|| Capítulo 49 ||
Mais um capítulo dessa história tão amada!
Comentem bastante e boa leitura!
Jimin on.
— Kook-ah. — chamei.
— Sala de estar. — desci, ele em pé, parado ao lado de duas malas pequenas.
— Quem vai viajar? — perguntei.
— Eu e você. — respondeu.
— Cadê a Milana? — olhei ao redor.
— Tae e Jin levaram, eles querem treinar, e eu quero ficar sozinho com você. — eles não vão usar ela como escola.
Cada coisa.
— Não seja tão protetor, neném. — serei sim.
— Onde você pensa que vai me levar? —ainda irei decidir se vou.
— Surpresa.
— Fale agora, ou eu não vou. — não tô afim de sair.
— Neném, confia em mim. — dobro e passo para o próximo.
— Eu nem me arrumei, Kook. — tô de pijama.
— Você está lindo, e ninguém vai te ver. — quem garante? — Vamos?
— Se eu chegar nesse lugar e não gostar, vai me trazer de volta. — esteja avisado. — E quem vai cuidar da máfia?
— Polina, Jake e a Melissa, Juan com o Gui estão recendo nosso novo carregamento. — o coitado do Juan faz parte da máfia Latina e trabalhando para a máfia Russa.
— Jin e Tae estão proibidos de chegar perto da sede com a Milana, Jungkook, logo com quem você foi deixar a menina. — saí de casa. — Deveria ter deixado com meus pais, se aqueles malucos derem doce para ela, você vai ver só.
— Pai protetor! — ouvi ele resmungando.
— Eu tô te ouvindo, Jungkook! — entrei no carro, coloquei o cinto.
Hoje é terça-feira, eu tive a crise no domingo.
Ontem, eu e o Jungkook ficamos o dia em casa. Jin-yi entregou para ele um álbum de fotos; só eu e ele nas fotos.
Várias, quando éramos crianças.
Só uma coisa ainda não descobrimos, o que fez nossas famílias se separarem.
Isso ainda não fez sentido.
Minha memória sobre minha infância, está limpa, lembro de tudo.
Amanhã eu tenho terapia, quando contar isso para a minha psicóloga, ela vai ficar de boca aberta, ou achar que eu enlouqueci.
O que não seria mentira.
— Jungkook, nós acabamos de sair da cidade. — me atentei ao caminho.
— Confia em mim, neném. — melhor não.
— Ainda bem que sou seu noivo agora, me sequestrar não tem como. — ele riu.
— Está vendo o motorhome atrás de nós? — olhei o retrovisor, confirmei. — Nossos seguranças.
— Que bom! Eu não preciso, mas é melhor garantir. — segurança nunca é demais.
— Não precisa? — neguei.
— Kook, você foi treinado pelos "mestres", eu realmente fui treinado pelos maiores mestres da máfia, no quesito de luta, sou melhor que você! — riu.
— Sou mais forte que você, neném! — claro.
— Eu disse que sou melhor, não mais forte, e para eu ficar forte é só ir para a academia, você ir para a academia vai te tornar mais inteligente que eu? — perguntei olhando a paisagem.
— Grosso! — eu nem fui grosso.
— Desculpa Kook-ah, não foi minha intenção. — ele que provocou. — Ria de mim, de novo, te coloco para fora do carro.
— Escorpião! — é, eu sei. — Tem razão do Juan pelar de medo de você.
— Ele só é medroso, eu sou um anjo. — riu, olhei para ele, parou na hora. — Não sou um anjo, Kook-ah?
— Claro que é. — não senti firmeza. — Dormindo. — resmungou.
Voltei a olhar a paisagem.
Fomos para longe de Seul, fizemos um parada porque eu estava com sede e precisando ir ao banheiro.
Saímos da estrada, entramos na floresta, até o carro parar.
Ele abriu a porta para mim, desci.
Olhei, sorri.
— Então? Ainda vai querer voltar? — perguntou.
— Sim, vamos embora. — fiz que ia entrar no carro. — Tô brincando, eu amei!
A casinha que perdi minha virgindade.
Quem sabe eu acho ela hoje.
— Pode entrar. — segui até a porta, abri e entrei.
Do mesmo jeito, eu amo esse lugar.
Jungkook entrou com as malas e subiu.
O bom em estar de pijama, é que deitei no sofá, dormir né?
— Neném, não te trouxe aqui para dormir. — abri os olhos. — Precisa esquecer que teve a crise.
— Não consigo. — fazia meses que eu não tinha nenhuma crise.
— Consegue sim, você é mais forte que isso. — sentou no sofá, fui para o colo dele. — Ela não aconteceu por você ser fraco, aconteceu porque ficou extremamente triste ao lembrar que eu morri e voltei, foi apenas uma reação do seu corpo.
— Faz sentido. — bastante. — Eu não conseguia chorar me vendo ao seu lado, estava sufocante assistir você morrendo. Minha alma gêmea estava partindo.
— Mas eu voltei. — fez carinho no meu rosto. — Éramos crianças e já enfrentamos coisas terríveis. — péssimas! — Você continuou enfrentando. Desenvolveu fala seletiva, depressão, ansiedade, crises de pânico, fobia social, uma fase indo parar no hospital por ficar sem comer.
— E quando tive que ser ressuscitado. — aquele dia, Hobi disse que meu pai quase morreu ao assistir os médicos tentando me salvar.
Mesmo que eu não quisesse ser salvo.
— Ressuscitado? — confirmei. — Quando isso aconteceu?
— Eu tinha dezesseis. — contei.
— O que aconteceu para você ser ressuscitado? — perguntou com cuidado. — Se quiser me contar.
— Vou te contar. — porque hoje isso não dói mais, e já é a hora dele saber certas coisas. — Eu tinha tido uma crise horrível, minhas coxas e braços eram os mais afetados, hematomas pelo meu corpo porque tinha apanhado na escola.
Minha situação estava complicada.
— Você já ouviu o Jin falando que toda vez que o celular tocava, ele pensava ser meu pai, para falar que eu não aguentei? — confirmou. — O medo dele vem disso, eu já desisti uma vez.
Memórias. 🚫 GATILHO 🚫
Jimin se olhava no espelho, o pijama cobria uma parte do corpo, não tudo, os ferimentos precisavam respirar.
Acabou de voltar do hospital, seus braços com faixas, lugar que mais se feriu.
Estava se sentindo um lixo, suas mãos tremiam, inquietas.
Durante uma semana Jimin parecia estar tão bem, feliz, sorrindo e conversando.
Jogou com seu irmão, passou um dia com seu pai no escritório, um dia com Jin, seu único amigo.
— Olha pai, comprei para o senhor. — entregou o presente.
— Não precisava gastar seu dinheiro comigo, filho, mas obrigado! — agradeceu.
Subiu e entregou um para o seu irmão.
— Eu te amo muito, maninho! — abraçou seu irmão.
— Também te amo, hyung! — sentia que o mais velho estava se despedindo.
— Você é o melhor irmão que eu poderia ter, nunca esqueça disso.
Saiu do quarto, e foi para a casa de seu amigo. Sendo bem recebido pelos pais do Jin. Dirigiu-se ao quarto do mais velho, a sacola em mãos.
— Oi Jimin! — sentou na cama.
— Oi, Jin! — tirou o embrulho da sacola. — Para você!
— Nem é meu aniversário. — pegou. — Obrigado!
— Abre. — Jin abriu.
— Por que está me dando sua coleção de revistas em quadrinhos? — perguntou.
— Vou colecionar outra coisa, e você sempre quis. — respondeu. — Cuide deles!
— Sabe que vou cuidar, obrigado Jimin! — abraçou o amigo. — Eu te amo!
— Eu te amo mais, daqui...
— Até a Lua!
