|| Capítulo 34||
Jimin on.
Na manhã de sábado, eu acordei bem cedo. Me arrumei, e fui para a minha casa.
Jungkook está tentando me fazer não ir, queria que eu ficasse na casa dele.
— Neném, vem morar comigo. — nem parece um mafioso, pedindo com bico e todo manhoso.
— Kook-ah, já falamos que agora não é um bom momento para eu pedir isso ao meu pai. — falei. — Ele já está preocupado com o Hoseok.
— Se você vier morar comigo, ele pode se concentrar todinho no Hoseok. — ele dá um jeito.
— Não é assim que funciona. — meu pai tem um ataque se eu pedir para ir morar com o Jungkook.
— Você não quer morar comigo, né? Pode falar, não vou ficar triste. — vai sim, ele chora se eu falar isso.
— Eu quero, só não pode ser agora. — uma hora ele entende.
— Sei. — saiu do carro, abriu a porta para mim, saí.
Ele pegou minha mala, nós fomos para dentro. Hoseok estava no sofá, assistindo televisão.
— Chegou quando? — perguntei a quem estava deitado.
— Faz meia hora. — respondeu.
Subi para o quarto com o Jungkook, deixei minha mala no closet.
— Ela voltou mais leve. — falei.
— Deixou mais roupas suas na sua verdadeira casa. — esse Jungkook.
— Você já vai? — confirmou.
Nós descemos e saímos.
— Tchau! Se cuida! E não some. — ele vai sair da cidade, vai ter corrida.
— Não prometo nada. — bati nele. — Neném agressivo.
— Não é para sumir Kook-ah, eu fico preocupado. — falei.
— Você some direto. — calúnia.
— Porque estou estudando, você quando some pode até ter levado um tiro. — sussurrei a última parte.
— Tudo bem! Tchau! — beijou-me.
Saudades do piercing na língua, ele vai fazer falta!
Mas ainda tem o do lábio, é muito bom beijar com ele.
— Te amo! — beijou minha testa.
— Te amo! — beijei a bochecha dele.
Ele foi até o carro, piscou para mim e entrou.
Sacanagem!
Acelerou na rua.
Voltei para dentro, tirei Hoseok do sofá, fomos para a cozinha e fizemos o almoço.
Meio-dia ouvi a voz do Vittorio acelerando meu pai, nada de novo.
— Os meninos já estão aí? — ouvi ele perguntando. — Espero que estejam.
Ouvi a porta abrindo.
Fomos até próximo a entrada.
— Estão aqui! — ele abraçou nós dois juntos. — Eu senti falta de vocês!
— Também senti! — falei.
— E eu também. — Hoseok falou.
Ele nos soltou.
— Jimin parece maior. — falou me olhando. — Hobi está do mesmo tamanho.
— Eu cresci também. — falou contrariado.
— Onde está meu pai? — perguntei.
— Meu Deus! Você está falando comigo. — ainda não se acostumou.
Jungkook de vez em quando fica boiando enquanto eu falo, vou perguntar o motivo e ele fala da minha voz.
— E seu pai está sofrendo para tirar as malas do carro. — olhamos lá fora, já tem quatro malas na frente da porta. — Hoseok, aceite o castigo sem contestar, se você falar ele disse que vai aumentando os meses.
— Obrigado por avisar. — aviso excelente.
Hobi parece um advogado negociando o castigo dele, quem será que ele puxou né?
Meu pai colocou todas as malas para dentro.
— Eu ganho abraço ou só meu esposo? — perguntou, dramático.
— Só o Vittorio mesmo. — respondi.
— Dou amor, carinho, atenção, educação, dinheiro, e não ganho abraço. — Vittorio revirou os olhos.
Abraçamos ele.
— Bom mesmo, ou eu cortava a mesada de vocês. — cruel! — Continuam virgens e sem netos para mim, né?
— Claro. — eu tenho dezoito anos, um pouco cedo para te dar netos.
— Hoseok. — meu irmão só esperou.
— Desculpa por ir para uma festa com universitários, me embebedar, e querer esconder isso. Aceito qual for meu castigo. — isso aí. — E não vou fazer de novo.
— Seu irmão já te deu uma bronca e falou tudo que poderia ter acontecido com essas atitudes? — confirmou. — Mas eu falo mais uma vez, nunca mais faça isso, você poderia ter sido drogado, ou pior, abusarem de você. Park Hoseok, se você aprontar outra dessas, vai para um internato sem acesso a tecnologia por seis meses.
Ele prefere que bata do que fazer isso.
— Não vou fazer de novo pai, eu prometo! — agora deu a palavra. — Palavra de um Park.
— E nós Park? — meu pai perguntou.
— Não quebramos promessas. — eu e o Hobi falamos.
— Ei, eu sou um Park agora! Pode perguntar de novo amor. — Vittorio falou.
— E nós Park? — perguntou novamente.
— Não quebramos promessas. — falamos juntos.
— Agora sim! — tenho muita sorte com essa família! — Hobi, essa é a sua mala de presentes. — passou a mala vermelha. — A sua Ji. — me passou a azul-escuro.
— Obrigado Vittorio! — agradeci.
Mala pesada.
— Qual é o meu castigo? — Hobi perguntou ao meu pai.
— Bem lembrado, venha. — os dois subiram.
Fui atrás com o Vittorio.
Ficamos na porta do quarto.
— Sem videogame — tirou todos os cabos e controles. — Celular também, passa para cá.
— Só deixa eu avisar o Yoongi. — mandou mensagem e entregou o celular.
— Por um mês e meio, se aprontar durante esse tempo aumenta para três meses. — é bom se comportar. — E se fechar o bimestre com notas ruins igual o bimestre passado, fica sem eles até as notas ficarem boas.
— Okay! — concordou.
Voltei para pegar minha mala, deu trabalho subir com ela. Enquanto estava no closet, ouvi baterem à porta.
Ainda respiro fundo às vezes para falar, menos com o Jungkook.
— Entra. — falei alto.
— Ji. — saí do closet. — Você tem foto com a sua mãe? Seu pai disse que você teria, ele não tem.
— Tenho, quer ver? — confirmou.
Abri a gaveta da minha escrivaninha, tirei um quadro de uma foto dela comigo, entreguei para ele.
— Sua mãe não é totalmente coreana? — parecia chocado.
— Não, pensei que soubesse. — meu pai tem sérios problemas em contar as coisas.
— Seu pai não fala nada sobre o tempo que passou com a sua mãe. — apesar que seria estranho falar da ex com o atual. — Hoseok não se lembra dela?
— Ele tinha quatro anos quando ela morreu, acabou perdendo muitas lembranças com o tempo. — contei. — E minha memória é bloqueada.
— Pode me contar sobre a memória que você tem dela? — perguntou, devolveu o quadro.
— Claro. — confirmei. — Ela me colocou na cama, deu um beijo na minha testa, desejou boa noite e saiu do quarto.
— Ela tem traços coreanos, mas ela é o que mais? — perguntou.
— Quirguistão. — agora que eu pensei, lá fala russo.
Agora fez sentido ela conhecer a mãe do Jungkook.
— Você sabe que lá fala russo né? — confirmei.
— Ela conhecia a mãe do Jungkook, nossas famílias eram amigas, mas após ela morrer, a ligação acabou. — falei.
— O que causou a morte dela? — perguntou.
— AIDS. — meu pai nunca escondeu. — Ela já estava doente, faleceu naquela madrugada.
— Nossa! — olhei aquela foto, senti um negócio ruim no corpo.
Devolvi para dentro da gaveta.
— Se me permite perguntar, foi por causa da morte dela que você desenvolveu fala seletiva? — perguntou.
Meu coração doeu.
— Eu não gosto de falar sobre isso, desculpa. — essa ferida ainda não cicatrizou.
Quando desenvolvi fala seletiva.
— Não se desculpe, eu que toquei no assunto. — falou. — Seu pai tirou as fotos da sua mãe da casa por minha causa? — perguntou.
Pensei sobre isso.
— Nunca tivemos fotos da minha mãe pela casa, eu tenho as minhas guardadas e o Hoseok tem as deles, mas na parede nunca. — falei.
— Entendo. — Vittorio parece saber algo.
— O que você sabe? — perguntei.
— Sobre o que? — perguntou.
— Da minha mãe, você sabe de algo, por isso está perguntando para mim, sabe que meu pai não falaria, mas eu sim. — ele coçou a cabeça. — Pode me falar, eu posso lidar com isso.
— Não pode Ji, ainda é cedo para você saber, mas prometo te contar quando estiver na hora certa. Não quero causar você parar em um hospital. — é tão sério assim? — Fica tranquilo, o que eu sei não afeta em nada na sua vida, é tudo no passado e todos já morreram.
— Nem sempre o que parece estar morto, realmente está. — li isso em um livro. — Fantasmas podem voltar e assombrar os vivos.
— Para de me assustar Ji. — ri do medo dele.
— Promete que vai me contar quando for a hora certa? — perguntei.
— Prometo! Promessa de um Park. — bom mesmo.
Eu ganhei cropped novo, vários, calça de couro, tênis, bota, coturno, acessórios, maquiagem, livro, e produtos para pele.
