|| Capítulo 5 ||

Muitas emoções para hoje.

Jimin on.

Sabe quando você dorme e quer acordar, mas seu corpo quer continuar dormindo?

Assim foi no dia do domingo, eu dormi e não conseguia acordar.

Acordei só na hora do almoço, porque a fome sobressaiu o sono, após comer eu voltei para o quarto.

Escovei o dente no banheiro, sentia vontade de tomar sorvete, mas meu pai não deixou, disse que não posso fazer isso após sarar da gripe, discordo.

Voltei para a cama, peguei meu celular olhando se mandaram mensagem, Jin falando que estou trocando ele pelo Jungkook e agora nem mando mensagem, falei que estava ocupado ontem fazendo trabalho com ele, aí ele teve certeza.

Mandou um monte de emoji chorando, exagerado.

Entrei na conversa com o Jungkook, respondi ao "bom dia" dele, mas duas e meia, não demorou para ele ver.

Cara tatuado - Você só acordou agora toquinho? Dorminhoco.

Acordei duas horas, meu corpo não queria acordar, acredito que estava repondo as noites que fiquei sem dormir.

Liguei a televisão em uma série, só para ficar de fundo enquanto converso com ele.

Cara tatuado - O que te fez ficar sem dormir?

Nada de mais, às vezes fico lendo, outras só pensando, e nas piores noites chorando, mas faz um tempão que isso não acontece.

Semana passada, passei duas noites chorando após apanhar na escola.

Cara tatuado - Quem te fez passar a noite chorando Jiminsinho?

Todos que já fizeram bullying comigo, mas isso não me importa mais, eles estão do outro lado da cidade, não verei mais eles.

Misericórdia, não quero ver eles.

Cara tatuado - Não mesmo.

Esqueceu seu livro aqui, segunda eu te devolvo.

Cara tatuado - Tudo bem, vou precisar sair toquinho.

Tchau!

Queria conversar mais com ele, passei prestar atenção na série após desligar o celular, mudei para um filme bem triste porque quero sofrer.

Passei a tarde assistindo aos filmes com finais traumatizantes, Jungkook não mandou mais mensagem, já Jin mandou um monte exigindo que eu vá sem uniforme amanhã porque ele quer ir sem e precisa de uma companhia no intervalo.

Eu não entendi o que uma coisa tem a ver com a outra, mas ele é doido já desisti de tentar enteder.

Entrei no aplicativo de mensagem para responder ele, só mandei um "ok" suficiente, fui para a conversa com o Jungkook, ele está online e não mandou mensagem.

Beleza, voltar aos filmes triste, são menos decepcionantes que isso.

Ouvi batidas na porta, permiti que entrasse.

— Eu vou jantar com uns amigos, se quiser pedir pizza ou lanche tem dinheiro e o cartão em cima da geladeira, tudo bem? — confirmei. — Tchau!

— Tchau! — ele saiu do quarto, em menos de cinco minutos ouvi batidas, Hoseok entrou.

— Vamos pedir lanche, já comemos pizza essa semana. — concordei. — Pedir agora?

— Já está com fome? — e quando essa draga não está, vive para comer.

— Lógico, vou pedir, o de sempre? — confirmei.

Ele saiu do quarto já ligando, continuei assistindo ao filme, trinta minutos depois ouvi a campainha e Hoseok correndo na escada para pegar o lanche.

É que faz dias que ele não come, tadinho.

Peguei o celular e olhei a conversa com o tatuado, online, nem custa muito mandar um "oi", não gosto de começar as conversas porque eu preciso puxar assunto.

— Entra. — entrou, com a sacola de papel.

— Seu lanche, seu suco está aí também. — entregou a sacola. — Tchau! Vou voltar jogar.

— Lembre-se de dormir cedo porque você vai acordar cedo amanhã. — avisei antes dele sair.

Abri a sacola, tirei a garrafa do meu suco, peguei meu lanche e os dois molhos que sempre peço, já decoraram meu pedido.

Não gosto de coisas novas, eu posso não gostar do final delas, assim como filmes, séries, comidas, eu gosto de estar familiarizado com aquilo porque já sei o que vou sentir ao fazer.

Por isso admitir gostar do moreno tatuado é difícil, ele é novo na minha vida, não sei o que esperar dele, vai ser recíproco? Ele vai me odiar se descobrir o que eu sinto? Vai zombar dos meus sentimentos? Essas coisas para um ansioso é a morte.

Não saber o que vai acontecer pode me matar, se eu sei já imagino como vou me sentir, quando não sei minha mente cria situações que nunca vão acontecer como uma resposta escape.

Para uns é normal assistir um filme novo, ver uma série nova, já para mim é algo que fico extremamente ansioso, uma vez tive uma crise pelo final do filme.

