2# - Resgate à donzela em perigo

- Acabei de falar com o meu pai, estão a evacuar toda a cidade pelas docas em cruzeiros - Explicou Jika - Se irmos agora teremos lugares reservados para o próximo.

- Espera, primeiro tenho de ligar primeiro para minha mãe - peguei no meu celular e entreguei no Valick porque estava com as mãos no volante, e a estrada estava cheia de carros abandonados.

Ele ligou, e deixou no viva voz e começou a chamar, o silêncio tomou conta da Van, e foi quebrado apenas pelo pequeno toque que indicava que estava chamando...e caiu no correio de voz.

- Tenta de novo - no início conclui que devido a evacuação, ou ela deixou o celular em casa, ou meteu o celular no silêncio, então tive de optar pela alternativa - Liga na Sill, ela hoje não foi a escola.

Desta vez nem demorou mais de 10 segundos e ela atendeu, e pela sua respiração algo não estava bem.

- Finalmente você ligou, onde diabos estás? - sussurrou.

- Estou a caminho, porque é que estás a sussurrar?

- Era uma vez quando 4 homens arrombaram a porta da casa, eu pensei que eram simples ladrões, mas tentaram morder a mim e a Sra. Galaxy, acho que devia ser um tipo de fetiche esquisito ou algo do gênero...

- Continuando...

- Desculpa, a tua mãe mandou-me correr para o teu quarto e esconder-me, ouvi uns disparos e até agora está um silêncio absoluto aqui, e eu tenho muito medo para ir lá ver.

- Não te aflitas, nós estamos quase a chegar.

- Como assim nós, quem é que...- de repente ouvimos um estrondo, depois um grito e a chamada caí.

Entro em pânico e acelerou ainda mais a Van.

- Será que ela... - antes que Shizuki pudesse acabar a frase, Susan tapa a sua boca.

- Deixa de ser negativa e ajuda-me aqui com as armas, e vocês duas, venham aqui também.

Olhei para o retrovisor e lá estavam 4 miúdas menores de idade mexendo limpando as armas, onde o mundo foi parar..., então quando nos aproximamos da minha casa pude ver que uma carrinha derrubou a porta da garagem e a porta estava arrombada, e havia vários infectados andando pelo jardim, então lentamente estacionou bem na frente do portão principal sem nenhum deles dar por isso.

- Ok, eu irei com a Susan e o Valick, vocês as três ficarão aqui e não façam nenhum barulho - Elas abanaram a cabeça sem hesitação, e Susan me entrega o rifle - Qualquer coisa, falem conosco pelo rádio.

Muito bem armados, ou é o que parecia, saímos lentamente da Van e eliminamos rapidamente e sem fazer barulho os infectados do jardim, isso graças aos silenciadores que Susan tinha na mala.

- Pelos vistos, Kazumi te deu uns bons presentes de despedida - disse Valick na brincadeira.

- Apenas cala-te e entra.

- No interior da casa, que tinha pouca iluminação já que a carrinha que está agora anarquicamente na garagem antes havia derrubado o poste de energia elétrica, então as lanternas foram um acessório bem-vindo na ocasião.

- Esse silêncio não me agrada - entrei na sala e para a minha surpresa haviam indivíduos perto do canto parados e com as cabeças baixadas e estavam em uma roda. então faço um gesto na Susan para não fazer barulho, e ela alertou Valick que vinha a sua trás.

Caminhei até a cozinha e não havia ninguém, foi então que decidi abrir a dispensa, porque lá podiam caber umas 3 pessoas, mas tenho de admitir que foi a pior coisa que fiz naquele dia.

Um frasco de vidro caí logo que eu abro a porta, nem tempo tive para reagir. Olhamos rapidamente onde era suposto três infectados parados estarem, mas para a nossa infelicidade já não estavam.

Não havia palavras suficientes para explicar o desespero que estávamos sentindo naquele momento, em vez de perdermos tempo a falar, ficamos apontando as nossas lanternas para todos os lados e foi nesse momento que uma gota de sangue caí no meu rosto, fiquei totalmente imobilizado.

- Malta, acho que já sei pra onde eles foram - os dois olharam para mim e eu simplesmente apontei para cima discretamente - Disparem em 3...2...1...

Dei uma rápida deslizada para a esquerda e peguei no rifle, todo mundo disparou para onde os infectados estavam, mas eles eram incrivelmente ágeis, então fomos atacados ao mesmo tempo e para melhor entendimento, falarei em como cada um escapou da situação.

Primeiro começaremos por mim, um deles desceu e correu em minha direção esquivando das balas, deu-me um forte pontapé e eu vou contra a geladeira. Tive de agachar no momento seguinte porque ele tentou dar-me uma bofetada assustadoramente poderosa porque fez um rasgão bem profundo na superfície metálica da geladeira.

