1# - Reviravolta Imediata

Só lembrando que esta história não é cânone no universo de Noby Galaxy.

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- Bom dia Noby, como estás? - disse uma voz  ao meu lado.

- Aff, com sono, mas bem, acho eu - tirei a cabeça da secretária para ver quem era, e era nada menos que Shizuki, minha vizinha e crush, nem vale a pena me perguntar o porquê. E como já devem saber, sou Noby e hoje era mais um dia normal na minha vida, e como sempre eu estava na escola.

- Tudo bem com vocês? - disse Valick chegando, era o meu melhor amigo - Por acaso um de vocês pode me dizer quem é a gatinha que está a falar com a Jika agora, aluna nova?

- Sim, é a Alexia, canadense, aluna de intercâmbio, vocês já sabem como é - disse Shizuki dando uma leve risada.

- Sinistro, se é assim, vou tentar falar com...o que é que está se passando lá fora?

- Como assim? - a nossa sala estava no 1° andar e eu estava bem ao lado da janela, que tinha vista ao portão principal da escola. Um homem tinha entrado derrubando o guarda que tentava impedi-lo, tentou correr, mas após dois passos caiu em agonia. Logo a seguir, dois militares aparecem correndo em direção dele o cercando.

Um deles se aproximou lentamente tentando pegar-lhe, mas o homem agarrou em sua mão, mordeu e logo a seguir virou um enorme monstro com a pele roxa. O outro soldado tentou atirar, mas sem sucesso, aparentemente a pele dele era impenetrável e o soldado foi desmembrado e comido em poucos segundos.

Começou a olhar para todos os lados e depois olhou directamente pra mim, o que foi chocante pra mim porque após isso ele vinha na direção do edifício onde nós estávamos, então o meu instinto fez-me levantar e começar a gritar:

- Saiam todos da sala, tem uma criatura vindo para cá! - Eu acho que no início eles pensaram que eu estava louco, porque só acreditaram quando sentiram um embate no edifício e começaram a correr para fora da sala aos gritos, então olho pro Valick - vai, leva a Shizuki e a Jika para o parque de estacionamento e peguem uma das mini vans da escola, acho que algo terrível aconteceu em grande escala...

- Como assim, em grande escala? - perguntou Valick confuso.

- Explicarei melhor depois, vão e esperem por mim com a van ligada, eu irei buscar a Susan - respondi empurrando ele.

As cicatrizes da nossa aventura anterior começaram a fazer sentir outra vez, então comecei em alguma maneira de atordoar aquilo.

Todo mundo saiu da sala ficando apenas eu. Peguei os dois extintores que estavam na sala para o centro e olhei para a janela e levo um grande susto. A criatura estava pendurada concentrada a olhar pra mim, e um dos seus olhos parecia que iria cair de seu rosto horrendo a qualquer momento, apesar de ainda parecer funcional.

- Que coisa feia - falei baixinho, mas não o suficiente, porque ele sorriu e deu um soco na janela quebrando-a facilmente - Ah!

Pego nos extintores e quebro as suas bocas arremessando os dois no chão muito pó que infestou toda a sala me dando oportunidade de sair rápido de lá.

Entro na 2° sala a seguir a minha e fecho a porta com esperança de ele passar sem notar a minha presença, mas foi aí que eu oiço o grito de uma miúda em pânico no corredor, não vi quem era porque a porta estava fechada.

- N...- Nem tive tempo de falar, ela foi pega e arrastada violentamente até o fundo do corredor. Abri a porta e espreitei, e era uma colega da sala vizinha, pelos vistos o arrastão que ela foi submetida a matou. Haviam cortes e hematomas em todo o corpo, e a sua cabeça estava aberta e dava pra ver um pedaço do seu cérebro.

Dessa vez o monstro estava comendo o seu interior calma e decentemente.

Estava tão distraído que não tinha visto a miúda na sala onde eu entrei, que estava sentada mexendo em uma caixa cheia de tralhas.

- Ei tú, por acaso estás perdido? - perguntou.

- Não me digas que não ouviste aquela toda confusão aqui ao lado, Karim?

- Vocês foram os últimos a saber, lá embaixo já tem um monte de infectados.

- Infectados...espera aí, não era apenas aquele grandão?

- Sim, e acredita, eles não são nada amigáveis - levantou da cadeira e me entregou uma espécie de pistola - E se não quiseres ver um de perto, é melhor me matar agora, sugiro a cabeça porque será menos indolor.

- Espera...como assim? - a seguir ela me mostrou a mordida que tinha em uma das suas coxas - wow, é altamente contagioso?

- Sim, mas ainda não sei quanto tempo irá demorar até os sintomas começarem, então...

- Que tal fazermos um teste de estresse? - dei uma ideia melhor, não tinha coragem de atirar em uma pessoa só assim, sem mais nem menos - Preciso da tua ajuda para ir a busca de alguém.

- Não sei, pode ser perigoso se eu me transformar de repente - meteu a mão no queixo - Só se prometeres atirar em mim quando eu estiver no meu limite, combinado?

- Está bem, combinado - apertamos as mãos e depois olhei para a pistola improvisada - O que é isto?

- Uma pistola de pregos, muito básico e nada de inovador, tiro único com uma boa precisão, e fiz dois.

- Ainda bem, então vamos - abri a porta e uma miúda infectada tentou pular para cima de mim, mas consegui baixar a tempo. Ela rebolou e levantou rapidamente olhando pra mim - Mas que droga!

