13# - Ultimato Perfeito

- Tenho de admitir, que estou feliz por teres aparecido - disse Noby com as duas mãos para cima.

-Parece que cheguei em uma hora crucial, levanta - Noby virou e era o homem que raptou a Susan - Tem sorte que eu estava por aqui, vamos lá.

Ajudou Kazumi a levantar e entraram numa van enquanto vários soldados os cobriam.

- Vamos embora, toca a retirar! - bateu duas vezes na lateral da van e a mesma arrancou.

- Como é que vocês nos encontraram? - perguntou Kazumi com a mão na cabeça.

- Digamos que Césio não era a única coisa que eu vim pegar em Tokyo, para todos os efeitos, chamem-me V - pegou no celular e exibiu um vídeo - Pelos vistos, a vossa missão foi bem sucedida.

- Ainda bem que já sabes, onde está a Susan? - disse Noby sério.

- Ela está mesmo aqui - mostrou uma transmissão ao vivo de Susan amordaçada - Agora, onde está o meu Césio?

- Espere um pouco - Noby tirou o celular do bolso e ligou para o Valick, que em pouco tempo atendeu.

- Alô, é da pizzaria, o que aconteceu dessa vez, já faz mais de trinta minutos que eu encomendei - disse Valick distraído.

Mas que droga você está falando, por acaso você olhou para o celular antes de atender?

- Foi mal Noby, o que se passa?

Antes que pudesse continuar a falar, recebeu o celular da mão de Noby.

- Venham ao cais daqui a uma hora, com o meu Césio ou eles morrem, não se atrasem.

Desligou e destruiu o celular com a mão.

- Oh, eu tinha comprado esse semana passada - lamentou Noby.

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- Não acredito que fomos massacrados! - gritou Roseline socando a parede. Tinha conseguido escapar com um de seus homens antes que fossem mortos pelos soldados de V.

- Devemos contatar o Sr. Smith? - essa pergunta incitou ela, fazendo com que o empurrasse contra a parede e apontasse uma arma à sua cabeça - Se acalme, não foi por mal.

- E digo o que a ele, ahm, que deixamos escapar os alvos? - largou ele e pegou o celular do bolso - Não te preocupes, eu tenho um truque na manga, contracta a sede e solicita mais homens.

- Sim, senhora...

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- Parece que estamos perto do final, finalmente isto irá acabar - festejou Valick entrando na carrinha - Tenho de admitir, sentirei falta disto.

- E vais lamentar ainda mais, não verão as nossas caras durante um longo tempo - respondeu Yuki mexendo no rádio - A central possivelmente nos mandará para o outro lado do mundo após esta missão.

- Que pena, gostei de ter vocês aqui - arrancou e fixou o celular ao lado do rádio - Parece que aquela louca da Interpol de que vocês falavam apareceu novamente.

- Foi só uma mera coincidência, não há estresse, só espero que tudo de certo.

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Enquanto Valick e Yuki estavam a caminho, Noby e Kazumi estavam à espera no cais com V e os seus homens. Quem quebrou o silêncio foi Noby.

- Pra que o Césio? - perguntou Noby - Para combater uma guerra?

- Obviamente que não, isso seria estupidez - V sentou e começou a explicação - Eu só estou a tentar recuperar o que é da minha pátria, este césio foi feito no meu país e roubado pelos idiotas dos americanos.

- Deixa-me adivinhar o teu país, Rússia? - Noby suspirou e levantou - E só nos mandaste trabalho para evitar um incidente internacional, que astuto.

- Apesar dos meus métodos pouco convencionais, vocês conseguiram e tudo irá acabar em breve.

- Acho que não, Sr. Velasky - Roseline apareceu saindo das sombras e vários carros atrás dela acenderam os faróis exibindo uma enorme quantidade de homens - Surpresos, digamos que alguém durante a luta, não ficou atenta em seus bolsos e ainda se intitula uma "Agente Especial".

- Que bosta, estou a ficar velha - reclamou Kazumi destruindo o localizador minúsculo que estava em seu bolso.

- Entreguem o Césio, e talvez deixo vocês viverem, ou podemos simplesmente retirá-lo dos vossos cadáveres.

- Mesmo que nós o tivéssemos, nunca entregaríamos - gritou Velasky.

- Ouve aqui, eu não morrerei por um país que nunca meti os pés - sussurrou Noby pra ele - No momento não temos o Césio aqui conosco.

- Como assim, no momento? - Roseline estava confusa - Estás a brincar com a minha cara?

- Por acaso não, mas posso garantir que estarão aqui muito em breve.

- Ahm, muito em breve? - após dizer isso, o carro bem ao lado de Roseline explode, matando todo mundo dentro e ferindo vários soldados à volta.

- Homens, atacar! - gritou Velasky - Defendam o que é nosso!

- Yeah! - Kazumi já estava avançando com um rifle na mão, Noby agarrou nela a tempo.

- Ei, não te empolgues! - A carrinha onde estava Yuki e Valick apareceu dando ré - parece que a nossa boleia.

- Gostaram do meu fogo de artifício? - gabou-se Yuki abrindo a traseira da van - Temos de ir agora antes que o show fique mais agitado.

- Então, vamos lá, tenho fome - disse Noby subindo, mas Kazumi ficou parada encarando ele - O que foi?

- Não estão esquecendo de nada? - Os três olharam pra ela despercebidos - A Susan desgraca!

- Quem é essa? - Antes que Kazumi começasse a falar coisas desnecessárias, todo mundo começou a rir. Noby continuou - Calma, eu só vim pegar o Césio e a arma.

