|| Capítulo 41 ||
Apareci!
Comentem bastante, e eu posto o próximo ainda essa semana.
Jimin on.
Esse baile não vai acabar?
Eu quero ir embora!
— Sim, manteremos as relações com vocês do Brasil. — só do Brasil também.
Meus planos de mudança vão mexer em muita coisa, Jungkook caiu na besteira de me dar liberdade.
— Foi um prazer conhecer você, Jimin. — apertei a mão das duas mulheres, e elas foram embora.
— Não sabia que eram mulheres que cuidavam do plantio de maconha no Brasil. — comentei.
— É, são as duas. — interessante, na maioria das vezes é homem.
— Você dormiu com uma delas? — perguntei desconfiado.
— Não, nunca dormi com brasileiro. — pensou. — Quer dizer, com brasileira.
— Então brasileiro já? Puto! — ele riu.
— Tô brincando neném ciumento, nunca dormi com brasileiros no geral. — ótimo, já basta metade da Rússia.
— Na hora que eu te deixar dormindo na neve, vai ver a brincadeira. — parou de rir na hora. — E eu quero ir embora, tô cansado!
— Do quê?
— Quieto Jungkook, e hoje você não me rela, idiota! — levantei. — Te espero no carro, tem cinco minutos, ou o carro vai sem você!
Saí andando, besta ambulante.
Lavei roupa dele hoje, perguntando do que estou cansado, que vontade de bater.
[...] Autora on.
— Por que o Jimin saiu andando bicudo? — Jake perguntou ao chefe, após chegar com Guilherme.
— Está bravo comigo. — respondeu.
— Por que? O que alguém tão inocente fez? — Guilherme perguntou.
— Ele disse que queria ir embora por estar cansado, e eu perguntei do quê. — contou.
— Nossa, coragem, através do vídeo que mandou no grupo já vi ele bravo, cuidado na hora de dormir. — Jake alertou. — Não sei como ainda está vivo após gritar com ele aquele dia.
— Também não sei, só tinha ouvido a voz dele por um áudio que Jin mandou para mostrar como era a voz do Jimin, ouvir ele bravo daquele jeito foi diferente. — Guilherme falou. — E ele tem razão em estar bravo, isso não é pergunta para se fazer.
— Percebi tarde demais, certeza que hoje eu durmo no sofá. — levantou. — Tchau para vocês, eu tenho um Jimin furioso para acalmar.
— Boa sorte! Vai precisar!
— Talvez de um caixão. — Guilherme completou.
— Caixão para quem? — Peter perguntou, chegando com Mike e Caleb.
— Para o Jungkook. — Jake contou.
— O que você fez? — Mike se interessou no assunto.
— Jimin falou que estava cansado, e o esperto aí perguntou "do quê?". — Guilherme contou o restante.
— É, você vai precisar de um caixão. — Peter concordou.
— E o Jimin está cansado porque lavou todas as suas roupas na mão, ele até colocou na máquina, mas ficou com medo de sair só os fiapos, então tirou e lavou na mão. — Caleb informou, estava com o amigo na hora. — Sem falar que ele fez boa parte do almoço, eu só cortei umas coisas, o restante foi ele.
— Jungkook, como está a consciência? Pesada né? — Mike provocou. — Sai logo daqui, e vai ajudar seu namorado descansar.
— Tchau! — foi embora.
— O Jungkook vai dormir no sofá hoje? — Peter perguntou.
— Ele vai ter sorte se for no sofá. — Jake respondeu. — Mas também que pergunta para fazer, eu nunca faria isso.
— Continue assim. — Guilherme falou.
— Eu também estou cansado, quero ir embora. — Caleb.
— Então vamos, bebê! — Peter nem caiu na besteira de perguntar.
— Querem dormir na minha casa? — Mike perguntou.
O casal se olhou.
— Tudo bem, mas precisamos pegar roupa na casa do Jimin. — até esqueceram que Jungkook também é dono.
— Vamos! — os três saíram.
— Vou entrar na aposta que o Jimin fez. — Jake falou. — Antes de um mês eles estão juntos.
— Eu te falei, Polina vai perder dinheiro. — Guilherme.
[...] Jimin on.
Não falei um "a" enquanto voltava para casa, esse bocó ficou tentando me fazer falar, não deu certo.
Ele esquece que no silêncio, eu sou um mestre.
Chegamos em casa e eu já saí do carro, fui direto para dentro. Tirei o sapato, e segui de pantufa.
— Neném? — continuei andando, subi as escadas.
Entrei no quarto, e fui até o closet, tirei a máscara e a roupa, pendurei em um cabide.
De roupão caminhei para o banheiro.
— Neném? — fechei a porta.
— "Do quê", besta idiota.
Tomei um banho para relaxar um pouco, depois escovei os dentes, saí com roupão.
— Vai me ignorar, neném?
"Não quero papo com você!".
— Não, ficar sem sua voz não, neném. — eu sei onde dói. — Neném.
Entrei no closet, passei creme no corpo antes de me vestir, procurei nas minhas roupas, sorri grande.
Peguei o shortinho mais curto, ele se diz branco, mas é meio transparente. Com um cropped branco.
Panaca, vai se arrepender de duvidar da minha canseira.
Não se pergunta o motivo da canseira de ninguém, falta de respeito.
Vesti meu pijama muito decente, sou mocinho recatado.
Saí do closet, ele sentado na cama, faltou sugar minha alma.
— Onde vai assim?
"Noé".
Saí do quarto e desci ao primeiro andar, fui até a lavanderia, peguei todas as roupas limpas.
Por que será que estou cansado? Por que será?
Subi com todas elas e ele está tomando banho.
O que era para pendurar, pendurei, o restante dobrei e guardei.
Vou precisar comprar roupa, eu não trouxe o suficiente para mais quinze dias.
Entrei embaixo do edredom, e dormi rapidinho.
Não fiz questão de acordar quando amanheceu, continuei bem dormindo.
Até...
— Neném? Acorda, neném.
"Me deixa dormir" de olhos fechados.
É dez anos fazendo, não preciso nem ver.
— Por favor, neném, é importante. — eu duvido que seja mais importante que meu sono.
"Se for besteira, você vai apanhar".
— Prometo que não é. — abri os olhos devagar, por que o teto está cheio de balões?
Eu sei que fiz parecer ser grande coisa, mas não era suficiente para trazer uma fábrica de balões para dentro do quarto.
— Por que tem balões vermelhos no meu teto? — perguntei.
— Como é bom ouvir sua linda voz, pensei que iria me deixar de castigo por mais tempo. — não será necessário.
— Os balões Kook.
— Senta. — me sentei devagar, mexendo no cabelo, tirando onde amassou.
Não foi só a fábrica de balões, mas também uma fábrica de ursos.
— Kook, por que tem um monte de ursinhos aqui dentro? — perguntei.
— Pedido de desculpa.
Às vezes esqueço que ele se comunica com presentes.
Tá triste? Toma um presente para ficar feliz. Tá feliz? Um presente para comemorar.
— Desculpa perguntar o porquê da sua canseira, em tom de dúvida, você tinha todo motivo para estar cansado e reclamar disso. — tinha mesmo. — Você me desculpa?
— Está desculpado, e nunca mais duvide da minha canseira. — não falo isso por falar. — Agora, onde vamos colocar todos esses ursos e balões?
— Seus presentes neném, você vai ver isso.
Sem vergonha, isso para cima de mim, não!
— Não alcanço os balões, e tô cansado para pegar os ursos. — sou mais astuto.
— Mas...
— O que? — vai duvidar de novo.
— Nadinha neném lindo, eu pego tudo e levo para outro quarto.
— Obrigado Kook lindo. — levantei e fui para o banheiro.
— Pilantra.
— O que disse, Kook? — coloquei a cabeça para fora do banheiro.
— Pitoco lindo!
— Obrigado! — voltei. — Pensa que me engana.
Escovei meus dentes e fiz minha rotina de sempre, saí do banheiro.
Ele encima da cama tirando os balões.
— Boa sorte, Kook! Cuidado para não sair voando. — fui rindo.
— Muito engraçado, neném, ha ha. — sou comediante.
Desci para o primeiro andar, tem café da manhã pronto. Eu sentei para comer, comi ovo mexido e torrada.
Será que foi o Jungkook que fez, está muito gostoso.
— Kook, você que fez? — perguntei ao ouvir ele atrás de mim.
— Sim, está ruim? — abriu a geladeira, pegando água.
— Não, está gostoso, parabéns! — incentivar para ele aprender a cozinhar.
— Obrigado! Estou indo para a academia, quer vir?
— Nem se me amarrar, boa sorte no seu treino! — bebi o restante do iogurte de morango.
— Volto em duas horas. — excelente! — E fica quieto aqui, evite problemas.
— Esse anjinho aqui, vai ficar bem quieto.