Voltou para casa chutando pedrinhas, seus fones o impedindo de ouvir qualquer coisa ao seu redor.
Como um rapaz tentando chamar sua atenção, porque ele deixou cair o chaveiro de sua mochila.
Entrou em casa, e subiu para o seu quarto.
Jimin, se olhava no espelho uma última vez, lágrimas banhavam seu rosto, as mãos tremendo enquanto segura o frasco de remédio.
Uma voz em sua cabeça gritando para ele não desistir, tentar uma última vez.
Colocou novamente os fones, deixando de ouvir a voz em sua cabeça.
It feels like a tear in my heart
(Parece como um rasgo no meu coração)
Like a part of me missing
(Como se uma parte de mim estivesse faltando)
A dor em seu peito foi sumindo, assim como a música, o rosto repousado no chão gelado, mas agora também não sente mais.
Tudo foi desaparecendo aos poucos, se tornando escuro.
No primeiro andar, a campainha tocou, Jeong saiu do escritório e foi atender, abriu a porta.
Um rapaz, pouca idade, mas braços com tatuagens, piercings no rosto, roupas escuras.
— Em que posso ajudar? — perguntou.
— O senhor tem um filho de cabelo preto? — confirmou. — Ele deixou cair isso.
Mostrou o chaveiro do pinguim segurando a prancha de gelo.
— É do Jimin, obrigado! — agradeceu.
— Por nada, senhor! — desceu a escada da varanda e foi até seu amigo. — Vamos Tae.
— Tae? — Jeong continuou olhando, até ver o rapaz de perfil. — Jungkook. — resmungou.
Quase que os dois se trombaram pelas ruas.
— Ele cresceu muito. — observou o rapaz se afastar com o amigo. — Quase um homem.
Fechou a porta.
— Jimin. — não teve respostas, subiu a escada. — Jimin?
Bateu à porta.
— Filho. — tentou abrir, trancada. — Jimin? Abre a porta.
— Pai, por que está batendo desse jeito? — Hoseok saiu do quarto para perguntar. — Ele deve estar dormindo.
— Eu sinto que ele não está dormindo. — bateu mais. — Jimin, abre a porta.
Nenhuma resposta.
Derrubou a porta, nem se lembrando da chave reserva.
— Jimin, filho? — olhou o banheiro.
— Pai, o hyung... — seu coração gelou pela voz do caçula.
Foi até o closet, seu mundo ficou em câmera lenta, tudo passando tão devagar, o adolescente no chão com o frasco de remédio vazio ao lado.
— Jimin. — se aproximou do filho. — Hoseok chama a ambulância.
Saiu para fazer isso.
Jeong começou a prestar socorro ao seu mais velho, o menino desacordado em seus braços.
— Acorda Jimin, não desiste agora filho, você chegou tão longe. — tentava fazer o adolescente voltar.
— Eles estão vindo pai. — em menos de minutos ouviram a ambulância chegando.
Jeong e Hoseok na ambulância, o mais novo chorando em ver o irmão daquele jeito.
— Vamos Jimin, fique comigo, não desiste! — a socorrista falava com o menino. — Ainda tem muito para viver! Não vou desistir de você!
Jeong segurando a mão do filho, só para sentir o pulso, e ver que ele está sumindo.
— O pulso está caindo. — o socorrista avisou. — Precisamos ir mais rápido. — falou com o motorista.
Jungkook que andava pelas ruas com Taehyung, ouviu a sirene da ambulância, passando por ele em alta velocidade.
Seu peito doeu e ar faltou.
— O que aconteceu, Jungkook? — Taehyung perguntou.
— Não consigo respirar. — falou com dificuldade.
— Você estava bem, vamos sentar. — os dois sentaram.
Enquanto Jeon ouvia a sirene ficava pior.
— Perdemos o pulso, comecei as compressões. — a socorrista tomou o lugar para manter Jimin vivo.
Chegaram ao hospital, permaneceu no mesmo lugar.
— Nós assumimos. — um médico falou.
— Se eu parar ele morre. — seguiram com ela. — Tentativa de suicido com antidepressivos e calmantes.
— Vamos lá Jimin, não desiste!
Jeong assistindo os médicos ressuscitarem seu filho, abraçado com Hoseok.
— Temos pulso, prepare ele para fazer a lavagem estomacal. — o pai voltou a respirar normalmente.
A socorrista saiu, deixando os médicos cuidarem do adolescente.
— Obrigado! — Jeong agradeceu.
Em uma hora Jimin estava no quarto, dormindo.
Jeong estava com ele, até precisar sair para falar com médicos, Hoseok ficou com o irmão.
— Senhor Park, ela é quem cuida de casos como do Jimin, quando uma criança tenta suicídio. — o médico apresentou.
— Sinto muito pelo que está passando. — falou.
— O que vai acontecer com o Jimin? — perguntou. — Seja direta.
— O senhor decide, ele fica sob nossa custódia, ou o senhor interna ele. — Jeong nem precisou pensar.
— Ele vai ser internado. — já assinou a liberação.
Voltou ao quarto, ficou ao lado do menino.
— Ele está acordando, pai. — Jimin abriu os olhos, cores claras, está no hospital, sente fios conectados aos seu braço e algo incomodando seu nariz.
— Filho? — já sente lágrimas nos olhos
"Desculpa pai!" pediu chorando.
— Está tudo bem, filho! Você não fez nada de errado. — abraçou o adolescente. — Você vai ficar bem!
— Desiste pai, eu sou um fracasso! — Jimin já desistiu de si mesmo.
— Você não é um fracasso, nunca foi, e nunca será! — acalmou seu filho. — Você e seu irmão são vencedores, em tudo que se disporem a fazer.
Levou tempo para o adolescente parar de chorar.
— Filho, precisamos conversar. — sentou. — Após isso que aconteceu hoje, eu achei melhor te internar na ala psiquiatra do hospital, até você ficar bem novamente.
— Não queremos te perder, hyung. — Hoseok falou. — Precisa ficar e se cuidar.
— Tudo bem, pai, eu entendo. — não esperava que seu pai fosse agir como se nada tivesse acontecido.
— Vão cuidar de você, e nós viremos te visitar, assim como o Jin. — Jimin estava apenas aceitando o que viesse.
Naquela noite, ele foi transferido para o seu quarto na ala psiquiatra, cinco minutos depois após seu pai e seu irmão o deixarem, o psiquiatra entrou.
— Olá, Jimin! — permaneceu em pé olhando a janela. — Quer jogar cartas? Não precisa me contar nada hoje.
Saiu de perto da janela, foi até a mesa, se sentou de frente para o psiquiatra.
Passou dias até que Jimin resolvesse falar algo sobre o que aconteceu, antes de confiar no psiquiatra, só jogavam cartas, xadrez, dominó, e outros jogos.
— O que vamos jogar hoje, Jimin? — perguntou.
"Não quero jogar" respondeu.
— Quer conversar? — confirmou. — Sobre o que quer falar?
"O que me trouxe para cá".
— Você vai falar ou quer que eu te faça perguntas? — segunda opção. — Então, Jimin, quando você sentiu que precisava acabar com a sua dor?
...
— Passou três meses internado? — confirmei. — Meu neném já sofreu tanto.
— Não sofri sozinho, todos ao meu redor sofriam junto. — meu pai, meu irmão, o Jin. — Aquele psiquiatra ainda é o mesmo que vou de vez em quando, ele é ótimo.
— Você já passava na psicóloga de agora, né? — sim.
— Eu estou com ela desde que voltei dos Estados Unidos. — bastante tempo.
— Como foi quando você voltou para casa após ficar internado? — perguntou.
— Até eu completar dezessete não podia ficar com a porta fechada. — respondi.
— Seu pai exigiu? — neguei.