- Alguém tem a noção de onde ela está?

- Antes de virmos para aqui, a partir da colina aqui ao lado, que aquela carrinha abandonada é o único sítio mais provável - Explicou Valick apontando para uma carrinha na outra ponta do cais ao lado de uma cerca.

- Não me diga que é aquela após a zona de guerra - Valick abanou a cabeça concordando - Mas que droga!

- O que faremos? - perguntou Yuki - é impossível passar por aquilo.

Noby suspirou pegou em colete e capacete e entregou para ela.

- O que tens em mente? - perguntou Kazumi.

- Eu e Yuki iremos passar, e vocês irão tornar a nossa passagem possível - respondeu Noby se equipando - Peguem rifles de precisão, e abram a passagem para nós, só não atirem nos agentes de Velasky.

- Está bem, mas me prometam que terão cuidado - disse Kazumi.

- Não te preocupes - Acariciou seus cabelos e manipulou a arma - Yuki, vamos!

Correram até à zona onde os soldados de Velasky e os agentes de Roseline estavam combatendo.

- Sabes muito bem que em qualquer tropeço, estaremos mortos? - afirmou Yuki.

- Sei disso, então não pares - entraram na zona e tentavam evitar o máximo de contacto possível, só que um dos agentes de Roseline acidentalmente embate contra Noby fazendo-o cair, mas antes que pudesse olhar para ele, levou um tiro na nuca - Ok, essa foi radical.

- Levanta esse traseiro e mexe-te - gritou pelo rádio.

Felizmente conseguiram chegar a van sem mais nenhum problema, Yuki disparou na fechadura e Noby abriu a porta, levou uma joelhada no peito vinda de Susan, que quase deu um soco em seguida.

- Meu Deus Noby, foi mal, pensei que era um daqueles russos desgraçados - disse surpresa.

- Fico feliz por te ver também - falou levantando com dificuldades - Ok, vamos lá...

- Calminha aí - Roseline apareceu apontando um rifle - Vocês podem ir embora, mas o Césio fica, porque o Sr. Smith me mata se eu não conseguir devolver isso, e eu prefiro morrer aqui mesmo do que nas mãos dele.

- Seu desejo é uma ordem - Velasky apareceu atrás dela e disparou duas vezes em suas costas e depois soprou o cano de sua pistola.

- Porque você fez isso? - perguntou Noby indignado.

- Não te preocupes, ela está de colete vestido, e seria um desperdício matar uma guerreira como ela.

- Eu nem quero saber, aqui está o seu césio - Yuki atirou a maleta para ele.

- Finalmente em minhas mãos, devo dizer que foi um prazer em fazer negócios com vocês - um helicóptero pousou a uns metros dele e o levou para longe, e as suas tropas começaram a retirar-se.

- E o que faremos com ela? - perguntou Susan apontando para Roseline - Não podemos deixá-la assim.

- Vamos levá-la, Kazumi saberá o que fazer com ela - disse Noby metendo ela nas costas - Parece que finalmente acabou, vamos embora...

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Dois dias passaram. Apesar da enorme confusão que aconteceu no cais, nada apareceu em nenhum noticiário, por menos discreto que aquilo foi. O Director da Interpol reconsiderou as ações de Yuki e Kazumi para resgatar Susan, mas voltaram com uma condição: Que partissem imediatamente para outra missão na América Central.

Todo mundo estava na sala de Noby, esperando que os homens arrumassem tudo na van.

- Então, isto é um adeus? - perguntou Valick quebrando o silêncio.

- Mais ou menos isso - respondeu Kazumi - Mas posso garantir que não será a última vez que verão nós as duas.

- Entendo - Noby raciocinou e deu conta - Como assim, só vocês as duas, e a Susan?

- Felizmente para mim e infelizmente para você, eu irei ficar para te ter debaixo de olho.

- Mas e o trabalho da Interpol? - perguntou no desespero - irás largar só assim?

- Claro que sim, já falei até com sua mãe e ela aceitou de bom grado - respondeu Susan.

- Espera aí, irás dormir aqui!?! - lamentou, até o Valick e a Yuki foram consola-lo.

Antes que começassem uma enorme confusão, Kazumi começou a falar.

- Parecw que já levaram tudo - Noby se aproximou dela com uma voz meiga.

- Então, te vejo na próxima? - em resposta recebeu um forte abraço.

- Foste o melhor agente que alguma vez eu já tive.

- Sabes muito bem que estamos aqui, certo? - reclamou Yuki com ciúmes - E eu fiz um trabalho mais impecável que ele.

- Se explodir carros e disparar em tudo é trabalho impecável, tens todas razão - respondeu Kazumi antes largar Noby, e a seguir foi a vez de Yuki, que pulou para cima dele que nem uma criança.

- Vou sentir muitas saudades tuas, senpai - disse tão baixo no ouvido dele que até arrepiou.

- Isso soou tão errado - pousou ela no chão - Sendo sincero, eu também sentirei saudades.

- Até algum dia... - As duas saíram e fecharam a porta.

- Então, o que faremos agora? - perguntou Valick - A Sill ainda está cozinhando, e eu não quero ir para casa esfomeado, por isso...

- Por isso, nós iremos tomar um duche - disse Susan agarrando no braço de Noby.

- Nós? - disse Noby confuso - Porque não vais primeiro sozinha.

- Eu disse, JUNTOS! - começou a arrastar ele.

Olhou para o Valick e sussurrou descaradamente:

- Socorro... - esticou a mão para ele, mas não obteve ajuda - Maldito...

- Um dia irás agradecer-me por isto...Noby Galaxy.

Fim da Estória.

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