2# - Rixa Escolar

- Que dia é hoje? - Perguntei ofegante e confuso. Onde está Valick, quem é essa garota ruiva e porque ela me chamou de "Mestre Noby"? - E quem é você?

- Hoje é segunda, mestre - respondeu ela me mostrando a data com o meu celular - Eu sou Erza, sua exo ao seu dispor.

- Espera, como assim exo? - Voltando um pouco para atrás, há uns dias atrás, tive uma aula de história falando sobre eles, mas resumindo, eles têm aparência humana, mas existem apenas para servir os humanos, especificamente o seu dono, e não importa a tarefa, eles dão a sua vida para faze-la, mas a última aparição deles foi no séc. XIX - Vocês não deveriam estar extintos?

- Sinceramente, eu também achava o mesmo, mestre - ela estava sentada na minha cadeira de escritório, deu um giro nela e levantou, foi aí que dei conta que ela estava pelada - Só sei que peguei em você e o seu amigo, Valick e trouxe vocês pra casa, e fiquei sentada olhando você dormindo.

- Primeiro, chama-me apenas Noby, e segundo... - Levantei e cobri ela com o lençol antes que eu começasse a sangrar pelo nariz - Agora por último, temos de arranjar um uniforme para você, acho que a Silo tinha um de reserva por aí, senta aí que eu irei pega-lo.

Saí do quarto mandando uma mensagem para Valick perguntando se onde ele faça, mas dou de caras com Susan no corredor já pronta para sair.

- Finalmente a branca de neve decidiu acordar - disse suspirando fundo - Ontem, fui tentar acordar você umas 5 vezes, mas você dormia feito uma pedra.

- Se tivesses ido no sábado estarias na mesma situação- respondi dando umas risadas nervosas, será que ela viu a Erza - Acredita, não irias querer estar no meu lugar.

- É compreensível, nos vemos na escola - começou a andar, Fiquei muito aliviado por ela não... - Ahm, e logo nós iremos ter uma conversinha sobre a rapariga pelada que está até agora no seu quarto.

Eu engoli seco, sei que é exagero, mas as minhas mãos começaram a tremer, mas a sms de Valick dizendo para ir urgente até a escola me recompôs na hora, e em alguns minutos já estávamos na minha moto a caminho da escola.

- Quem perguntar sobre você, apenas responde que és uma minha prima de quinto grau, muda que não sabe falar - Estava com tanta coisa na mente que falava coisas sem sentido, mas Erza só abanava a cabeça concordando como se aquilo fizesse total sentido. Em poucos minutos chegamos a escola e eu olhava para todos lados como um maníaco - Agora vamos encontrar o Valick antes de...

- Noby Galaxy! - essa voz era a última coisa que eu queria ouvir naquele momento, e quando virei era Jika que quase me dá um soco, mas Erza inexplicavelmente aparece na minha frente agarrando na mão dela - Como é que tu..., não interessa, Noby, tu vens comigo para a sala do conselho estudantil agora!

Eu não tinha tempo nem paciência para aquilo, mas não queria que ela fizesse uma novela latina no pátio da escola, então segui-a com Erza até a sala do conselho estudantil, onde continuou a gritar desnecessariamente bem pertinho do meu ouvido.

- Então porque você se disponibilizou para ser vice-presidente se nunca está no meu lado quando preciso - Eu acho que ela estava confundindo o seu cargo com a da primeira ministra, mas quem sabe é só o meu ponto de vista - No próximo evento eu não irei tolerar a tua ausência, entendeu?

- Antes de teres soltado tudo para cima de mim, uma pergunta tipo "O que aconteceu?" evitaria que ficasses aqui a falar tanto que nem filmes de ficção-científica, agora... - Ouvimos um pequeno estrondo - O que aquilo?

Paramos para ouvir. Eram passos sutis, mas não deixavam de ser audíveis e vinham em direção da porta. Fiz sinal para Erza, que sem perguntas adicionais agarrou em Jika tapando a sua hora e fazendo-a entrar no armário.

Posicionei-me ao lado da porta que abriu lentamente e a primeira coisa que vi foi o cano do rifle, e não perdi tempo, agarrei nele puxando o homem para dentro da sala. Ele efectuou vários disparos, e um deles quase toca no armário então faço ele descarregar o pente no telhado. E quando isso aconteceu ele tentou sacar a pistola, mas eu agarro na mão dele o impedindo.