— Hobi, ele ficou muito traumatizado em ver o pai derrubar a porta e ser o primeiro a me encontrar quase morto. — tadinho do meu irmão. — Uma vez deixei a porta fechada sem querer, ele já entrou chorando, pensando que algo tinha acontecido.
— Vocês sofreram bastante! — muito.
— Hobi teve que passar por coisas muito difíceis como meu irmão mais novo, me ver quase morto, assistir eu tendo crises horríveis, me machucando e ele sem conseguir reagir. Até hoje, se alguém começar a chorar perto dele, ele vai congelar no lugar. — eu já tentei levar ele na psicóloga, mas não gosta. — Meu pai então.
O que falar do meu pai?
— Eu sou muito grato de ter um pai como ele, se não fosse ele, hoje eu sei que não estaria vivo, me acalmou em incontáveis crises, velar meu sono em noites seguidas por medo que eu acordasse tendo uma crise de pânico. Meu anjo da guarda em forma física é ele. — melhor pai que eu poderia ter. — Meu pai não merecia o que aquela bruxa disse.
— Vamos achar ela e a matar, ela não vai fazer mal a vocês de novo. — beijou minha testa.
— E você. — ele olhou para mim. — Vou passar o resto de nossas vidas, agradecendo por me salvar! Meu ponto de luz!
— Você também me salvou, neném! — ouvimos barulho de chuva, olhamos lá fora, começou a chover. — Se nossa história virasse um filme, tenho certeza que agora o narrador diria "O céu chorou após ouvir tantas citações tristes, mas após a chuva, o arco-íris irá aparecer".
— Noivo tão poeta eu tenho. — maravilhoso. — Eu te amo!
— Eu te amo! — ficamos ali a tarde toda.
Só conversando baixo, ouvindo a chuva cair.
Até eu sentir fome, ele foi buscar comida no vilarejo próximo e eu subi para tomar banho.
Saí de roupão, abri a mala que o Jungkook trouxe para mim, ver as roupas que ele escolheu.
Pijamas, e poucas roupas para sair.
Peguei outro pijama e vesti, na nécessaire achei o que precisava para cuidar do meu cabelo. Deixei bem arrumado, estava um ninho.
Desci, e tentei acender a lareira.
Um gênio que não sabe acender uma lareira.
Pensei, organizei a lenha e tentei de novo, dessa vez deu certo.
Lavei minhas mãos que estavam cheirando a lenha fresca. Passei um tempo encarando o fogo, só pensando.
Resolvi ocupar minha mente, peguei meu celular, mandei mensagem ao Jin.
Jinjin - Ela está bem pai preocupado!
Mandou um vídeo dela brincando com o Tae.
— Milana. — chamou a atenção dela, olhou para a câmera. — Viu, ela está bem.
Sei.
Fiquei assistindo ao vídeo dela brincando, uma gracinha.
— Neném? — olhei a porta. — Essa risada eu conheço, Jin mandou vídeo da Milana.
— Sim, ela brincando com o Tae. — contei. — Se deu bem com eles.
— E você pensando que eles poderiam acabar dando doce para ela. — ainda penso. — Vou subir para tomar banho.
— Vai lá. — ele subiu.
Aproveitei para ameaçar o casal, nada de doce para a bebê.
Jinjin - Ameaçar grávido é errado!
Não acho.
Jin.
Jinjin - Diga?
Obrigado!
Jinjin - Por cuidar dela? Não precisa agradecer, você faria o mesmo por mim.
Não é por isso.
É por ser sempre meu melhor amigo, me ajudar em vários momentos, e nunca me abandonar.
Serei eternamente grato por você insistir em continuar ao meu lado, mesmo quando eu queria ficar sozinho.
Sua amizade para mim, é muito importante, e não quero nunca te perder.
Jinjin - Jimin, eu tô grávido! Me fazer chorar é fácil.
Jinjin - Droga de hormônios!
Jinjin - Você é o melhor amigo que eu poderia ter, não me agradeça, eu que sou grato de ter você em minha vida.
Jinjin - E não vai me perder, nunca!
Jinjin - Melhores amigos, daqui...
Até a Lua!
Grávido emotivo!
Também tô chorando, mas eu não tô grávido.
Desliguei o celular, limpei as lágrimas. Fiquei olhando a lareira, deixando que o fogo queime memórias ruins, lembranças tristes.
— Neném, vem comer.
— Quero comer aqui.
— Neném mimado! — você mimou!
— Quem mimou vai aguentar. — trouxe a comida, colocou na mesa de centro.
— Te devolver para o seu pai. — bati no braço dele, que ria.
— Você que mimou, panaca! — riu mais.
— Neném bicudo! — sou também. — Come.
Me deu uma parte da comida. Carne com legumes e massa, amo!
Abriu o dele, senti cheiro de peixe.
— Peixe? — confirmou. — Você sabe que o cheiro tem me dado náusea.
— Mas já era para ter passado neném, você não fica tanto tempo com algo te dando náusea. — levantou e foi até a janela, abriu. — Depois você vai tomar remédio, e se não passar, hospital.
— Nem se me amarrar. — me recuso.
Não vou!
— Eu estou sentido o cheiro. — que vontade de vomitar.
— Seu nariz nem é grande para você sentir tanto, o meu é, e eu não estou sentindo. — sentou na poltrona perto da janela, para eu não sentir.
— Nem é grande. — se olhar de frente.
Ri com meu próprio pensamento.
— Você mente mal, neném. — para você.
O vento entrou pela janela, trouxe direto para o meu nariz o cheiro do peixe que o Jungkook está comendo.
Deixei a comida e corri para o banheiro, vomitei quase as minhas tripas.
— Quer o remédio para enjoo? — perguntou.
— E já traz minha escova de dente. — ele voltou com a escova, escovei meus dentes e depois tomei o remédio.
Nós voltamos para a sala, ele se livrou do peixe, e pegou frango para comer.
Bem melhor.
Consegui terminar de jantar.
— Neném, essa é a primeira vez que você fica assim por causa de peixe? — confirmei.
Lembrei de uma coisa importante.
— Meus amigos sabem, então acho justo você saber. — parou de virar o marshmallow e me olhou.
— O quê?
— Lembra que nas Maldivas, nós acabamos fazendo sem camisinha? — algo que está me dando dor de cabeça até agora. — Você depois comprou o remédio, mas por estar no idioma da ilha, não notou que ele deve ser tomado até umas seis horas depois do ato.
— Se passa disso, ele não faz efeito? — basicamente isso. — Neném, eu não sabia.
— Eu sei. — jamais me engravidaria sem eu querer, você tem caráter. — Confio em você!
— Então tem a chance de você estar grávido? — infelizmente sim.
— Tem, mas não comemore, as chances são mínimas e eu tenho certeza que não estou. — absoluta.
— Tudo bem, neném! Se você estiver, e decidir não ter esse bebê, saiba que vou te apoiar, e nós podemos ter quando se sentir pronto para tal coisa. — por isso amo ele!
— Obrigado, Kook-ah. — coloquei o marshmallow na boca, mastiguei o docinho macio e crocante, engoli. — Cada dia que passa, te amo mais!
— Meu amor sempre vai aumentar por você! — me deu um selinho. — Boquinha doce.
— Eu tô comendo marshmallow. — óbvio que vai estar doce.
— Sua boca sempre está doce, não importa a hora. — aí já não sei explicar. — Só eu provei essa boquinha.
— Não posso dizer o mesmo da sua. — ele riu do meu ciúmes. — Kook, com quantos você já ficou?
Parou de rir, começou a tossir.
— Do nada? — sim. — Apesar de você pensar que é uma lista extensa, mais de cinquenta pessoas, não chega a quinze pessoas.
— Mentiroso. — até parece.