O restante do sábado foi tranquilo, Jeon me mandou mensagem a cada duas horas falando do paradeiro dele e mandando foto para provar que estava bem.
No domingo, na parte da manhã eu aproveitei para estudar bastante. Após o almoço, Vittorio apareceu com caixas organizadoras.
— Ji, guarde o que você quer levar para a nova casa, amanhã nós mudamos. — sim, vamos mudar de casa.
Porque essa casa está no nome do meu pai, e Vittorio quer uma dos dois, então compraram outra.
Bem maior.
Eu escolhi a decoração do meu quarto todinha.
Fiquei feliz com a mudança, e será para um condomínio. Não é o que Jin mora, é um mais caro.
Guardei meus livros, objetos que eu gosto, quadros com fotos, e meus produtos.
As roupas não precisam, uma empresa vai guardar elas, e organizar no meu novo closet.
À noite conversei por ligação de vídeo com o Jungkook, fiquei três horas falando com ele. Fiz isso enquanto desenhava no iPad, estudava, ou simplesmente admirava a beleza dele.
— Você é tão lindo, neném! — parei de fazer minha casinha, olhei para ele sorrindo.
— Você também é lindo! — elogiei.
— Não, você é mil vezes mais. — me ama muito. — Sou um homem de sorte!
— Eu sou mais. — encontrei alguém que conseguiu me esperar. — Olha minha casinha.
Mostrei o desenho para ele.
— Eu quero ir em uma casinha de madeira assim, com lareira para eu assar marshmallow, e ler meu livro preferido perto dela, com você fazendo carinho no meu cabelo. — contei.
— Podemos ir em uma. — não sei se tem aqui na Coréia. — Nós vamos em uma!
— Promete? — confirmou. — Palavras, Kook.
— Eu prometo te levar em uma! — agora sim. — O que mais quer fazer em uma casinha assim?
— Não sei, sempre me imaginei sozinho em algo assim, mas como vou com você podemos pesquisar programas de casal para fazer. — olhei para ele. — Você já fez algo do tipo?
— Ir em uma casinha de madeira no meio do nada? — sim. — Não, já fui acampar, mas algo desse tipo nunca fiz.
— Acampou com amigos, ou um ficante? — perguntei voltando a dar detalhes para minha casinha.
— Treinamento da máfia, neném. — que ótimo! — Fui sozinho. — solidão.
— Como funciona? — perguntei.
— Eu, e mais quatro rapazes fomos saltar de paraquedas no meio da floresta, quem saísse sem um machucado passava para a próxima fase. — respondeu. — Em uma semana eu saí, os outros levaram mais duas, e só um saiu sem machucado.
— Qual era a próxima fase? — quero saber como foi para ele assumir a máfia.
— Lutar até a morte, como eu estou aqui. — o outro ele matou. — Aí eu fui treinado pelos mafiosos mais perigosos dentro da máfia Russa, me tornando mais perigosos que eles.
— Qual é a garantia que você é mais perigoso que eles? — perguntei.
— Morreram pelas minhas mãos. — misericórdia, eu namoro um psicopata! — É assim há anos, o líder precisa ser o mais perigoso para ninguém querer ir contra.
— Entendi. — tudo doido! — Kook-ah.
— Fala neném. — continuei pintando a casinha.
— Quando vai começar a me ensinar a atirar? — até agora nada. — E você me ensina a dirigir? Assim que eu completar dezenove quero tirar minha carteira.
— Certeza que quer aprender a atirar? — confirmei. — Tudo bem, eu te ensino!
Amo ele!
— Dirigir é mais fácil, você vai se sair muito bem. — um professor que corre ilegalmente, não poderia ser melhor.
No dia seguinte eu acordei cedo, tomei banho e lavei meu cabelo. Ainda no banheiro passei creme no corpo todo, um cuidado especial para as tatuagens. Escovei meus dentes, enxaguante bucal.
Saí do banheiro e entrei no closet, primeiro arrumei meu cabelo. Eu não vou retocar o vermelho de novo, vou pensar que cor posso pintar.
Vesti uma calça jeans preta com rasgo no joelho, e um cropped novo sem manga com a gola redonda azul-claro, calcei um tênis branco da Nike, que combinou com o restante da roupa.
Passei perfume e desodorante por último, tô pronto!
Ouvi batidas na porta.
— Entra. — saí do closet.
— Seu namorado está te esperando, filho. — meu pai falou.
Peguei meu iPad, coloquei na bolsa dele, meu celular. Saí do quarto após arrumar a cama, não gosto de deixar ela desarrumada.
Desci, meu pai e Vittorio tomando café.
— Tchau! — falei.
— Tchau! — saí de casa.
Jungkook encostado na moto.
Fui até ele, abraçou minha cintura.
— Bom dia, neném! — falou.
— Bom dia, Kook-ah! — dei um selinho nele. — Vamos?
— Vamos! — ele subiu, eu coloquei o capacete e subi me segurando nele.
Não tenho mais medo de moto, Jungkook está me influenciando em muita coisa.
Colocou o capacete, segurei em sua cintura e ele acelerou.
Nosso caminho foi rápido, logo ele estava parando a moto. Eu desci primeiro, tirei meu capacete e passei a mão no cabelo. Jungkook fez o mesmo, mas juntou o cabelo e prendeu.
Todinho meu!
Entramos na escola de mãos dadas, como sempre fomos para a nossa sala.
As quatro primeiras aulas foram tranquilas, apesar de fazermos trabalhamos em todas, até em Educação física. Professor Namjoon não teve dó.
No intervalo eu peguei metade de um sanduíche e um pedaço de brownie, para beber, uma garrafa de leite de morango.
— O penúltimo é quarta-feira, né? — Melissa perguntou.
— Não vai ter o feminino? — Caleb perguntou.
— Vai ter, mas eu já terei me formado. — respondeu. — Feminino começa a temporada de jogos em agosto.
Entendi.
— Jimin, você tem quanto porcento de certeza que vão ganhar? — pensei.
"70%, por aí" treinamos bastante.
— Suficiente. — para quê? — No jogo final, tem os líderes de torcida, e esse ano eu vou montar a equipe. — entregaram na mão da maluca. — Você seria excelente, mas estará jogando.
"Exatamente, me deixa fora dessa" já preciso me preocupar com o jogo.
— Caleb, quer entrar? — negou rapidamente. — Por favor? Vai ser legal!
"Você disse que precisava fazer uma atividade extracurricular, essa é uma boa" falei com ele.
— Isso aí Jimin, me ajuda a convencer esse bebê tímido. — tímido que faz pole dance, essa é nova.
Na minha fase de timidez aguda, não pisava o pé fora de casa.
— O que acha pretinho? — perguntou para o Peter.
— Que você vai ficar mais gostoso como líder de torcida. — levou um tapa pela ousadia. — Mas vai.
— Aceito, Melissa. — ela comemorou. — Quem mais vai?
— Eu queria o Gui, mas ele também vai jogar. — falou.
— Isso aí! — nem olhou, está conversando com o Jake por mensagem.
— Jin, quer entrar? — meu amigo parou de ser beijado pelo namorado.
— No que? — perguntou.
— Equipe de torcida. — respondeu.
— Qual será a roupa? — ela bateu na própria testa. — Você não tem roupa?
— A coordenadora não falou sobre roupa. — Jin negou.
— Recuso o convite de entrar para a equipe, mas faço a roupa. — falou. — Qual vai ser a cor do uniforme do time?
— Preto e azul-escuro. — Peter respondeu. — Eu fiquei incrível com ele, já comprei a faixa azul-escuro para combinar.
— Então a cor do uniforme da torcida será preto e azul-escuro, quer igual dos filmes americanos? — Jin perguntou a Melissa.
— Sim, será incrível! — começaram a planejar tudo.
Voltamos para a sala após terminar o intervalo, o restante das aulas foram mais tranquilas.
Jungkook me levou embora para a nova casa, o caminho é um pouquinho mais longo, mais cinco minutos.
Já deixou registrado o nome dele na portaria, para entrar sem problemas.
— Quanto custou essa casa? — perguntou após descermos da moto.
— Oito ou nove. — respondi.
— Milhões? — confirmei.
Um caminhão estava descendo as coisas que vieram da outra casa.
— Quer ver meu quarto? — perguntei.
— Sim.
Entramos na enorme casa, tiramos os tênis, seguimos de pantufas.
— Vittorio. — parou de passar pano no vaso que parece ter custado um rim. — Cadê meu pai?
— Surtando no escritório porque o caminhão que levava os documentos do escritório dele, está parado em um engarrafamento com o risco de alguém roubar. — ah! — Como chegaram tão rápido?
— Moto. — Jungkook respondeu.
— Suas coisas já estão no seu quarto, Ji. — voltou a limpar o vaso decorativo.
Subi com o Jungkook, a porta do quarto do Hobi estava aberta, entrei.
— O que são essas caixas de jogos? — perguntei.
— Não são jogos, são quebra-cabeça — entendi. — O pai me proibiu de jogar videogame, isso aqui pode, e ajuda eu me concentrar em algo.
— Inteligente! — segui até a última porta.
— Qual é o quarto do seu pai com o Vittorio? — perguntou, apontei a segunda porta do outro lado do corredor. — Por que não se mudaram antes?
