3# - Em busca de Armazenamento Pesado
Sons de carregadores caindo no chão, cápsulas de balas de espalhando pelo ar e motor que era puxado ao seu limite, esta era a nossa situação. Enquanto eu, Valick, Susan e surpreendentemente Sill, descarregamos os pentes na horda de infectados velozes, Jika conduzia habilmente pelos subúrbios que estavam parcialmente destruídos.
- Nós temos de despista-los, senão neste ritmo ficaremos sem munições - avisou Valick.
- Estou a ir o mais rápido que posso - disse Jika - não têm aí algum explosivo?
- Tinha esquecido, tenho um lança-granadas na pasta - respondeu Susan - Shizuki, pega na minha pasta e Alexia, dá-me alguns pentes.
As duas não sabiam usar armas, então limitaram-se a distribuir carregadores, Shizuki me entregou o lança-granadas.
- Vamos lá, dispara! - disse Valick apressado.
- Espera...- Eu estava tentando ver o melhor momento para...
- Não temos muito tempo! - gritou Susan, mas ignorei.
Logo que entramos na cidade, haviam dois arranha-céus que pelos vistos estavam caindo, mas colidiram entre si e criaram uma estrutura bem instável e perigosa.
- Bingo - disparei lá e enorme estrutura caiu bem no meio da rua, onde eles estavam e depois disso não vimos mais nenhum deles.
- Ahm, finalmente acabou - disse Shizuki suspirando fundo.
- Ainda bem, mas não sei se iríamos aguentar de novo algo parecido, nós gastamos muita munição - respondeu Susan verificando o saco.
- Olhem, uma estação policial - disse Jika indo pra lá sem nos perguntar e parou frente ao portão.
- Parece deserta - desci com a Susan e abrimos o portão da frente - Vai devagar.
Após Jika estacionar, todo mundo desceu armado e entramos na estação, que pelos vistos estava mesmo deserta e pela quantidade de coisas espalhadas por todo lado, concluímos que eles saíram todos às pressas.
- E eu a pensar que eles seriam os últimos a saírem, que covardes - reclamou Jika.
- Pelo menos aqui ainda tem energia, e tenho a certeza que deixaram mantimentos por todo lado, então melhor nos separarmos em pares para vasculharmos cada canto com mais eficiência - Todos concordaram, e eu acabei indo com Shizuki ao armeiro.
- Será que encontraremos infectados lá? -perguntou ela apavorada.
- Se tivesse algum, já iria revelar-se a muito tempo - nos posicionamos na porta e eu abri lentamente, e quando liguei a lâmpada descobri que aquilo estava repleto de armas suficientes para pequeno exército, eu não consegui conter a minha felicidade - Shizuki, me belisca eu só posso estar no paraíso.
- Não achas que estar a exagerar?
- Nem um pouco..., pessoal - agarrei no rádio - Jackpot, aqui no armeiro está a transbordar de armas.
- Eu achei algo também - respondeu Valick que estava com a Sill - Aqui está repleto de mantimentos de todo o tipo possível.
- Eu tenho algo ainda melhor - interviu Susan, que estava acompanhada de Jika - acabei de encontrar uma carrinha e um camião com chaparia reforçada.
- Pe...sso...al?
- Alexia?
- Vocês...podem...vir...aqui...por...favor...?
Já que tínhamos deixado ela sozinha na recepção vasculhando o computador, então corremos até lá.
- O que foi? - cheguei lá ofegante, e ela apontou para o computador - Oh, deixa-me ver.
Pelas informações que ela conseguiu encontrar, a esquadra foi evacuada a exactamente duas horas atrás, 10 minutos após o surto começar e havia uma mensagem informando que Dr. Ross e uma equipa estaria na cidade, daqui a 12 horas na universidade Científica de Tokyo.
- O que se passa? - disse Susan chegando com o resto do grupo.
- Malta, melhor descansarmos, porque amanhã já teremos um objectivo a cumprir...
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Ok, agora vamos lá recuar até o momento final do anúncio de rádio, onde o Dr. Ross estava se despedindo.
-...Obrigada pela vossa atenção - após discursar, levantou da cadeira. Ele estava em um cargueiro da marinha japonesa, perto do porto de Hiroshima.
- Prazer em conhecê-lo, Dr. Ross, sou Major Takedo - disse um homem robusto apertando-lhe a mão - os superiores desejam saber se como correu a evacuação?
- Muito bem, parece que mais de 70% da população não infectada foi evacuada.