Vendo isso percebi que não podia dar-lhe tempo para me atacar, então levanto dando uma coronhada no queixo dele com o rifle, a seguir pego em uma torradeira e acerto bem na cara dele, pego no porta facas e começo a arremessar uma por uma nele, sendo a última no meio da testa, o matando.

Já Susan, teve mais sorte que eu, acho que deve ser pelo os anos na Interpol, porque após o infectado pular para cima dela e os dois rebolarem no chão, ela rapidamente separou-se dele com um pontapé no estômago, e logo após os dois levantarem, ela agilmente saca a arma e efectua 2 disparos em sua cabeça, matando ele.

Valick envolveu-se em uma medição de forças com o terceiro, mas ele sabia que não aguentaria por muito tempo, então levantou o joelho com força e uma faca sai do bolso que estava em sua perna, e em um ato de pura sorte levantou o joelho de novo e faça aterra perfeitamente com a lâmina para cima dando tempo suficiente para ele largar o infectado, agarrar na cabeça dele e fazer ela aterrar com os olhos na faca, matando-o. Olhem que cada um conseguiu safar-se a seguir ao outro.

- Ok, isso foi legal demais - disse pra Valick, estava impressionado com aquele movimento.

- Sendo sincero, nem sei como fiz isto - respondeu Valick coçando a cabeça, depois ouvimos um estrondo - O que foi aquilo?

- Tenho a certeza de que veio do andar de cima, vamos lá - disse Susan com o rifle na mão indo para as escadas, fomos atrás dela - Não façam barulho.

Logo que ela chegar ao topo das escadas e vira para o corredor, de imediato uma infectada ataca ela, felizmente ela contra-ataca rapidamente e atira duas vezes a matando, mas quando ela direcciona a lanterna para a infectada fica assustada e mete a mão na boca olhando pra mim.

- Oh Meu Deus, Noby - caiu de joelhos e encostou na parede, então rapidamente eu subo e vejo a minha mãe no chão com dois buracos de bala no meio da testa.

Ver aquilo fez a minha cabeça doer repentinamente, então largo o rifle e apoio-me a parede, eu não sabia como reagir vendo aquilo, mas a raiva e culpa eram as coisas que me engoliram naquele momento.

- Noby, tu estás bem? - Logo que Valick perguntou eu começo a socar a parede gritando de raiva e dor, ele e a Susan tiveram de me agarrar - Acalma-te, ela já estava infectada, não podias fazer nada, então não nos condenes também, por favor.

Eu queria falar pra ele umas boas, mas fomos interrompidos pela porta do meu quarto, que abriu lentamente e de lá saiu Sill, que caminhou até mim com o rosto cheio de lágrimas e me abraçou.

- A culpa é toda minha - começou a chorar de novo - Eu não consegui protege-la.

- Não faz mal, tu deste o teu melhor - meti ela nas cavalitas e comecei a descer a escada - Vamos embora.

Chegamos até a van e entreguei a Sill na Shizuki, enquanto Jika estava no lugar do condutor mexendo no rádio e Alexia estava sentada e olhando para as nuvens, como se não estivesse lá.

- Ela parece muito abalada, e onde está a tua mãe?

- Num lugar melhor, mas prefiro não falar sobre isso agora, então Jika, o que você está fazendo?

- Estou procurando a estação do governo porque em caso de emergências, eles acabam anunciando algo lá - deslizou mais um pouco e chegou no que parecia a estação certa.

-... Agora passaremos a palavra ao Dr. Ross, biólogo e químico...

Dá-se uma estática e um homem começa a falar.

- Cidadãos de todo Japão, vim informar-vos que devido a um vírus altamente contagioso com nome de NS-360 que espalhou-se rapidamente pela cidade de Tokyo, onde as pessoas infectadas apresentaram sinais de canibalismo e agressividade. Por conta disso houve uma evacuação em massa, que retirou 70% da população não infectada, e cidade foi posta em quarentena por tempo indeterminado apartir de agora, por isso recomendo a todos que ainda estão na cidade a trancar-se em casa e revisar os mantimentos até novas instruções e para todos os casos, estejam sempre ligados a este canal, que Deus vos abençoe e muito obrigado pela vossa atenção.

O locutor  voltou a falar, mas já não eram coisas relevantes, então Jika desligou o rádio.

- Com que então ficamos presos aqui - disse Valick cruzando os braços - O que faremos agora?

- Sobrevivemos, é claro - respondeu Susan - vamos pegar mantimentos, e procuramos uma forti...

- Esperem, vocês estão a ouvir isto? - sentimos um tremor de terra que ficava cada vez mais forte e quando olhamos para trás, uma horda gigante de infectados juntos da criatura que estava na escola, vinha na nossa direção em alta velocidade.

- Jika, arranca agora!

A nossa sorte naquele momento estava a ficar quase nula, mas ainda tínhamos coisas piores para lidar mais tarde...

Fim de Capítulo.

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