho e relaxar um pouco na água quente,meus pés estão inchados demais e isso dificulta as minhas atividades normais,como abaixar pra pegar o controle que caiu,amarrar a fita da sandália,me depilar então nem sei mais o que é isso,até porque eu não consigo, não vejo mais a minha "florensça" dei esse nome porque acho bunitin.

Saio do banho e então uma idéia surge na minha mente,eu poderia ir na livraria que fica próximo daqui,tomar um cafezinho ler um livro e esquecer os problemas.

Me arrumo penteio os meus cabelos amarrando eles bem,fazendo um rabo de cavalo,calço uma sandália da mesma cor do vestido,uma bolsa de mão e estou pronta só falta uma maquiagem bem leve,e um batom bem clarinho nunca gostei de nada extravagante nem chamativo sempre gostei do neutro,sempre me sentei na última cadeira da sala de aula,era a última a sair da sala sempre fazendo tudo pra não ser vista.

Desço pra sala e pego as minhas chaves em cima do balcão da cozinha,mas uma vontade repentina de usar o banheiro vem e eu tenho que sair correndo pro banheiro de visitas.
Entro e me sento no vaso sanitário,parece que minha bexiga está mais que cheia está transbordando.

—Jesus amado da onde sai tanto xixi?—ponho as mãos no rosto esperando acabar,e cá entre nós não existe sensação melhor do que aliviar depois de tanto tempo prendendo não é mesmo?

Termino visto minha calcinha,ajeito meu vestido e lavo as mãos,volto pro meu ponto de partida e verifico se não estou esquecendo nada,quando a campainha toca me fazendo dá um pulo de susto,meu coração palpitando no peito feito aqueles carrinhos de pipoqueiro onde a pipoca salta de um lado pro outro.

Fico encarando a porta quando a campainha soa mais uma vez,um mal pressentimento me pega de cheio,fico na dúvida se abro ou não,sei que não são meus amigos porque eles tem as chaves,a passos lentos vou em direção a porta coloco a mão na maçaneta,sentindo meu coração bater forte uma onda de medo me possui, destranco a porta em um movimento rápido de chave e escancaro a porta.

Um homem está parado com as mãos nos bolsos,sua postura é elegante e despreocupada,seus cabelos são negros e estão penteados pra trás,com uma camada fina de gel.
Seus olhos parecem duas esmeraldas brilhando na escuridão da gruta tão sexy mas ao mesmo tempo ameaçador.
Vestido com um terno totalmente alinhado ao corpo,da pra ver que é o tipo de homem que se preocupa em cada centímetro em cada detalhe.

—Pois não— digo receosa.

—Anastacia Verón?—me encara olhando direto pra minha barriga.

—Sim,sou eu,e o senhor?—franzo a testa tentando recordar de onde eu o conheço,mas nada me vem a mente.

—A senhorita poderia me acompanhar por favor?— olho chocada.

—Não eu nem o conheço— tento fechar a porta mas ele é mais rápido.

—Me escute,Pierre está no hospital— paro de forçar a porta no mesmo momento, percebendo que cedi, continua— ele sofreu um grave acidente,está entre a vida e a morte,ele está em uma vila um pouco afastada daqui,estava viajando e sei que a senhora indo até la pode ajudar—seus olhos começam a se encher de lágrimas— eu preciso que me acompanhe.

—Co..com.como assim-gaguejo- eu não vou com o senhor,nem ao mesmo sei se isso é verdade.

—Eu posso provar— pega o telefone e disca um número,espera até que alguém do outro lado da linha atende.
—Poderia pedir pra senhorita Verón me acompanhar?—silêncio- claro só um momento,estende o celular na minha direção,pego de suas mãos um pouco trêmula.

— A..l.o..alo- respiro controlando o medo.

—Senhorita,o senhor Martine sofreu um acidente,estou aqui na entrada esperando a senhora.

—Anderson?-tento confirmar.

—Sim, sou eu preciso que a senhora desça,ele só tem você— sua voz sai baixa,contida.

— Cassandra,liga pra ela ir eu não tenho nada a ver com ele—passo firmeza no que digo,posso não estar assim internamente mas não vou demonstrar fraqueza.

—Por acaso,a senhora quer que algo aconteça ao meu senhor?Se isso acontecer o que dirá ao seu bebê quando nascer— droga ele não tá falando isso—que no leito de morte do seu pai a senhora o renegou,não o ajudou?Como ele ou ela se sentirá ao saber que a senhora teve a chance de salvar o pai dele(a) e assim não o fez?— Tento me conter e não chorar mas é impossível não quero que minha filha saiba que não ajudei o seu pai.
Estou sendo egoísta eu sei,mas a dor ainda continua aqui.

