9# - Chantagem maldita
- Que droga, quem é que atirou? - Kazumi olhou para Yuki que estava com a arma na mão.
- Não fui eu, juro! - guardou a arma e viu um laser vermelho apontado na testa dela - Kazumi, o que é isso na tua cara?
- Não digam que...- um mascarado aparece das sombras e imobiliza Susan.
Noby queria sacar a arma, mas um cano de fuzil escostado na sua cabeça faz ele desistir. Estavam cercados pelo que pareciam mercenários bem treinados, e um deles começou a falar:
- Ora, ora, com que então o meu plano deu certo, caíram direitinho na minha armadilha.
- Quem são vocês, FIB, Spetnaz? - perguntou Kazumi confusa, não conseguia entender nada.
- Nem um, nem outro, eu sou apenas um Zé ninguém, que mandou este idiota fazer o trabalho sujo.
- Mas porque a minha escola? - perguntou Noby.
- Aquilo era só um engodo, eu sabia que a Interpol iria atrás dele e vocês caíram na minha armadilha que nem ratazanas, agora posso pôr em prática o meu plano.
Ajudou Susan a levantar e entregou-a ao outro soldado.
- Hey! - gritou Kazumi - Porque estão levando ela?
- Uma garantia de que trarão o que eu pedir - retirou um celular do bolso e deu para Noby, Kazumi também foi ver - Senhora Kazumi, pode dizer-me o que é isso?
- Césio negro, Classificação 9 para 10 de radiação - respondeu assustada - porque estás a mostrar isto?
- Á 5 dias atrás a Interpol apreendeu um comboio cheio de drogas e armazenamento militar. O comboio não era meu, mas este Césio que lá estava era para ser entregue a mim, e eu sei que ainda está algures guardado na sede deles aqui em Tokyo.
- E como pretendes recupera-lo?
- Eu não, vocês irão buscá-lo pra mim, façam isto e terão a vossa amiga de volta, e não se preocupem que cuidaremos bem dela, muito bem mesmo.
- Se tocarem nela, eu vou...- Noby tapou a boca de Yuki a tempo, senão seria pior.
- Como entraremos em contato com vocês, quando conseguirmos pegar o Césio? - perguntou.
- Simples, liguem para o único número gravado no celular que eu dei, têm 24 horas - antes de ir embora disse - Ahm, e se não conseguirem, sabem muito bem o que irá acontecer com ela, tenham uma boa noite, camaradas.
Desapareceu juntamente com Susan e os seus soldados, fez-se um silêncio absoluto e o sentimento de culpa atacou Kazumi.
- É tudo culpa minha - sentou-se em uma cadeira e começou a chorar - Eu deveria ter previsto essa possibilidade, senão nada disto teria acontecido.
- Eu, que isso Kazumi, falas como se ela tivesse morrido - Valick quebrou o silêncio - nós iremos conseguir.
- Isso mesmo, lembra-te que podia acontecer qualquer um de nós - Noby pegou no ombro dela - Agora levanta esse lindo traseiro e vamos voltar ao hotel e planear algo que valha a pena.
Em poucos minutos a polícia e agentes da Interpol chegaram para limpar o local, os quatro voltaram ao hotel e sentaram-se a volta da mesa e começaram a pensar.
- Alguém tem ideias para esta missão impossível? - perguntou Valick, não tinha nada em mente.
- E pelos vistos não tens nenhuma, então senta-te e observa - Noby levantou e pendurou um quadro na parede - Para sabermos como iremos entrar, alguém de lá precisa de explicar como funciona a segurança, Kazumi.
Kazumi levantou e fez uma planta do caminho no edifício e começou a explicar:
- Tal como as outras sedes de Inteligência Governamental, a Interpol não é muito diferente, apesar de muita gente falar que é só uma simples polícia que está em todo mundo, eu digo que...
- Kazumi, podes pular está parte? - Yuki trouxe ela de volta a terra.
- Certo, desculpem, como vocês sabem o edifício localiza-se no centro de Tokyo, a sua recepção e fortemente controlada por soldados armados, câmeras com tecnologia de reconhecimento facial e um sistema de encerramento total.
- Resumindo, é suicídio entrar a atirar pela porta da frente - respondeu Noby pensativo - Mas vocês têm acesso á todo o edifício, porque não vão simplesmente pegá-lo e saem de boa?
- Não achas que se fosse assim tão simples, estaríamos aqui a planear tudo? - disse Kazumi sádica - todo mundo sem exceção é revistado quando entra e sai, mesmo se escondessemos em nossas calcinhas, seríamos pegas.
- Em primeiro lugar, esta última parte foi desnecessária, e em segundo, eu tenho a certeza que um dos dutos de ventilação passa pela sala onde o Césio está guardado, eu e o Noby podemos infiltrar-nos lá - disse Valick.
- Boa ideia, mas a sala de provas é equipada com sensores de movimento que disparam quando alguém entra em qualquer sítio que não seja a porta - alertou Kazumi - Então temos de chegar exactamente ao mesmo tempo.
- Uh...uh...e se algo correr mal, podemos andar todos armados - perguntou Yuki, só lhe interessava se iria atirar ou não.
- Claro que sim - logo que Yuki ouviu isso, pulou de alegria - mas só usaremos se for extremamente necessário, então vamos lá ao plano, eu e Yuki iremos lá como sempre, se eu estiver certa desde a recepção até a sala de provas iremos demorar uns 15 minutos, devido aos scanners e as revistas, vocês irão entrar como técnicos para o concerto de ar condicionados na área de serviço, onde terão acesso aos dutos de ventilação, eu darei um celular com a rota. Nos encontramos lá, pegamos o Césio e saímos.
- E se alguém for pego? - perguntou Noby.
- Para o bem deles, melhor não - respondeu Kazumi manuseando o seu rifle de assalto - Iremos ao meio dia, na pausa para o almoço, estará menos movimentado, agora voltem para casa, eu irei arranjar tudo para amanhã
Deixaram Kazumi sozinha no quarto e saíram do hotel.
- Acham que a Susan está bem? - perguntou Noby aflito.
- Não te preocupes, ela é a garantia, se algo acontecer, eles não terão o que querem - Valick animou-o.
- A Susan é durona, ela sabe tomar conta de si mesma - Yuki também ajudou - e se eles fizerem alguma coisa estranha com ela, vão ter de se meter comigo.
- Têm razão, não posso preocupar-me muito, vamos lá pra casa...
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Risos são ouvidos e alguém bate a porta.
- E o idiota até dançou ballet de roupa interior só para dormir comigo, aquele gordo safado.
- O que vem a ser isto, em vez de controlarem a refém, sentam-se, riem e bebem com ela?
- Não te preocupes chefe, nós temos ela debaixo de olho.
- E é isso que me preocupa, vão para os vossos postos, e tu, é melhor se comportar, senão...
- Senão o que, sabes que não podes me tocar, porque não terás o que queres...
O homem agarrou no rosto dela:
- Achas que não posso matar você e os teus amigos, mandar aquele prediozinho abaixo, eu posso tudo sua pirralha, mas descrição é o que importa, então cale a boca e fique quietinha, senão corto a sua língua e ninguém ouvirá as tuas aventuras de 007...
Fim de Capítulo.
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