— É sério neném. — encarei ele, é verdade. — Nós começamos a namorar eu tinha vinte, e eu perdi a virgindade com quinze anos.
— Dá para ficar com muita gente. — falei.
— Após eu perder a virgindade, só voltei ficar com alguém com dezoito quase dezenove. — por quê? — Sexo por fazer não é tão interessante assim, agora quando foi com uma certa pessoinha ciumenta, que fica rosa com facilidade, maravilhoso!
Lábia excelente do cacete.
E eu caio feito pato.
— Agora se Jin fizer essa pergunta ao Tae, e dar um tapa por cada pessoa, ele para no hospital de tanto apanhar. — misericórdia. — Eu sou o pan, mas ele que não deixava escapar uma alma viva.
— Você e ele já ficaram? — me olhou como se eu tivesse dito a coisa mais idiota do mundo.
— Brincadeira né neném? — não. — Até parece, mesmo que ele seja flex, eu não ficava com amigos.
— Só inimigos? — perguntei rindo. — Espera, o Tae é flex?
— Sim. — chocado.
— E como assim não ficava com amigos? Nós éramos amigos antes de sermos namorados. — cruzei os braços esperando a resposta.
— Neném, sempre tive a intenção de te passar para o papo. — bati no braço dele que estava rindo. — Tô brincando. — bom mesmo. — Sobre passar para o papo, mas que sempre tive a intenção de te namorar, isso eu tive. Nunca tive a visão sobre você como "amigo", só "futuro namorado".
— Besta. — dei um selinho nele. — Que eu amo!
— Besta que você vai casar com ela. — apontou minha mão com o anel.
— Vai ser apenas minha besta. — só minha. — Você me trouxe aqui para esquecer o que aconteceu?
— Não só isso, também para passarmos um tempo juntos, já que no nosso aniversário você teve a crise, não queria que ficasse pensando que estragou, e os outros dois últimos ficamos longe, então quis fazer algo especial. — ele sempre acerta.
— Melhor noivo do mundo. — beijei ele.
Às vezes eu fico assim "meu Deus, agora eu beijo ele, antes eu só conseguia dar selinho".
Mas ele foi paciente e me esperou, amo tanto esse homem!
Não vamos pensar demais, ou eu choro.
Ele deitou me mantendo em cima, continuamos nos beijando por um bom tempo, ouvindo a lareira e o chuvisco lá fora.
Aqui chove bastante, pela posição que estamos em relação ao mar e a um rio que tem bem perto.
— Vamos ficar aqui até amanhã? — perguntei a quem acha mais interessante ficar beijando meu pescoço.
— Amanhã a noite vamos embora.
— Kook, eu acho que deveríamos voltar mais cedo, pegar estrada a noite, é perigoso. — falei. — Sem falar que não quero ter terapia online, prefiro pessoalmente.
— Claro. — nem ouviu, me afastei ficando sentado. — Neném.
— Não, só assim para você me ouvir. — difícil. — Vamos voltar mais cedo, para não correr risco algum.
— Eu tinha te ouvido, e concordei, agora volta aqui. — me fez voltar para perto de novo. — Quer dizer algo mais?
— Sim, me beija. — sorriu e me beijou.
[...]
— Neném? — não. — Neném? — me recuso. — Neném? — continuei de olhos fechados. — Neném? — eu não vou levantar. — Tae deixou a Milana cair.
Sentei na cama na hora.
— Eu mato ele! — falei.
— Tô brincando neném. — bati nele. — Vamos?
— Você pode ir sem mim. — deitei de novo.
— Neném, combinamos de ir juntos. — ao vilarejo.
— Isso foi antes de você me deixar debilitado, não quero andar. — ele riu, olhei para ele, parou.
— Vamos neném, por favor? — que insistência! — Aproveitar um pouco.
— Já aproveitamos a noite inteira. — ai meu quadril.
— Fora de casa. — discordo. — Neném, só um pouco.
— Jungkook, nunca é pouco. — e eu tô cansado.
— Quer outro remédio? — confirmei.
Ele voltou com remédio e água, tomei.
— Agora vamos? — eu vou te vender na internet!
Mentira, não vivo sem ele.
— Espera o remédio fazer efeito. — sentou na cama, ficou me olhando. — Não me olhe assim.
— Assim como? — Arregalei os olhos e olhei para ele. — Tá, parei.
— Bom mesmo. — cada coisa.
Fechei os olhos, senti uma mão no meu cabelo, está fazendo carinho.
— Eu vou dormir desse jeito, Kook. — parou. — Não é para parar.
— Neném indeciso. — voltou a fazer carinho. — Neném?
— Hum?
— Você já pensou como faremos para ir a Lua de Mel, se a Milana ainda estiver em nossa casa? — perguntou.
— Sim, levamos ela e contratamos uma babá. — simples. — Deixar com meus pais seria por tempo demais, e seus avós também não, amigos nem pensar.
— Por que meus avós não?
— Rosa e sua avó vai encher de coisas que ela não pode comer, meu pai a mesma coisa, Vittorio não, mas meu pai, falou que não pode, ele faz de propósito. — pirracento.
— É mesmo. — quero que ela seja saudável. — Então levar ela.
— Só precisamos achar uma babá. — ando procurando.
Mas é difícil confiar em uma pessoa, ainda mais uma desconhecida.
— Até lá nós achamos. — sei disso. — Já fez efeito?
— Já. — não fez.
Levantei e fui até o banheiro, escovei os dentes. Peguei uma roupa, calça jeans e moletom branco, calcei um tênis branco.
— Vamos? — chamei.
— Não vai passar perfume? — neguei.
— Meu nariz não está legal. — só estou passando desodorante sem cheiro. — Fico espirrando se eu passo.
— Alergia. — sim.
— Agora tenho que ficar sem cheiro algum. — saímos do quarto.
— Para mim, você tem cheiro. — me cheirei, senti nada. — Você cheira chocolate.
Tadinho, ficando maluco?
— Tão jovem, e já está caducando. — doidinho de tudo.
— Engraçadinho! — sei que sou. — Não tô falando que você parece uma barra de chocolate ambulante, mas toda vez que chego perto sinto cheiro de chocolate, bem fraco.
— Deve ter a ver com as outras vidas, às vezes eu era uma ômega com cheiro de chocolate. — resolvido. — Deixa eu saber que cheiro você tinha.
— Eu passei perfume. — sem graça.
— Queria saber qual era o aroma do meu alfa nas vidas passadas. — descemos e saímos da casinha. — Quando chegar, você vai tomar banho com sabonete neutro.
— Só para sentir meu cheiro? — isso aí.
Abriu a porta do carro para mim, eu entrei, coloquei o cinto.
— Kook. — ele entrou. — Deixei meu celular lá dentro.
— E precisa levar? — só olhei para ele. — Vou pegar.
— Obrigado Kook-ah! — saiu do carro.
Fiquei esperando, ele voltou com meu celular, me entregou.
— Foi bom ter pegado, meu pai mandou mensagem. — entrei para ver.
— Ele quer algo? — confirmei.
— Meu pai quer conversar comigo e com você, na segunda-feira. — é muito longe.
— Ainda é quarta-feira, tem um neném que vai ficar ansioso. — vou mesmo. — Sobre o que ele quer falar?
— Não sei, mas sinto que não vou gostar. — tenho essa impressão.
— Por quê? — perguntou.
— Estou sentindo, deve ser coisa da minha cabeça. — espero que seja.
Os dez minutos até o vilarejo passaram rápido, ele estacionou o carro, desceu primeiro e veio abrir a porta para mim, desci.
Por que sempre falo "desci"? Porque estamos com o carro de cinco lugares, e ele é alto, os carros baixos Jungkook raramente usa agora.
São de corrida, e ele deixa para isso.
Eu uso, já que todos meus carros dá para correr.