O livro que o Jungkook me emprestou, li a última página antes de ler tudo, ter a segurança que os personagens vão ficar juntos.

Ele disse que vai me levar para ver o novo filme dos vingadores, eu vou procurar o final antes de ir, preciso ter noção do que esperar.

A mente de um ansioso, só outro ansioso consegue entender.

Comi o lanche assistindo ao filme infantil, amo desenhos, "Pinguins de Madagascar" eu amo esses bichinhos.

Ao terminar continuei assistindo ao filme esperando o lanche baixar para eu tomar banho, passei mais três horas na cama.

Agora eu vou tomar banho, tomei tranquilamente, aproveitei e escovei o dente. Saí do banheiro vestido, conjunto moletom branco, já voltei para cama.

Olhei a hora, onze horas e nada do meu pai.

Deu meia-noite e meia, nada dele aparecer, vai dormir fora.

Peguei o celular, Jungkook ainda está online e não mandou nada, está sendo cruel comigo, não te fiz nada.

Respirei fundo pensando no que iria mandar para ele, digitei e enviei.

Queria sorvete.

Precisa ser algo aleatório para chamar a atenção dele, se for só um "olá" ele pode ignorar e pensar respondo depois, agora ele será obrigado perguntar o porquê.

Voltei a assistir, mas meu celular vibrou, não estou sorrindo.

Ele respondeu, com áudio, porque meu Deus? O que fiz para merecer isso?

Áudio cara tatuado - Toquinho você é muito aleatório, porque você quer sorvete uma hora dessa?

Tão poucas palavras foram suficientes para eu me sentir bem, porque pensei que ele estava me ignorando?

Porque antes de ficar gripado Jin falou que iria me dar sorvete de morango, e até agora nada, pedi ao meu pai, mas ele disse que não posso tomar após sarar da gripe.

Agora estou com vontade.

Não é mentira, mas foi a forma que achei de chamar ele para conversar.

Áudio cara tatuado - Não tiro a razão do seu pai, mas fiquei com dó de você, pobre Jiminsinho ficou sem sorvete.

A voz dele me dá arrepios até na alma, porque a voz é tão profunda.

Tenha dó mesmo, prometeram agora estou sem o sorvete, vou até chorar um pouco.

Eu posso chorar por motivo assim, sou dramático a esse ponto.

Prestei atenção na televisão de novo, está na parte interessante, eu já te respondo Jungkook, só espera acabar essa luta que eu já assisti mil vezes e ainda não cansei.

Fiquei preso na cena, essa luta é perfeita, por isso amo Matrix.

E ele vence mais uma vez, despertei dos meus pensamentos com o celular vibrando.

Olhei e Jeon mandou um monte de "aparece".

Estava assistindo, precisa de algo?

Cara tatuado - Sim, que você saia um pouco de casa.

Para quê?

Doido, o que eu vou fazer lá fora uma hora dessa?

Cara tatuado - Só sai, explico depois.

Saí da cama, coloquei o celular no bolso e andei bem devagar no corredor para não chamar atenção do Hobi, desci a escada de fininho.

Na porta calcei o chinelo, abri a porta orando para ela não ranger, não acredito.

O que ele faz aqui?

Saí da varanda e fui até o carro, bati no vidro, ouvi a porta destrancando abri e entrei.

A luz pequena está acena, e a rua é bem iluminada.

"O que faz aqui?" Perguntei.

— Você disse que queria sorvete, aqui está. — colocou no meu colo, abri a sacola, sorvete de morango.

"Não acredito que saiu da sua casa para me trazer sorvete uma hora da manhã" qual o seu problema Jungkook? Eu tô gostando da queda viu "Obrigado, segunda coisa de comer que você está me dando, até agora só fiz bolo para você".

— E chá, não era o meu preferido, mas estava bom. — capeta dorme ao lado do Jungkook, misericórdia que mente poluída. — Não precisa me dar nada em troca, faço isso para te ver sorrindo.

Tô rosa! Droga, não me iluda por gentileza.

"Você não mandou mais mensagem" gosto de conversar com ele, como uma sessão para relaxar, mesmo quando ele faz coisa para me irritar eu só fico rindo mesmo.

— Sentiu falta? — confirmei. — Estava esperando você mandar, sou sempre eu que puxo assunto com você, estava começando a pensar que só me respondia por educação, então esperei para você dar o primeiro passo.

"Gosto de conversar com você, não é por educação, pode mandar mensagem sem medo, se não responder é porque estou dormindo" até comendo falo com ele "Melhor ir para sua casa, está tarde e nós temos aula em algumas horas".

— Infelizmente. — ele me olhou e parecia pensar algo. — Posso beijar sua testa?

Assim, esqueci como respira, volta pulmão.