— Bom mesmo! — me deu dois selinhos e saiu, ouvi o ronco do carro dele.
— Besta, acredita mesmo que vou ficar quieto. — lavei o que sujei e subi.
Troquei de roupa e escovei os dentes.
Peguei meu cartão, e saí.
Ao sair da casa, o motorista abriu a porta.
— Onde deseja ir, senhor? — perguntou, mostrei no celular. — Sim, senhor!
Entrei e ele fechou a porta.
Fiquei mexendo no celular e pedindo ajuda de uma pessoa, Jin não.
Ele está apostando que Tae vai ganhar.
Tadinho.
Deixa sonhar!
Caleb e Peter dormiram na casa do Mike, vergonha na cara aqueles dois não tem.
Mike menos ainda.
Demorou um pouco para chegar.
Mas finalmente o carro parou, o motorista veio e abriu a porta, saí.
— Jimin. — olhei e vi Melissa, com o Gui?
Fui até eles.
— Ele estava junto quando mandou mensagem, e disse que não iria me deixar vir sozinha. — ah.
— Tudo bem, ele pode saber. — o restante não. — Polina vai correr hoje?
— Só se for de mim, eu proibi ela de chegar perto do racha. — Melissa falou. — O Jungkook está se gabando das modificações que fez no carro para correr, Polina não vai correr com carrinho de brinquedo dela nem fudendo, pode acabar perdendo milhões, vai ficar bem quietinha do meu lado assistindo.
— Pau mandada do cacete. — Guilherme falou. — Ainda bem que o Jake não corre, só faz as apostas.
— Jeon corre, e me proibiu de correr. — falei. — Mas, ele não manda em mim.
— Por isso estamos aqui? — Melissa apontou.
— Sim.
— Mas você ganhou um carro novinho essa semana. — Gui contestou.
— Para correr não dá, Jungkook modificou coisas do motor dele para ficar mais pesado e eu não correr. — idiota! — Preciso de um carro leve, e bom nas curvas, vamos.
— Ajudar o Jimin a vencer do Jungkook, sinceramente, isso vai dá merda para o meu lado. — Melissa resmungando.
Entramos, e um vendedor veio.
— Bom dia! Em que posso ajudar? — perguntou.
Olhei os carros ali, pesquisei essa semana inteira sobre carros, tô preparado.
Apontei um dos carros.
— Me acompanhem. — ele foi falando do carro, até pararmos ao lado, abriu a porta. — Pode entrar.
Entrei, coloquei as mãos no volante.
"Pergunte das curvas" falei.
— Como ele é nas curvas? — Melissa perguntou em inglês.
— Por ser baixo, a chance de capotar é quase zero na hora de fazer curvas bem fechadas. — respondeu. — É para alguma corrida?
Os dois me olharam, confirmei.
— Sim. — responderam.
— Esse nas retas não é muito bom. — então bora ver outro.
Mais dois carros que olhei.
"O segundo, ficarei com o segundo".
— Queremos o segundo.
Pensei que seria mais difícil, após apresentar documentos e a carteira de habilitação, foi feita toda a papelada. Assinei tudo, já fiz até seguro.
Fomos até a garagem, eu não escolhi a cor que está lá, foi outra.
— Aqui, na cor que escolheu. — olhei meu novo carro.
Lindo!
Peguei a chave, entrei no carro. Liguei, acelerei.
— Já vamos? — Melissa perguntou, confirmei. — Obrigada! Já estamos indo.
Os dois foram com o motorista e eu com o carro.
Testei o acelerador dele, dentro da velocidade permitida, não quero levar multa na Rússia.
Fiz os pneus novinhos cantarem nas curvas para saber como ele reage na hora de voltar para as retas.
Cheguei na casa dos avós do Jungkook, abriram o grande portão ao ver que era eu.
Deixar esse carro na nossa garagem, Jungkook vai desconfiar.
O vovô saiu de dentro da casa, estacionei e sai.
— Bom dia, Jimin! Onde arrumou esse carro? — excelente pergunta.
"Bom dia! Eu comprei".
— Mas você não ganhou um carro essa semana? — faz parte.
Expliquei para ele a situação.
Enquanto isso Melissa e Gui chegaram.
— Tudo bem, pode levar ele para a garagem. — obrigado!
Voltei para dentro do carro e levei ele até a garagem, quanto carro.
Tem uns nove, sem brincadeira.
— Por que vocês demoraram? — perguntei ao sair do carro.
— Eu estava vestindo Channel, não posso mexer em carro com uma roupa daquela, passamos em casa para eu trocar de roupa. — apontou agora seu macacão, Gui está usando um igual.
— Também trocou? — perguntei.
— Ela me emprestou, disse que eu só posso rasgar caso envolva atividades de sexo, não entendi. — nem queira.
Safada!
— Essa roupa minha é velha então tranquilo. — os dois se olharam, Melissa estendeu a mão, um macacão nela.
— Tomara que te sirva, eu sempre pego maior pelo tamanho da minha bunda, então deve servir. — é, Melissa é bunduda.
Já vi Polina secando umas mil vezes.
Só depois do casamento.
Entrei na casa, Kiara estava roubando a geladeira.
"Oi Jimin!".
"Oi, princesa! Onde fica o lavabo?".
Ela segurou minha mão e me levou até o lavabo.
Troquei de roupa e voltei, serviu certinho.
— Por que você tem três desse? — dúvida real.
— Estava na promoção, e eu tenho cinco. — agora fez sentido.
— Minha cunhada está vindo aí.
— Cunhada? — Gui perguntou, levantei o capô do carro.
— A irmãzinha do Jungkook. — respondi.
— É mesmo, vi ele postando foto com ela. — apareceu saltitante até ver quem ela não conhece, foi se escondendo devagar atrás de mim.
Abaixei na altura dela.
"Esses são meus amigos, Melissa e Guilherme, eles são legais!".
"Tem certeza?" Confirmei, ela saiu devagar. "Oi!".
— Oi, Kiara! Eu amei seu cabelo! — Melissa falou.
"Obrigada!".
— Olá Kiara! Você parece muito com seu irmão! — verdade, até o jeitinho bravo.
"Você também conhece meu irmão?" Confirmaram. "São amigos dele também?".
— Sim, ele só não sabe. — verdade Melissa.
"Você vai brincar comigo" e correu para dentro.
— Eu ajudo o Jimin, e você brinca. — Guilherme foi jogado como vítima.
Certeza que vai ser rebocado.
A primeira coisa que fiz foi esfriar o motor, depois comecei a mexer.
Com que conhecimento? Eu fiz um curso muito bom!
Adicionei coisas que faltavam para ele ficar mais potente na hora de correr.
Agora a camuflagem, os vidros todos com fumê, não vão me ver dentro.
Senti meu celular vibrando, tirei a luva para pegar, mensagem do Jake perguntando se eu sei onde o namorado dele está.
Tirei uma foto do Guilherme com Xuxinha no cabelo e fazendo na Kiara, mandei para ele.
Serve esse?
Não demorou para responder.
Jake
Esse mesmo.
Que tal ser pai de menina?
Jake
Quem dera, não serei pai nem de menina, e nem de menino, ele não quer.
Ele pode mudar de ideia, não perca as esperanças.
— Jimin, terminei o vidro de trás. — Melissa falou. — Agora é só colocar luz nas rodas e terminamos.
— Kiara, você quer me matar do coração. — Rosa apareceu preocupada. — Te procurei pela casa inteira três vezes.
Tadinha, andou bastante.
— Venha, hora do seu almoço. — levantou e entrou. — Oi crianças!
— Oi! — ela também entrou.
— Ela é a babá? — confirmei, Gui veio para perto.
— Espera, hora do almoço? — peguei o celular. — Jungkook já deve estar em casa, era para eu voltar antes dele.
— Seu plano falhou. — Melissa falou.
Continuamos o que fazia, até a porta da garagem começar a fechar.
Eu ouvi o ronco de um motor muito conhecido.
— Jungkook está aqui. — falei.
— Por isso fecharam. — sim.
Não demorou e ouvimos a voz dele, estamos em completo silêncio.
— Oi vovô e vovó! — até a respiração tô prendendo.
— O J...
— O jeito que você estacionou foi péssimo. — o vovô interrompeu a Rosa. — O que veio fazer aqui, e sem o Jimin?
Exatamente.
— Ele está em casa, e eu vim buscar uns documentos antigos para as mudanças que ele vai fazer. — ah! Eu pedi isso.
— Que mudanças? — Melissa sussurrou, mas mexeu muito rápido, uma chave caiu no chão. — Merda!
— Que barulho foi esse? — audição boa.
— Estão consertando um negócio no meu carro, agora vamos para o escritório.
— Eu posso ver vovô. — não pode.
— Não, você não pode e não vai ver. — não ouvimos mais a voz dele.