- E porque é que não está a 100%?
- Há pessoas que ainda têm esperança de encontrar alguns familiares desaparecidos e outros que simplesmente não querem deixar os seus lares, mas no entanto eu irei para Universidade Científica de Tokyo, porque a solução provavelmente estará lá.
- Sugiro que leves um grupo de soldados para escoltar a tua equipa, porque satélites mostram que os infectados estão em todo canto da cidade.
- Entendido - disse Ross antes de sair da sala, mas o major pega em seu ombro.
- Sei que consegues reverter isto, mas se acontecer algo de errado sabes o que faremos, certo?
- Se sim, irão largar uma bomba atômica sobre Tokyo.
- Não podemos correr riscos, então tens 48 horas, vai bem...e se cuida.
- Obrigado - entrou no helicóptero e o mesmo descolou.
Após meia-hora, os dois helicópteros já estavam perto de Tokyo, um dos soldados aborda o doutor.
- Dr. Ross, o satélite mostrou algo curioso... - disse ele.
- Espero que seja algo que valha a pena - respondeu Ross.
- Uma horda de infectados perseguia uma van com estudantes bem armados.
- Eles escaparam?
- Felizmente sim, já que um deles rebentou dois edifícios com ajuda de um lança granadas e os destroços caíram bem em cima de horda, e agora parece que eles estão abrigados em uma estação policial.
- Qual será o objectivo deles naquele inferno?
- Não sei, mas pelo que vejo, não acho que eles querem fugir da cidade.
- Então eles têm algum propósito, por isso serão muito úteis para mim, assim que estivermos quase a chegar irei tentar contactá-los.
- Está bem, senhor!
Voltaram para os seus postos a espera que o helicóptero chegasse.
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- No...by... - começei a sentir alguém me cutucando na cara enquanto eu estava dormindo, quando eu abro o olho, era Alexia com o rádio na mão - É p..pra você.
- Ok, isso foi fofo e sinistro ao mesmo tempo, obrigado - levanto recebendo o rádio e clico no botão - Deixa adivinhar, Dr. Ross?
- Correto meu caro, e você deve ser o líder dos jovens sobreviventes, Sr.?
- Noby Galaxy, e eu não sou líder nenhum, mas respondo por todos aqui.
- Bom saber, então já deves saber que eu estou quase chegando em Tokyo?
- Claro que sim, e eu tenho a certeza que tens um plano infalível de cientista maluco para esta situação.
- Eu não diria dessa forma, mas resumindo sim, e preciso de vocês para a sua execução...
- Nos dê uma hora, e estaremos aí - larguei o rádio, levantei e começei a bater palmas - Toca a acordar, pessoal!
Depois entrei no balneário escovando os dentes, e eu podia jurar que tinha visto alguém em um dos corredores enquanto passava pelos cacifos, mas quando recuei não tinha ninguém.
- Só posso estar a enlouquecer aqui...- cheguei no lavatório, cuspi e lavei a cara. Quando eu olho pro espelho vejo um homem bem grandão com um dos cacifos na mão - Só podem estar de sacanagem.
Pulo para o lado antes do cacifo atingir-me e olho pra ele, estava com o resto coberto com um pano preto e não falava nada, só deitava grunhidos. Tentou dar-me um soco, eu defendi, mas fui violentamente jogado na parede e caio no chão.
- Não podemos chegar a um consenso, ai, isso doeu mesmo... - ele chegou perto de mim me dando um pontapé no estômago, me fazendo embater em alguns cacifos, e fico estendido no chão olhando para o teto - Eu acho que não...
Ele apareceu de novo ao meu lado e levantou o pé exibindo a enorme sola de sua bota. Prestes na espezinhar até a morte, Susan aparece e acerta bem no meio da nuca com um facão, fazendo ele cair morto ao lado.
- Estás bem, algum osso partido? - perguntou preocupada me ajudando a levantar - É por isso que os homens não devem tomar banho juntos.
- Eu estou bem, mas de onde é que você tirou essa ideia viajada?
- As garotas da escola me mostraram alguns vídeos em que...
- Podes parar já aí, há sim homens que tomam, mas outro tipo...
- Como assim, eu não entendi...
- Um dia explicarei com mais calma - corremos até a recepção, onde todos estavam - Pessoal, precisamos de sair agora mesmo!
Logo após eu dizer isso, outro homem grandão entra pela porta principal, mas desta vez estava com uma metralhadora na mão.
- Oh não, abaixem-se!...
Fim de Capítulo
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