7# - Exomania
- Vai, Noby, vai! - gritava desnecessariamente Shizuki enquanto eu mexia na máquina de pegar ursinhos, e quando eu consegui agarrar em um que ela queria, a sua ansiedade subiu - Isso mesmo, pega esse daí!
- Agradeceria se torcesses por mim em silêncio - respondi a ela tentando me concentrar - Quase lá...
- Então..., conseguiste? - apareceu Valick embatendo sem querer na máquina e o ursinho escorregou descaradamente da garra e nós olhamos para ele - O que foi?
- É melhor fazeres alguma coisa antes que Shizuki te mate - deixei cair algumas moedas no painel da máquina, batendo no ombro dele antes de ir embora - Boa sorte...
Quando ele olhou para Shizuki, quase pulou de susto pela cara demoníaca que ela exibia, mas eu não podia ajudá-lo, o problema já não era meu.
Estávamos na feira no centro da cidade, que estava muito movimentada. Nessa época do ano, pessoas de vários cantos do Japão comparecem aqui para passar bons momentos. Então fui ter com Erza, que estava junto de Jika e Rafael saboreando algodão-doce.
- Parece que vocês estão se divertindo bastante - disse pedindo um ao homem que estava vendendo - Então, o que querem fazer a seguir?
- Ainda não tenho nada em mente, mas ainda estou tentando elaborar algo divertido para nós fazermos - respondeu Jika confusa, o que era compreensível porque era um sítio novo para ela, então ideias não aparecem enquanto estás deslumbrando cada detalhe deste novo horizonte - E você, eu tenho a certeza que pelo teu olhar, tens algo em mente.
- Bem que eu estava a fim de um hambúrguer - Não sei o porquê, naquele momento senti que estava sendo observado - Eu acho que irei procurar por uma lanchonete.
- Lamento informá-lo senhor, mas esse tipo de estabelecimento não se encontra por aqui - Apareceu Denise vestida de garçonete - Mas posso dizer que servimos o que deseja no nosso estabelecimento.
- Por mim tudo bem, lidere o caminho - levantei a mão despedindo eles e segui Denise para um estabelecimento pequeno onde Elizabeth estava sentada sozinha em uma mesa grande saboreando um belo banquete - Para alguém da tua estatura, você me surpreende a cada dia que passa.
- Não é pra tanto, e não é pecado aproveitar os prazeres da comida local - disse devorando uma tigela cheia de comida, sentei ao lado dela e uma tigela deslizou até mim - Denise me disse que a tua estadia aqui foi um pouco turbulenta.
- Eu fui espancado, afogado e esfaqueado! - disse levantando e batendo na mesa, o que fez todo mundo olhar para mim, então sentei - Desde o início, eu sabia que era má ideia.
- Vejo que estás estressado, o que é compreensível, mas eu não posso simplesmente intervir, já que os meus métodos pouco ortodoxos causariam alarido desnecessário - respondeu calmamente botando um bolinho de arroz na boca - Que delicia..., mas tu disseste que estavas a altura, o que foi agora, perdeste a força de vontade que tinhas quando estavas com Kazumi?
- Nada disso, estou apenas farto de Penélope e os capangas contratados pela tua irmã - atrás dela havia uma armadura que pelo meu conhecimento foi usada pelos xoguns do clã Tokugawa durante a guerra boshin, sei disso porque li o panfleto colado em seu peito. A sua aura era ameaçadora e parecia que estava olhando pra mim - E como é que consegues comer à vontade com isso daí ao teu lado, parece que vai ganhar vida a qualquer momento.
- Uhm, se tivesses lido SwordMan Japan sentirias a nostalgia da presença desta peça classi... - Inesperadamente, a "peça clássica" ganhou vida e movimentou a sua espada de cima para baixo e por pouco atingiu Elizabeth que pulou agilmente para o lado se salvando na lâmina - O karma é lixado.
Depois, cortou a mesa ao meio e foi logo para cima de mim onde girou a espada duas vezes rapidamente, mas não foi rápido o suficiente, me permitindo esquivar e dar um soco em sua cara.
- Ah, mas que filho da... - eu soquei com tanta força sem ter noção de que a cara daquilo era feita de metal, isso mesmo, o capacete caiu revelando ser um androide com a sua face semelhante a uma caveira e os seus olhos emitia luzes vermelhas - Só faltava essa, onde é que a Elise pegou um T-800?