Confirmei, vou errar toda linguagem se tentar fazer.

Ele deu um selar singelo na minha testa, mas aquele simples gesto foi suficiente para as borboletas inundaram meu estômago, então é assim a sensação de estar apaixonado.

— Tchau Jiminsinho. — trouxe para Terra de novo. — Seu cabelo é muito cheiroso.

"Obrigado, e até amanhã!" Acenei para ele antes de sair do carro.

Fechei a porta, vontade de ir com ele embora.

Entrei em casa, peguei uma colher e subi para o meu quarto, sentei na cama com cobertas, comecei a tomar o sorvete.

Toquei minha testa com meus dedos gélido, a boca dele é quente, eu nunca beijei e nem sei como é, mas a boca dele parece ser muito boa para isso.

Gelou meu cérebro quando acabei, não ligo, estava delicioso.

Joguei fora o pote no lixo do banheiro, precisei descer para colocar a colher na pia, lavei para meu pai não perguntar o que eu andei comendo de madrugada, ele sabe que sou eu, Hobi tem preguiça de descer para comer.

Após escovar o dente deitei na cama apagando, estava cansado de não fazer nada.

[...]

— Essa não, essa também não, horrível. — resmunguei olhando minhas roupas no closet.

Falar com outra pessoa não sai nada, agora sozinho falo mais que a boca, meu cérebro é um mistério, pedir para o meu pai um raio-x do meu cérebro para saber o que tem de errado.

— Não tenho roupa. — qual o drama da vez?

Estou sem roupa para ir à escola, preciso pegar o cartão do meu pai para comprar mais roupas.

Vontade de ir com o uniforme mesmo, mas Jin me mata se eu o deixar "sozinho" nessa de ir sem.

Olhei o celular a hora, já estou quase atrasado, droga.

Peguei calça jeans preta, uma blusa branca com o símbolo da Channel em vermelho no lado esquerdo no peito, e uma jaqueta puff verde escuro, mas parece cinza, não sei a cor exata dela.

Calcei coturno verniz, me olhei no espelho, palma para mim que eu mereço.

Eu namoraria comigo, mas isso é impossível, vou me contentar com o amor próprio, de outra pessoa está difícil.

Peguei a mochila e saí do closet, coloquei o livro do Jungkook em uma sacola e dentro da mochila, peguei alguns pirulitos, agora só falta meu celular com o fone.

Desci para o primeiro andar, só meu pai tomando café, dormiu fora, sem vergonha.

— Boa aula! — agradeci e saí de casa.

Coloquei os fones antes de seguir meu caminho, fui chutando pedrinhas até a escola, o carro nada chamativo do Jungkook não estava no estacionamento ele ainda não chegou.

Como ele já me mandou "bom dia" sei que ele vem.

Passei no meu armário para deixar a mochila, tirei caderno com o estojo, o livro do Jungkook e os que irei usar nas próximas aulas.

Cheguei no meu andar morrendo, vou pedir para usar o elevador, não dá para fazer isso todo dia, irei morrer.

Fui para a minha sala, entrei e Melissa com as amigas dela já estão aqui, acenaram para mim como sempre, fiz o mesmo.

Finalmente sentei, guardei os livros embaixo da mesa, descansei a cabeça, aumentei a música no fone, tô morto!

Será que tem último ano no segundo andar? Vou mudar de sala, ou começar me exercitar para isso não me cansar.

A vontade de dormir está grande, mas a de passar de ano é maior.

Senti um toque na minha costa, levantei a cabeça e tirei o fone, virei para trás.

— Pensei que estivesse dormindo. — bem que eu queria.

"Vontade não faltou, mas quero concluir esse ano, mais um ano subindo escada iria me matar".

— Não é tanta escada, você precisa se exercitar. — falou.

"Sério? Não sabia, eu até iria, mas alguém que disse me levar na academia sumiu de vista" achou mesmo que eu iria deixar de falar isso, palhaço.

— Cínico. — nem sou. — Estava ocupado, por isso não fui.

"É você já disse isso, muito ocupado" e blá blá blá, fiquei esperando igual idiota.

— Está bravo comigo por não ir Jiminsinho? — coisa da sua cabeça.

"Te vi online, poderia me avisar, mas você não me deve nada" não deve, mas avisar não mata ninguém.

— Parece um gatinho bravo. — falou achando graça.

"Na hora que eu te arranhar vai parar de rir" chato!

— É, com certeza eu não estarei rindo quando isso acontecer. — não entendi esse olhar dele. — Esperarei ansioso gatinho agressivo.

Taehyung finalmente chegou e sentou, quase com a professora.

— Oi Jimin! — falou comigo, acenei para ele e virei para frente. — A Kitten está atrás de você, melhor ligar para ela logo.