— Desastrada. — Gui acusou a Melissa. — Quase fomos pegos.
— Agora vamos embora, o mais rápido.
Saímos da garagem e fomos para o carro.
O motorista deixou eles e depois me levou, tive que passar em umas lojas para completar minha desculpa.
Porque eu sei que ele vai chegar primeiro.
Graças a Deus eu me enganei, ele ainda não chegou.
Deixei as sacolas no closet e fui tomar banho, tirar o cheiro de graxa. Após três vezes esfregando com sabonete de morango, me livrei do cheiro.
Fiquei relaxando embaixo da água, até ouvir barulho no quarto.
— Neném? — chegou.
— Tomando banho. — falei alto.
— Vai demorar? — pretendia.
— Não, já estou saindo. — droga.
Sequei e sai com um roupão.
— Demorou mais de duas horas. — está com a regata no ombro, o torso nu, esses piercings me desconcentram.
— Eu passei nos meus avós. — eu sei, estava lá. — Meu avô estava estranho, não me deixou olhar o carro que estão consertando, ele sempre me deixa olhar.
— Nossa, difícil né. — entrei no closet.
— E onde você foi? — como sabe que eu fui em algum lugar?
— Comprar roupa. — não é mentira, eu comprei.
— Depois do banho, faz massagem em mim? — está carente.
— Faço. — passei creme e vesti roupa, um conjunto moleton rosa.
Tirei os adesivos das tatuagens, e passei pomada.
Respirem queridas, respirem.
Fiquei sentado na cama, ele saiu com a toalha enrolada na cintura.
Ainda não consigo olhar muito tempo.
— Rosado! — entrou no closet.
Sou tímido!
Não demorou e ele saiu só de bermuda.
— Deita aí. — falei.
Deitou de bruços, peguei um creme relaxante muscular, subi na cama e em cima dele.
— Machucou na academia? — perguntei.
— Sim, um colega me pediu ajuda para pegar um alter de oitenta quilos. — misericórdia.
— O que é um alter? — essa é a minha pergunta, já fui na academia com ele, mas para ficar olhando, e a recepcionista me tratou mal, não quis mais voltar.
— Aqueles pesos que levantei. — ah.
— Entendo. — comecei a fazer massagem.
— Por que não foi mais comigo na academia? — não contei para ele.
— A recepcionista me tratou mal. — contei.
— Falou o que? — várias coisas.
— Sobre meu peso, e que eu não deveria usar cropped porque ficava ridículo no meu corpo. — tô nem aí para ela, eu me acho lindo.
Que orgulho de mim, há um tempo eu teria uma crise ao ouvir isso.
— Isso não te afetou já que continua usando. — exatamente.
— Foda-se o que ela acha, o que importa é a minha opinião. — só a minha. — A sua não.
— Por que a minha não? — perguntou. — Tudo eu acho que fica lindo em você.
— Mas na sua opinião eu deveria usar só para você ver, ninguém mais. — ciumento.
— Sim, mas não opino no que você usa ou deixa de usar, afinal o corpo é seu, o que é meu é o seu coração. — tão romântico.
— E o seu é meu! — todinho meu.
Ouvimos barulho em casa.
— Peter e Caleb chegaram. — comentei. — O que será que fizeram lá?
— Muito sexo. — bati nele. — Ai neném.
— Caleb não vai perder a virgindade com dois, só se for muito maluco. — eu interno ele.
Um de cada vez, dois numa pancada é maluquice.
— Jimin e Jungkook? — mais duas batidas.
— Oi, precisam de algo? — perguntei.
— Nós trouxemos comida. — eu realmente estava com fome.
— Em dez minutos descemos. — terminar de massagear o machucado. — Tenho que terminar de massagear o Jungkook.
— Tudo bem! — Caleb falou.
— Safados! — Peter pensando que é outro tipo de massagem.
Ouvi o estalo de um tapa.
— Ai bebê. — bebê agressivo.
— Quieto, malicioso!
Os dois foram embora.
— Vocês ativos são todos iguais! — voltei a massagem dele.
— Verdade. — ainda concorda.
Fiz massagem nos braços dele também, aí eu terminei.
Saí de cima dele e fui para o banheiro lavar as mãos.
— Será que os dois já tiraram os adesivos? — Jungkook me perguntou.
— Acredito que não.
— Pegue a pomada, nós vamos tirar. — descemos, os dois na sala de jantar.
— Não tiraram os adesivos, né? — negaram.
— Então a hora chegou. — dói muito. — Vai Peter, tira a camiseta.
— Não pagou nem um café antes e já manda tirar a roupa. — falo nada.
Caleb afastou a manga do moletom que ele está usando, eu peguei no início e comecei a esticar para sair.
— Dói. — eu sei.
— Faz parte. — terminei de tirar, peguei a pomada e passei. — Os cuidados seguem o mesmo.
— Okay! — olhamos os outros dois.
— Está arrancando o meu couro, vai devagar com isso. — mole.
Jungkook rindo e puxando.
— Quem mandou escolher uma tatuagem desse tamanho. — continuou até tirar tudo.
— Bebê, vê se meu couro ainda está aqui. — Caleb olhou.
— No mesmo lugar, dramático. — iguais.
— Passe a pomada nele, Caleb. — entreguei a pomada.
— Nunca mais eu faço tatuagem. — eu também falei isso.
Agora tenho uma pasta com as próximas tatuagens para fazer.
Almoçamos tranquilamente, como só havia pratos, talheres e copos para lavar, eu me ofereci para fazer isso, Caleb me acompanhou.
Ficamos na cozinha, coloquei tudo na máquina de lavar louça.
Fomos para a sala de estar, com chocolate, meio amargo.
Não demorou muito para os dois aparecerem.
— Vamos correr! — Jungkook falou.
— Assim? — apontei o torso nu.
— Sim?
— Não, não vai a lugar nenhum sem camisa, pode pegar um resfriado. — ou uma puta ficar olhando e fingir que não viu a aliança de compromisso.
— Mas neném, está sol lá fora. — eu que confio muito nele, levantei e fui ver com os meus próprios olhos.
Realmente está sol.
— Pode ir. — tô de olho em você! — Peter, se alguém der em cima dele, me conte qual será a reação desse banana que não fez o certo ultimamente.
Nunca mata, sempre deixa vivo, o ódio que me dá.
— Sim, senhor! — se aproximou do Caleb. — Tchau, bebê!
— Tchau! — aceitou os selinhos, mas depois segurou o colarinho da camiseta e trouxe para perto. — Se olhar na direção de alguma bunda, eu vou saber e você estará fudido!
Bichinho agressivo!
Ainda bem que eu não sou assim.
Paz é o meu segundo nome, e o primeiro é tranquilo.
— Não vou olhar, bebê! — é bom mesmo, Caleb anda meio possessivo ultimamente.
Mike não sabe na fria que está entrando, Caleb é ciumento até dizer chega, Peter então, nem vou comentar.
E ele que sorri até para a porta, vai sofrer o bichinho.
Os dois saíram.
— Ciumento! — falei.
— Você é pior! — que calúnia! — Eu nunca coloquei um drone atrás do Peter.
— Foi só uma vez, e em minha defesa ele tinha ligado cinco vezes, depois mandou que precisava de ajuda, eu pensei que tinha acontecido algo, só por isso coloquei o drone. — me difamando de graça.
— Já rastreou o celular dele.
— Não foi por ciúmes, eu só queria uma informação que tinha no celular dele, só por isso precisei rastrear. — era uma questão de vida ou morte.
— Somos dois ciumentos, né? — sim.
— Não temos culpa, os dois até provocam isso porque gostam de ver o ciúmes. — terríveis.
— Uma vez Peter falou "Bebê, tem um homem que fica perguntando um monte sobre o que estou sentindo" era o médico dele, que ódio! — a cara dele fazer algo assim.
— Jungkook uma vez mandou, "Uma mulher fica me perguntando as coisas e puxando assunto" era a Polina, quase bati nele. — faltou pouco. — Você ficou sabendo o que ele aprontou ontem?
— Perguntar do que você estava cansado? — isso mesmo. — Jake e Gui contaram.
— Hoje ele encheu o teto de balões vermelhos e o chão de ursos, como pedido de desculpa, mas também para eu ter que catar tudo depois. — sem vergonha. — Os balões eu disse que não alcançava e os ursos estava cansado demais, ele pegou.
— Você aceitou as desculpas? — confirmei. — Peter queria vir mais cedo, mas eu impedi porque pensei que vocês ainda poderiam estar brigados, e sozinhos é melhor para se resolverem do que com plateia, Peter curioso.
Ele é assim mesmo.
— E como foi dormir na casa do Mike? — perguntei.
— Foi bom, apesar dele dar em cima de nós na cara dura, foi muito respeitoso. — imaginei que seria. — Mas fomos dormir bem tarde, ficamos conversando e comendo.