— Vittorio fez meu pai pagar para colocar isolamento acústico em todos os quartos. — abri a porta.
— Que sogro safado! — olhei bravo para ele. — É a verdade.
— Vou ignorar. — sem vergonha. — Bem-vindo ao meu quarto!
Entramos, ele está olhando tudo.
— Bem diferente do antigo, e maior. — sim. — Gostei da decoração.
— Eu vou olhar meu closet. — abri a porta de duas folhas. — Incrível! Mas preciso de mais roupas.
— Vou começar a reformar meu quarto e closet, para caber todas as suas roupas lá. — é, preciso de espaço. — E aquela escada?
— Vem, Vittorio fez algo incrível. — subimos a escada.
Duas paredes com espelhos, uma é vidro, janela do chão ao teto, e a outra é aberta para o closet embaixo, mas com um parapeito também de vidro.
Uma barra de ferro fixa, e outra solta.
— Sala para você praticar pole dance? — confirmei. — E quando irei ver?
— Nunca. — fez até bico. — Um dia você vê.
— Mas só eu. — ciumento.
Após o almoço ele foi embora.
A tarde eu tive treino, e a noite a aula de pole dance. Terça-feira foi mais tranquilo, eu só tive aula de manhã e a noite mais outra aula de pole dance, durante a tarde dormi bastante.
Quarta-feira, como sempre, a última aula eu perdi porque desci para treinar. Almoçamos, e ficamos de bobeira na quadra.
Guilherme no celular conversando com o Jake, Peter conversando com o Caleb, e eu com o Jungkook.
— Jimin. — olhei para o Gui. — O que eu respondo para isso?
Li a mensagem.
"Você está começando a gostar dele?" Confirmou, "Então responde isso".
— Mas e se eu estiver indo rápido demais? — perguntou.
"Não está, Peter com três dias conversando com o Caleb já disse que gostava dele, Jake foi mais devagar e disse que está começando a gostar" respondi.
— Tudo bem! — voltei a olhar o meu celular.
Continuei conversando com o Jungkook até dar a hora de ir colocar o uniforme.
Essa escola, assim como a nossa, vem vencendo bastante, e jogou na final do ano passado.
Tô nervoso!
Chegamos na semifinal, isso já é um marco, porque ano passado e retrasado não passaram da primeira.
Começamos a jogar e o primeiro tempo terminou empatado, eles imitavam o que estávamos fazendo.
— Filho da puta! — ouvi Peter xingando o capitão do time adversário. — Se ele copiar mais uma coisa, vou para cima dele.
Ele está ouvindo o que Peter passa para o time.
Já sei!
Voltamos para o segundo tempo.
"Bloqueia, bloqueia ele, e não fala nada".
Olhei o Guilherme.
"Só marca, fica só marcando".
Tenta copiar agora filho da puta.
Passou metade do tempo e estávamos na frente.
"Troca com ele, agora" Gui trocou de lugar, mas para fazer a mesma coisa.
E assim nós ganhamos!
Misericórdia, esse jogo me cansou!
Peter vinha na minha direção com mais dois jogadores grandes.
Saí correndo, todo jogo querendo me jogar para cima.
Cadê o Jungkook?
Achei!
Corri mais rápido, fiquei atrás dele.
— Porra Jimin, assim não vale. — vale muito. — No próximo a gente te pega!
Pega nada!
— Neném, já pode sair. — saí de trás dele. — Olha quem veio te assistir.
Olhei, Kiara e a avó dele.
— Jimin, você joga muito bem! — a avó dele elogiou.
"Obrigado!" A irmã dele me abraçou.
Uma fofa!
Se afastou de mim.
"Gostei do seu cabelo vermelho!" Falou.
"E eu amei essas mechas azuis!" Conseguiu fazer as mechas.
"Você pode pintar seu cabelo de azul de novo? Assim ficaremos iguais".
"Claro, a próxima vez que me ver, estarei com o cabelo azul" voltarei ao azul.
"Obrigada!" Agradeceu.
— Podemos almoçar amanhã? — a avó dele me perguntou.
"Claro, será um prazer!".
— Quero conversar alguns assuntos com você e o Jeon, algo tranquilo, é sobre sua ajuda na máfia. — tudo bem.
Irei dormir.
— E leva seu amigo Peter, e o namorado dele, Caleb. — okay!
Ela saiu primeiro com a Kiara.
— Tchau, neném! — me deu dois selinhos. — Te pego amanhã.
— Como? — isso ficou um pouco sugestivo.
— Te busco amanhã. — a tá! — Só mais dois. — mais dois selinhos.
— Tchau, Kook-ah! — ele foi embora.
Após falar com amigos e família, fui embora.
Consegui descansar por uma hora após o banho, depois troquei de roupa e fui para a aula.
Quando voltei para casa, tomei banho e capotei na cama de roupão.
Cansado!
Acordei cedo morrendo de fome!
Vesti a roupa que usaria na escola, e também no almoço.
Algo bem formal, nada de cropped. Calça jeans, t-shirt branca com um desenho do Scooby doo na frente, e uma jaqueta jeans também, porque eu vi que estava chuviscando um pouco.
Mais um dia normal de verão na Coréia.
Calcei um coturno, combinou com meu look. Após me perfumar e arrumar meu cabelo, saí do quarto.
Desci para o primeiro andar, Vittorio já estava acordado.
Conversando em italiano no celular e mexendo no MacBook.
Ameaçou acabar com a família de alguém, e dar o resto para os porcos.
Coisa boa de ouvir logo cedo.
— Buongiorno! (Bom dia!) — falei após respirar fundo, primeira palavra do dia.
— Buongiorno Ji! (Bom dia, Ji!) — apontou a ilha da cozinha.
Olhei, coisas para comer.
Sentei no banco alto, servi leite de morango. Peguei bolo de chocolate, pão, e Cookies de chocolate com gotas de chocolate.
Quando terminei isso, senti falta de algo salgado. Fui até a geladeira, peguei sanduíche de frango e voltei.
— Acordou com fome? — Vittorio perguntou pegando café para ele.
— Sim, muita fome. — respondi.
— Também, você não jantou ontem. — fiquei sem jantar. — Seu irmão se acabou na carne.
— Que novidade!
Após terminar de comer, peguei chocolate e subi para o meu quarto.
Estudei enquanto comia o chocolate. Depois fui escovar os dentes, fio dental antes como sempre.
Abri a cortina e a janela permaneceu fechada, a chuva engrossou bastante.
Vi que tinha mensagem no grupo.
Maluquinha
Como uma boa brasileira, não conte comigo para aula hoje, está chovendo!
Gui
Também não vou, meu cabelo não gosta de chuva.
Peter
Meu cabelo também não gosta, vou voltar a dormir.
Caleb
Minha mãe achou melhor eu não ir, ficarei também.
Jinjin
Jimin, se você for, eu vou.
Então você não vai.
Jinjin
Deus ouviu minhas orações, partiu dormir de novo.
Liguei para o Jungkook.
— Oi, neném! — pela voz, eu acordei ele.
— Oi, Kook-ah! Nós não vamos hoje para a escola. — sim, eu respondo por ele.
— Chovendo, né? — exato. — Tudo bem! Então meio-dia eu vou ir te buscar para o almoço.
— Estarei te esperando! Beijo, bons sonhos! Te amo! — falei.
— Beijo, também te amo! — eu desliguei.
Após me trocar, fechei a cortina e voltei a dormir.
Acordei novamente às 11:20, sentia sono ainda.
Que fome!
Fui até o banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes. Saí e entrei no closet, vesti a mesma roupa de antes. Passei a escova e chapinha no cabelo.
Ainda sinto cheiro do perfume, se eu passar mais, meu nariz vai trancar de um jeito, sem falar que está chovendo, péssimo ficar sem respirar.
Olhei o celular, Jungkook disse que já estava vindo.
Adiantado.
Arrumei a cama e saí do quarto. Desci ao primeiro andar, Hobi estava jogando dominó com o Vittorio e meu pai.
— Aonde vai? Está chovendo! — meu pai perguntou.
— Almoçar com a avó do Jungkook e mais uns amigos. — Vittorio me olhou com aquela cara de "eu sei o assunto do almoço".
— Volta hoje, né? — esse meu pai. — Você já passou duas semanas na casa do Jungkook, nem sei como você já não ficou lá de vez.
— Bem que ele queria. — soltei.
— Esse emo safado! — tadinho pai, ele não é emo, safado sim. — Você volta hoje?
— Sim, é só um almoço. — cada coisa. — Vocês não tem nada melhor para fazer do que jogar dominó?
— Temos, mas deixar seu irmão entediado é um perigo para a humanidade. — Vittorio respondeu. — O próximo jogo é Uno, esse eu sei que vai causar seu pai dormir no sofá.
— Eu durmo no sofá, mas não deixo você ganhar, vida. — eles se amam, eu garanto!
— Sou profissional no Uno, os dois vão perder. — Hobi falou.
— Se eu perder, não faço comida por um mês. — Vittorio vai ganhar na base da chantagem.
— Eu compro comida, não deixa ele ganhar filho. — meu pai tentando comprar o Hobi.
Mas se tratando de comida.
