4# - Natureza Assassina
- Noby, acorda...- sussurrou Valick cutucando a minha nuca, acho que a minha cara de poucos amigos não foi o suficiente para afasta-lo - O que se passa, estás aí estendido como um cadáver, não me digas que a Erza...
- Podes parar mesmo por aí, eu entendi onde querias chegar, e não, ela não fez nada disso - disse pra ele respirando fundo - Se quiseres brincar com ela, tens a minha autorização.
- Haha, era exatamente o que queria ouvir - ele foi rapidamente até Erza e começou a falar, e pela distância eu não conseguia ouvir. No início eu tive medo de que ele falasse alguma coisa inapropriada, mas conseguiu tirar uma risada dela e a seguir pegou no celular de Valick e começou a fazer alguns malabarismos sem deixá-lo cair, e tenho certeza que Newton levaria ela presa pela quantidade de leis da física que ela estava quebrando naquele momento .
O ônibus parou de repente em uma bomba de gasolina.
- Estou indo comprar alguma coisa para comer, alguém também quer? - O arrependimento veio imediatamente quando todo mundo levantou a mão - Só podem estar de brincadeira, certo?
- Deixa que eu vou contigo, eu sei o gosto da maioria aqui - Shizuki levantou rapidamente para ficar ao pé de mim metendo o seu braço à volta do meu. Tenho a certeza de que Jika estava querendo explodir quando viu ela fazer isso. Descemos e a caminho da porta do estabelecimento ela decide quebrar o silêncio - Então, o que tens em...
- Desculpa Shizuki, mas o dever chama - disse pra ela apontando para o banheiro, não queria estragar o clima, mas a minha bexiga começou a implorar do nada - Vai na frente que eu irei ter contigo em alguns instantes.
Em passos largos entrei no banheiro, e o único urinol limpo no meio daquela sujeira estava me esperando de braços abertos e eu pude aliviar-me a vontade, mas no meio do ato, dois motoqueiros entram com a mesma necessidade que a minha e cada um deles ficou em cada lado meu.
- Sabe bem, não sabe? - disse um deles, eu abanei a cabeça concordando e depois ele continuou - Aproveita a tua última mijada, rapaz...
Ele saca uma espingarda de cano serrado e aponta bem na minha orelha, e antes que pudesse primar o gatilho, dou um toque na arma fazendo o tiro falhar e quase acertou o seu companheiro.
- Ei, toma cuidado com isso! - gritou ele tentando subir o zíper da calça, mas sem sucesso. Enquanto isso, eu lutava para tentar tirar a arma do outro que era persistente - Não deixes que ele leve a melhor.
- Se falasses menos e ajudasses mais, seria muito agradável! - torci o braço dele fazendo-o largar a arma e a usei como um bastão atingindo a cara dele e o mesmo caiu durinho no chão.
- Droga, você vai se arrepender de ter feito isso - Após conseguir subir o zíper, ele saca o revólver efetuando 3 disparos, mas eu entrei em um dos banheiros a tempo de não ser atingido - Aonde vais garoto, ainda não acabamos de conversar.
- Estou aqui, seu idiota - logo que ele abriu o banheiro que eu havia entrado não viu ninguém, isso porque eu havia deslizado para o banheiro ao lado por baixo. Então dei um pontapé na porta que foi contra ele fazendo o revólver que estava em sua mão ir para o ar. Dei outro pontapé, mas dessa vez foi em seu estômago fazendo ele cair cheio de dor no chão, e eu fui a tempo de agarrar o revólver pontando na cara dele logo em seguida.
- Mas...quem és tu? - bem que poderia soltar uma frase bem legal, mas naquele momento não me ocorria nada, então limitei-me a dar uma forte coronhada na cabeça dele o fazendo cair desacordado no chão, daí eu deixo cair as balas no chão largando a arma em seguida saindo lentamente - Parece que Elise não poupou tempo e contratou alguns idiotas para virem atrás de mim, e a viagem mal começou, que droga.
Entrando na loja, vejo um homem vestido de terno preto e luvas atrás de Shizuki com uma fibra de metal pronta para ser enrolada naquele lindo pescoço. Então corro e ponho o meu braço a volta do pescoço dele apertando com muita força e deito o meu queixo no ombro dela.
- Perdi alguma coisa? - disse calmamente como se não tivesse um homem sufocando nos meus braços literalmente.
- Noby que susto, não achas que demoraste um pouco? - perguntou desconfiada - E porque você está tremendo tanto?