— Aconteceu algo a mais? — como um beijo.
— Que algo? — se fazendo de besta.
— Sonso, você entendeu. — quer se fazer logo para quem, sou o rei disso.
— Não, não teve nada a mais. — sei. — Eu bem que queria.
Bem que eu disse, o Caleb está passando tempo demais com o Peter.
— Mas o Mike disse que só irá nos tocar quando estivermos namorando. — fofo. — Quase fiz Peter ajoelhar e pedir logo, mas me contive como um menino inocente que sou.
Aí eu ri.
Que piada!
— Claro, muito inocente. — esses dias mesmo querendo aprender fazer boquete, agora é inocente, conta outra Pinóquio.
— Não ria!
— Eu nem ri. — pouco.
— Mudando de assunto. — começamos a conversar de outra coisa.
Ficamos esse tempo que os dois estavam correndo, conversando, mais fofoca mesmo.
— Tipo assim, eu não gosto de julgar ninguém. — vem um julgamento agora. — Mas que roupa era aquela? Certeza que um mendigo está sem roupa por aí, só os fiapos.
— E achou que estava arrasando, passando rebolando na frente do Jungkook, quase pedi para a Melissa grudar ela. — eu completo o julgamento.
— Aquela puta cumprimentou o Peter e deixou a bochecha dele suja com aquele batom fedorento. — dá para ver a veia na testa do Caleb saltada de tanta raiva que ele sente ao lembrar. — Com o Jin não deu certo.
— Como assim? — perguntei.
— É mesmo, você foi embora mais cedo, eu também, mas Guilherme me contou tudo. — outro fofoqueiro.
Encontrei com ele, e não me falou nada.
— Ela estava desfilando com aquela roupa horrorosa para todo lado, e quando Jeon mais o Peter foram embora, quem sobrou para ela se mostrar? — perguntou.
— Que menina doida, Jin é mais ciumento que nós dois juntos. — interna a doida.
— Pois é, foi desfilar na frente do Tae, Gui me disse que ele ficou olhando o teto do salão para não arrumar encrenca com o Jin que já estava furioso. — imagino. — Mas aí, você não sabe o que ela fez.
— Conta. — Jungkook e Peter entraram, todos suados.
— Contar o que? — curioso.
— É, o quê? — outro curioso.
— O que aquela sem vergonha que estava desfilando na sua frente fez com o Tae. — respondi.
— A que você queria colocar a Melissa para bater? — ela mesmo. — Ela foi desfilar na frente do Tae? — confirmei. — Que maluca, Jin é mais ciumento que vocês, se ele mesmo bateu nela, eu não duvidaria.
— Eu também não, aquela cobrinha é perigosa. — Peter falou.
— Voltando, ela agarrou o Tae e deu um selinho nele. — abri a boca.
— Jin matou ela, né? — perguntei.
— Certeza que não está viva. — Peter falou.
— O Jin ficou de boca aberta, e depois só gritou um nome, "Melissa". — morreu, certeza que morreu. — E a Melissa já tinha trocado de roupa, porque queria dançar mais livremente, ela pulou na mulher igual fez com a prima do Jimin.
— Morreu. — Jeon falou.
— Guilherme me contou que a Melissa bateu tanto nessa mulher que tiveram que chamar dois seguranças enormes para tirar ela, e a mulher está no hospital em coma.
— Polina não tentou tirar? — Peter perguntou.
— E os meus avós? — Jeon perguntou.
— Seu avô estava dançando com a Kiara e continuou, sua avó ficou perto olhando a mulher apanhar, porque até na frente do seu avô ela fez gracinha. — que mulher louca. — E a Polina, o Guilherme fez Jake segurar ela para não mexer na Melissa.
— Que barraco. — falei.
— Sim, um barraco enorme. — Caleb falou. — Guilherme disse que Jin não ficou satisfeito com isso.
Jeon pegou o celular e começou a digitar.
— É, ele fez Tae ir lá desligar os aparelhos, a mulher morreu. — também, pediu para morrer, vai dar em cima de mafiosos com namorados e noivo ciumento?
Cansou de respirar.
— Foi tarde, estava vendo a hora que um certo alguém ciumento ia ficar bravo comigo por ela ser oferecida. — Peter jogou no ar, Caleb se fez de sonso.
— Sorte a sua, Jimin ficou bravo comigo. — fico mesmo.
— Tu quer comparar a cobra chefe com o aprendiz? — ei, quem disse que eu sou cobra chefe? — Injusto.
Os dois subiram para tomar banho.
— Eu não sou cobra chefe. — calúnia!
— Claro. — não gostei desse sarcasmo.
— Vou subir, vai ficar? — negou, subimos juntos. — Boa sorte!
— Para quê? — depois você vai entender.
Entrei no quarto, ouvi o barulho do chuveiro.
Tirei a pantufa, sentindo o chão gelado.
Fui até o closet, arrumar uns negócios que faltavam. Organizei os cremes, e perfumes.
Achei um creme do mesmo que já tenho nas coisas do Jungkook, peguei para colocar no mesmo pote que o meu. Comecei a sacudir o pote para sair o conteúdo, quando saiu, metade foi no meu pé.
— Não era creme, não era creme. — falei olhando. — Jungkook idiota!
Colocou lubrificante no pote de hidratante, bocó!
Fui em um pé só até o banheiro, abri e entrei.
— Que horas você vai sair? — perguntei, quero lavar meu pé.
— Vou demorar, estou lavando meu cabelo, por que neném? — perguntou de volta.
— Porque eu derrubei lubrificante no meu pé e quero lavar. — ele riu. — Ria mesmo.
— Como fez isso, neném? — longa história. — Entra aqui e lava seu pé.
— Eu, entrar aí com você pelado? — acho que posso esperar.
— Neném, nós fizemos sexo quase todo dia essa semana, qual o problema em você entrar aqui? — uma coisa não tem nada a ver com a outra.
— Situações diferentes. — completamente. — Eu vou para outro banheiro da casa.
— Vai arriscar que o Peter te veja com lubrificante no pé? — droga. — Ele vai pensar qualquer coisa, menos o que realmente aconteceu.
— Tá! Mas se você tentar algo, vai ver só. — abri a porta do box.
— De roupa neném, vai se molhar inteiro. — ainda tenho que tirar a roupa?
Tirei só o moletom e a camiseta, a calça ficou.
Entrei devagar com os olhos quase fechados.
— Chega um pouquinho para lá, Kook. — tô olhando o chão.
— À vontade, neném. — coloquei meu pé embaixo da água, o lubrificante indo embora. — Que desperdício!
Me curvei e passei a bucha.
— Tentação, não faz isso. — não pode abaixar mais que já sou tentação.
— Você está pelado e eu que sou tentação? — levantei.
— Sim, você! — deixei mais água cair, tirei meu pé.
— Tchau! — ia sair e ele segurou minha cintura, juntou nossos corpos. — Você está me molhando Kook.
— Eu sei. — agora estamos embaixo do chuveiro.
— Kook, eu já tinha tomado banho, sabia que não deveria ter entrado aqui, você é astuto! — ele riu, beijou meu pescoço.
— Sabe um lugar que ainda não fizemos sexo? — ah não, nem pensar.
— Jungkook, me solta, eu não vou fazer isso com nossos amigos aqui, Peter vai me encher pelo resto da vida. — consigo ouvir as piadinhas.
— É só você ficar bem quieto. — eu quieto?
— Você sabe que isso é difícil para mim. — muito.
— Neném...
— Jimin? — ouvi a voz do Caleb, deixei a porta do banheiro aberta.
— Quieto. — desliguei o chuveiro, abri a porta do box. — Oi?
— Eu e Peter vamos sair, o enjoado diz que não tem roupa para ir à corrida mesmo trazendo duas malas só de roupas. — Jungkook nunca sorriu tanto.
— Tudo bem, pode ir com o carro do Jungkook. — parou de sorrir na hora.
— Mas... — tampei a boca dele.
— Voltamos em uma hora, em nome de Jesus. — sonhador. — Tchau!
— Tchau! — fechei a porta do box. — Onde estávamos?
— Quando você liberou meu carro para o Peter usar, não quero mais também. — agora você vai querer sim.
— Tá! — tirei a calça e a cueca, joguei para fora do box.
Liguei o chuveiro, entrei embaixo terminando de me molhar.
Agora vamos de memória sexual.
— I be so deep in her neck. — murmurei, mas para ele ouvir.
A música que dancei para ele, e depois ele me fez dançar de novo, mas no colo dele.
— Fuck around, fuck around and get her ass eat. [Fodendo, fodendo e comendo aquela bunda] — vamos ver se vai aguentar.
Me atiça e desiste, nem pensar.
— Isso é crueldade neném. — senti suas mãos na minha cintura. — Então vamos fazer aqui.