—Ele é um ser humano ele também erra,a senhorita tem que entender ele precisa de vocês— o homem parado me tira do meu momento de pânico.

Sem responder nada entrego o celular pra ele sem encerrar a ligação,entro no apartamento e pego meus pertences,saindo em seguida, o homem fica me olhando de um jeito estranho não sei o porquê mas senti uma leve alegria em seus olhos.

Vou até o elevador ele me segue.

—Me desculpe a indelicadeza,sou Richard Martine— estende a mão em minha direção,olho pra seu rosto e sigo o olhar pra sua mão estendida.

— Lamento mas não sei quem é o senhor— digo ignorando a sua mão em minha direção,ele se sente constrangido e recolhe a mão voltando a colocá-la no bolso da calça.

—Sou o pai dele—coça a nuca.

—Pouco me importa — falo e entro no elevador,ele faz o mesmo entra aperta os botões e as portas se fecham— não me interesso por nada que vem daquele homem.

—Pelo jeito não se interessa mesmo— ri de forma debochada olhando pra minha barriga.

—Foi a unica coisa boa que o seu filho fez na vida,tenha certeza disso—fecho a cara e não digo mias nenhuma palavra.

Ele balança a cabeça negativamente e solta por fim.

—Agora sei por que ele é apaixonado por você—continua rindo,não digo nada apenas mantenho minha postura firme e ereta.

Saímos do elevador e vamos em direção ao carro, Anderson está encostado no carro de braços cruzados no peito ele é alto é seu porte é totalmente grande,seus olhos azuis refletem luz ao me ver.

—Senhorita?—diz pondo a mão na maçaneta.

—Ola senhor Rover— entro no carro e não digo nada,o senhor Martine se senta ao meu lado o carro começa a ganhar movimento e eu me encosto ainda mais no assento.
Meus olhos se fecham e sinto o balanço do carro e meus pensamentos saem como uma pipa que colocaram no céu e voa pra onde o vento quer.

Cada briga nossa,cada beijo seus olhares em mim tudo me fez ver com clareza os meus sentimentos.

O barulho de um celular tocando me tira dos pensamentos olho para o homem a minha frente e o vejo falar algo que estremece meu corpo inteiro.

— Já estamos indo, faça o que for preciso,mas salvem o meu filho.— Suas mãos começam a tremer levemente segurando o celular  e seus olhos se perdem na paisagem da cidade iluminada.
Não consigo dizer nada,o medo dentro de mim grita alto pra perder o controle,mas me seguro.
Minha filha volta a se mecher na minha barriga e sei o que isso quer dizer.

Mantenha a calma Mamãe.

— O que aconteceu com ele—pergunto assim que ele desliga .

—Ele está pior a cada minuto.— foi a única coisa que disse,não perguntei mais nada,somente o barulho do vento é ouvido entrando pelas janelas.

Não sei quanto tempo se passou mas começo a desconfiar parece que nunca chegamos no hospital,olho pra paisagem e já não dá pra se ver mais nada,parace que estamos em uma floresta não sei dizer,o medo novamente toma conta de mim olho pro lado e o tal Richard está me olhando com um olhar estranho um sorriso de lado no rosto,estou preocupada.

—Ainda não chegamos?—faço descaso nas palavras,mas não é isso que quero,quero respostas.

— Mais cinco minutos e chegamos— sorri de um jeito galanteador, realmente ele é o pai do Pierre.

— Mas onde estamos afinal?— Olho pela janela tentando me lembrar se já passei por algum lugar assim.

—O que importa não é onde estamos e sim,o que vamos fazer aqui.—Olha no fundo dos meus olhos e me sinto incomodada.

O carro para do nada me fazendo olhar para os dois lados e não ver nada a não ser escuridão,entro em pânico.

— Porque paramos?Onde estamos?— Cadê o hospital.—Tento abrir a porta do carro em vão.—Anderson me explique o que está acontecendo agora.

Richard apenas me olha com pouco caso e desce do carro ascendendo uma lanterna,e sai andando, Anderson não me responde nada e sai do carro fazendo o mesmo que o tal homem.
Fico no carro olhando os dois sairem andando.
Não tenho reação,não sei o que é pior estar em um lugar totalmente desconhecido,no meio do nada sem energia e sem saber o que está acontecendo,ou ficar aqui no carro esperando socorro.