Quem é Kitten? E qual o motivo para ela estar atrás do Jungkook? Os dois tem um caso? Deve ser isso.

— Cala a boca Taehyung. — gente, interessante ouvir ele falar autoritário com alguém.

O melhor é que o Taehyung calou a boca, mandão.

— Hoje faremos algumas atividades relacionadas com o assunto que discutimos semana passada. — gravidez na adolescência. — Vale dois pontos cada pergunta, prestem atenção ao responder.

Abri meu caderno, coloquei o fone de novo antes de começar a copiar o que ela está passando na lousa, foram ao total dez perguntas.

Peguei meu lápis e comecei a responder, não estava tão difícil, cinco é opinião própria, como o que eu acho da gravidez na adolescência, loucura a resposta.

Engravidar com catorze, quinze, dezesseis anos é loucura, seja esses adolescentes vida louca, mas sem trazer outra vida para o mundo.

Porque você vai precisar criar uma maturidade e responsabilidade muito maior, com pouca idade, porque deixar para os avós cuidar é falta de vergonha na cara, você que fez você que vai cuidar.

Eu respondi quase isso, mas com palavras mais difíceis para ter mais pontos.

Levantei a mão ao terminar, ela veio até minha mesa, pegou o caderno e começou ler tudo passando a caneta.

— Parabéns, conseguiu os vinte pontos. — devolveu meu caderno para a mesa e foi para outro aluno.

Eu sou incrível!

As aulas foram passando, e finalmente o intervalo chegou, estou faminto.

Mas antes, tirei a sacola com o livro do Jungkook debaixo da mesa, virei para trás colocando na mesa dele.

"Obrigado pelo livro" agradeci.

— De nada toquinho, se precisar de outro é só me falar. — vai sonhando!

"Estou bem sem eles, gosto de ser inocente" está rindo o palhaço.

— Lembro bem o que conversamos na sua casa. — se aproximou do meu ouvido. — Você não tem nada de inocente. — sussurrou e eu desfaleci por alguns segundos.

"Eu tenho e você é um idiota" levantei saindo da sala, eu sou inocente sim.

Desci para o refeitório, peguei uma sanduíche com frango e suco, fui para uma mesa vazia no canto, comer finalmente.

Comecei a comer e logo Jin apareceu sem uniforme, calça jeans preta rasgada na coxa, essa calça sobreviveu uma guerra pelo tamanho do rasgo.

Camiseta rosa, com jaqueta preta e boné rosa, aonde essa criatura vai? Isso é apenas a escola.

— Oi Jimin. — sentou ao meu lado.

Após respirar fundo e contar até três.

— Que roupa é essa? — primeira coisa que perguntei.

— Algo simples, por quê? — simples? Onde?

— Você não está simples Jin, parece que vai em algum evento de moda. — menino doido.

— Coisa da sua cabeça. — começou a falar sem parar sobre seu final de semana entediante e eu concentrado no meu lanche.

Comecei a engasgar ao ver quem se aproximava da nossa mesa, nem pense nisso, fique longe.

— Está morrendo? — Jin perguntou, neguei bebendo suco.

Os dois sentaram chamando a atenção do Jin, agora ele percebeu o motivo do meu desespero.

— Quanto tempo demorou para o Jimin falar com você? — Jungkook perguntou ao Jin.

— Conheço ele antes dele não conseguir falar mais. — falou e eu belisco a coxa dele por debaixo da mesa. — Amigos de infância.

— Quero muito ouvir a voz dele. — vai ficar querendo.

— Não vai demorar, como ele já gosta de você só esperar o cérebro misterioso dele confiar em você o suficiente para isso. — como assim já gosto dele? — Né Jimin?

Né Jimin nada, eu vou te matar praga.

"Se falar mais uma palavra que me envolva eu vou dar um soco no meio da sua cara" falei.

— O que ele disse? — Taehyung perguntou ao Jungkook.

— Não sei, parece que ele sabe língua de sinais em outro idioma que não seja coreano. — é bom estar preparado para essas coisas.

— Tá bom seu chato, é inglês. — Jin contou.

Terminei de comer, bebi o restante do meu suco, tirei um pirulito do bolso após tirar da embalagem coloquei na boca.

— Está livre no final de semana? — Jungkook perguntou baixo ao meu lado só para eu ouvir.

"Sim, por quê?" O que ele quer dessa vez.

— Quer ir ver o novo vingadores comigo? — perguntou, confirmei. — Sábado, seis e meia eu passo na sua casa.

"Estarei esperando" coração volte a bater normalmente por gentileza.

— Vamos Taehyung. — se levantou e o outro queria ficar mais com Jin. — Taehyung.

— Chato de mais. — levantou e foi com o outro, porque ele obedece o Jungkook?