Levei um forte soco no peito me jogando contra uma mesa, e ele começou a andar lentamente até mim.
- Acho que achaste uma má hora para usar uma boa referência - Elizabeth e Denise sacaram as armas e começaram a disparar, mas nem um arranhão as balas faziam e ele continuava vindo até mim.
- Eu odeio ser o centro das atenções, até os robôs me amam - Quase a chegar até mim, Erza entra quebrando a janela dando um chute no androide jogando ele contra o balcão - Na hora exata...
- Não te preocupes mestre, eu estou aqui - Consideraria aquela entrada "triunfal" se ela não ficasse distraída e o androide agarrou em seu pescoço jogando ela contra a parede atravessando-a indo à cozinha - Que droga...
O androide não esperou Erza levantar e atacou com a espada e ela defendeu com as mãos e jogou conta um dos fogões.
- Precisas de ajuda? - gritei parando na porta da cozinha - Não pareces estar no controle da situação.
- Sugiro que saias com todo mundo daqui - levantou e piscou o olho - As coisas vão ficar um poucos explosivos...
Não demorou muito para eu perceber, e dar meia-volta começando a correr. Felizmente todos os civis já haviam corrido pelas suas vidas, restando Elizabeth e Denise.
- Corram! - gritei agarrando a loli envolvendo o meu braço em tronco como se fosse um cachorrinho, e a outra pela mão, logo que passamos a porta do estabelecimento, o mesmo explodiu.
- Que diabos aconteceu? - perguntou Denise surpresa com o ocorrido - ele se autodestruiu?
- Digamos que ele brincou com o fogão - elas me olharam sem entender nada, e perderam o momento em que Erza sai do meio das chamas com vários ferimentos, queimaduras e sem roupas, tive de levantar rapidamente cobrindo ela com o meu casaco - Pelos vistos você se empolgou um pouco.
- Pelo menos ele foi destruído - deu um sorriso inocente com o habitual, olhou e volta tomando consciência do alarido que ela havia causado, chamando a atenção de todos - E parece que virei o centro das atenções.
Após isso aconteceram várias coisas, mas resumindo tudo só digo que a viagem foi cancelada, e já estávamos 1 hora de distância voltando para Tóquio, uma atitude de Elizabeth que louvei, porque se eu ficasse mais um minuto por lá, voltaria em um caixão, isso se o meu corpo fosse encontrado.
- Noby, você pode me explicar o que aconteceu lá? - O autocarro em movimento não impediu que Jika zangada viesse me confrontar aos berro, e sinceramente não tinha vontade para entrar no jogo, então limitei-me a ignorá-la - Eu não sei o que você aprontou para a destruição de um restaurante, mas no final eu irei descobrir.
Após ela dizer isso, percebo que uma van preta ultrapassa o autocarro, e outra van logo atrás estabilizando ao lado do autocarro. E um dos vidros desce exibindo um homem com uma lança-granadas, e eu entro em pânico levantando do meu lugar.
- Se abaixem! - infelizmente o meu pequeno gesto foi em vão, foi sentida uma explosão na lateral do autocarro e o mesmo capotou de imediato. Fiquei dois minutos inconsciente e acordo com o grito de Shizuki - O quê?
- Socorro! - ela estava sendo puxada por um soldado para fora do veículo, Valick e Jika estavam a ser levados também. Por debater-se demasiado, Shizuki levou uma coronhada na cabeça, fazendo ela desmaiar e foi colocada no ombro.
Eu tentei levantar-me, mas a minha perna ficou presa em um dos bancos, e Erza estava inconsciente e uma linha de sangue escorria de sua cabeça, deve ter levado uma pancada forte no momento que o autocarro virou.
- Eles não têm nada a ver com isso! - gritei chamando a atenção deles - Eu sou o alvo, então levem a mim!
- Uhm, considera isso como uma motivação - disse um deles se aproximando, largou um celular antigo no meu peito - Melhor atenderes quando o momento chegar, porque ela reage muito mal quando alguém a deixa pendurada.
- Penélope? - ele não me respondeu e virou-se afastando aos poucos - Eu juro que se ela fizer algo com eles, vai arrepender-se muito...
Fim de Capítulo.
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