- É que o meu coração vibra descontroladamente quando eu fico perto de você, infelizmente não encontro as palavras para explicar o que estou sentindo neste momento - Finalmente estava ponto em prática as coisas aprendidas vendo as Web novelas que a Sill me obrigava a assistir com ela, quem diria que seriam úteis agora - Me perdoe, mas é algo que não consigo controlar.
Depois disso ela ficou tão vermelha que dava pra ver o fumo saindo de suas orelhas, deu dois passos para o lado ficando de costas para mim e começou a falar coisas bonitas, acho que foram, eu não tinha a certeza porque não consegui ouvir nada pelo facto de estar ocupado a nocautear o assassino e atirei ele em um dos corredores antes dela virar para mim.
- ...e então, aceitas? - eu não podia estragar o clima, então...
- Sim, parece-me bem - depois de eu dizer aquilo, ela encostou em uma das geladeiras e suspirou pegando no peito e foi aos poucos deslizando até ficar sentada no chão - Shizuki, está tudo bem?
Tive de levá-la no colo até ao ônibus e após entrar nele, todo mundo olhava pra mim com um olhar de reprovação, não sei o porquê hoje em dia quase tudo que envolve um homem e uma mulher todo mundo só pensa em bosta, só sei que após sentar no meu lugar seguimos viagem tranquilamente e não demorou muito para chegarmos até a pousada.
- Finalmente chegamos, saiam organizadamente e em ordem - orientava Jika como se fosse uma adulta responsável - Noby, podes ser um bom menino e fazeres o favor de localizar a gerente.
- Com todo prazer, "Presidenta" - Fiz as aspas com os dedos para deixar bem claro o deboche e entrei no edifício dando de caras com a recepção e vi uma mulher com um chapéu de costas assistindo televisão - Será que posso falar com a gerente?
- Lamento informar, mas eu sou a gerente - disse Penelope tirando o chapéu revelando os seus cabelos ruivos e virou olhando para mim com um sorriso maléfico - Surpreso por me ver, não acredito que pensaste que poderia escapar de mim.
- Eu acho que me enganei no sítio, então adeus - dei meia volta e tentei andar, mas ela meteu o braço a volta do meu pescoço e começou a arrastar-me - Espera aí, pra que tanta violência!...
Levou-me para outra sala e trancou a porta, a seguir me empurrou contra o armário e olhou bem nos meus olhos.
- Eu prometo que a tua morte será bem lenta e dolorosa - enquanto ela falava eu sentia uma lâmina encostando na minha barriga - Onde queres que eu comece?
- Que tal em lugar nenhum? - antes que ela pudesse processar a minha resposta, Erza destrói a fechadura da porta com a mão e entra empurrando Penelope contra a parede fazendo ela apagar - Ela morreu?
Queria medir a pulsação no pescoço dela, mas ela levanta a cabeça me assustando e tenta me atacar com a sua lâmina
- Mas você não pode relaxar por um segundo?
- Enquanto estiveres vivo, eu não... - Erza mete-se a frente de mim golpeando forte o seu estômago fazendo ela cair no chão, dessa vez ela realmente havia desmaiado. A seguir saímos rapidamente daquela sala indo a recepção onde todo mundo estava a nossa espera.
- Então, não conseguiste a achar a gerente? - perguntou Jika de braços cruzados.
- Ela está incomodada, mas disse que podemos escolher o quarto que quisermos - peguei no quadro com as chaves e pousei sobre o balcão - Obviamente você é que decide.
- Fiz uma rifa antecipada e se não estou enganada, tu ficarás com o Rafael - respondeu ela olhando para uma lista no celular - Rafael, onde estás?
- Aqui mesmo, minha querida presidente - ele levantou a mão revelando estar a trás de todo mundo, então abriram o caminho para deixar ele passar e quando ele chegou até nós pegou a chave na mão de Jika - Parece que seremos companheiros durante a estádia.
- Parece que sim - demos as mãos e subimos para os quartos que eram bem luxuosos e requintados. Ainda queria saber o quanto Elizabeth tirou do bolso para bancar tudo isso. Alguns minutos após nós acomodarmos, Erza entra no quarto - O que foi?
- É que... - Antes de continuar a falar olhou para Rafael e o mesmo calmamente saiu fechando a porta - Lamento pelos problemas que eu causei para você até agora, e para compensar eu decidi proteger a tua retaguarda custe o que custar até a excursão acabar.
- Parece-me uma boa ideia, já que Penélope não vai poupar esforços para acabar comigo - Sinceramente eu queria tentar resolver esse problema de um jeito menos radical, mas com aquela desgraçada por perto, não tenho outra opção senão deixar Erza por perto para o meu próprio bem - E como pretendes fazer isso discretamente?
- Bem...
Fim de Capítulo.
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