Ela olhou pra mim e lentamente abriu a boca de onde saia uma quantidade absurda de saliva. Prestes a avançar para me atacar, Karim atira bem na nuca dela, a matando instantaneamente.

- Te apresento uma infectada, o que achou?

- São rápidos, pensei que seriam lentos como na maioria dos filmes, e que desperdício para uma garota bonitinha dessas se transformar nisso.

- Desnecessário, mas bem visto, agora vamos lá antes que o meu tempo acabe.

Fomos para o corredor e não encontramos a criatura, mas em troca desse alívio, haviam vários infectados vadiando por lá. Bastaram alguns tiros e um pouco de correria para chegarmos às escadas em segurança.

- Onde é que esta tua amiga se encontra?

- Na sala de conferências no outro lado da escolaz alguma ideia?

- Acho que a maneira mais rápida é pelo telhado, vamos lá.

Subimos as escadas e chegamos ao terraço, e como óbvio já haviam vários infectados esperando por nós.

- Tenho de admitir, isto é divertido - disse Karim após dar uma coronhada no zumbi e um tiro na cabeça, mas diversão durou muito pouco, já que ouvimos um forte rugido no andar de baixo - Aquele não é o...?

- É ele sim, temos de pular agora! - isso mesmo que vocês leram, para chegar até a outra parte do recinto escolar era um salto de 8 metros de altura e aproximadamente 2 metros de distância entre um edifício até o outro - Oh, meu...

Apesar da falta de noção da distância, eu tinha ganhado balanço o suficiente, então consegui fazer o salto me agarrando no corrimão de segurança do outro edifício.

- Ufa, graças a Deus, pula agora! - Eu nem tinha acabado de falar e ela já havia saltado, mas pelos vistos não havia apanhado balanço o suficiente, então rapidamente meti o braço a volta do corrimão e estiquei o máximo que pude o outro braço, e felizmente ela conseguiu agarra-lo.

- Não te atrevas a largar-me! - gritou apavorada olhando pra baixo - não tenho interesse nenhum em morrer assim.

- Agora é que tens medo de morrer, francamente - eu queria puxa-la, mas um infectado arromba a porta do terraço que estavamos - Olha, vais ter de confiar em mim...

- Confiar, como assim?

- Tem um infectado vindo na minha direção, e a janela abaixo é da sala de conferências, então...

- Que droga...apenas faça, estou pouco me lixando.

Olhei de novo para o infectado e ele já estava a 5 metros vindo rápido, então habilmente joguei o braço pra frente e quando voltou larguei a mão dela, e a seguir ela cobriu a cara com os braços quebrando o vidro entrando na sala de conferências, e antes que o infectado pudesse me agarrar, delizo para o lado fazendo ele cair até no rés do chão morrendo na hora.

- Karim, tu estás bem? - Em resposta oiço um grito, então preocupado pulo o corrimão, deslizo pelas escadas e derrubo a porta da sala de conferências, o que pensava que eram gritos de Karim em perigo, na verdade eram gritos de entusiasmo devido aos equipamentos que Susan estavam mostrando pra ela - Oh, pelos vistos estão bem.

- Obviamente que sim, seu idiota - respondeu Susan me abraçando - onde estão os outros?

- Estão esperando por nós lá em baixo, temos de ir agora.

- Certo, vamos lá, Karim?

- Sim, vão eu estarei bem a vossa...ah, não...parece que o meu...tempo acabou...

Olhamos para ela, que caiu de joelhos e começou a vomitar no chão, e eu lentamente tento me aproximar dela.

- Karim, está tudo bem?

- O que você acha!?! - gritou me olhando, o rosto dela estava começando a apodrecer rapidamente e os seus olhos emitiam uma luz vermelha como nos outros infectados.

Imediatamente ela pulou para cima de mim, mas felizmente Susan prendeu a boca dela com uma fibra de metal grossa e a levantou. Levantei, peguei na pistola de pregos e encostei na testa dela.

- Trato é trato - dei um pequeno sorriso e disparei matando ela, e Susan a largou. Não sei o porquê, mas uma dor forte veio no meu peito, mas não era nada físico, mas sim mental, como se o pouco tempo que estive com ela me fez apegar-me a ela, então ajoelhei e dei-lhe um abraço - Muito Obrigada!

- Que droga você está fazendo? - Susan me puxou e me um rifle de assalto - Que nojento, não faça isso de novo, ela se foi, e não puderias fazer nada.

- Mas eu farei - levantei e manipulei o rifle - Vamos lá.

A descida até o rés do chão foi mais tranquila do que esperava, passamos pelos infectados como fantasmas. Na saída do edifício a van estava a nossa espera com o Valick no volante.

- Entrem rápido, a escola já foi evacuada - disse ele ligando o carro - Porque demoraram tanto?

- Tivemos uns contra-tempos, nada demais - subimos na van e fechei a porta. Em seguida, Shizuki me abraçou com força - Calma, eu estou aqui, agora vamos!

O carro avançou e parou, repetindo este movimento duas vezes seguidas, depois Valick olhou pra mim.

- Será que podias vir conduzir, eu não lido muito bem com manuais...

- Pelo amor de...- rapidamente pulei para o lugar do condutor após ele deslizar pro lado, e arrancamos.

Eu realmente pensava que aquele pesadelo acabaria rapidamente, mas mal sabia que tudo só estava no começo dessa nossa pequena jornada...

Fim de Capítulo.

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