— Comida comprada e comida caseira, eu fico com a comida caseira. — Vittorio já cantou vitória.
Tudo doido!
Ouvimos a campainha, eu fui atender, Jungkook com um guarda-chuva grande.
— Vamos, neném? — confirmei.
— Tchau, doidos! Não se matem! — falei alto.
— É para voltar hoje, Park Jimin! — ele está insistindo nisso.
Saí, Jungkook abraçou minha cintura e nós fomos até o carro, ele abriu a porta e eu entrei. Coloquei o cinto, e tirei meu celular do bolso.
Ele entrou, o guarda-chuva ficou do lado dele.
— Oi, neném! — falou.
— Oi, Kook-ah! — me deu um beijo.
Fiquei molinho como sempre, parece que eu viro uma gelatina.
— Senti a sua falta! — quem não sentiria?
— Também senti a sua! — segurou minha mão e nós fomos para o restaurante. — Você já sabe com mais detalhes do que sua avó vai falar?
— Não, ela não me contou. — triste.
Saiu do carro primeiro e veio abrir a porta, saí também. A chuva deu uma parada, mas não parece que irá durar muito.
Peter e Caleb chegaram, como Caleb está nervoso, só usa linguagem de sinais.
— Se acalma bebê. — Peter falou, Caleb usou linguagem de sinais. — Não entendi nada, Jimin, traduz.
"Ele disse que não consegue ficar calmo com uma mafiosa querendo falar com ele" traduzi.
— Vamos entrar. — Jungkook chamou.
Entramos no restaurante, Jungkook deu o nome na recepção, um garçom nos levou até a sala privada. A avó do Jungkook estava sentada, conversando em russo no celular.
Parece ser com o marido, ele quebrou um prato chique dela, e ela disse que ele vai dormir no sofá por um mês.
Desligou ao nos ver.
— Sentem meninos. — nós sentamos. — Caleb, eu sou avó do Jungkook, Stlevana Ornov.
Ele vai conseguir falar?
— Caleb Waterford, é um prazer conhecer a senhora. — conseguiu!
O almoço foi tranquilo, mas todos ansiosos para o que ela quer falar.
— Agora que almoçamos. — pai amado. — Vou falar sobre o que me trouxe à Coréia.
Ela veio para a Coréia só para conversar, vou morrer! Certeza.
— O Jungkook tem me atualizado de coisas que vocês têm feito para a máfia. — meu coração está acelerado. — Na máfia russa, se você presta serviço para nós sem fazer parte, ficamos em dívida, estou aqui para quitar essa dívida.
— Jesus, me proteja de todo mal! — ouvi Caleb resmungando isso do meu lado.
— Caleb, Jungkook me contou o que levou você a desenvolver não conseguir falar em momentos de estresse. — algo trágico. — Sua professora e aquele doido que te perseguiu, não estão mais entre os vivos.
"Eles mataram?" Caleb me perguntou.
"Sim" foram abraçar o capeta.
— Então não preciso mais entrar para a máfia? — Peter perguntou.
Ele iria entrar só para conseguir matar quem fez mal ao Caleb, que fofo!
— Precisar, não precisa, mas nós te queremos na máfia. — Jungkook falou.
— Sim, você será treinado para ser um matador a sangue frio. — assunto tranquilo. — E Jimin, também queremos você, os conselheiros estão ansiosos para te conhecer.
— Sério? — por que a surpresa, Jeon Jungkook?
— Sim, eu os lembrei que eles não são imortais e minha arma pode fazer o trabalho dela. — foram ameaçados. — Caleb, você também é bem-vindo para se juntar a nós.
Ser da máfia.
Jungkook, você não é uma boa influência!
— Se vocês aceitarem, em Julho, após o aniversário do Jimin, vocês vão para a Rússia e faremos o contrato de sangue para a entrada na máfia. — sangue? Como assim sangue?
É máfia ou seita?
— Calma, o sangue não para vocês entregarem sua alma. — excelente! — É porque você assina o contrato com sangue.
A tá!
— Tem um pagamento para cada tipo de serviço, a parte burocrática que o Jimin e o Caleb mais fazem, paga melhor. — é, falta literalmente cinco mil para eu ter um milhão. — O outro que paga mais é matar.
Papel e caneta me agradam mais.
— Então, vocês aceitam? — Jungkook me olhando com a esperança que eu aceite.
Eu basicamente já sou quase da máfia, os trabalhos que faço.
"Eu aceito!" Ele sorriu.
— Também aceito. — Peter aceitou.
Caleb pensando e calculando algo, respirou fundo.
— Eu aceito. — eu também não sou boa influência.
Caleb chegou todo tímido e recluso, agora está entrando para a máfia russa.
— Excelente, em Julho serão recebidos. — que presente de aniversário diferente!
Nós comemos a sobremesa e depois fomos embora.
— Neném, você aceitou só por minha causa? Se for assim, não precisa, máfia não é brincadeira. — Jungkook falou.
— Fica tranquilo Kook, eu fiz isso por mim. — a máfia me tornará mais intocável.
Entrar para a máfia, eu devo ter ficado doido!
[...] Um mês depois.
— Droga! Não é esse resultado que eu quero. — apaguei tudo, e voltei a fazer o cálculo de física.
Nesse último mês, foi extremamente corrido.
O treinador colocou mais um treino a meu pedido, três vezes na semana nós treinamos. Minhas aulas de pole dance todos os dias, às vezes não sinto minhas pernas.
E estou estudando muito porque as provas se aproximam, primeira semana de Julho.
Hoje é quarta-feira, e antepenúltimo dia do mês de Junho.
Sexta-feira acontece o jogo, durante esse mês, eu e Peter ensinamos palavras chaves na linguagem de sinais para o time, para passar certas coisas assim, ninguém descobre.
Eu já treinei hoje, agora estou aproveitando o tempo para estudar até dar a hora de ir para a aula de pole dance.
Mesmo fazendo tudo isso, engordei um quilo, porque eu fico ansioso com as provas e o jogo, aí desconto na comida.
A psicóloga nas duas últimas sessões conseguiu me fazer mudar onde descontar a ansiedade, então eu tenho feito meditação para ficar calmo, e não comer o que vejo pela frente.
E mesmo engordando, eu tô gostando muito do que vejo no espelho.
Sem falar que consigo olhar as fotos de quem Jungkook já ficou, e não me comparar nem diminuir.
Mereço palmas!
Falando no Jungkook, com essa correria toda, só saímos no sábado. Como ele quer ficar grudado em mim, vou para a casa dele, e passamos o dia na sala de cinema.
Um pouco assistindo filme, e um pouco ele me beijando.
O que falar desses beijos?
Eu finalmente me sinto pronto para perder a virgindade, e eu quero isso!
Porém, o Jungkook não parece querer mais.
Sexta-feira após a comemoração com o time (nós vamos ganhar!), Eu vou para a casa dele, vou mostrar o que anda acontecendo.
Faltam uma semana para o meu aniversário, Vittorio está super animado, parece até que o aniversário é dele.
Meu pai falou isso e dormiu no sofá, então não contem para ele.
Ele após conseguir minha permissão para fazer uma festa, está correndo atrás de tudo.
Eu só tive festas quando criança, meu pai fazia, sei disso pelas fotos que tenho guardadas. Quando adolescente era um bolo, o Jin com os pais dele, meu pai, meu irmão e eu, apenas.
Porque em todas as escolas que estudei quando adolescente, ninguém gostava de mim, e eu me esforçava bastante para fazer amigos, por isso aprendi a linguagem de sinais em três idiomas. Tem pessoas que só sabem em inglês, outros em espanhol.
Mas ninguém nunca quis ser meu amigo, então não tinha graça fazer festa.
Há três anos que nem bolo eu estava aceitando. E meu último aniversário eu passei no hospital, sedado para não ter convulsões.
— Ji. — Vittorio batendo à porta.
— Entra. — continuei concentrado nos cálculos.
— Você já terminou a lista de quem não quer na festa? — peguei a folha e estiquei na direção dele, ainda olhando aqueles números. — Obrigado!
— De nada, pai. — por que esses números não fazem sentido?
Já refiz esse cálculo dez vezes.
Olhei ao redor, Vittorio está parado me encarando, e com uma lágrima descendo no rosto.
— Você está bem? — perguntei.
— Tô! Estou mais que bem! — saiu sorrindo.
Espera...
Eu chamei ele de "pai"? Meu Deus!
Será que ele não gostou?
Fiz o cálculo de novo, agora deu certo!
Vesti uma roupa confortável, peguei minha bolsa que levo para a aula. Saí do quarto, respondendo a última mensagem que Jeon mandou.
Ele também estava estudando, estudamos ao mesmo tempo, para não deixar nenhum no vácuo caso mande mensagem.
Há cinco minutos ele mandou que tinha terminado, e eu respondi que também terminei.
Desci a escada.
Meu pai já me esperando.
— Vamos filho? — confirmei. — Vou tirar o carro da garagem.
Saiu primeiro, Vittorio mexia no MacBook.
— É... — olhou para mim.
— Tudo bem, Ji, não ligo que me chame de "pai". — ufa.
— Sério? — confirmou. — Tudo bem, então, tchau pai!
