11# - Plano B
- É... - Kazumi pensou em algo, não queria ser fuzilada aí - é que, é o nosso primeiro caso e...
- Não precisa falar mais nada - Smith suspirou fundo - É compreensível, podem ir embora.
Ouvir isso trouxe um alívio a elas e para Noby e Valick, que não avançaram para evitar serem descobertos. Já na porta, quase a saírem, Smith grita:
- Paradas aí! - ele havia visto que o Césio não estava lá - Eu acho que vocês estão levando algo que me pertence.
- Do que você está falando? - respondeu Yuki nervosa - Não temos nada.
- Então, como explicam o misterioso desaparecimento do Césio - mostrou a caixa preta vazia.
- É que - logo antes de serem descobertas, os dutos fazem um enorme barulho. Valick havia visto um rato e mexeu-se violentamente tentando afugenta-lo.
- Parece que temos visitantes - Smith fez um gesto e os seus homens atiraram contra os dutos de ventilação exactamente onde Noby e Valick. Deixando Kazumi e Yuki em pânico.
- O que, eu não morri? - perguntou Valick apalpando-se - Ufa, que sorte...
- Eu também estou bem obrigado - respondeu Noby zangado - Vamos, anda antes que...
O duto onde Noby estava cedeu fazendo-o voltar a sala de provas, mas felizmente ou não, Valick não caiu e estava com o Césio, limitou-se a deixar cair a bolsa com as armas e ir embora.
- Aí, a minha cabeça - levantou pegando a bolsa e olhou para o agente Smith e os seus homens que estavam perplexos - Olá, como estão?
- Matem ele - disse Smith com frieza.
- Mas que filho da... - escondeu-se antes de começarem a disparar - Não podemos resolver isto de forma pacífica?
- Acho que pegar o Césio do teu cadáver será mais fácil e divertido - respondeu rindo
- Que desgraçado - pegou no celular e acedeu ao sistema de energia do edifício - Que tal isto?
Fez um apagão no edifício inteiro e apesar de ainda serem 13 horas, aquele andar não dispunha de janelas, então ficou completamente escuro.
- O que está acontecendo?!? - gritou Smith confuso.
Noby pegou em seu rifle e equipado com uma óculos de visão noturna saiu de sua cobertura disparando nas pernas dos homens armados e dando uma coronhada da cara de Smith, apagando-o.
- Não se preocupem, em uma semana estarão a andar normalmente, ou não - rindo pegou no ombro de Yuki só que por instinto e pela falta de visão, ela aponta a arma na cara dele.
- Me solta ou prova o meu chumbo, cortesia da minha arma.
- Ei, abaixa isso, sou eu, vamos sair antes que aqui fique cheio de agentes - saíram da sala de provas, e Kazumi entrou no posto de controle onde Patrick estava.
- Pode me dizer o que raio aconteceu aí - Kazumi agarrou na cara dele e a embateu sobre o vidro que protegia o alarme de incêndio, acionando-o
- Desculpa, meu querido.
- Boa ideia, assim poderemos sair pela porta da frente a vontade - disse Yuki dando um pontapé na barriga do Patrick desmaiado no chão.
- Por acaso não tinha pensado nisso, só queria mesmo quebrar a cara dele - respondeu confusa.
- Francamente - Noby empurrou as duas até o elevador - vamos lá não temos muito tempo.
Entraram e começaram a descer.
- Então...já podes me contar o que aconteceu? - perguntou Yuki atrevida.
- Eu já disse que não era uma boa altura...
- Do que vocês estão falando? - despertaram a curiosidade de Noby.
- Nada... só coisa de raparigas - disfarçou Kazumi - nada demais.
- Mulheres - meteu a mão na cara - quando estão naquela altura do mês ficam difíceis de compreender.
- Desgraçado! - disseram as duas em conjunto.
- Só falei a verdade - Antes de um início de discussão desnecessária, as portas das elevadores abrem, exibindo três agentes apontando as armas pra eles.
- Parados! - a do meio, pegou rapidamente no rádio e comunicou - Smith, pegamos eles.
- Alguém tem um plano? - sussurrou Yuki - um simples truque pelo menos.
- Truque? - Noby meteu a mão na pasta devagar - Quando eu disser fechem os olhos e tapem os ouvidos imediatamente.
- Retire a mão daí, senão eu atiro - ameaçou de novo a agente.
- Tens a certeza disso, está bem - retirou a mão agarrando uma granada de flash, largou-a e gritou - Agora!
Logo que a granada explodiu, deu um pontapé na agente e socou os outros dois, desarmando-os e correram misturar-se com os outros agentes que saíam pela porta da frente.
- Maldição - a agente pegou no rádio e contactou o chefe da segurança que estava na porta ajudando a evacuar - Alarme falso, não deixe mais ninguém sair pela porta da frente, temos intrusos dentro do edifício.
As portas foram fechadas e todo mundo foi checkado e nenhum sinal deles.
- Não acredito, eles estavam bem nas minhas mãos e eu deixei-os escapar - socou várias vezes a parede com raiva.
- Não lamentes, a culpa não foi tua... - disse Smith pegando no ombro dela - foi minha por pensar que podia contar contigo para isto, mas afinal não posso.
- Por favor, senhor, me de mais uma chance - ajoelhou diante dele lacrimejando.
- Está bem, vá a caça deles agora mesmo.
- Muito obrigado, senhor, prometo não desiludi-lo novamente - levantou e junto de seus homens saíram as pressas.
- Eu sei que não...
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- Aquilo foi por pouco - suspirou Kazumi, eles haviam saído a tempo e encontraram a Van na entrada com Valick no volante e partiram a todo o gás - Noby, aquele teu truque com a granada de luz foi espetacular conseguimos escapar graças a aquilo.
- Sim, quanto a isso... - sentou ao lado dela e pegou em sua mão - aquilo foi pura sorte.
- Como assim? - Yuki raciocinou e deu conta - não me digas que...
- Isso mesmo, agarrei na primeira granada que eu senti na pasta, haviam várias, então poderíamos ter.
- Morrido - Isso fez com que Kazumi ficasse em choque.
- Estás bem? - perguntou Noby olhando pra ela.
- Sim, mas preciso pensar na vida após essa - deitou-se e começou a tremer.
- Mas...
Fim de Capítulo.
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