— Sim, mas precisa pegar camisinha. — sou jovem demais para ser pai.
— Tem aqui. — uma caixa pequena onde fica sabonete e bucha, ele pegou a camisinha e lubrificante.
— Você anda colocando camisinhas espalhadas pela casa? — perguntei.
— Nunca se sabe neném. — safado. — Se eu não tivesse camisinha no bolso no dia que transamos na cozinha do chalé, eu teria que subir para buscar, mas eu estava preparado.
Muito safado!
Me virou e pegou no colo.
— Não Kook, você machucou as costas. — não pode ficar pegando peso.
— Eu já estou bem! E você é leve, neném. — claro.
Iludido!
— Esse não é o único lugar, Kook. — ainda faltam lugares. — Tem a lavanderia.
— Depois fazemos lá. — nem ferrando. — Você está todo estressadinho desde ontem, precisa mais disso do que eu.
— Eu não tô estressado, você que fica me provocando.
— Claro. — odeio esse sarcasmo.
— Me beija logo. — não tô com paciência.
— Apressadinho. — sou também.
Me beijou, transar no banheiro, onde eu vim parar.
Faz uma semana que minha virgindade foi para o brejo e eu já estou assim.
Tudo culpa do Jungkook, me corrompeu completamente, não me resta um fio de cabelo inocente.
Esse meu noivo é movido a sexo.
[...]
— Jungkook, se eu repetir mais uma vez, você morre! — falei. — Me dê os meus morangos!
— Era para você estar mais calminho, gozou três vezes. — peguei a pantufa e joguei na cabeça dele. — Ai neném!
— Os seguranças não precisam saber, boca aberta. — peguei meus morangos da mão dele, calcei minha pantufa.
— Nem falei alto. — eu discordo.
— Quem gozou três vezes? — Peter entrou perguntando.
— Ninguém. — falei e subi com meus morangos.
— Viu bebê, o sexo estava correndo solto aqui. — mentira.
Foi só no banheiro, e no quarto.
Apenas!
Entrei no meu quarto, fui para a cama, liguei a televisão e comecei a comer meus morangos.
Jungkook entrou, veio e sentou do meu lado, encostei nele. Passou o braço por cima do meu ombro, indo pegar meu morango, bati na mão dele.
— Não, é meu, Kook! — ele apenas ri.
— Você é muito fofo, neném. — beijou minha cabeça. — Não quero seu morango, pode comer tranquilo.
— Bom mesmo, ou eu te mordia. — facilmente.
— Nada de marcas de mordidas, já basta minhas costas parecendo que fui atacado por um gato furioso. — e foi mesmo.
— Antes dizia como ia amar que eu te arranhasse, agora reclama, não vou arranhar mais também. — falei bicudo.
— Eu não tô reclamando neném, você pode me arranhar o quanto quiser. — sei. — Mas que parece que um gato furioso me atacou, parece.
— Sou um gatinho furioso? — perguntei.
— Sim, um gatinho lindo e furioso. — eu gosto desses momentos que estou tendo com ele enquanto "moramos juntos", mas é só aqui na Rússia, em duas semanas temos que voltar para a Coréia, eu morando na minha casa e ele sozinho. — Por que ficou triste, neném?
— Não tô triste. — voltei a comer os morangos. — Que horas é a corrida?
— Oito horas. — olhei o relógio na mesa de cabeceira, 18:37.
— Logo vou ir me arrumar para assistir você. — só isso.
— Tenho certeza que vai gostar. — é, eu vou amar. — Você não me contou como seu pai te aprovou para ser habilitado.
— Eu levei ele no centro, comprou uns picolés para o Vittorio que estava com dor no dente. — começar pelo básico. — Na volta, disse para eu pegar a autopista.
— Ele confiou em você ir para a autopista? — confirmei.
— Aí eu comecei a acelerar para ficar dentro do limite né, e ele já estava surtando, até que um caminhão começou a me fechar e outro do lado faria o mesmo, iria demorar muito para chegar em casa. — lerdos. — Então eu calculei, e passei embaixo do caminhão com o carro, acelerando mais em seguida, meu pai gritou igual criancinha.
— Você não fez isso, neném. — eu fiz. — Seu pai pensou que eu te ensinei isso?
— Sim, mas eu neguei, você não ensinaria isso ao seu neném. — me protege demais para fazer tal coisa.
— Neném terrível. — talvez eu seja. — A prova foi tranquila?
— Sim, eu estudei bastante, então foi bem fácil, assim como a prática. — moleza. — Você é habilitado desde quando?
— Dezesseis. — quatro anos, quase cinco dirigindo. — Eu tirei minha habilitação aqui na Rússia.
— Com dezesseis o que eu estava fazendo? — pensei. — Tantas coisas.
— Que coisas? — perguntou.
— Várias, como correndo. — de gente que queria me bater. — Mas fiquei bem desidratado.
De tanto chorar.
— Eu entendi viu neném? — que noivo inteligente eu tenho.
— Parabéns!
Meu celular vibrou, peguei ele, Melissa mandou o código.
Eu tô na corrida!
Ela que iria descobrir quem organiza e me colocar, além de ter um carro obviamente, precisa colocar cinquenta mil.
— Que tantos números e símbolos são esses? — Jeon perguntou.
— Um negócio nosso, depois te conto. — depois de ganhar. — Vou ir me arrumar. — dei dois selinhos nele.
— Não, quero beijo. — exigente.
— Ultimamente nossos beijos terminam de forma difícil para mim, só selinho seu safado. — é curvado, ajoelhado, prensado na parede, de quatro, fica complicado.
— Eu não acho. — claro que não.
— Você tá no cio, né Kook? — ele riu.
Levantei e entrei no closet, fiquei olhando as opções que tenho.
Vesti uma calça cargo branca, cropped preto de manga comprida e gola alta. Calcei uma bota branca off white, da Valentino.
Me perfumei e fui arrumar meu cabelo, chapinha, reparador de pontas. Ficou bem alinhado e tigelinha.
Coloquei meus acessórios, pulseira e colares.
— Kook? — saí do closet, ele ainda sentado, me olhou. — Como estou?
— Lindo como sempre! — eu sei.
— Obrigado! — fui até o banheiro, passei fio dental e escovei em seguida, boca limpinha.
Voltei ao closet e ele estava se vestindo.
Peguei uma pequena bolsa, coloquei uma saia dentro, meia calça, um moletom e um óculos escuros.
— O que tem na bolsa? — perguntou terminando de vestir a regata, justa demais, sou contra!
— Roupa. — meu disfarce.
— Para a Melissa? — confirmei.
— E você compra outra meia, porque quem rasgou a meia dela foi você. — difícil.
— Não sei onde vende. — claro.
— Sei que você vai achar Kook. — beijei a bochecha dele e saí do closet.
Peguei meu celular, também foi para dentro da bolsa branca.
Ainda falta quase uma hora, mas Jungkook quer chegar antes para testar a pista.
Aí eu já vejo como ela está.
E é uma pista mesmo de corrida.
Ele saiu vestindo a jaqueta de couro, Jungkook é igual um bad boy, a diferença é que esse não me enche de traumas, me ajuda a vencer eles.
— Vamos neném? — confirmei.
Saímos do quarto e descemos. Caleb encostado no sofá chupando pirulito e olhando o celular.
— Cadê o Peter? — perguntei, apontou o cabelo.
— Estava secando quando eu saí do quarto, já passou vinte minutos, então deve estar amassando agora para quebrar o duro do creme. — Caleb agora é especialista em cachos, tendo o cabelo liso escorrido.
Passou cinco minutos e ele apareceu, os cachos perfeitos.
— Bebê, vê como está atrás, os cachos estão na mesma direção? — perfeccionista.
— Sim, perfeitos! — já se acostumou.
— Então vamos! — fomos até a garagem, Jungkook abriu a porta. — Carro ou moto Peter?
— Carro, passei uma hora para deixar meu cabelo assim. — cuidadoso, Caleb só revira os olhos.
— Pega. — jogou a chave de um carro para ele. — Cuida desse carro como se fosse o seu cabelo.
— Sim, senhor! — abriu a porta para o loiro.
— Se ele cuidar dos nossos filhos igual faz com o cabelo, eu não vou precisar mover um músculo. — Caleb falou antes de entrar.
— Vamos ter filhos, eu vou ser pai! — ativos são todos iguais, incrível.
Jungkook abriu a porta para mim, entrei.
Saímos primeiro e Peter veio acompanhando.
— A máfia toda vai assistir? — perguntei.
— Não, o conselho não assiste, meus avós também não vão. — hoje seu avô vai, levar meu carro. — Os mais velhos dentro da máfia também não, de restante todos vão.
Legal!
Foram quinze minutos de caminho até a pista, é bem grande como eu imaginava.
É rápido para estar dentro, maior do que parece.
Nós saímos do carro, Peter estacionou o outro.