— Meu Deus! Tô bem não! — está passando tempo demais com meu pai, dramático.
Saí de casa, o carro estava na frente. Entrei e coloquei o cinto.
O caminho até a escola foi rápido.
Na aula fiz dupla com Caleb, e Melissa fez com o Gui. A cada movimento ela diz que vai morrer.
— Giro perfeito Jimin e Caleb. — o professor elogiou.
"Obrigado!" Agradeci.
— Guilherme seu giro também está perfeito. — agradeceu. — Melissa, segure com uma mão só.
— Nem pagando, vai que eu caio de cara, se eu perder os dentes o senhor vai pagar. — ele apenas riu da doida.
— Não vai cair, pode tirar. — ela fez novamente tirando a mão. — Viu? Não caiu.
Foi passando de dupla em dupla, é por ser os dois fazendo o mesmo movimento na mesma barra.
Caleb mais embaixo, e eu bem em cima.
— Polina está quase me pagando para ver eu dançando. — Melissa comentou.
— Jake já me ofereceu um carro. — eles ainda não estão namorando, acredita?
Mas como eu sou a fonte de todos os ativos, sei que ele vai pedir esse sábado.
— Peter diz que compra uma fábrica do meu chocolate preferido se eu dançar para ele. — Caleb falou.
— E o Jungkook, te ofereceu o quê? — Melissa me perguntou.
"Dez milhões" está doidinho para me ver dançando.
— Agora já sei quanto pedir para a Polina. — Melissa falou.
Assim que a aula acabou, nós saímos. Vittorio veio me buscar, ao entrar no carro, notei um monte de sacola e caixa no banco de trás.
— E essas coisas? — perguntei.
— Da sua festa, e eu peguei os convites. — esse está muito empolgado para a minha festa. — Segunda-feira iremos pegar sua roupa.
Que mandou fazer, porque nada que experimentei nas lojas parecia grandioso o suficiente.
— Terça-feira, você fará a prova de bolos e doces, todos tem chocolate e morango, mas o seu preferido irão fazer. — amo! — Ainda acho que deveria ter feito a lista de presentes.
— Mas nem todos que irão ser convidados teriam dinheiro, e poderiam não ir. — penso nos humildes.
— Ji, cite um amigo seu que não é rico. — pensei, e continuei pensando, pensei mais um pouquinho para ter certeza. — Você estuda na escola mais cara do país, tem a cota de dois alunos bolsistas por sala, resumindo, seu ciclo social é de milionários.
— Me sinto tão desumilde desse jeito. — ele riu. — Preciso de amigos não ricos.
— Vai conseguir achar! Mas te conhecendo, ele não duraria uma semana pobre, você daria dinheiro. — verdade.
No dia seguinte acordei cedo para ir à escola. E mandei mensagem ao Caleb, avisando que chegou o dia dele tirar uma daquelas saias do closet.
Caleb
Jimin, não, eu me recuso!
Você aceita sim!
Já conversamos sobre isso, você consegue!
E eu também, porque estou bem ansioso para ver a reação do Jungkook.
Caleb
Tudo bem! Mas vou levar uma calça na bolsa, caso alguém faça bullying comigo.
Você tem a Melissa como amiga, se alguém fizer bullying com você, ela gruda na pessoa.
Caleb
É mesmo, mas mesmo assim, só uma garantia.
Após tomar banho, hidratei a pele do meu corpo com um creme de morango com baunilha. Escovei os dentes, sorri para o espelho conferindo meus dentes.
Fui para o closet, coloquei as duas saias que ganhei em cima da ilha, coloquei combinações nas duas para a parte de cima, assim consegui decidir.
Vesti uma regata preta com a alça bem fina, e uma blusa transparente preta de manga longa.
Minhas tatuagens ficam legais!
Coloquei a saia preta plissada, fechei o zíper lateral.
Peguei o coturno, calcei deixando a meia soquete arrastão aparecendo, gostei!
Levantei e me olhei no espelho.
Nossa!
Não esperava que fosse ficar tão lindo, difícil ser eu!
Após arrumar meu cabelo, tirei uma foto no espelho.
Aproveitei e mandei mensagem para o Jungkook, dizendo que não precisa vir me buscar, porque vou passar no Caleb.
Meu coelhinho
Não gostei, e meu beijo de bom dia fica como?
Te dou um assim que chegar na escola, prometo!
Meu coelhinho
Tudo bem, estarei esperando!
Só passei desodorante, esse creme é bem forte e cheiroso, nada de perfume hoje.
Conferi os meus acessórios, o principal, minha aliança.
Saí do closet, arrumei minha cama, abri a cortina e a janela.
Peguei meu iPad, coloquei na bolsa. Saí do quarto, Caleb disse que já estava pronto.
Desci ao primeiro andar, Vittorio e meu pai tomando café.
— Bom dia! — falei.
— Bom... — parou na hora que viram o que estou usando.
— Filho, onde arrumou uma saia? Foi você que deu, vida? — meu pai perguntou ao Vittorio.
— Não, não sabia se ele usava. — respondeu. — Quem te deu, Ji?
— O Caleb. — respondi. — Pai, pode me levar hoje e passa no Caleb?
— Posso... — meu pai já ia respondendo.
— Tu não. — ele não entendeu. — O Vittorio.
— É assim mesmo, me trocando por ele, seu presente de aniversário será uma balinha. — dramático.
— Vamos, Ji! Deixa o ranzinza aí. — levantou e nós saímos. — Jungkook sabe que está indo de saia?
— Não, será que ele vai gostar? — uma dúvida.
— Com certeza vai. — falou com firmeza.
Passamos na casa do Caleb, ele optou pelo conceito fofo, saia branca e moletom azul bebê com um all star branco também.
— Sinto o ar indo embora dos meus pulmões. — falou quando viramos na rua da escola.
Mandei mensagem para o Jungkook.
Já está na sala?
Meu coelhinho
Sim, está chegando?
Sim, tô na rua da escola.
— Está falando com o Jungkook? — confirmei. — Pergunta se o Peter chegou, por gentileza.
O Caleb pediu para perguntar se o Peter já está aí?
Meu coelhinho
Está, ele tá reclamando que o Caleb está demorando.
Mostrei a resposta ao Caleb.
Vittorio entrou no estacionamento, assim não enfrentaremos a multidão que fica na frente da escola.
— Boa sorte, meninos! Se alguém falar algo que vocês não gostem, falem comigo que eu dou um jeito. — matando.
Saímos do carro.
— Eu vou desmaiar! — Caleb falou.
"Respira fundo, conta até dez" ele contou até trinta.
— Vamos! Já consigo ir. — assim que se fala.
Falo isso, mas estou morrendo de vergonha!
Porém, me faço de forte para o Caleb ter onde se apoiar.
Entramos na escola atraindo olhares de todos os lados.
— Jimin, eu vou morrer! — segurou meu braço.
Na bolsa do iPad tirei um pirulito e entreguei para ele.
— Obrigado! — também peguei um para mim, logo coloquei na boca.
Subimos até a o andar da nossa sala, olhares em todos os cantos.
Eu usar cropped já causa as pessoas olharem, imagina uma saia.
— Não sei se consigo entrar. — Caleb travou. — E se o Peter não gostar, e se ele quiser terminar comigo, e se achar feio?
Endoidou!
Primeiro soltei meu braço.
"Fica tranquilo que ele vai gostar, e não vai terminar com você".
— Tem certeza? — confirmei.
Caminhamos mais e entramos na sala, Peter olhou o Caleb.
Jungkook me olhou, por inteiro, parecia fazer um raio-x.
Quase esqueci como andar.
Sem falar dos nossos amigos.
Seguimos até nossos lugares, ele sentou ao lado do Peter, e eu ao lado do Jungkook.
Tirei o pirulito da boca.
— Quer seu beijo de bom dia agora? — falei baixo em seu ouvido.
— Neném, isso não se faz! — olhou a saia e as minhas pernas. — Isso também não!
— Gostou? — perguntei.
— Gostar é pouco, está muito gostoso! — obrigado! — Meu beijo.
Deixei que me beijasse, mesmo sabendo que a sala está de olho em nós.
Eu não ligo!
Nossa, eu evoluí mesmo, e muito!
— Casal beijoqueiro. — ouvi a voz de Melissa, afastamos e olhamos para ela. — Obrigada! Jimin, como você e o Caleb aparecem de saia e não avisam? Eu tenho problema de coração, para eu morrer é fácil!
— Jimin, se o Jungkook sabia você vai apanhar. — Jin falou.
— Eu não sabia. — Jungkook falou. — Foi uma surpresa enorme.
— E bem gostosa! — Peter completou olhando o Caleb.
Tadinho, vai ser devorado vivo desse jeito.
— Não me olhe assim. — Caleb falou com as mãos nas bochechas.
Devolvi o pirulito para a boca.
— Ponha gostosa nisso. — Jungkook me devorando com os olhos.
Senti minhas bochechas quentes, tô rosa!
— Peter e o Jungkook têm sorte! — Gui comentou.
— Tem mesmo! Namorados apetitosos! — Melissa parece que está falando de comida.
"Não somos comestíveis!" cada coisa.
— São sim, e como são. — não entendi.