— Jimin, eu tenho uma certeza agora. — Jin falou baixo. — Esses dois com toda certeza são envolvidos com algo da máfia.

— Porque acha isso? — perguntei.

— Você não vê jornal não criatura? — neguei. — Semana passada a polícia apreendeu um caminhão de armas da máfia russa, no dia seguinte a máfia russa pegou de volta e ainda deixou o aviso, se tocarem em mercadoria deles de novo eles vão fazer um banho de sangue na polícia.

— Ainda não entendi. — entendi, mas não quero acreditar.

— Como você é lerdo, o Jungkook e o Taehyung são da máfia russa. — são nada. — O dia que eles faltaram foi o dia que pegaram a mercadoria de volta, você não vê como o Taehyung é submisso ao Jungkook? Certeza que ele é o líder.

— Mentira. — me recuso a acreditar nisso.

Jungkook não parece nada com um mafioso sanguinário capaz de matar alguém.

— Está se recusando acreditar por quê? Por acaso tem a ver com fato de você estar apaixonado por ele, e não quer que ele seja alguém diferente do que você idealizou nessa mente fértil? — confirmei deitando a cabeça na mesa.

Que merda! Nunca me apaixonei, quando vou me apaixonar vai ser justo pelo mafioso.

— Que dó de você amigo, mas é a verdade. — não é não. — Ah! Conseguiram uma foto do momento que eles invadiram a base da polícia para pegar a mercadoria, aqui.

Mostrou, estão todos encapuzados, vi uma coisa em um deles, peguei o celular aproximando a foto quase chorei.

— O que você viu? — colou a cabeça em mim tentando ver também. — Porque está aproximado no braço tatuado de alguém Jimin? Quer fazer uma assim?

— Essa tatuagem é do Jungkook. — ele é mafioso mesmo.

Agora eu entendi todo aquele assunto de alguém com problemas com a lei se interessar por mim, ele é o alguém, mas como assim ele está interessado em mim?

— Pode ser outra pessoa, tem muitas tatuagens iguais. — falou tentando me consolar.

— Essa não, ele mesmo desenhou e tatuou. — puta que pariu, azar do cacete.

— Nossa, ele desenha bem então. — falou impressionado.

— Jin, foco, o importante agora é que descobrimos que eles realmente são mafiosos, e não é da máfia fraquinha de Seul, é da Rússia. — quem tomou no cu ao se envolver com mafioso? Não responde.

— Sempre quis conhecer a Rússia, será que o Taehyung me leva lá? — porque essa criatura não parece se importar com isso?

— Jin, você bateu a cabeça criatura... — perdi a voz ao perceber que estou muito nervoso.

— Respira fundo, conta até dez. — me acalmou.

— Ele mata pessoas Jin, puta que pariu. — falei.

— Com certeza, esse tatuado que você jura ser o Jungkook, atirou em três policiais nessa invasão, só nessa. — não está ajudando.

Respira fundo, preciso do meu remédio.

O sinal bateu, hora de voltar para a sala.

— Fica calmo, não tente pensar tanto na parte ruim, ele parece gostar mesmo de você e não faria mal a você. — falou. — Tchau!

Fui para a secretária, já sabem quem eu sou.

— Jimin, Park Jimin né? — a senhora perguntou, confirmei. — Aqui um bloquinho, escreve o que precisa querido.

Escrevi e passei para ela.

— Pode voltar a sala. — curvei-me antes de ir, preciso do remédio.

Subi para a sala, o professor já estava, mas deixou eu entrar sentei sem olhar para trás.

Fiz o que estava na lousa, o professor olhou e corrigiu, ele iria começar a falar quando uma moça com uniforme de inspetora da escola pediu licença.

— Park Jimin. — levantei a mão. — Seu pai veio te buscar.

Juntei as minhas coisas e levantei, saí da sala acompanhando a inspetora, descemos, deixei os livros no armário peguei minha mochila guardando o caderno com o estojo, segui ela para a secretaria.

Vi meu pai conversando com a secretária, meu irmão ao lado mexendo no celular, de social como sempre porque ele saiu do escritório.

— Vamos filho. — concordei.

Saímos da escola, fomos para o carro e entramos.

— O que aconteceu para você pedir para eu te buscar? — perguntou, tentei falar, mas nada saiu.

"Preciso do remédio e não trouxe" suspirei cansado, odeio ser assim.

— Fizeram bullying com você de novo? — neguei. — Menos mal.

Nem tanto pai, descobri que a pessoa que eu gosto é um mafioso sanguinário.

Fomos para casa, entrei e já subi correndo para o meu quarto, peguei o remédio na gaveta da escrivaninha, coloquei água no copo no banheiro, tomei dois comprimidos.