—Será que nesse mato todo tem feras carnívoras?Ou lobos ou bichos grandes que podem me matar e me esquartejar em segundos me fazendo de prato principal do seu jantar?Ou é onde o bicho papão mora?
Pego o celular na bolsa e ligo pra Katia,mas nesse fim de mundo não tem sinal algum,tento várias e várias vezes,e sempre a mesma coisa.
Então começa a se passar uma cena de um filme de terror onde um psicopata pega a mocinha e arranca seus olhos e seu coração,fazendo coisas brutais com ela.

Não penso mais nada,se aqui é onde o bicho papão e psicopata moram quer dizer que eu estou perdida,saio correndo,ou pelo menos tentando já que a barriga não ajuda.

—Vocês me esperem,não me deixem aqui— um dos dois ilumina a trilha com a lanterna pra mim—quando sairmos daqui vocês dois vão me pagar eu vou fazer questão de arrancar cada pedacinho do corpo de vocês com a pinça,vou fazer vocês sentirem tanta dor que vocês vão me implorar a morte.

Os dois idiotas começam a gargalhar me fazendo ficar mais nervosa do que antes.

—O que é aquilo ali?- Richard diz sério iluminando com a lanterna uma grana baixa.

—O que?—Eu e Anderson falamos em uníssono.

—Nada demais era só uma cobra.

—Ahhhhhhhhhhhh—saio pulando pelo escuro—ahhhhhhh socorro, socorro.

—Volta aqui sua louca,não tem cobra nenhuma— paro pra encara-lo,a fúria fluindo em minhas veias.

—Vocês são loucos ou o que?Me trazem pra um matagal pra fazer sei lá o que,e porque diabos o Pierre está em um hospital,que história maluca é essa?—Paro tomando ar,os dois me olham na escuridão,e o silêncio predomina o ambiente,apenas escutamos o sons de alguns grilos e o coachar de sapos,o que me leva acreditar que próximo daqui tenha algum rio ou lagoa—Vocês vão me matar não vão,o que eu fiz pra vocês,foi a Cassandra não é mesmo?
Ela mandou vocês me trazerem e dar cabo a minha vida,mas vocês não pensam no meu bebê?—atropelo as palavras e começo a chorar,o silêncio que estava é rompido por duas gargalhadas altas e grossas,fico parada olhando os dois se acabarem de rir do meu momento.

—Você realmente acha que eu faria algum mal pra mãe do meu neto?—diz entre uma risada e outra.

—Eu a considero minha patroa senhorita Ana,eu daria minha vida pra lhe proteger,acha mesmo que eu seria capaz disso— Anderson diz e noto um certo tipo de mágoa em sua voz,fazendo me sentir péssima.

—Eu,eu acho melhor continuarmos ainda tenho que saber o estado do crapula do Pierre — saio andando na escuridão sem enchergar nada.

Os dois parecem conhecer bem o caminho pois em momento nenhum eles tropeçam nas pedras que tem,já eu tenho que me segurar a todo momento,após andar o que me pareceu uma eternidade avisto uma mansão de no mínimo cinco andares,acho estranho não ter ninguém, se isso é algum hospital porque não se parece com um e cadê os enfermeiros as ambulâncias,será que trouxeram ele pra uma clínica?

É tudo muito claro e as luzes bruxeladas dão um toque especial no local, o jardim é incrivelmente grande e com diversos tipos de flores,rosas magnólias,cravos,violetas, orquídeas se eu não estivesse com medo gostaria de parar para apreciar essa visão esplêndida, tento me acostumar aos poucos com a claridade,noto um lago todo enfeitado com luzes de LED acho muito estranho mas não pergunto nada.

Subimos a escada que dá pra entrada da casa,e franzi a testa olhando para os dois indivíduos ao meu lado Richard pega uma chave e abre a porta  me dando passagem,não entro está tudo escuro ele me empurra pra dentro fazendo com que eu dê um tropreção pra frente parando dentro da casa.
Em seguida ele fecha a porta,não sei se eles entraram ou se só eu estou aqui,não consigo enchergar absolutamente nada então procuro meu celular na bolsa,falhando miseravelmente.
Começo a tatear a porta na tentativa de abri-la,mas o miserável trancou, tateando as paredes em busca de um interruptor ouço a voz do Richard do lado de fora.

—Cuidado pra não ser devorada pelo espírito Aka-ima-Sha— começa a rir.

—Eu não te conheço,mas juro que quando eu sair daqui você vai me pagar.
Fils de mère, je vais te tuer—digo com raiva.