— Bom dia, turma! — a professora entrou.
— Neném, você está tão gostoso! — não sussurra no meu ouvido. — Eu a cada dia que passa, te amo mais!
— Também te amo! — falei.
Eu sabia que muitos olhariam para nós, mas boa parte dos alunos estavam olhando na hora que descemos para o intervalo.
— Os olhos da escola estão no Jimin e no Caleb. — Jin comentou.
— Eles estão quebrando padrões, e fazendo protesto. — olhamos Melissa. — Não lembram do ano passado quando aquele menino do primeiro ano foi proibido de vir de saia para a escola? Ele falou que iria ter alunos que eles não seriam capazes de impedir. Quem vai falar para o Jimin que ele não pode vir de saia, sendo que o namorado dele vem com uma arma para a escola?
— É mesmo! — Peter pareceu se lembrar. — Meu pai tentou fazer o conselho mudar de ideia, mas aqueles velhos são insuportáveis.
— O que aconteceu com o menino? — Gui perguntou.
— Ele saiu da escola. — Melissa contou.
— E eu não carrego uma arma. — Jungkook falou.
— Não? — até o Tae olhou.
— Jeon anda com duas armas. — contou.
— Onde? — eis a questão.
Eu sei onde fica.
— Costas e na bota. — respondeu.
— Jimin, tem uma inspetora vindo na direção da nossa mesa. — Jin falou.
Ela parou ao meu lado.
— Park Jimin? — confirmei. — Seu pai está aqui querendo falar com você.
Pensei que iriam me proibir também
Levantei e acompanhei a inspetora, mais olhares em mim.
Quando cheguei na coordenação era Vittorio.
— Ji, eu esqueci de entregar isso quando te trouxe. — mostrou uma caixa média. — Os convites, tem cem convites aí, esses são só para a escola.
"Não é muito?" Tem gente perto.
— Vai ter no máximo cento e cinquenta pessoas, no meu casamento tinha trezentas. — é, gente para um cacete. — Toma, entregue para quem quiser, só não esqueça de me passar os nomes, sua festa tem segurança e sem o nome na lista não entra.
"Okay!" Ele foi embora.
Eu voltei para o refeitório, sentei ao lado do Jungkook.
— O que tem na caixa, Jimin? — amigos curiosos.
Coloquei a caixa no meu colo, entreguei um convite para cada um.
— Sua festa de aniversário! — Melissa empolgada. — Eu vou!
— Com certeza eu vou! — Jin falou.
Todos confirmaram presença.
— E o restante dos convites? — Jungkook perguntou.
— Tem mais aí? — confirmei.
— Festa de rico! — olhei Melissa.
"Você não é pobre!" Ela riu.
— Você vai entregar para quem os convites? — Caleb perguntou.
"Não sei, mas tenho vergonha de ir até as pessoas para fazer isso" respondi.
— Por que tem vergonha? — Gui perguntou. — Medo delas negarem e não ir?
Exatamente.
— Fica tranquilo, você é um dos garotos mais populares da escola, quem você vai convidar vai na sua festa com o maior prazer e se gabando ainda de estar no aniversário de um popular. — Melissa falou. — E capitão do time de vôlei, que fez o time estar na final.
"Eu não sou um dos garotos mais populares!" Até parece.
— Jimin, você é capitão do time de vôlei, está na lista como melhor aluno da escola em primeiro lugar, tem fotos sua no jornal da escola, e na última pesquisa pública sobre os atletas mais bonitos da escola você também está em primeiro, todos sabem seu nome. — Melissa contou coisas que eu não sabia. — E não menos importante, você namora quem todos pensavam que não tinha um coração.
Meu Deus! Eu sou popular!
Em que universo eu pensaria que isso seria possível?
— E se está com vergonha de ir sozinho, a Melissa vai com você, ela conhece até o jardineiro da escola. — Peter falou. — Não sei como, ele só vem trabalhar à tarde.
— É, eu vou com você! — ela confirmou. — Vamos?
Confirmei.
— Já volto. — com o Jungkook.
— Vai lá neném.
Levantei, Melissa pegou a caixa.
— O dono da festa com mãos livres para entregar os convites e passar confiança. — explicou o motivo. — Quer primeiro entregar para o time?
Confirmei.
Eles sentam juntos, só eu e o Peter que não sentamos com eles.
Fomos até a mesa onde eles estão.
— Capitão! — eu mesmo.
— Meninos, na próxima semana todos vocês vão à festa do Jimin. — Melissa falou.
Entreguei os convites deles.
— Aniversário do capitão, não perderia por nada! — bom mesmo.
Todos confirmaram presença.
E eu anotando na mente.
— Quem mais quer convidar, mochi? — olhei ao redor.
Apontei a mesa com meninas.
— Elas são legais! — fomos até a mesa só com meninas, pararam de conversar sobre roupas na hora que chegamos. — Como vocês falam.
— Você fala mais que nós todas juntas, Melissa! — verdade.
— Mentira delas Jimin, eu nem falo direito. — pouco.
— Jimin, você fica mais bonito de perto. — uma loira me elogiou. — Perto da minha boca, ficará mais.
Fiquei rosa.
— Para de ser safada! Ele namora sua piranha. — Melissa colocou a caixa na mesa e deu um tabefe na testa da outra. — Não vai convidar ela, Jimin, é muito piranha.
"Tudo bem!"
— Então gente, Jimin está convidando todas, menos a peixe piranha. — ela mostrou a língua para a Melissa, mostrou de volta. — Para a festa de aniversário dele.
Entreguei os convites, até para a loira.
— Eu vou! — mais gente confirmando presença.
— Droga! Eu tenho um jantar para ir. — uma se lamentou.
— Não tem mais, cancele, não é todo dia que tem convite para o aniversário do Jimin. — gente, tô me achando.
— E Jimin, eu amei sua saia, onde comprou? — uma me perguntou.
Eu sei o nome de todas elas.
"Fala que eu não comprei e ganhei do Caleb" passei agora a Melissa.
— Ele não comprou, ganhou do Caleb, namorado do Peter. — Melissa falou.
— Sério? — confirmei. — Obrigada pelo convite, eu com certeza irei! Agora preciso falar com aquele loirinho fofo.
Levantou e foi até minha mesa, Caleb se assustou com ela.
— Vamos Jimin, temos mais gente para convidar. — temos.
Todos que eu quis convidar, foram convidados e confirmaram presença.
Como sobrou convite, propositalmente, eu fui para a sala dos professores do terceiro ano. Cada ano tem uma sala de professores, não sei o motivo.
— Licença professores. — Melissa falou após já estar dentro da sala.
— Até aqui Melissa? — nosso professor de inglês.
— O senhor me ama. — eu não teria tanta certeza.
— Precisam de algo, queridos? — essa professora de biologia é um amor, ainda bem que ela voltou.
— Sim, convidar todos para o aniversário do Jimin. — quase todos os convites se foram, ficou um.
— Sua amiga falante vai estar, né? — o professor de inglês me perguntou, confirmei.
Os dois na sala ficam se provocando, é engraçado.
— Eu vou por você Jimin, que não me dá trabalho. — sou um anjo! — Essa parte de levar até dois acompanhantes, abrange namorado?
— E marido? — minha professora de educação sexual perguntou.
Confirmei, abrange eles também.
Meus professores confirmaram presença.
— Não acredito que o senhor achou um namorado para te aguentar. — Melissa gosta de provocar.
— Jimin, tira sua amiga daqui antes que eu diminua a nota dela. — saímos da sala.
— Agora falta o diretor, né? — confirmei.
Mesmo sendo pai do Peter, me tremo todo.
Fomos até a sala dele, a secretária deixou entrar. Ele estava analisando papéis com cara de bravo.
— Diretor. — olhou para nós.
— Jimin e Melissa. — já não tem mais cara de bravo. — Sentem.
Sentamos nas cadeiras de frente para a mesa dele.
— O que os dois precisam? — perguntou.
Ele fala linguagem de sinais.
"Eu quero convidar o senhor e seu esposo para o meu aniversário" Melissa entregou o convite.
— Garanto minha presença, mas meu esposo pode ter cirurgia para fazer no dia. — vida difícil. — Acredito que ele não tem, teria aparecido na nossa agenda, nós vamos ao seu aniversário!
"Obrigado senhor!".
Logo saímos da sala dele, e fomos direto para a classe que já bateu o sinal.
Sentei em meu lugar, Jeon puxou minha cadeira para ficar grudado nele. Me abraçou de lado e beijou meu belo pescoço.
— Muito lindo meu neném. — quem acredita que esse safado marcou meu pescoço na sala de aula?
Bati na perna dele.
— Sem vergonha! Meu pai vai querer te matar! — ele aceita de boa, eu namorar, dormir com o Jungkook, viajar juntos, mas toda vez que eu apareço com uma marca no pescoço, ele xinga o Jungkook por uma hora sem parar.
— Não ligo, está muito gostoso! E tem gente demais te olhando. — ciumento! — Olhando meu namorado, meu!
— Eu sou seu, só seu! — peguei meu celular, pela câmera vi a marca no meu pescoço.
— Vem, vamos tirar uma foto. — ele se aproximou mais, se é que tem como.