— Onde quer ir? — perguntei.
— Vamos andar. — que castigo!
Saímos andando pelo vilarejo de mãos dadas, entramos em alguns estabelecimentos locais, comidas, artesanatos com símbolos coreanos antigos.
Almoçamos ali, e voltamos para a casinha. Pegamos as nossas coisas, e já saímos, hora de voltar a cidade grande.
Bem tranquila nossa viagem de volta para Seul, eu dormi uma parte do caminho, a outra fiquei comendo doces que comprei.
— Falta quanto tempo para a sua terapia? — perguntou quando entramos em Seul.
— Meia hora, dá para pegar a Milana, vamos! — ele dirigiu para a casa do Tae.
Nem esperei ele abrir a porta, já vazei assim que parou.
— Anda Kook! — veio mais devagar. — Gosta de provocar né?
— Sim, amo te ver irritado! — terrível!
Fomos até a porta, apertei a campainha.
Tae abriu a porta.
— Jinnie, os pais protetores vieram buscar a cria. — é cada coisa.
Jin apareceu com a Milana no colo.
— Pega as coisas dela, Taetae. — lá vai o sofrido, quer dizer, o Tae.
Milana me viu, esticou os bracinhos toda feliz.
— Feliz em me ver, pequena? — peguei ela. — Obrigado, Jin!
Já fui me indo, Jungkook pega as coisas dela.
Outro sofrido.
Entrei no carro com ela, uma gracinha.
Bateram no vidro, abri.
— Preciso de um favor seu. — qual? — Eu tô com um leve medo de alguém dar um jeito de estragar meu chá revelação, se acontecer, mate quem fez isso?
— Tudo bem, Jin. — pai preocupado. — E eu já dei um jeito, nem a empresa que vai revelar sabe.
— Jimin, o que você aprontou? — nadinha.
— Apenas no dia você vai saber. — só lá. — Como está o bebê?
— Está bem, eu tive uma consulta segunda-feira, a doutora falou que tem a chance de nascer um pouco antes dos nove meses. — por quê? — O bebê cresceu bem, se continuar nesse ritmo fica apertado, aí vai querer nascer.
— Puxou a família do Tae, só gente grande. — o pai dele tem 1,90, as irmãs mais de 1,75. — Você não é pequeno, mas seus pais.
— Dois tocos. — exatamente.
— E como você está? — isso também é importante.
— Para entrar em surto, em três meses eu venho morar com o Tae, ele já está fazendo de tudo para eu ficar tranquilo, mas não me sinto pronto para morar fora da casa dos meus pais. — ninguém está.
— Eu também não estava, é meio que loucura você sair do seu conforto, para ir morar com o noivo, na casa dos meus pais eu tinha tudo em mãos. — Jungkook entrou no carro.
— Você também tem agora, mimado. — Shiu!
— Como eu ia dizendo, mas eu não tinha o Jungkook, então valeu a pena abrir mão de algumas coisas para ter ele. — falei. — Estar pronto nós nunca estaremos, então, ou você arrisca e vai, ou ficará esperando para sempre.
— Arriscar né? — sim. — Caleb foi o único que ficou tranquilo em morar com os namorados.
— Até parece, ele chorou três noites seguidas pedindo pela mãe dele. — Caleb, o mais chorão do grupo não iria sofrer? Só que não. — Melissa foi morar com a Polina, já estando casada, mas também teve surtos.
— Gui é o único que ainda não passou por isso. — ainda não foi morar com o Jake.
— Logo ele vai passar. — não vai demorar. — Dê tchau, Mimi, para o tio Jin.
Ela balançou os bracinhos, fazendo barulhos indescritíveis.
— Tchau, Mimi! — uma gracinha ela. — Tchau, casal!
— Tchau, Jin! — falei.
— Tchau, Jin! Avise o Taehyung para ficar de olho no eterno, tem inimigo chegando. — tem mesmo.
— Jungkook falou grego, entendi nada. — essa era a intenção.
Deixar um grávido preocupado, com alguém querendo matar o melhor amigo dele, não pode.
— Mas eu aviso. — obrigado.
Jungkook ligou o carro, acenei para o Jin.
Fiquei falando com a Milana até estar na clínica. Jungkook veio abrir a porta para mim, desci do carro, peguei só uma fraldinha de boca e o mordedor.
Entramos, e ficamos na sala de espera.
— Park Jimin. — passei a bebê para o meu noivo.
Levantei e acompanhei a psicóloga, entramos na sala, eu me sentei.
— Então Jimin, quem é a bebê? — perguntou pegando o caderninho.
— Milana, nós estamos cuidando dela até achar os tios, lar temporário. — contei.
— Pensei que tivessem adotado. — mais uma com isso. — Antes de falarmos sobre a crise, vamos falar sobre ela.
— Quem te contou que eu tive uma crise? — perguntei.
— Você. — contei não. — Jimin, sou sua psicóloga há anos, sei quando teve uma crise.
— Faz sentido. — falei.
— Então, como está sendo ter uma bebê em casa? — perguntou anotando coisas.
— É diferente, mas não afetou meu relacionamento, ou minha convivência com o Jungkook. Ela é bem tranquila, não é de chorar. — um amorzinho. — Montamos um quarto para ela.
Peguei meu celular e mostrei as fotos, já que eu postei no grupo.
— Jimin, nesses casos de lar temporário, tem a chance de não achar a família dela, e eles oferecem para o lar temporário se tornar permanente, você já pensou o que poderia responder? — perguntou me olhando.
— Eu não sei. — respondi.
— Jimin, eu sou sua psicóloga, para mim, você não precisa mentir. — quem disse? — Eu disse.
— Isso não é legal, ficar lendo minhas expressões. — anotou no caderninho.
— É o meu trabalho, Jimin. — felizmente. — Agora fale.
— Sim, eu responderia que sim. — poderia me tornar pai da Milana.
— Agora vamos falar sobre a crise, o que desencadeou ela, e como foi o pós crise. — essa parte é difícil.
Ela vai cavando até achar o que fez eu ter uma crise, depois ela ajuda curar, mas ainda assim vai doer.
— Antes que eu conte, a senhora precisa entender que se algo sair dessa sala, eu posso acabar morto, ou o meu noivo, assim como meu irmão. — para ela entender o quão sério é.
— Então venha comigo. — me fez sair da sala. — Hoje uma mulher estranha esteve aqui.
— Era minha mãe? — perguntei.
— Sabe que não posso te contar isso. — sigilo.
Fomos para o último andar da clínica, entramos na sala de um psiquiatra.
— Querida, o que faz aqui? — é o marido dela. — Seu paciente?
— Sim. — eu mesmo. — Posso usar sua sala, a minha está comprometida.
— Tudo bem, não tenho paciente pelas próximas duas horas. — levantou.
— E manda a segurança ir olhar minha sala. — ele estranhou.
— Okay, mas vai me explicar isso depois. — vai sonhando.
Ela não contou nem para mim.
Quando ele saiu, ela fechou a porta.
— Pode sentar Jimin, aqui é mais tranquilo e confiável. — por quê? — Meu marido é psiquiatra para crianças, adultos não entram nessa sala, ele conversa com os pais no escritório do segundo andar.
Lugar de confiança, para a criança não ter medo de contar algo para ele, e acabar chegando nos pais.
Aqui é cheio de brinquedos, mesas e cadeiras coloridas.
Eu tô sentado em um puff rosa.
— Agora me conte o que está acontecendo, e por que isso pode causar sua morte? — ela já sabe meu envolvimento com a máfia.
Comecei a explicar para ela o que aconteceu, sobre minha mãe ser um monstro, ter ido embora, descobrir que ela já mandou matar eu e o Jungkook, ainda crianças.
A parte mais difícil, quando revivi uma memória perdida, quando eu perdi o Jungkook.