Uma luz no chão parecida com uma vela se ascende,a escuridão vai se dissipando conforme várias luzes se aparecem,será que isso é algum ritual macabro onde eu sou a oferenda?
Dou dois passos pra trás,velas em castiçais se ascendem dando fim total a escuridão.

Em uma parede está algum tipo de adesivo com corações,em uma mesa está uma caixa de cor negra e ao seu lado um bouquet de rosas brancas,no começo do corredor está uma placa escrita.

➡Pegue a caixa e o bouquet.
➡Siga as velas.

Acho tudo estranho,mas já que estou aqui porque não desbravar essa casa esquisita,ando até a mesa e pego a caixa abrindo e vendo que são bombons os meus preferidos,sigo as velas que estão no chão em um corredor escuro sendo clareado apenas pelas luzes das pequenas velas,que estão sendo acessas feito passo de mágica o que me encanta,ando a passos lentos e cautelosos e ouço uma música ser tocada,uma melodia lenta e clássica.

Sentimentos são fáceis de mudar.
Fáceis de mudar
Mesmo entre quem não vê que alguém
Pode ser seu par

Eu reconheceria essa música até embaixo d'água, é um dos meus desenhos da Disney preferidos,ando mais apressada com a curiosidade a mil.

Basta um olhar
Que o outro não espera
Para assustar e até perturbar
Mesmo a Bela e a Fera

Sentimento assim
Sempre é uma surpresa
Quando ele vem, nada o detém
É uma chama acesa

Paro em frente a uma porta e abro ela lentamente,meu coração acelerado, milhares de pensamentos tomando meu juízo aos poucos,e ao abrir me deparo com uma cena que faz os meus olhos lacrimejar,Pierre está parado na frente da porta com um bouquet enorme de rosas bolivianas as mais lindas que já vi,seus olhos em um brilho sem igual.
Vestido com um smoking azul petróleo, totalmente aliado e impecávelmente feito sob medida pra ele,ele vem andando até mim,me oferece a mão direita eu sem entender nada apenas continuo olhando em seus olhos, procurando uma resposta.

—Não diga nada,apenas me acompanhe— balanço a cabeça em forma de sim em choque,pego em sua mão estendida,ele faz um sinal com a cabeça e uma mulher vestida elegantemente vem até ele pegar as flores e a caixa de bombom.
Ele me conduz até o meio do salão, salão?

Começo a reparar,o som que escutei vinha de uma orquestra, está tudo iluminado e a decoração é toda em rosa bebê,azul e dourado.
Vários vasos de flores, luzes em cada um,um lustre enorme e delicado no teto,o chão está repleto de pétalas de rosas vermelhas e brancas,as lágrimas começam a rolar.

Ele segura em minha cintura e me conduz a uma valsa lenta e sensual,me perco nos seus olhos e sigo seus passos.

Sentimentos vem
Para nos trazer
Novas sensações, doces emoções
E um novo prazer

Ele me ropia na dança,e me puxa com delicadeza de volta,fazendo com que minha mão esquerda pouse em seu peito então ele se aproxima mais e canta no meu ouvido com uma voz rouca e grossa,fazendo com que meus pelos do corpo e da nuca se arrepiem no mesmo estante.

—E numa estação, como a primavera
Sentimentos são, como uma canção
Para a Bela e a Fera-sorri ao final da frase,e continua.

-Sentimentos são
Como uma canção
Para a Bela e a Fera- me dá um selinho calmo e delicado.

Ao fim da música somente o som dos acordes de um piano pode ser ouvido,ele se ajoelha na minha frente e beija minha barriga.

—Me desculpe por ter mentindo pra você,mas sei que seria o único jeito de fazer você vir até mim—segura minha mão e deposita um beijo casto na mesma.—Antes de mais nada quero saber se você está disposta a me ouvir.

—Eu não entendo— olho para todo o salão querendo não acreditar no que meus olhos vêem— eu já tentei mas foi em vão,então me explica o que é tudo isso.

—Você vai me prometer que não vai me interromper certo?

 —Tudo bem—digo abaixando os olhos pra encara-lo.