Deitei na cama com a cara enfiada no travesseiro, não acredito nisso.

Nunca me apaixonei, nunca gostei de ninguém, quando meu coração finalmente resolve ceder e bater mais rápido por alguém, essa pessoa é envolvida até o pescoço com a máfia russa.

Peguei meu celular no bolso, pela barra de notificação vi que ele mandou mensagem, perguntado se estou bem e o motivo de ir embora antes da aula acabar.

Saí da cama, entrei no closet e troquei de roupa, voltei e me sentei para ver algo.

No iPad pesquisei sobre a máfia russa ao redor do mundo, na Rússia é um casal de senhores mais velhos que lideram tudo por lá, os avós do Jungkook já que consta que eles perderam a única filha, a mãe do Jungkook.

Os avós dele não escondem o que fazem, a avó dele parece uma senhora muito poderosa.

Entrei para ver as coisas da máfia na Coréia, que arrependimento, fiquei só subindo a tela e lendo os crimes que já cometeram aqui, no ano passado eles ficaram bem quietos, mas no final voltaram com tudo matando metade da máfia de Seul por território.

Eles tem informações muito precisas, Jungkook tem um informante na sua máfia, deveria ver isso.

É, muita gente já morreu pelas mãos deles, muita gente mesmo, se ele for pego por essas mortes ele nunca mais vai sair da cadeia.

Calma, espera um segundo, ele nunca vai ser pego.

Tem especulações que se o líder da máfia for pego, eles vão sair matando na rua como uma retalhação, matar inocente.

É Jungkook, a caixinha de surpresa é você.

Eu brincava que ele era um mafioso, por que ele parece ser tudo, menos isso, agora que descobri ser verdade parece que deram uma pancada na minha cabeça para eu acordar para o mundo real.

Agora eu entendi porque não tem planos de se formar em nada, para ser mafioso sem sentimentos não precisa de faculdade.

Notei minha respiração muito pesada, tudo bom crise? Quanto tempo não te vejo, que droga.

Desliguei o iPad e deitei na cama esperando ela passar, acabei dormindo ali sem querer acordar.

[...] Autora on.

— Porque o Jimin foi embora? — Taehyung perguntou ao Jungkook enquanto saiam da escola.

— Não sei. — respondeu.

— Como assim? Você vive falando com ele. — estranhou.

— Mas ele não me respondeu Taehyung. — falou.

— Sendo ignorado pelo toquinho, às vezes ele descobriu o que você faz. — Jungkook olhou bravo para o outro. — Que foi?

— Impossível. — Jungkook não queria nem pensar nessa hipótese do azulado descobrir o que ele faz.

— Cai na real Jeon, já deveria estar preparado para isso, Jimin é muito certinho para ficar com você, o mafioso temido. — falou o que pensava. — Uma hora ou outra ele iria descobrir e não falar mais com você.

— O que te faz pensar que com o Jin será diferente? — perguntou.

— Porque o Jimin está te ignorando, e o Jin está bem ali me esperando. — Jin mexia no celular esperando Taehyung o levar para casa. — Vai ser melhor para ele você longe.

Taehyung foi até o outro deixando um Jeon pensativo para trás, voltou para dentro da escola, foi para a secretaria.

— Olá ahjumma. — falou com a secretária.

— Jungkook, o que faz aqui querido? — perguntou sorrindo para o rapaz.

— Mais cedo Jimin esteve aqui? — confirmou desconfiada. — Qual o motivo ele deu para ligar para o pai dele?

— Não posso te falar isso Jungkook. — respondeu.

— Por favor, é importante. — implorou.

— Ele não deu motivo, só pediu para chamar o pai porque ele não estava bem e estava claro isso já que ele parecia querer chorar a qualquer momento. — Jungkook se preocupou com o menor. — O pai dele pareceu muito preocupado ao chegar aqui, qual sua relação com ele?

— Nenhuma, ele só é meu amigo. — falou.

— Sei, vai para casa, seu turno já acabou. — se despediu da mais velha e saiu da escola.

Foi para o estacionamento, entrou em seu carro e foi para casa.

Ao chegar pegou o celular, Jimin ainda não mandou nada.

— Talvez ele fique melhor sem mim. — entrou em casa guardando o aparelho, sua irmã dormia com um urso gigante na sala e a babá tricotando algo enquanto assistia a novela. — Oi Rosa.

— Jungkook. — continuou tricotando.

— Ela comeu antes de dormir? — confirmou.

Foi para o escritório, ao abrir a porta viu a moça de cabelo rosa sentada em sua cadeira.

— Sai da minha cadeira Kitten. — falou com a outra, que saiu sentando em outra cadeira. — Já falei para não invadir meu escritório, o que faz aqui?