Desde que aconteceu a crise, apesar de falar do assunto, eu e o Jungkook não fomos a fundo no que aconteceu.
Hoje foi a primeira vez que falei sobre isso, chorei de novo.
Até a psicóloga, vi ela limpando o rosto duas vezes.
— Então você e seu noivo são almas gêmeas? — confirmei. — Já lhe ocorreu que sua mente seja o seu lobo? Você contou que ele disse "Tenho muitos nomes, mas agora você me chama de mente", cada vida deveria ter uma classificação, por isso vários nomes.
— Isso faz sentido. — pensei. — Por que será que ele agora fica na mente?
— Também disse que ele falou que você e o Jungkook juntos se tornam muito poderosos, as pessoas têm medo disso, talvez seja o motivo para ele não te deixar, se você é poderoso é por conta dele. Não poderia deixar de habitar em algum lugar mesmo que seja na sua mente. — essa psicóloga é inteligente. — A ligação entre você e ele deve ser muito forte, mesmo quando nós estamos sem os lobos, ele permaneceu ao seu lado.
— Alguém tinha que ficar. — resmunguei pensativo.
Me concentrei em falar sobre a crise, foi boa a terapia de hoje, fiquei mais leve.
Durou uma hora e meia, antes se pedisse para passar mais de trinta minutos, eu chorava.
Saí da sala com ela.
— A senhora vai ganhar segurança. — avisei.
— Por que? — perguntou.
— Se minha mãe veio, foi para saber sobre mim, e quer usar a senhora, não está segura. — aquela praga. — Até semana que vem!
— Até!
Desci de elevador, fui até a sala de espera. O Jungkook mexendo no celular, Milana no colo dele dormindo.
— Vamos neném? — confirmei, saímos da clínica.
Abriu a porta para mim, colocou a Mimi atrás no bebê conforto.
Entrou, colocou o cinto e ligou o carro.
— Como foi? — perguntou.
— Ela levantou questionamentos interessantes. — respondi pensando. — Minha mãe esteve aqui.
— Vai ter que colocar segurança para a sua psicóloga. — é, vou providenciar.
Fiquei só pensando o restante do caminho.
Ao chegar, eu subi com a Milana, e ele com as malas.
Coloquei ela no berço, cobri com a manta, só se mexeu um pouco, continuou dormindo.
Caminhei para o quarto, Jungkook fumando na sacada.
Aproveitei e troquei de roupa no closet, depois fui até ele, fechei a porta, não quero o quarto cheirando cigarro.
— Por que está fumando? — perguntei, ele levantou a mão que está o cigarro, medo que eu jogue fora.
— Só para relaxar. — sei. — Quais questionamentos ela levantou?
Contei para ele o que ela falou sobre tudo.
— Preciso saber o que minha mãe foi perguntar e falou para ela. — mas a minha solução não é boa.
— Você está querendo invadir a clínica e ler o que sua psicóloga anotou, né neném? — me conhece tão bem.
— Sim, mas não sei se seria uma boa ideia. — talvez seja péssima. — Porque eu vou querer ler o que está no meu caderninho.
— Eu posso invadir e tirar foto de tudo que ela anotou. — olhei para ele. — Não leria sobre você, isso seria quebrar sua confiança, coisa que eu nunca fiz e não farei.
— Verdade! De noite você vai lá. — preciso ler isso.
— Não fique tão paranóico com essas coisas da sua mãe, no final, ela vai acabar morta, não existe outro final.
— Mas...
— Neném, não, ela não vai fazer mal a você ou a mim, apenas confia, ela vai morrer! — tudo bem.
Fiquei entre o espaço do parapeito e ele, mais de pertinho.
— Nem pense em baforar em mim. — ele riu.
— Isso aqui você vai gostar. — levantou meu rosto com a mão no meu queixo. — Abre a boquinha neném.
— Por quê? — perguntei.
— Só abre, loirinho. — abri, mas pouco, medo do que ele vai fazer.
Ele tragou o cigarro, soprou devagar fumaça na minha boca.
— Não engole, pode soltar. — por que raios isso foi sensual? — Gostou né loirinho safado?
— Você não presta, Kook-ah. — mas eu gostei.
— Mas você ama. — amo mesmo. — Vai fazer algo agora?
— Eu te entendi, safado! Nós já fizemos hoje. — somos coelhos agora?
— Não fizemos. — como não?
— Passamos a madrugada fazendo, sonso. — é cada coisa. — Eu vou ir tomar banho, e você é o próximo, nem pense em deitar cheirando a cigarro.
— Sim, senhor! — olhei bravo para ele. — Sim, neném!
— Melhor. — entrei no quarto e fui para o banheiro.
Tomei um banho, lavei meu cabelo. Ao sair limpei melhor o furo, tirei a jóia para limpar, coloquei no lugar. Espalhei creme pelo corpo, sequei meu cabelo ali mesmo.
Escovei os dentes e saí do banheiro com roupão.
— Kook-ah? — não está na sacada. — Kook?
— Closet. — entrei e ele procurando alguma coisa.
— O que está procurando? — perguntei.
— Uma camiseta preta. — brincadeira né?
— Que piada boa. — ele tem mais de 80 camisetas pretas.
— Essa é específica, ela tem um desenho na frente de um anime. — pensei. — E atrás o nome em letra azul.
— Ah, está pendurada. — voltei eolhar minha parte de pijama, peguei um, tirei o roupão e comecei a vestir.
— Não tô achando. — sinceramente.
— Porque você está olhando meu corpo, não as camisetas. — sinto os olhos dele queimando em mim.
Vesti a camisa, virei com ela ainda aberta e fui até onde ele está.
— Estava na sua frente. — tirei do cabide e entreguei para ele, colocou na ilha e as mãos na minha cintura. — Kook, não vamos transar.
— Não pedi isso. — é mesmo?
— Tem algo que diz o contrário. — falei.
— O quê? — olhei para baixo, ele também. — Culpa sua, ser tão gostoso assim.
— A culpa não é minha!
Nunca foi.
— É sim. — eu discordo. — Vou tomar banho frio.
— Excelente ideia, vai lá. — comecei a abotoar a camisa e ele saiu.
Ainda sinto dor da nossa madrugada, preciso me recuperar.
Passei desodorante neutro, e óleo no cabelo.
Saí do quarto e segui ao da Milana, já está acordada, tinha ouvido ela na babá eletrônica.
— Já acordou da soneca, pequena? — conversou comigo do jeito dela.
Entrei no banheiro, enchi a banheira para dar banho nela.
Voltei ao quarto, peguei ela. No banheiro, tirei a roupa que ela usava, limpei, agora banho.
Está se tornando mais fácil, nem fico mais orando enquanto faço isso, medo dela se afogar.
Quando terminei, enrolei ela na toalha e levei para o closet. Peguei um body com manga comprida e calça, os dois azul para combinar com os olhos dela, vesti.
Coloquei meias nos pés dela, passei a escovinha no cabelinho ruivo, peguei novamente no colo.
Nada de perfume, eu vi que faz mal para o bebê.
Encher o bebê de perfume, realmente não faz sentido.
Se para mim, adulto faz mal, imagina para ela.
Saímos do quarto, desci com ela e fui até a cozinha. Coloquei legumes para cozinhar, isso é só para ela.
Jungkook vai comprar pizza para nós, ele só não sabe ainda.
Como deixei na panela elétrica, posso ir para a sala e sentar.
Lembrei de um negócio, levantei de novo e fui até o escritório, peguei na prateleira de livros após achar e voltei.
Sentei, deixei ela bem sentada no meu colo.
Abri o livro infantil, que agora eu tenho a memória bem clara do meu pai lendo para mim.
Cada página um mundo ou um animal criando forma, acho incrível.