— E aí, chefe? Chegou cedo como sempre. — um cara alto veio cumprimentar o Jungkook, toque estranho. — Quando Jake me contou que tinham te colocado na coleira não acreditei, mas vejo que aquele boca de sacola não mentiu.
Realmente, Jake é um boca de sacola.
— Oi, Jimin! Meu nome é Jhon Gusev. — esse nome.
Acenei para ele.
"Como um ganso?" Perguntei ao Jungkook que riu.
— O que ele disse? — perguntou.
— Que seu nome é como um ganso. — respondeu.
— É pelo nariz grande. — apontou. — Não sei do que está rindo, poderia ser um Gusev tranquilamente.
Jungkook parou de rir na hora, vai besta, rir do nariz dos outros sendo que também tem o nariz grande.
Peter se aproximou com Caleb.
— Você é quem jogou o montanha no chão? — perguntou ao Peter em inglês, é, meu amigo não é fluente em russo.
— Sim, sou eu. — exibido.
— Jake contou. — viu? Boca de sacola. — E você é quem deu a rasteira no Mike?
Caleb confirmou, com vergonha.
— E os dois são por quem Mike está de quatro? — eles mesmos.
— Sim. — Jungkook confirmou.
— Amor, você estava demorando. — uma moça apareceu, cabelo preto, bem branca e de olhos azuis, mas não tem corpo de modelo Victoria Secrets, é gordinha e baixinha. — Oi Jungkook!
Pensei que não veria uma russa assim.
— Oi, Yulyia! — parece com Julia.
— Você deve ser o Jimin? — confirmei. — Prazer te conhecer, estão falando bastante de você.
Apertei a mão dela.
— É, diferente dele. — apontou seu namorado.
"Posso conversar com você!" Falou em linguagem de sinais, inglês.
"Olá, muito prazer te conhecer!", já gostei dela.
— É mais bonito pessoalmente. — obrigado!
"Você também é linda!" Bastante mesmo.
— O que tão falando, Jungkook? — o amigo curioso do meu noivo.
— Sei não, é em inglês, só sei coreano. — Jungkook odeia quando faço isso, ele não entende, aí fica com raiva.
E eu tenho culpa dele não saber?
— Peter, né? — apertou a mão do meu amigo. — E o famoso Caleb.
— Famoso? — perguntou.
— É, Mike não tira seu nome da boca, nem vou comentar sobre o Peter. — não comente mesmo, um homem desse tamanho fica morrendo de vergonha. — Jimin e Caleb venham comigo.
— Não ganho nem um beijo de despedida? — Jhon perguntou. — Ainda diz que ama.
— Para de ser dramático Jhon.
Interessante, até os casais héteros têm o dramático.
— Parece que nasceu no dia dos coitados, puta que pariu. — ela falou para nós dois.
Conforme fomos conversando ela me lembra o jeito da Melissa, doida igual.
A diferença é que ela é russa, e a Melissa é brasileira.
— Você entrou para a máfia com quantos anos? — Caleb perguntou.
— Eu pareço mafiosa? — confirmamos. — Mas não sou, minha mãe vem puxar meu pé se eu entrar para a máfia, casar com um mafioso já ultrapassou tudo que ela ensinou, "Não se envolva com criminosos, eles podem um dia te matar", eu me casei com um.
— É, a minha não aceitou muito bem nos primeiros minutos, depois mudou de ideia. — Caleb falou.
— Mas foi a melhor escolha que fiz na vida, ele me ama incondicionalmente, nenhum mocinho comportado me amaria desse jeito. — eu te entendi viu?
Como eu entendi, vontade de chorar do nada.
— Querem Cupcake? — entramos em uma sala que a frente é toda de vidro e lá embaixo vemos a pista toda.
— Sim. — Caleb já foi direto no de chocolate. — Um só não tem problema né Jimin?
Neguei.
— Tatuagens né? — confirmamos, eu peguei um que tem morango em cima. — Eu tenho algumas, essa é a mais recente. — puxou a manga da blusa que ela está usando, ela simplesmente tem um minion tatuado.
"Eu amo eles!" Falei.
— Também amo. — Caleb falou.
— É um desenho que minha mãe amava, aí eu tatuei em homenagem a ela. — perder a mãe, criança já é difícil, mas adulto deve ser pior. — Qual a de vocês?
Coloquei o Cupcake na mesa que tem mais comidas. Puxei as duas mangas, mostrando as tatuagens.
— Quando Jhon me contou que Jungkook estava namorando um coreano, não acreditei, fui atrás e foi fácil já que ele segue só você. — sim, me ama demais. — Aí eu fui olhando as fotos até chegar onde você não tinha nenhuma tatuagem, Jeon te corrompeu!
"Meu pai concorda com você!" Deve resmungar isso toda noite antes de dormir.
— Pais são assim mesmo. — concordo. — Agora você loirinho.
Ajudei Caleb com a manga do moletom que ele está usando, a tatuagem vermelha de escorpião.
— É a única. — falou.
— E de primeira você já foi tatuar em vermelho? — confirmou. — Corajoso!
Também acho.
Quando terminei meu Cupcake, Jungkook veio me chamar para ir com ele ver a pista.
Descemos e fomos até onde ele deixou o carro, entramos.
— Cinto neném. — coloquei, ele ligou o carro e acelerou.
— Dá para ir mais rápido? — ele não vai correr a 80 km por hora.
— Com você no carro, nem pensar. — me protege como se eu fosse de vidro.
— Vai Kook, acelera. — quem sabe sendo manhoso ele acelera.
— Pode fazer bico e ser manhoso o quanto quiser, neném, não vou passar de 100. — chato.
E ele não passou de 100 mesmo, deu duas voltas.
Depois eu saí do carro, eu saí de perto, ele foi acelerando.
Sem vergonha!
Observei de longe como o carro estava nas curvas, tem umas bem estreitas.
Ele é muito bom, se eu perder para o Jungkook minha vida será um inferno.
Deus? Não deixa esse convencido ganhar, e se ele ganhar, pode me levar no minuto seguinte.
Pois eu fiquei no meio da pista, vamos ver como está essa pista na hora de frear.
Ele veio fazendo sinal para eu sair, cruzei os braços.
Freou quase em cima de mim, saiu do carro.
— Neném, o que está fazendo? — perguntou.
— Quero dirigir também, já que não vai me deixar correr. — isso Jimin, logo seu nariz vai estar maior que o dele.
— Só uma volta. — não preciso mais que isso.
Entramos no carro, ajustei o banco ou eu não alcançava o freio, acelerador e embreagem.
— Toco. — bati na coxa dele. — Toquinho.
— Melhor. — coloquei o cinto.
— Não mexe nesses botões. — apontou.
— Colocou nitro? — perguntei.
— Sim. — Deus, faça que não funcione.
Porque eu tô correndo limpo, nada de nitro.
Só melhorei o motor, e deixei mais leve para conseguir ir mais rápido.
— Não quero mexer no seu nitro, trapaceiro. — liguei o carro.
— Isso não é trapaça. — eu discordo.
Tá achando que é Velozes e Furiosos?
— É sim, se alguém da corrida não tiver nitro. — eu nesse caso.
— Só se for muito burro em vir para essa corrida sem nitro. — apertei o volante para não dar um soco nele.
Muito burro né? Você me paga!
— Agora quieto. — idiota.
Acelerei, e fui sentindo a pista a cada curva.
Perto do final acelerei mais.
— Neném, vai devagar! — vou não.
Cheguei a quase 300 km/h.
Ao terminar uma curva usei o freio, saí do carro, com minha bolsa.
As pessoas começaram a chegar, um carro preto parou ao lado do Jungkook, Tae saiu e foi abrir a porta, Jin em sua pose de ser melhor que todos.
— Oi noivinhos! — se esse panaca ganhar vai ser viúvo.
Saí da pista com Jin, e fomos para a arquibancada.
Logo Guilherme chegou com Jake.
— Vai apostar no Jungkook, Jimin? — neguei. — Jin, sua aposta?
— No Tae. — coragem.
— Você meu anjo? — perguntou ao Guilherme.
— Olhar os corredores primeiro. — isso aí. — Depois te falo, amor.
— Vou ver as outras apostas. — saiu.
Polina chegou com a Melissa, e minha amiga já me afastou dos outros.
— O vovô já está aí. — sussurrou para mim.
— Tenho que trocar de roupa primeiro. — falei. — Trouxe o dinheiro? — abriu a bolsa e me mostrou. — Cinquenta para mim, e o outro você aposta em mim.
— Sim, senhor. — olhei a pista.
Tem mais dois corredores, não conheço.
O Jungkook conversando com Tae e os outros, nem prestando atenção.
— Vamos. — Melissa chamou Guilherme e nós saímos.
Fomos até o banheiro, mais afastado.