Tiramos duas fotos.
Eu postei no Instagram uma e ele a outra, legendas que se completam.
"Viverei mil vidas para estar ao seu lado" a minha.
"Serei apenas seu em todas mil vidas" a dele.
Somos um caminhão de açúcar, perigoso para diabético ficar perto.
— Vocês poderiam ser menos melosos, né? — Peter perguntou, negamos.
— São fofos! — Caleb falou.
— Onde eles estão sendo melosos? — Melissa perguntou.
— Olha a foto que eles postaram. — Gui respondeu. — Eu achei fofo, Peter está reclamando porque o Caleb só coloca legenda fofa para o ratinho.
— Exatamente por isso que estou reclamando. — Peter admitiu.
— Mas você disse que não gostava dessas coisas. — ele mentiu Caleb.
— Mentiroso! Ele ama. — Melissa falou. — Achei a fotinha do casal meloso, fofos!
— Quem é fofo? — Jin chegando depois por ficar de pegação com o Tae.
— Jimin e o Jungkook no Instagram. — respondeu.
— Deixa eu ver. — pegou o celular para olhar. — Melosos!
— Melhor mel do que putaria. — Peter provocou a cobra.
— Que putaria? Eu e o Tae nem falamos mais putaria. — aí não teve como, rimos.
— Essa foi boa! Vocês não podem ficar quietos que já estão de pegação. — verdade. — Se fosse vocês postando foto, a legenda seria "Sento em você por mil vidas", do Tae "Vou te foder por mil vidas".
— Que calúnia! — Tae pareceu gostar da ideia. — Fica sem namorado se colocar isso na legenda.
— Jamais faria isso. — faria sim.
— E provavelmente uma foto pornográfica. — Melissas acrescentou.
— Igual aquela que o Tae postou com mão no pescoço do Jin. — quase tive um treco ao ver aquela foto. — Nunca mais precisei entrar em site de pornografia, é só ficar olhando a câmera que instalei no quarto do Tae e do Jin.
Essa Melissa.
— Você não fez isso de verdade, né? — Jin perguntou preocupado.
— Por que? Tem algo a esconder? — Peter perguntou.
— Na hora que ela instalar no seu quarto vou te fazer a mesma pergunta. — só tenho amigo maluco.
— Ela não é doida. — olhamos o Peter, até ela olhou. — Você fica longe, fugitiva do hospício.
— Só faço amizade com gente doida! — Guilherme se lamentou.
— Falou o normal. — Melissa falou. — Todos aqui são malucos, menos o Jimin e o Caleb.
— Eu não sou maluco! — Jungkook se defendeu.
— Como não? Matar pessoas não é coisa de gente normal. — aí ele aceitou.
— O Caleb namora o Peter, como ele não é maluco? — Peter mostrou o dedo do meio para o Jin.
— Cobra venenosa! — quem vê de fora, parece que estão brigando, mas é o normal do meu grupo, se não estiver assim aí é problema.
— Já que sou cobra. — sentou na cadeira de frente ao casal. — Caleb, sabia que seu namorado ficou com três mafiosos no dia que te conheceu?
— Vai chamar logo quem de cobra. — Gui falou.
Exatamente, maluco o Peter.
— Verdade pretinho? — tu se fudeu Peter.
— Sim. — isso, não mente. — Mas após esse dia não fiquei com mais ninguém.
— Tudo bem! — calmo demais, isso nunca é um bom sinal.
— Você está ferrado! — Jin falou.
— Olha o perigo que eu corro ao te namorar. — Tae falou quando Jin voltou ao seu lugar.
— Que perigo? — perguntou.
— De ser mordido. — o veneno é forte.
— Mas eu te mordo. — misericórdia.
— E a coisa de não falar mais putaria? — Melissa perguntou.
— Nem falei nada. — claro. — E os uniformes chegaram.
Começaram a falar disso.
Nessa aula, a professora estava tendo uma reunião com um pai, e nós ficamos sem fazer nada.
Na hora de ir embora, Caleb ficou com Melissa para ensaiar mais para amanhã.
Dia do jogo.
— Caleb vai fazer greve, eu tô sentindo. — Peter falou no estacionamento.
— Bem feito! — Jin falou.
— Jake ficou com alguém após me conhecer? — Guilherme perguntou.
— Sério que está perguntando isso? — Tae perguntou. — Quando ele soube que iria te conhecer quase desmaiou, Jake é o mais emocionado do grupo, fica suave que ele não ficou com ninguém.
— Ótimo! — ficou aliviado. — Tchau! Até a noite Jimin, até amanhã para o restante.
— Até! — falaram.
Ele atravessou a rua e entrou no carro do Jake, mais um dia e eles estarão namorando.
Finalmente!
— Vamos neném? — confirmei.
Abriu a porta do carro e eu entrei, coloquei o cinto.
Levou-me até em casa, ainda fiquei um tempo com ele. Encostado no carro, e eu entre suas pernas, suas mãos na minha cintura.
— Vai usar saia mais vezes? — perguntou.
— Sim, por quê? — eu fiquei perfeito!
— Preciso me preparar. — engraçadinho. — Tenho que ir, neném!
— Tudo bem! — beijou-me.
Esse novo piercing no lábio, me deixa molinho. Na verdade, qualquer contato está me deixando molinho.
Sinto suas mãos apertarem minha bunda com força, me segurei para não gemer.
Ele fazendo isso me faz imaginar cada coisa.
Coisas que poderiam ser realizadas por ele, mas ele parece não querer.
Terminou o beijo com selinhos.
— Amo te beijar! — declarou.
— Também amo te beijar. — mas eu queria outras coisas. — Tchau, Kook-ah!
— Tchau, neném! — peguei meu iPad no carro e ele foi embora.
Entrei em casa, tirei o coturno e calcei minha pantufa.
— Ji? — ouvi Vittorio.
— Sim. — após respirar fundo.
Hobi na sala de jantar, esperando para comer.
Vittorio colocando o restante das coisas na mesa.
— Jim... — olhou minha roupa. — Desde quando você usa saia?
— Hoje. — respondi. — Não gostou?
— Gostei, tenta usar uma rosa, vai combinar com você. — voltou a bater os talheres na mesa pedindo comida.
Se eu aparecesse vestido de macarrão, ele iria gostar mais.
— Vou trocar de roupa, já volto. — subi para o segundo andar e fui ao meu quarto, entrei no closet.
Limpei o coturno e guardei, troquei de roupa, shortinho moletom preto e camiseta do Jungkook branca.
Almocei e fui estudar.
Não conversei com o Jungkook, ele estava ocupado com coisas da máfia.
Passei a tarde estudando, os últimos assuntos.
Domingo eu reviso a matéria inteira das provas, e estarei seguro que irei tirar 100%.
Tive aula de pole dance a noite, a última do mês, amanhã entram de férias e só voltam em agosto.
Quando voltei para casa, tomei banho e lavei meu cabelo, vesti o pijama. Sequei meu cabelo antes de deitar.
Olhei as mensagens, Peter xingando Jin, porque Caleb realmente está de greve. Três dias sem beijar, trágico!
Melissa e Guilherme rindo dos dois, Caleb só visualizando as mensagens como sempre.
Jungkook mandou mensagem de boa noite, respondi.
Coloquei o celular na mesa de cabeceira e fui dormir.
Enfim, o dia do jogo final.
Tive aula normal na parte da manhã, depois já descemos para a quadra. Inclusive Melissa, Caleb, e Jin.
Enquanto treinavam, eu e Peter demos os últimos ajustes na estratégia.
Tomamos banho, vestimos o uniforme novo. Até tênis a escola deu, para o time inteiro.
Coloquei a testeira preta da Nike, tô pronto!
— O ônibus está esperando, vamos time. — o treinador chamou.
Peguei minha jaqueta, celular e fones.
Saí do vestiário com o Peter e o Guilherme.
— Tô ansioso! — Gui comentou.
— Também, faz dois anos que não chegamos na final. — Peter falou. — Está ansioso, capitão?
"Não me chama assim!" Os dois riram.
— Ele está ansioso! — óbvio.
Ao sair da escola, vimos o ônibus.
— Nossa, seu pai mandou bem Peter. — um jogador falou.
O ônibus parece daqueles times profissionais, tem o nome da escola e o mascote na lateral, o ônibus todo preto.
Subimos no ônibus, eu sentei com o Gui, e o Peter foi para o fundo fazer bagunça.
Achei o cinto, coloquei. Os fones também, e liguei uma música.
Durante o caminho eu fui escutando música. Antes de descer do ônibus, eu coloquei a jaqueta. Todos do time estão com a jaqueta.
Mas a deles é preta e azul-escuro, a minha é toda preta.
Descemos e entramos no grande ginásio de vôlei.
Ficamos no vestiário, o treinador fez um discurso, ganhando ou perdendo, para ele, nós somos vencedores de chegar até aqui.
O fotógrafo entrou e tirou a foto.
— Park Jimin, capitão do time. — quase fingi que não sou eu.
Tirei uma foto com o treinador.
Permanecemos ali até anunciarem no microfone.
— Agora, o time que renasceu das cinzas, após dois anos sem aparecer na final. — é o nosso.
Tiramos as jaquetas.