Comecei a ler para ela, que está concentrada nas cores e tudo que se transforma, estica as mãozinhas para conseguir tocar.
— Então a princesa após derrotar o grande e terrível urso, conseguiu fazer seu reino viver em paz. — fechei o livro. — Gostou da história? — perguntei. — Não vai me responder, Kook?
— Como sabia que eu estava aqui? — respira muito alto por conta do nariz compacto.
Tô brincando.
— Kook-ah, minha audição foi muito bem treinada. — não ouvir alguém chegando pode te matar.
— Exibido! — sou. — E eu gostei.
— Meu pai lia esse livro para mim. — contei. — Agora eu li para a Milana. — pensei no que disse. — Não que ela seja minha filha.
— Neném, não precisa se explicar para mim. — sentou do meu lado. — Teria coragem de adotar ela?
— Sim, e você? — confirmou. — Mas ela tem os tios, é melhor ficar com a família de sangue.
— Se é isso que você acha melhor, tudo bem, mas sabe, uma palavra sua e os tios somem do mapa. — eu sei. — Está fazendo o jantar?
— O jantar dela. — falei olhando a pequena que está só passando a mão na capa do livro, é pela textura.
Bebê gosta do que vê e sente nas mãos.
— E o nosso? — excelente pergunta.
— Primeiro, eu só estou fazendo o dela porque precisa esfriar, segundo, ainda é cinco horas. — que pressa é essa? — Tome café da tarde se está com fome.
— Neném, está mais agressivo que o normal. — por que eu tô querendo chorar com isso?
— Não tô. — passei a mão perto dos olhos.
— É, não tá neném, eu tô brincando. — tô sensível demais.
E se eu estiver grávido?
Tomara que não.
Já faz mais de quinze dias que fizemos sexo sem camisinha, é a hora que os sintomas começam ficar mais evidentes.
Quem caçou jeito de engravidar foi o Caleb e o Jin, eu não!
Uma única vez me lascou bonito.
— Neném? — olhei para ele. — Estava no mundo da Lua.
— É. — não quero ficar grávido agora.
Eu me recuso!
— Pega ela, eu já volto. — ele pegou ela.
Subi para o quarto, peguei meu celular e liguei para o meu pai, o que não desmaia.
— Olá, filho! — ouvi sua voz.
— Oi, pai! Tô com um problema. — falei.
— Diga. — respirei fundo.
— Tem mais de 50% de chance, de eu estar grávido. — não ouvi nada. — Pai?
— Eu mato o Jungkook! — sempre sobra para ele. — Como isso aconteceu? E não é a parte de safadeza que quero saber.
— Uma única vez esquecemos a proteção, e o remédio que tomei ele só funcionava se tomasse entre as sete horas seguinte após o ato. — vida difícil. — Eu tomei catorze horas depois, e agora tenho tido sintomas que condizem a uma gravidez.
— O Jeong infarta se você estiver. — eu sei. — Vou ser vovô e viúvo.
Está se lamentando.
— O que eu faço? — perguntei.
— Ora, para o seu pai não caçar o Jungkook e picar ele em pedacinhos, isso seria um privilégio, porque se eu sair da minha casa para ir atrás do Jungkook, ele vai desejar não ter nascido. — que delícia ter pais mafiosos. — Mafioso russo senza cervello, aveva una regola, non metterti incinta prima dei vent'anni, ma quel figlio di puttana ti ha messo incinta, lo ammazzo! (Mafioso russo sem cérebro, ele tinha uma única regra, não te engravidar antes dos vinte anos, mas aquele filho da puta te engravidou, eu vou matar ele!)
Falou italiano.
Talvez eu não me case.
— Depois mata ele, só vou precisar orar mesmo? — perguntei.
— Não, faz o teste rápido de gravidez, se der positivo fale para o seu noivo idiota ir para a Rússia, ou eu caço ele. — Jungkook perdeu até o nome. — E minha mãe tinha certeza que ser pai de criança que dava trabalho, ela não faz ideia do que realmente dá trabalho. Grávido, meu Deus, Jeong vai infartar.
Agora já fala sozinho.
Oficialmente pai!
— Pai, desculpa!
— A culpa não é sua. — Jungkook, então é sua. — Se aquela anta aparecer na minha frente, o diabo vai ter dó.
Xingou mais o Jungkook, em italiano e coreano.
Fiquei ouvindo ele xingando toda a descendência e os ancestrais do Jungkook.
Lixei a unha, deixar mais certinha.
— Neném, estava demorando. — Jungkook entrou com a Milana no colo, ela mexendo no piercing que ele tem no ouvido.
Deixa ele descobrir sozinho que ela costuma tentar arrancar.
— É o besta que chegou? — ouvi Vittorio perguntando.
— Ele mesmo. — confirmei.
— Passa para ele. — melhor não.
— A ligação está caindo. — fiz chiado e desliguei.
— Com quem estava falando? — perguntou.
— Meu pai, Vittorio. — respondi. — Não apareça na casa deles, Vittorio quer te matar.
— Mas eu nem fiz nada. — será mesmo?
— Tem 50% de chance de eu estar grávido, você fez muita coisa. — coloquei o celular na mesa de cabeceira. — Ele te xingou tanto.
— Por isso minha orelha estava queimando. — Melissa que ensinou isso.
Se alguém está falando de você, sua orelha queima, diz ela.
— Sobre a gravidez, é sério? — infelizmente sim.
— É, faz parte. — eu não quero engravidar agora.
Levantei, saímos do quarto.
— Já sabe que tem meu apoio se não quiser seguir com a gravidez, né? — eu não tenho coragem.
Admiro quem consegue, mas com meu histórico, da minha mãe querer fazer isso, fico assustado só de pensar.
— Kook, se eu estiver, tudo bem, posso ser pai sozinho, porque se der positivo Vittorio disse para você ir para a Rússia. — único jeito do Jungkook não morrer.
— Noivar com herdeiro de máfia, não foi uma boa ideia. — olhei bravo para ele. — Todo dia uma ameaça diferente.
— Medroso. — descemos.
— Ai minha orelha, Milana. — até que demorou para ela tentar arrancar o piercing.
Ela olhou fazendo bico para ele, começou a chorar.
— Assustou ela. — peguei a bebê. — Não chora pequena, Kook mal, né?
Acalmei a bebê.
Fui para a cozinha, preparei metade de uma mamadeira. Voltei a sala de estar, Jungkook sentado mexendo no celular, coloquei ela no colo dele.
— Não assuste ela novamente. — e a mamadeira. — Vou deixar o jantar dela pronto para você dar enquanto eu estiver na aula.
— Treinar né, agora é para ser pai. — nem me lembre.
Tirei os legumes da panela, amassei e deixei separado. Preparei chá de camomila, também uma mamadeira com água.
Na sala, Jungkook já terminou de dar a mamadeira, peguei e levei para a cozinha. Lavei e sequei, guardei.
— Vou subir me arrumar. — subi para o quarto.
Peguei um shortinho moletom preto e vesti, mais uma camiseta rosa, calcei um tênis branco. Passei mais desodorante, e hidratante labial.
Com a minha bolsa, desci, passei na cozinha para pegar minha garrafa de água.
— Tô indo, Kook! — dei um selinho nele. — Tchau, pequena!
— Com esse shortinho? — perguntou.
— Sim, por quê? — perguntei.
Ciúmes?
— Tá frio e chuviscando, vai ficar com frio. — só preocupação.
— Fica tranquilo, dentro da sala é quente. — peguei a chave do carro.
— Cuidado na estrada. — sempre. — Tchau, neném!
— Tchau, Kook! Te amo! — saí, não ouvi nada, voltei. — Tchau, Kook! Te amo!
— Tchau, neném! — procurei para ver se tem alguma câmera, pode ser uma brincadeira.