— Você não atende minhas ligações, não responde às mensagens, mandei recado pelo Taehyung e não resolveu, precisei invadir. — falou.

— Ainda não respondeu a pergunta, o que faz aqui? — perguntou de novo.

— Está impossível terminar o que me pagou para fazer, um deles sumiu e eu não acho em lugar nenhum. — colocou a foto do estudante na mesa. — Desde quando passou se importar com estudantes que sofrem bullying?

— Isso não é da sua conta, te paguei para matar eles não fazer perguntas. — falou olhando a foto.

— Você é muito agressivo, não vai namorar nunca se continuar agindo assim. — só o olhar que recebeu. — Tô quieta!

— Continue assim se não quiser perder a língua. — devolveu a foto. — Ache ele logo, ou vai morrer no lugar dele.

— Então é verdade, você está apaixonado pelo menino que apanhou, dessa eu não sabia. — falou achando graça.

— Você tem cinco segundos para sair inteira Kitten. — colocou a arma na mesa.

— Agressivo, Jimin com certeza não vai querer namorar você. — cantarolou saindo da sala.

— Ele não é assim. — murmurou não tendo muita certeza de suas palavras.

Olhou seu celular e continua sem nenhuma resposta do azulado, Jungkook não queria que o outro descobrisse sobre o que ele fazia, não sozinho, ele queria ter a chance de explicar tudo.

Mostrar que ele era diferente do que a mídia coreana estava pintando dele nos jornais, mas se Jimin realmente descobriu sabendo como o outro é esperto já pesquisou sobre a máfia, a resposta deixa qualquer um com medo.

Ele nunca faria nada para magoar o menor, não entendia como nem o porquê dele gostar tão rápido do menino tímido, e nem ouviu a voz do mesmo.

Ligou para sua avó, a mesma atendeu bem rápido.

— O que aconteceu Jungkook? Não costuma me ligar essa hora, está tudo bem com você e sua irmã? — perguntou.

— Ela está bem vó, poderia me dar um conselho? — pediu para a senhora.

— Claro, fale. — respirou fundo.

— Eu tô gostando de um menino da escola, ele não sabe o que eu faço, ele é muito inteligente, gosta de ler, as constelações menores chamam sua atenção, ele é tímido, e não consegue falar com estranhos então nunca ouvi a voz dele, ama tudo com morango. — contou as características do rapaz por quem ele passa um tempo olhando a foto. — Parece que hoje ele descobriu o que eu faço e está me ignorando, disseram que ele vai ficar melhor sem mim, mas eu não quero me afastar dele, quero mostrar que sou diferente do que andam falando.

Sua sexualidade nunca foi segredo na família, a avó não viu problemas, seu avô levou mais tempo para entender.

— Olha Jungkook, se ele realmente descobriu deve estar choque, porque se deparou com um Jeon diferente do que ele conhece, está processando tudo, disse que ele é inteligente se ele é mesmo vai acabar cedendo e vir falar com você. — falou. — O meu conselho para você, deixe ele vir até você ele está assustado agora, vai acabar encurralando ele se você se aproximar.

Deixou o mais jovem pensativo.

— E se ele gosta de você, vai entender que mesmo fazendo o que faz, você tem sentimentos como qualquer pessoa, e é capaz de amar como qualquer outro, nosso modo de vida não nos faz ser monstros. — continuou falando. — Precisa de mais?

— Não, obrigado vó. — agradeceu.

— Se namorar com ele, o traga aqui para eu conhecer. — falou. — Mande foto dele, quero ver como ele é.

Jungkook mandou a foto que Jimin o enviou como agradecimento por achar o chaveiro.

— Tem sorte, ele é lindo, porém. — o quê? — Parece muito familiar os traços dele, eu já vi esse olhos, espera um segundo.

Ouviu sua avó chamando seu avô, logo ouviu a voz do outro.

— Olha querido o rapaz que nosso neto está apaixonado. — mostrou ao marido. — Reconhece esses olhos?

— Deixa eu colocar meus óculos. — colocou. — Reconheço, é do Sarnoff, aquele matador de aluguel que mandamos para o Japão e ele sumiu.

— Quem é Sarnoff? — Jungkook não entendia a conversa dos dois.

— Você era criança Jungkook, ainda estava aqui na Rússia. — o avô respondeu. — Então está apaixonado por esse menino? Quando vai trazer ele aqui e apresentar para a máfia?

— Não querido, o menino ainda está descobrindo o que o Jungkook faz. — a mulher falou.

— Quando ele descobrir o traga aqui, quem são os pais dele? O nome dele? — perguntou.

— A mãe dele faleceu ele era criança, e o pai dele é advogado, o nome dele é Park Jimin. — respondeu.