- Grande erro, seu idiota - tiro a faça que estava no bolso dele e enfio duas vezes seguidas em seu estômago me permitindo tirar a pistola da mão dele e disparar bem no meio da cara dele - Podem sair, eu já tratei dele.

- Como assim, "tratar dele"? - perguntou a Jika saindo do armário e se surpreendeu vendo o homem no chão com um buraco na testa sendo revistado por mim - Ele está morto.

- É bem visível que sim - Após procurar em todos bolsos, não consegui achar algo que pudesse identificá-lo ou para quem trabalha. Mas o símbolo estampado no ombro dele chamou a minha atenção então tirei uma foto e levantei pegando na pistola - Não é seguro aqui, me sigam caladas, não temos noção de quantos mais estão rondando por aqui.

Eu só tentava juntar todas as peças de alguma forma, mas fazer isso me fazer isso me deixou tão distraído que não tinha visto o homem empurrado contra mim, e juntos fomos ao chão.

- Agora morre, seu arrombado! - Valick apareceu com sangue nos olhos e uma espingarda de cano curto na mão pronta para o uso.

- Ei, espera aí! - Em um ato de desperto, empurrei o homem e rebolei para o lado vendo ele virar carne moída no minuto seguinte - Você enlouqueceu, olha para onde atira antes de puxar o gatilho!

- Foi mal cara, mas como todo mundo diz, sítio errado na hora errada - Bem que eu queria socar a cara dele pelo comentário, mas preocupações maiores no momento - O que fazemos agora?

- Procuramos a Susan, eu tenho a certeza que pode saber de algo - Quando eu Deus meia volta, a nossa querida Susan aparece socando várias vezes na cara de um homem o levando até a janela onde o empurrou com um pontapé fazendo ele cair até o chão do pátio - Falando no diabo.

- Vocês podem me explicar de onde esses caras vieram? - perguntou ela vindo até nós - O crachá que ele tinha no ombro deve ser de um esquadrão de elite, mas só poderei ter a certeza se eu usar o meu computador em casa.

- Eu acho que não viveremos o suficiente para saber disso, olhem! - respondeu Jika apontando para o fundo do corredor, onde estava um homem musculado fumando um charuto e estava com uma metralhadora na mão.

- Ora viva miúdos, prontos para a primeira aulas? - A metralhadora começou a girar apontada para nós - Elise mandou cumprimentos, hahaha!

Empurrei todo mundo para dentro da sala antes das balas começarem a voar e era impressionante o tamanho da destruição causada em apenas 5 segundos, mas quem era Elise?

- Ele vai acabar conosco se continuar desse jeito, o que fazemos? - perguntou Valick desesperado.

A minha mente já estava sobrecarregada devido a quantidade de perguntas que eu tinha ainda não haviam sido respondidas, mas foi nesse exato momento que a minha nova parceira se manifestou.

- Mes...quero dizer, Noby, eu tenho uma ideia, apenas confie em mim - Eu não entendi de primeira o que ela queria dizer, mas quando ela levantou e começou a correr, eu entrei em pânico - Ninguém vem atrás de mim!

- Espera, que droga você está fazendo!?! - eu queria correr atrás dela, mas as balas não permitiam. A seguir ela deu um pulo e no momento seguinte estava bem na frente do cara atravessando o seu ... com a sua mão..., bem, resumindo e concluindo ela o matou, mas ficou toda borrada de sangue. Corri até ela e limpei o seu rosto com um lenço - Não sei como fizeste aquilo, mas tens de ensinar-me

- Ainda bem que o mestre gostou - deu um sorriso inocente, como se não tivesse esfolado um homem há um segundo atrás, e o alarme de incêndio tocou - O que é isto?

- O nosso bilhete de saída, vamos lá - descemos rapidamente aproveitando a multidão para passar pelos homens que estavam esperando por nós na porta. Logo que estamos fora, eu e Erza subimos na moto e fizemo-nos à estrada- Aquilo foi por pouco...

- Me perdoe, mestre Noby - as lágrimas dela começaram a cair no meu ombro - Tudo isso é por minha causa.

- Não te culpes, esse tipo de situação já virou até rotina, mas agora temos de encontrar Elizabeth, só ela pode nos ajudar a entender o que realmente se passa.

Não demorou muito para chegarmos a casa que estava vazia, então fomos até o meu quarto, onde encontramos Elizabeth sentada na minha cama e uma outra mulher em pé com uma prancheta na mão.

- Sr. Noby, vim tratar dos nossos assuntos pendentes, sei que não será um incômodo...

Fim de Capítulo.

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