— Tchau, te amo! — não me ama mais?
— Eu falei tchau, neném. — vou bater nele.
— Tchau, te amo! — idiota.
— Ah, eu também te amo, neném! — bom mesmo.
— Agora sim.
Saí de casa e fui até a garagem, entrei no carro, coloquei a bolsa no banco do passageiro.
No caminho preferi ir ouvindo música, evitar que minha cabeça comece a pensar.
Guilherme estava com Jake do lado de fora, porque a chuva parou enquanto eu vinha.
Os dois de pegação, uma safadeza fora do comum.
Melissa saiu de dentro do carro, Polina foi embora.
— Beijoqueiros! — falou. — Oi, Jimin!
"Oi".
— Jake, caminho da roça, quero ouvir a voz do Jimin, anda, rapidinho. — Melissa colocando o Jake para ir embora.
— Tchau, coração! — deu um selinho no Gui. — Tchau, Jimin! Melissa, você não.
— Bye bye gado! — ele revirou os olhos. — Passando tempo demais com o Gui.
— Eu discordo. — Gui falou, também revirando.
Imagina se o Jake estivesse.
— Jimin, vai, abre a boca e fala. — Melissa esperando.
— Maluquinha de tudo. — falei, Gui concordou comigo. — Vamos.
Entramos e já subimos, fomos para a nossa sala, já tem alunos.
Não foi tão difícil a aula hoje, ainda bem.
Quando acabou, tanto Polina quanto o Jake vieram buscar seus companheiros.
Eu me busquei.
Fui para casa, guardei o carro na garagem e entrei. Ouvi a voz do Jungkook, está na sala.
Milana no colo dele, brincando com um urso roxo.
E ele conversando no celular em russo, é com a avó.
— Oi, Kook! — sussurrei.
— Oi, neném! — dei um selinho nele. — É o Jimin vovó, só ele que chamo de neném.
— Se achar outro, eu corto sua cabeça. — ameacei ele.
— Também te amo! — sussurrou. — Ela te mandou um beijo, neném.
— Outro para ela. — peguei a Milana. — Oi, bebê!
— Ele te mandou outro vovó. — Milana encostou a cabeça no meu ombro.
— Tá com sono? — deve estar.
— Não, vovó. — o que é não? — Não vamos casar na Rússia.
É, não vamos.
— Eu sei que faz parte da tradição, mas o Jimin quer casar na Costa Rica. — não joga nas minhas costas. — Só porque o Jimin quer a senhora aceita, engraçado que quando era eu, a senhora faltou me bater.
Sou amado!
— Tchau, vovó! — desligou. — Amam mais você do que eu.
— Faz parte, Kook. — é a vida. — Você deu a comida para ela?
— Sim, comeu tudo. — que bom! — Dei só a água, o chá de camomila ainda não.
— Vou dar banho nela, você sobe com a mamadeira de chá. — subi com ela.
Está toda dengosa, querendo chorar, é sono!
Deixei minha bolsa no chão, entrei no banheiro com ela.
Foi um banho rápido, para ela dormir limpinha e tranquila. Vesti macacão de dormir, ao sair do closet, Jungkook entrou.
Sentei na poltrona, dei a mamadeira de chá, assim que terminou, ela já estava cochilando.
Continuei ninando ela, apagou. Coloquei no berço, cobri ela, liguei a babá eletrônica.
— Bons sonhos, pequena! — saímos do quarto.
— O que vamos jantar? — pizza.
— Não sei. — entrei no nosso quarto.
— Quer pedir algo? — sim.
— Você que sabe. — coloquei a bolsa no closet, guardei meu tênis.
— Pizza? — isso.
— Pode ser. — peguei um pijama e levei para o banheiro.
Tomei outro banho, lavei o cabelo. Sequei meu corpo ao sair, hidratei a pele, limpei o furo e a jóia. Vesti o pijama, camiseta do Jungkook e shortinho.
Saí do banheiro, entrei no closet, sequei meu cabelo e passei um óleo reparador de pontas.
Desodorante apenas.
— Neném? — apareceu no closet. — A pizza chegou.
Uma só?
— Pediu apenas uma? — perguntei.
— Duas. — ainda bem. — Sei que gosta de comer pizza no café da manhã.
Eu amo.
— Me conhece tão bem! — descemos e entramos na sala de jantar, sentamos.
Ele serviu vinho para ele.
— Se você estiver, é melhor suco. — colocou suco de maracujá para mim.
— Você quer que eu esteja, né? — perguntei.
— Não. — ué. — Neném, você não quer engravidar agora, acredito que seja melhor quando você também quiser.
— Você é perfeito! — e eu realmente não quero. — Eu quero ser pai quando estiver mais curado psicologicamente, falando com mais pessoas, para ser um bom pai, não quero que meus traumas passem para um ser inocente.
— Neném, você vai ser um excelente pai estando mais curado ou não, dá para ver isso pela forma que age com a Milana. — ainda assim, tenho medo. — Não fique com medo, independente de como estiver, nosso filho terá sorte de ter você como pai.
— Obrigado Kook-ah, te amo! — tô menos assustado.
— Eu também te amo!
Jantamos e depois eu coloquei o que sujamos na lava louça. Subimos para o quarto, eu escovei os dentes primeiro e já deitei.
Tô cansado!
Me cobri, aconchegando na cama.
Peguei meu celular, respondi às mensagens.
Jungkook deitou ao meu lado e me puxou para ficar perto dele.
— O que está fazendo, neném? — perguntou fungando no meu pescoço.
— Respondendo mensagem. — continuei digitando para responder a Polina. — Kook, está me desconcentrando.
— Não fiz nada. — desde quando beijar meu pescoço é nada?
— Sonso! — coloquei o celular na mesa de cabeceira para carregar. — Pronto, minha atenção é toda sua.
— Obrigado! Então. — não. — Você já está mais tranquilo?
— Sobre? — perguntei.
— Estar grávido. — confirmei. — Mesmo?
— Sim, sei que teria seu apoio para qualquer decisão. — um excelente noivo. — Lembrei de uma coisa.
Levantei e entrei no closet.
— O quê? — questionou, voltei e mostrei duas caixinhas. — Você comprou testes.
— Quando estava voltando, passei em frente a uma farmácia, aí eu comprei. — contei. — Faço agora, ou amanhã?
— Agora. — ansioso.
— Vou fazer, fica aqui. — entrei no banheiro e fechei a porta, ou ele entra.
Li como fazer, é fácil. Em um minuto eu fiz os dois, fechei os testes. Lavei as mãos, passei lenços neles.
Saí do banheiro segurando os dois.
Sentei na cama ao lado dele.
— Não importa o resultado, saiba que eu te amo, neném! — eu sei.
Ficamos esperando, dois minutos.
— Está aparecendo. — tomara que não, tomara que não.
Apareceu.
— Não estou. — falei.
Por que eu tô triste em não estar?
— Que bom, né neném? — ele olhou para mim. — Por que está triste? Você não queria, mudou de ideia neném?
— Eu já tinha me acostumado com a ideia de estar. — expliquei. — Mas não estou, o que é bom, significa que não vou perder meu noivo.
— É, Vittorio estava doidinho para me matar. — verdade.
Levantei e entrei no banheiro, joguei os dois fora.
— Vem neném. — deitei. — Já que não está, que tal fazermos um?
— Aceito o meio de fazer, mas nada de bebê. — deixa para uma próxima.
— Me contento com tão pouco. — bati no peito dele que riu. — Eu te amo, neném!
— Eu te amo, Kook-ah! — me beijou.
[...] Autora on.
— Arrume as malas, meu bem. — o homem disse a esposa.
— Por que? — perguntou.
— Vamos para a Coréia, meu filho corre perigo..............
Revelações nos próximos capítulos.
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!
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