A minha vida mudou no momento em que eu decidi voltar para a empresa,no instante que meu olhar encontrou o seu eu sabia que você seria a mulher que mudaria a minha vida,eu não queria assumir pra mim mesmo que você era tudo o que eu podia querer e muito mais.
Então eu fiz besteira,eu te humilhei te maltratei,fiz tudo pra que você ficasse longe de mim,mas quando eu vi você é o seu ex,só pude sentir raiva e foi isso que me motivou a fazer e falar coisas ainda piores.
Mas ao ver seu corpo no chão tão frágil e machucado só pude pensar o quanto você valia pra mim,e hoje sei que você vale muito,na verdade sou eu quem não merece alguém tão doce e gentil como você

Esses dias longe de você e do nosso filho,foi um martírio total,eu não sei se um dia você  vai querer me perdoarpor todo o mal que te fiz— seca as lagrimas que  brotam dos seus olhos,caindo feito uma gotas de chuva no verão e tendo seu fim no chão.—Me perdoa por perder a fase mais importante da sua e da minha vida?

Eu só quero que me perdoe eu não sou ninguém sem você,acredita em mim.

Eu juro que vou mudar Ana,por você por nosso filho,eu nunca consegui dizer nada que pudesse te fazer feliz  e nem ao menos sei se um dia vou conseguir.

Meus olhos não aguentam a queimação e deixa cair lagrimas pesadas de todo o sofrimento que tive nesses ultimos meses,a traição do Taylor,o sumiço de Miah,toda a humilhação que Cassandra me fez passar e ainda toda dor que ele me causou,é demais pra mim eu não aguento essa dor que está em meu peito.

Ele está me pedindo perdão eu sou capaz de perdoa-lo?

Anastacia Verón,você aceita se casar com esse homem que te ama,que errou tanto mas que está aqui na sua frente te implorando de joellhos pra me perdoar.—Seus olhos vermelhos transmitem todos seus sentimentos—Que promete te amar nos dias mais frios,nas noites mais quentes,na doença,na sua velhice e em cada piscar de olhos que você dar.—Solta a mão que estava segurando a minha e a coloca no bolso retirando de lá uma caixinha vermelha e felpuda—Eu nunca disse pra você o quanto você significa pra mim—abre a caixinha revelando um anel  prata com o aro fino,com uma pedra lilás cravejada,o anel mais bonito que já vi na minha inteira—Me perdoe novamente por nunca ter dito o quanto EU AMO VOCÊ,CASA COMIGO!



Olho pra ele,minhas bochechas ganham um tom avermelhado as lagrimas não cessam e meu bebê se meche como implorando pra lhe dar a resposta que ele tanto quer,olho pro salão e vejo todo o seu trabalho,as pessoas que nem ao menos eu tinha visto que estavam aqui me olham com brilho de esperança nos olhos,passo o olho em um por um e vejo os garçons,a cozinheira e ao seu lado esuqerdo um homem que creio ser o sub chefe,as pessoas da orquestra.

Vejo Anderson de braços cruzados me olhando com expectativa ao seu lado está o rapaz que eu não fui com a cara o tal de Richard,olhando para o lado direito vejo Katia,Diego e Miah me olhando,Katia segura na mão de Diego e solta as palavras em um tom mudo para que eu apenas entendesse,ela sabe o quanto a presença dela é importante pra mim.

—Seja feliz,você merece.—O sorriso que nasce em seu rosto me mostra o quanto está feliz ao lado do meu grande amigo.

Mas será que eu vou ser feliz?Será que não passa de uma brincadeira estúpida dele?E a Cassandra?

—Acho que essa é a hora que você me dá um sim—Pierre diz soltando um riso de desespero e me tirando dos meus pensamentos negativos.

Volto a olhar pra todos ali,respiro fundo tentando conter a respiração nervosa e não sei se ele merece uma chance não, e quando eu abro a boca pra dizer a minha barriga endurece e sinto a  bebê se mecher como nunca senti e é nesse exato momento que não devo pensar só em mim.

—EU Anastacia Verón aceito me casar com você Pierre Martine.—digo sorrindo,uma salva de palmas,assovios e pulos são dados por aqueles que estão presentes,apartir de hoje não quero mais sofrer,ele retira o anel da caixinha e coloca em meu dedo com delicadeza uma musica lenta começa a tocar e ele me abraça.

—Eu te amo Ana—diz me pegando no colo e rodopiando pelo salão,petalas de rosas começam a cair do teto e vejo que tem uma abertura no telhado onde um helicoptero está sobrevoando e as jogando me sinto a mulher mais feliz do mundo.





Gente me desculpem eu sei que ficou mega,ultra,power,grande mas depois de tanto tempo sem postar eu achei que vocês mereciam.Espero que tenham gostado desse capitulo então beijos no coração e até o proximo.

E se puederem deixem seus comentarios e suas estrelinhas,afinal eu acho que mereci hehehehe

OBS: Eu sei que 4125 palavras é muito, no proximo vou deixar mais curtinho.

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