— Mas esse ano derrotou todos os melhores times. — somos demais! — Time da escola Soongsil.
Nós entramos e está cheio de gente, outras escolas vieram assistir a final.
— Quem vem ganhando por quatro anos consecutivos. — a outra escola.
Anunciou minha antiga escola, e o time entrou.
Quem sempre zombava de mim, trombava ao me ver nos corredores, me empurrava, me batia.
Não me viram, fiquei atrás do Peter.
— Jimin, por que está atrás de mim? — Peter perguntou.
Senti falta de ar.
Eles estavam ocupados acenando para quem gritava o nome da escola.
Corri para fora do ginásio.
[...] Autora on.
Jungkook chegou com seu grupo no ginásio, subiu para achar um lugar, se sentaram.
Não estava vendo Jimin com o time, viu Peter falando com o treinador, pareciam preocupados.
Ele se preocupou, cadê seu neném?
Viu Peter sair correndo com Guilherme e mais dois jogadores do ginásio, voltaram em vinte minutos.
Peter viu Jungkook, subiu e foi até o namorado do capitão.
— Cadê o Jimin? — perguntou.
— Estamos procurando ele, mas ele sumiu. — respondeu. — Ele precisa aparecer em dez minutos, o jogo vai começar.
— Por que ele sumiu? — perguntou.
— Não sei, ele viu a escola adversária entrando, se escondeu atrás de mim e depois saiu correndo. — Jeon olhou a escola adversária, e nome.
— Puta que pariu! É a escola que o Jimin estudava. — Peter entendeu. — Jake, Tae, Polina vamos achar o Jimin, e Selina, manda trazerem o caminhão de coleta.
— Coleta? — Peter perguntou.
— De corpos. — Jake respondeu.
— Após o jogo, esses jogadores todos vão para o saco. — Jeon desceu com seu bando.
Ele foi procurar fora do ginásio, olhou o ônibus da escola.
Será que Jimin está ali?
Foi checar, entrou e ouviu um fungar conhecido.
— Neném? — foi passando pelos assentos, achou Jimin encolhido no último banco chorando. — Neném!
Sentou ao lado do neném choroso, abraçou ele.
— Não vou conseguir jogar Kook. — falou entre as lágrimas. — Eu sinto falta de ar olhando para eles.
— Você vai neném! Você já superou traumas maiores, esse é só mais um, e eles não podem mais te fazer mal. — colocou em seu colo, limpou as lágrimas do rostinho do namorado. — Eu te amo, e não vou deixar que nenhum deles toque um dedo em você.
— Mas... — Jeon negou.
— Sem "mas", você consegue! Você será capaz de jogar e fazer seu time vencer, eu acredito nisso! — encorajou o mais novo.
— Certeza? — confirmou. — E se eu sentir falta de ar?
— Pense que eles sentiram falta de ar para sempre. — entendeu que seu namorado irá matar todos. — Só relaxe, e acalme seu coração, o ar irá voltar! — concordou. — Vamos? O time precisa de você!
— Vamos! — levantaram e saíram do ônibus.
— Você está mais lindo com o novo uniforme! — elogiou o namorado.
— Obrigado! — olhou que roupa seu mafioso está usando. — Por que veio de regata?
— Eu gosto, ciumento! — entraram no ginásio. — Vai lá meu anjo!
— Eu consigo! — respirou fundo.
Entrou e dessa vez ganhou atenção do time da antiga escola.
Não acreditaram ao ver ele vivo.
— Park, você está bem? Consegue jogar? — o treinador perguntou, confirmou. — Dois ficam no banco.
"Gui você fica e entra no próximo set".
— Okay! — falou.
"Smith vai entrar no terceiro set".
— Smith, terceiro set você entra. — Peter passou.
— Graças a Deus! — achou ótimo.
Mudou toda a estratégia sabendo como sua antiga escola jogava.
— Certeza que isso vai dar certo? — confirmou. — Tudo bem. — Peter explicou cada passo.
Entraram para jogar, Jimin sempre respirando fundo.
O jogo iniciou, do seu lado não falavam porque o que iria ser feito era passado por sinais.
Mas o lado adversário xingava o capitão, Park tentando ignorar.
O treinador pediu tempo após um jogador fazer o sinal, se reuniram.
— Por que eles não param de te xingar, capitão? — perguntou ao tatuado.
"Eles faziam bullying comigo na antiga escola, por isso mudei" Peter passou.
— Esse é o motivo de te xingarem? — confirmou.
— Tem sorte que não é basquete, ia perder o pé. — voltaram para jogar.
O primeiro set terminou com eles perdendo.
Jimin não conseguia se concentrar sendo xingado.
— Precisa se concentrar, Jimin, eu sei que não é legal o que estão falando, mas eles estão alçando o objetivo, te fazer perder. — Peter falou.
Passou a mão no cabelo estressado e irritado consigo mesmo.
Pensou.
Lembrou do que fazia para não ouvir comentários sobre ele enquanto andava nos corredores da antiga escola.
Correu até o vestiário e pegou algo, voltou. Bebeu água, garganta seca.
Colocou os fones e ligou a música no último.
— Espera. — Gui o parou, ajeitou a testeira mais para baixo, deixando os fones seguros. — Agora vamos derrotar esses filhos da puta!
Voltaram a jogar, Jimin concentrado dessa vez, e mais afiado.
Terminando o segundo set empatados.
Mas isso não foi suficiente para o capitão, se terminassem o terceiro set empatados teria um quarto, e ele não quer isso.
"Terceiro set, você e mais quatro bloqueando".
— Eu e mais quatro vamos fazer o bloqueio no terceiro set. — Jimin apontou quem seria, os mais altos.
Bebeu água, toalha no rosto, está suado.
Se alongou, respirou bem fundo antes de voltar.
O apito soou, Park concentrado em marcar pontos e guiar o time.
No meio do set o bloqueio já deixou três bolas passarem.
Peter olhou Jimin.
"Deixa outra bola passar e eu corto sua cabeça!" Ameaçou.
"Okay!".
Guilherme não pulou alto o suficiente para conseguir marcar.
"Ou pula mais alto, ou não pula nunca mais!"
"Sim, capitão!" Fez o que foi mandado.
— Esse é meu garoto! — Jungkook falou orgulhoso.
— Todo orgulhoso do namorado. — Jake provocou. — Nem parece que está para matar um time inteiro de vôlei.
— Cala a boca, Jake! — ficou quieto.
— Como ele pula nessa altura, mas não alcança o armário de casa? — Jeong perguntou ao marido, olhando a altura que seu filho pulava.
— Adrenalina, na hora que passar ele volta a não alcançar nada de novo. — Vittorio respondeu.
A pausa foi feita, os dois times sentaram.
Tiraram a rede, e os líderes de torcida da outra escola entraram.
Jimin nem prestou atenção, passava o que iriam fazer para Peter, isso era mais importante.
"Entendeu? Se não for feito assim, vamos perder!".
— Sim, faremos isso. — concordou.
Só na hora que os líderes de torcida da própria escola entraram que passaram a prestar atenção.
O povo da escola fez mais barulho que a outra.
— Quem gritou "Melissa gostosa"? — Polina procurando quem falou isso da sua namorada.
— Amigas delas, para de ser ciumenta. — Jeon falou.
— Olha quem fala, quem inventou o ciúmes.
Dançaram e animaram perfeitamente, Caleb e Melissa foram as duas pontas da torre. Pularam, sendo pegos.
— Melissa mandou bem na coreografia, mas ela nunca irá saber disso. — Jimin riu do Peter elogiando a brasileira em segredo. — Meu namorado foi perfeito!
Tomaram sua posição como animadores novamente.
O jogo voltou a todo vapor.
"Bloqueia eles, não deixe a bola passar".
Jimin sentia a adrenalina correndo em suas veias, seu coração batendo forte, e seu cérebro passando o que fazer para cada membro do corpo.
Se sente vivo fazendo isso.
— Faltam dois minutos para o jogo encerrar e a escola campeã após quatro anos consecutivos mudar o rumo do jogo, e sair campeã por mais um ano. — ouvia nas caixas de som. — Eles tentam fazendo uma jogada quase perfeita, mas Peter Baudin camisa treze, faz um bloqueio perfeito.
— Ele foi ameaçado pelo capitão. — o outro comentarista falou. — Se não bloquear, vai morrer, e ele vai sair vivo porque fez mais um bloqueio perfeito!
— Nosso intérprete acabou de comunicar que o capitão está fazendo uma mudança nesse último minuto de jogo. — falou. — A troca de capitão fez bem para o time da escola Soongsil.
— Com certeza, o capitão marca mais um ponto deixando impossível a escola Kyun Lee os vencer. — Jimin sem ouvir os comentários feitos por conta do fone.
— Capitão Park Jimin está se preparando para talvez marcar o ponto da vitória. — todos concentrados.
— Eu consigo! — sussurra.
Logo a bola estava passando por cima da rede, e todos olhando.
Eles ganharam?
— Ele marca o ponto da vitória e a escola Soongsil leva o troféu esse ano!..........................
Roupa que o Caleb usou.
Saia e coturno que o Jimin usou.
Quem não gosta, guarde sua opinião para si, por gentileza!
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!
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