12# - Surpresa Indesejável

- Ir buscar armamento? - perguntou Noby confuso, Kazumi pediu que a acompanhasse.

- Isso mesmo, já que estamos a ir negociar com mercenários ex-soldados, achei melhor prevenir - apesar de ser boa ideia, a expressão de satisfação na cara dela chegava a assustar de tão exagerada - vens ou não, não temos o dia todo.

- E o que eu ganho com isso? - respondeu Noby, não tinha disposição para fazer tal coisa.

- Te deixarei conduzir, o que você acha?

- Já é alguma coisa - Noby levantou e vestiu o casaco - Ei, vocês os dois, estamos saindo, não façam nenhuma estupidez na nossa ausência.

Valick e Yuki estavam competindo em um videojogo, não ouviram nada, nem pelo menos olharam, Noby suspirou e saiu com Kazumi.

- Então, onde iremos? - perguntou entrando na van.

- Tenho um fornecedor algures...aqui! - Kazumi marcou no GPS, e logo, Noby arrancou.

- Tens a certeza que é seguro?

- Claro que sim, e a Interpol tem vários fornecedores de armas, então será improvável nos cruzarmos com agentes por lá.

No resto do pareceo, apenas houve uma discussão desnecessária sobre qual era o rifle de assalto mais poderoso.

- Eu sei que um tiro de cada vez é o melhor por causa da precisão, mas em situação de desespero a AK-47...

- Depois acabamos essa conversa, já chegamos - avisou Noby parando o carro - é aquela porta?

- Sim, vamos lá - respondeu Kazumi descendo do carro. A casa era simples, com um andar. Aproximaram-se da porta e Kazumi deu duas batidas ligeiras na porta e segundos depois a porta é levemente aberta.

- Kazumi, és tu? - perguntou um homem com sotaque estranho.

- Sim, sou eu Sergei, deixa-me entrar...

- A palavra-passe, quem sabe és uma agente muito parecida com a Kazumi.

- Vá lá, isso é mesmo necessário?

- Palavra-passe!

- Está bem, ahegao é a melhor coisa do mundo - falou com muita vergonha - Agora deixa-nos entrar, seu russo prevertido.

- Hahaha, claro que sim - Abriu a porta - É muito bom ouvir isso quando uma de vocês vem aqui, até faço uns descontos.

- Noby, este aqui é o Sergei, japonês de origem russa, um dos melhores fornecedores de armas em tokyo - perguntou Kazumi.

- Com que então trouxeste um novato, diz-me uma coisa, como é a Kazumi por baixo desse todo equipamento? - perguntou Sergei a Noby.

- Quando eu souber aviso, mas por agora queremos ver o que tens...- respondeu sério.

- Direto ao assunto, gosto dele - abriu a cortina e entraram numa sala cheia de armas de todo o calibre, desde pistolas a bazucas.

- Isto é o paraíso - disse Noby rodopiando várias vezes para ver tudo na sala.

- Que bom que você gostou, como podem ver aqui está lotado, recebi um carregamento ontem, então estão com sorte, escolham o que quiserem eu venho já, só estou a atender a porta.

Atirou duas sacolas e saiu da sala. Kazumi abriu as duas e disse:

- Armas leves e de fácil recarregamento, muito munição e talvez um RPG - começou a meter as coisas nas sacolas.

- Está bem - nem tinham passado dois minutos e começaram a ouvir vozes e uma delas era bem familiar - Ouviste isto, essa voz não é da...

- A agente que deste um pontapé? - respondeu Kazumi acelerando o ritmo - é sim, por isso, despacha-te.

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- Oi, Sergei, como vai? - perguntou a agente contente - O arsenal que estávamos a espera?

- Roseline, linda como sempre e... - olhou para os dois homens que estavam ao lado dela - Porque você anda sempre com essas caras?

- Algum problema com isso?

- É que um parece que Deus bebeu duas garrafas cheias de vodca antes de cria-lo e o outro é...um neo nazi.

- Olha, podem deixar a Guerra por uns instantes, tens ou não?

- Chegou ontem, mas Kazumi chegou a pouco e começou a recolher, melhor correres... - logo que ouviu o nome, Roseline saca a arma.

- O que, deixe passar! - entrou rapidamente com os seus companheiros e sussurrou - onde eles estão?

- Obviamente na sala do arsenal, onde haveriam de estar? - Respondeu com a mão na cara.

Lentamente, Roseline abre a cortina e na hora recebe um pontapé de Kazumi fazendo-a cair.

- Olá, outra vez - disse convencida, mas Roseline hábilmente chutou na perna dela, fazendo-a cair também e ficou em cima dela.

- Farei tudo o que puder para o Sr. Smith orgulho de mim - conseguiu dar o primeiro soco, mas no segundo, Kazumi defende e inverte os papéis, dessa vez ficando em cima de Roseline.

- Aqui, experiência é o que conta, garota - Kazumi deu vários socos, mas Roseline cobriu a cabeça com os braços.

- O que estão a fazer aí parados? - gritou Roseline na aflição - Ajudem-me!

Noby aparece e nocauteia um deles com apenas um soco, usando uma espécie de luva de metal.

- Uau, que fantástico - de repente, as luvas ficaram extremamente pesadas e caíram fazendo ele ficar preso no chão - Que droga, o que está acontecendo?

- Isso daí é um protótipo experimental russo, não é 100% funcional - explicou Sergei - aperta com os polegares no botão lateral da luva, assim conseguirás retira-las.

O homem tentou aproveitar, mas Noby conseguiu retirar as mãos a tempo e deu com a cabeça na zona do queixo do agente com uma força considerável, mas o fez recuar.

- Parece que iremos resolver isto a moda antiga - após dizer isso, Roseline é jogada contra o agente e os dois caem no chão - Lindo serviço, logo quando as coisas estavam a ficar interessantes.

Tomá, vamos lá - atirou uma das bolsas a Noby - Até a próxima, Sergei!

- Boa sorte, minha agente favorita e rapaz que eu não conheço.

Entraram rapidamente no carro e arrancaram, e dessa vez, Kazumi ia dirigir enquanto Noby recarregava as armas

- "Rapaz que eu não conheço", que desgraçado - reclamou Noby manipulando o rifle de assalto.

- Acredita em mim, ele já fez pior - Kazumi olhou para o retrovisor - Prepara-te, eles estão quase nos alcançando.

Noby sentou na janela e começou a disparar contra o carro onde Roseline estava, mal ele sabia que ela iria sentar na janela com uma bazuca.

- Ah não - voltou rapidamente para o seu lugar e começou a gritar - Kazumi, põe o cinto e acelera, agora!

Antes que Kazumi pudesse dizer algo, grito de Roselone foi alto demais para não ser ouvido.

- Está é por você, Sr. Smith!  - disparou e, milagrosamente, o míssil atravessou o parabrisas traseiro e frontal do carro onde Noby e Kazumi estavam e explodiu a traseira da van que estava na frente deles.

- Por um segundo pensei que o carro iria explodir ou cap...- antes que Kazumi acabasse de falar de novo, uma explosão ocorre ao lado e o carro vira e bate na van que estava virada de cabeça para baixo - Ai, retiro o que disse...

Noby dá três pontapés na porta e abre, quando ele começou a rastejar para fora do carro, diz:

- Kazumi, anda, nós temos de...- alguém encosta uma arma na cabeça dele.

- Parado aí...

Fim de Capítulo

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