— Um Park, filho de advogado, só você mesmo para se apaixonar por ele Jungkook sendo mafioso. — admirou a coragem do neto, mafiosos costumam se relacionar com alguém desse meio.

Conversou mais um pouco com seus avós, até ele precisar desligar, saiu do escritório sua irmã já estava acordada comendo chocolate enquanto desenhava no chão da sala.

Não atrapalhou e foi para a cozinha, esquentou comida para si, sentou para comer, ficou pensando enquanto isso.

Esperar Jimin processar, se é que ele descobriu, ele preferia que não.

Se ele descobriu, teria a chance do Park se afastar dele para não se machucar, aí ele ficaria machucado caso isso acontecesse.

Não queria perder o azulado, agora que ele estava conseguindo quebrar a barreira que Jimin criou para a própria proteção, finalmente estava vendo que ele também podia ter alguém apaixonado por ele sem ver como algo impossível.

Sabia que teria que ser muito devagar com o mais novo, Park estava quebrado, e por ouvir sempre que ele terminaria sozinho, passou a acreditar nisso se achando indigno de alguém o amar por simplesmente não falar.

Sua paciência é grande, ele vai em passos de tartaruga quebrando os muros de proteção que o azulado criou, eram muitos, mas ele sabe que vai valer a pena no final.

— Não vou desistir de você Jimin. — murmurou pensando no outro.

Recebeu uma mensagem, pegou o celular pensando ser o toquinho, mas era um número desconhecido.

Desconhecido - Oi Jungkook, é o Hoseok irmão do Jimin, você pode vir aqui em casa?

Achou estranho o irmão do menor mandar mensagem.

Posso, já estou indo.

Terminou de comer, colocou o bowl na pia e subiu para o quarto, saiu de novo após escovar o dente, desceu a escada.

Falou um pouco com sua irmã, viu que a mesma estava de mal-humor, quando é assim ela só quer ficar no próprio mundinho fazendo o que gosta sem ser atrapalhada por terceiros.

Saiu de casa, foi com outro carro para a casa dos Park, ao chegar viu o carro do pai deles parado.

Ao sair viu o homem saindo de casa, cumprimentou formalmente, entrou no carro voltando para o trabalho.

Apertou a campainha, não demorou para Hoseok abrir a porta.

— Oi! Jimin pediu para te entregar isso. — o trabalho que os dois fizeram, ele não tem planos de ir no dia seguinte entregar.

— O que ele tem? — perguntou.

— Espera. — Hoseok subiu correndo para perguntar o que Jimin tem, voltou correndo. — Ele não quis responder.

— Porque ele não vai amanhã? — Hoseok subiu de novo.

Jungkook esperando, até ouvir a voz do Hoseok.

— Eu não sou pombo correio, vai tu falar folgado. — falou com o irmão, Hoseok correndo. — Pode subir, ele está no quarto.

— Licença. — pediu ao entrar.

Subiu para o quarto do mais novo, bateu na porta antes de entrar, viu Jimin se encolhendo na cama ao ver ele.

Com certeza ele sabia, e estava com medo de si, Jungkook ficou triste por isso não queria que ele sentisse medo.

— Você está bem? — perguntou, Jimin confirmou. — Porque não vai amanhã?

Viu o outro suspirar cansado, mexeu no celular, Jeon sentiu seu bolso vibrar, pegou olhando e era mensagem do azulado, achou estranho.

Azulado - Eu não consigo falar, nem por sinais, minha mente travou por isso não vou.

— Isso já aconteceu? — perguntou.

Jimin mexeu no celular de novo.

Azulado - Sim, é efeito de um remédio que eu tomo, me faz ter crise e depois não consigo falar.

— Qual o motivo para você tomar o remédio? — queria saber se ele foi a causa.

Azulado - Longa história, desculpa não conseguir ir para entregar o trabalho com você, mas posso ter uma crise se sair de casa com a mente assim.

— Tudo bem, sua saúde em primeiro lugar. — falou. — Eu vou indo, tchau!

Jimin acenou para ele, saiu do quarto, ele estava com medo dele.

Isso não deveria acontecer.

[...]

Legal, agora ele pensa que estou com medo dele.

Não me encolhi por medo, só queria ter certeza que ele não iria ver que estou apenas com uma blusa grande, sem nada por baixo.

Culpa do Hoseok que não aceitou ser meu pombo correio.

Jungkook você deveria procurar alguém melhor, eu sou muito complicado de entender, minha mente tem hora que não funciona, parece que nunca aprendi falar.

Eu queria ser diferente, ser assim é muito difícil.

Essa parte de mim eu realmente odeio, não gosto nenhum pouco, se pudesse seria completamente diferente.

Nunca odiei tanto na vida ser assim, como hoje.

Talvez um dia eu consiga gostar de como sou, porque hoje estou odiando.









































































































Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!

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