Entramos na última cabine, é sempre a maior, tem até um negócio para trocar fralda de crianças.
Tirei minha bota, e abri a calça.
— Vai deixar a gente ver? — Melissa perguntou eufórica.
— É mesmo, tinha esquecido de vocês. — falei. — Mas não ligo.
— Deus, como tu és bom. — doidinha.
— Melissa é a bissexual raiz, namora uma mulher e fica feliz em ver gays quase pelados. — sim.
Tirei a calça.
— Que marca de mão é essa? — apontaram.
— Jungkook. — peguei a meia
— Porra, nunca mais provoco ele. — Melissa falou. — Entre suas pernas está cheios de marcas, andou transando né Jimin?
Fiquei rosa.
— Nunca. — vesti com cuidado. — O Jungkook vai te dar outra meia.
— Sem pressa. — claro, agora que ela sabe como rasgou.
— Que meia? — Gui perguntou.
Vesti a saia branca, fechei o zíper.
— Os dois no cio foram transar após o assalto, e minha meia foi a vítima porque estava no caminho do paraíso para o Jungkook. — é, tipo isso.
— Ah! Agora fez sentido.
Calcei a bota novamente.
— Eu trouxe isso para você. — me entregou boné branco e máscara cirúrgica.
— Melhor que os óculos. — coloquei os dois.
Saímos do banheiro e fomos para o estacionamento.
O vovô perto do carro, nos aproximamos dele.
— Cadê o Jimin? — abaixei a máscara. — Ah! O carro está entregue! — me deu a chave.
"Obrigado!" Agradeci.
— Vou ir assistir. — e ele se foi.
— O dinheiro Melissa? — me deu as notas. — Chegou a hora.
— Boa sorte! — eu vou precisar, e bastante.
Entrei no carro, esperei eles entrarem e fui.
Levantei a máscara, claro que meu carro chamou atenção de quem estava fora, inclusive meu noivo que me chamou de burro.
Parei bem no canto, o carro dele está no meio.
Tem o meu carro, outro, o dele, mais dois.
Ele está olhando muito o carro.
Se desconfiar que sou eu, tô ferrado!
— Vamos correr, corredores nos carros. — obrigado Jhon!
Jungkook foi para o carro dele encarando o meu.
Jhon começou a pegar o dinheiro, chegou na minha vez.
Bateu no vidro, abri e entreguei com a mão direita o dinheiro.
— Obrigado! — se afastou.
Chegou minha hora.
[...] Autora on.
— Quem é o corredor do canto? — Jake perguntou ao Jhon.
Caleb e Yulyia já estavam ali na arquibancada, ver mais de perto.
— Eu acho que era uma mulher, está com uma saia branca e meia calça. — Jhon falou contando o dinheiro.
— Poderia ser um homem de saia, não seja assim querido. — a esposa o corrigiu.
— Saia branca? — Caleb perguntou.
— Sim. — Jhon confirmou.
Foi para perto de Peter que iria apostar 150 mil em Jeon.
— Me dá isso. — pegou da mão do namorado. — Vamos apostar no corredor misterioso.
— Mas nem sabemos quem é. — Peter falou.
— Corredor misterioso já tem três apostando nele, quer dizer quatro, o avô do Jungkook também apostou meio milhão nele, se ganhar vai tomar banho com notas altas. — Jake anotou. — Coloque as notas aqui.
Abriu uma caixa grande, que está quase cheia de dinheiro.
— Nada de cheques, só notas, pilantra. — falou com outro.
Caleb colocou as notas ali.
— Mike chegou! — e Peter perdeu o namorado de vista.
— Pensa pelo lado bom, você terá dois namorados. — Jake consolou quem olhava o namorado conversando com Mike.
— Não sei se notou, mas é mais um para mandar em mim. — falou a parte "ruim". — Vou lá.
Melissa fala com Guilherme sobre o corredor misterioso, Jin ouvindo.
Foi até Jake.
— Cinquenta no misterioso, não abra o bico para o Tae. — Jake abriu a caixa, colocou o dinheiro.
— Ele não saberá. — tem medo do Jin, sem ele ser mafioso.
Começaram a aquecer os motores.
— O nitro será útil. — Peter falou.
— Nitro? — Melissa perguntou espantada. — Eles estão usando nitro?
— Óbvio!? — para ele isso é nítido.
— Agora nos resta confiar no Jimin, e muito, porque ele está limpo. — Gui sussurrou.
— Ele vai ganhar, nem que esses nitro falhem. — Melissa tem certeza.
Jimin com o carro ligado, mas sem acelerar.
Fazendo uma meditação, se concentrar completamente, e ficar tranquilo.
Não pode se afobar ou pior, ter uma crise.
Se acalmou devagar, coração tranquilo, esperando sua dose de adrenalina.
Jhon se afastou e foi para a frente dos carros.
— Corredores, peço que não explodam minha pista como da última vez. — avisou. — Tudo é permitido, menos se matarem.
— Jungkook não é nem louco. — Jimin resmungou.
— Três voltas completas, ao ouvir o barulho do disparo, podem correr. — se afastou e foi para a arquibancada, nem se pagasse ficava perto desses carros.
Pegou a arma, apontou para o céu e atirou.
Os carros aceleram saindo do lugar rapidamente.
Viram que o carro misterioso estava bem devagar, não chegava a quarenta por hora.
— O que ele está fazendo? — Melissa perguntou ao Guilherme.
— Não faço ideia, mas talvez eu perca dinheiro hoje. — começou a duvidar.
— Tá amarrado.
Jungkook viu pelo retrovisor o carro misterioso muito atrás, riu sozinho.
— Isso vai ser fácil! — falou.
Jimin fez uma volta inteira bem devagar, olhando todos os outros corredores.
Quando findou a primeira, acelerou mais, mas não ultrapassando de 150 Km/h.
Conseguiu passar dois carros nessa velocidade, com Tae e Jungkook na sua frente.
E a segunda volta se findou.
Acelerou tudo cantando pneu na primeira curva.
Jungkook vendo o outro carro se aproximando.
— Não vai passar!
Fechou Jimin nas três próximas curvas.
— EU VOU TE MATAR JUNGKOOK! — Jimin gritou dentro do carro.
Até esqueceu que é esposo/noivo do outro competidor.
Recebeu mais uma fechada, mas de Tae.
Respirou fundo, e se concentrou no carro preto, Taehyung.
Acelerou, e na primeira curva passou fechando o outro que quase arranhou seu carro.
— Jin vai fazer greve agora. — reclamou.
— Come poeira, otário. — abriu o vidro e mostrou o dedo.
— Ainda fui afrontado, uma semana de greve, certeza. — já se contentou com seu destino.
Jimin pisou fundo.
— Agora é a sua vez Kook! — tem sangue nos olhos. — Vai ver o burro.
— Ninguém nunca me ganhou, e não será agora que isso vai acontecer. — Jungkook falou.
Também pisou fundo.
— Pode acelerar Kook, mas o nitro você já usou todo nas duas primeiras voltas.
O azulado na próxima e última curva calculou, e soube como seu noivo é previsível.
Fez que iria para o canto mais aberto, Jungkook o fechando, passou pelo apertou fazendo seu pneu cantar de tanto que virou.
Girou o volante assim que saiu da curva acelerando mais, 310 Km/h.
Pisou mais, estando na frente do outro.
Uma reta de 1 km, todos olhando.
— Jungkook vai passar ele agora. — Jhon falou.
— Com certeza, ele nunca perde. — Jake concordou.
— A vitória é dele. — Peter também concordando.
— Deixa sonharem. — Melissa sussurrou para o Guilherme.
— Estão alucinando, isso sim, Jimin massacrou os outros. — falou.
Jungkook passou Jimin mais uma vez, mas foi surpreendido ao ver o carro passar como um vulto do seu lado.
O mais novo chegou a linha de chegada com 392 Km/h.
Virou freando, ficando de frente para os dois carros que chegaram depois dele.
Jeon possesso de raiva, quem o venceu?
Saiu do carro.
Melissa e Guilherme comemorando, assim como Caleb.
— Apostei certo, puta que pariu! — Jin ficou aliviado.
Jungkook tirou a arma das costas, assim como Tae que vinha junto.
Os dois apontando para o carro.
— Saia logo da porra do carro. — falou irado.
Certos costumes não se perdem nem com o passar dos séculos, como perder feio para o esposo e se irar com isso.
Mas, Jimin como em certa vida, tem Jungkook na palma de sua mão.
— Mostra sua cara, arrombado. — o azulado sorrindo grande por trás da máscara. — Ou eu meto bala no carro.
— Isso eu duvido. — o avô falou de onde assistia. — Hoje ele apanha, certeza, perdeu o amor aos dentes.
— Jungkook vai se foder tanto. — Melissa quase roendo as unhas.
— Foder? O Jimin vai matar ele. — Guilherme realmente está roendo.
— Anda, saia dessa merda, ou atiro na sua testa. — falou.
Jimin tirou as mãos do volante, abriu a porta, seus pés saíram.
— Fudeu! — Jin reconheceu na hora que viu as botas.
Saiu do carro fechando a porta.
Virou o boné para trás e tirou a máscara.
Colocou as mãos no bolso da saia.
— Fudeu! O chefe morre hoje. — Jake disse algo que para os outros é óbvio.
Tae abaixou a arma, assim como Jungkook.
— Neném? Eu disse para você não correr! — falou. — O que faz aqui neném?
"Esperando você atirar em mim".
— Essa doeu. — Melissa resmungou.
— Neném, eu não sabia que era você! Jamais atiraria em você. — se aproximou do menor. — Se eu soubesse nunca faria e diria isso, você é meu protegido!
Abraçou o pequeno, que nem se moveu.
— Você vai dormir no sofá hoje, e estou de greve por duas semanas seu idiota! — deixou isso claro. — Idiota, eu te venci.
Se afastou para mostrar o dedo do meio para o namorado.
Jhon foi até os dois.
— Sua mão, Jimin? — entregou, Jhon levantou. — Jimin é o vencedor!
O povo gritando, mais os amigos do vencedor.
— E nosso chefe perdeu pela primeira vez. — Melissa e Guilherme gritaram mais.
— Bem feito! — pararam quando Jeon olhou para os dois.
— Parabéns Jimin! — Jhon parabenizou o azulado.
Se curvou rapidamente.
Jimin olhando com raiva seu noivo.
Fez sinal que cortaria o pescoço dele.
— De hoje eu não passo. — falou com Tae.
— Viveu bastante também, né? Quer que use preto no seu velório, ou outra cor? — provocou seu chefe.
— Sai daqui Tae. — saiu rindo do outro.
Jimin foi abraçado por seus amigos que o ajudaram.
— Obrigado por me ajudarem. — agradeceu.
— Amigos são para essas coisas. — Melissa falou.
— Sim, agora convença seu esposo a não nos matar. — Gui fez ele rir.
— Ele não é nem doido em pensar nisso. — falou.
Caleb também falou com o amigo, assim como Peter e Mike, que não esperavam ser ele dentro do carro.
Abramovich veio parabenizar seu novo neto.
— Sabia que ganharia! — falou mais com seu neto, e depois foi puxar a orelha do outro.
— Bem feito! — Jimin viu de longe.
Recebeu o dinheiro da corrida, mais o que ganhou na aposta.
Bolsa cheia.
Devolveu o boné e a máscara ao Guilherme, antes de ir embora.
Acelerou bastante para chegar rápido, estava com fome.
Assim que chegou em casa, guardou o carro e foi direto para a cozinha.
Deixou a bolsa na bancada, foi procurar comida.
Abriu a geladeira, e decidiu preparar um sanduíche para si.
Fez dois, deixou o outro dentro do microondas com um bilhete.
Subiu para o quarto após comer e lavar seu prato.
Caleb e Peter vão jantar com Mike, então não se preocupou com os dois.
Tomou banho, vestiu um pijama e foi para a cama após cuidar de sua pele recém tatuada.
Jeon entrou no quarto, viu Jimin mexendo em suas mãozinhas. Foi até o banheiro, pegou a maleta de cuidados médicos rápidos e voltou ao quarto.
Sentou na frente do menor, pegou uma de suas mãos.
— Você me perdoa, neném? — pediu. — Por falar aquelas coisas.
— Tudo bem Kook, você não sabia que era eu. — falou.
— Mas eu deveria ter imaginado que você não me escutaria e correria de qualquer jeito. — concorda com isso. — Meu teimosinho!
— Não sou teimoso! — tem a sensação de já ter ouvido isso.
— Mas se está tudo bem, eu posso dormir aqui? — perguntou.
— Não!
Continuou cuidando das mãos do menor, o volante castigou suas pequenas mãos.
— Pronto neném! — beijou as duas mãos com curativos.
— Obrigado Kook! — agradeceu dando um selinho no outro.
— Como ganhou? Você não tinha nitro e nem experiência. — Jimin já estava esperando essa pergunta.
— Simples, fui devagar na primeira volta para não me verem como um risco, usaram todo o nitro nas duas primeiras voltas. — explicou uma parte. — Na última eu só usei minha inteligência mesmo.
— Parabéns neném! Você foi incrível! — parabenizou seu noivo.
— Eu sei! — convencido. — Suas mãos não estão machucadas? — mostrou as mãos intactas.
— Anos correndo neném, já acostumei. — outro convencido.
— Exibido! — pegou seu celular na mesa de cabeceira. — Comeu o sanduíche?
— Sim, estava gostoso! — levantou. — Vou tomar banho.
— Vai lá, seu burrinho não vai sair do lugar.
— Neném, eu já pedi perdão. — o menor se fez de sonso.
— Não disse nada demais. — em sua visão.
— Claro que não. — entrou no banheiro.
Jimin respondeu os grupos, mensagens privadas, seus pais e seu irmão.
Quando desligaria o celular chegou mensagem de Jin.
JinJin
Jimin, amanhã pode vir me encontrar?
Sim, só nós dois?
JinJin
O restante do bando vai estar ocupado.
Que horas?
JinJin
Cedo, umas dez horas, Tae vai estar no covil da máfia.
Tudo bem, até amanhã!
JinJin
Até!
Jimin dormiu antes que Jungkook saísse do banheiro, e Jeon aproveitou para deitar ali com ele.
— Vai para o sofá Kook. — falou meio dormindo.
Não teve jeito.
Assim que Peter e Caleb chegaram, viram Jungkook dormindo no sofá.
— Eu disse que ele dormiria no sofá. — Peter se gabou. — Pague bebê.
— Vai tirar dinheiro do seu bebê? — fez até beiço.
— Namoro é namoro, negócios à parte, pague. — tirou dinheiro do bolso e deu ao namorado.
Subiram.
No meio da madrugada, Jimin sentiu falta de Jungkook desceu com os olhos um pouco fechados, viu onde ele dormia.
Puxou o edredom, deitou ao lado do noivo, se cobriu de novo abraçando o corpo quente.
— Neném? — perguntou, olhou e já dormiu em seu peito. — Não consegue ficar longe.
Sabia que seria desconfortável, levantou devagar, pegou Jimin no colo e subiu.
Deitou na cama com o azulado, aí dormiu tranquilo.
Jimin acordou mais de nove horas, não entendeu como estava na cama.
Fez sua rotina da manhã, trocou de roupa, calçou tênis e desceu.
Jungkook sozinho.
— Bom dia, Kook! — abraçou o noivo.
— Bom dia, neném!
Tomaram café da manhã juntos, Jungkook levou Jimin para o apartamento do Tae e seguiu para a sede da máfia.
Jimin subiu de elevador até o andar que o apartamento fica, apertou a campainha.
Jin o atendeu.
— Entra Jimin. — entrou e tirou o tênis. — Calce essa pantufa.
Calçou.
— Apartamento bonito! — falou.
— É, Tae tem bom gosto. — seguiu Jin até a sala. — Quer sorvete, é zero?
— Sim. — Jin pegou e entregou com uma colher.
Sentaram no sofá.
— O que quer conversar? — perguntou. — E eu sei que o bando não está ocupado, é algo pessoal demais que quer me falar.
— Nunca consigo te enganar, né? — confirmou saboreando seu sorvete de morango. — Essa semana foi cheia de emoções na minha relação com o Tae.
— Não me diga que vocês terminaram? — já espera o pior, sabe como Jin é impulsivo.
— Felizmente não chegou a esse ponto. — disse olhando seu sorvete. — Brigamos bastante, fizemos muito sexo, aí tornamos a brigar.
— Por que estão brigando tanto? Ele está se encontrando com um ex russo? — perguntou.
— Só se ele quiser perder o pau. — corta sem sentir pena. — Eu ia te chamar para conversar na semana antes da sua viagem.
— Já faz todo esse tempo que andam brigando? — confirmou.
— Eu já estou bem cansado. — contou. — Brigar cansa.
— Imagino. — murmurou.
— Mas quero te pedir ajuda para montar uma surpresa.
— Surpresa? Vocês brigam e agora você faz uma surpresa? — não entendeu.
— Sim, porque no nosso último aniversário ele fez uma e eu não comprei um bombom. — agora entendeu. — E também tenho que contar que nossas brigas vão acabar, eu achei a solução.
— E qual seria?
— Nós estávamos brigando tanto, porque meus hormônios estão me deixando louco, era um remédio que eu tomava, mas terei que parar, então voltará ao normal. — explicou. — Remédio para não engravidar.
— Achou um remédio melhor? — confirmou.
— Esse era horrível, porque eu descobri ontem, após cinco testes, que estou grávido!
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!
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