|| Capítulo 31 ||

Jimin on.


— Almoçou com o ex, sábado passado. — contou.

— Mentira. — respira fundo.

— Não, eu fui almoçar com meus pais naquele restaurante francês que você gosta, vi ele sentado em uma mesa um pouco afastada, enquanto estava indo agora o banheiro, eu ia ir cumprimentar, mas o ex dele chegou e sentou. — não pode ser verdade.

— Tirou foto? — confirmou, pegou o celular mexeu, e me mostrou a foto dos dois, passou para outra se abraçando. — É o Sehun.

— Só sei ser ex dele porque vi ele uma vez com esse menino ano passado. — foi quando namoraram. — Então, o que vai fazer?

— Eu sinceramente não sei. — respirei fundo, controlei a respiração e os pensamentos.

— Boa sorte! — eu vou precisar. — Quer ir lá pra casa após a escola? Assim vai ser melhor para pensar.

— Aceito, não vou ao treino hoje, não posso suar por conta das tatuagens. — falei.

— Mas quarta-feira tem jogo. — falou.

— Quarta-feira eu já posso. — simples.

Nós subimos direto para a sala, eu fiquei pensando.

Qual o motivo para o Jungkook se encontrar com o ex tóxico dele e não me falar caralho nenhum?

Já me deu foi raiva.

Na hora que bateu o sinal, logo todos eles entraram conversando e rindo. Jin foi para o lugar dele, e logo Jungkook estava sentando ao meu lado.

— O que conversaram, neném? — perguntou.

— Nada demais! — escondendo as coisas de mim.

— Está bem, neném? — confirmei.

A professora entrou, ainda bem!

Passei o restante das aulas no mundo da Lua, pensando. Mas fiz todas as lições, em alguns momentos ficava distraído.

Quando acabou, nós saímos da sala, e eu fui na frente com Jin.

— Você não sabe disfarçar. — não mesmo.

Descemos, fomos ao estacionamento.

"Eu vou ir para a casa do Jin, tchau!" Falei com o Jungkook.

— Tchau! Precisa que eu te busque? — neguei. — Até mais tarde, neném! — nada de beijo para você. — E o meu beijo?

"Não está merecendo!" Entrei no carro que veio buscar o Jin.

— Se lascou! — Peter falou, saiu com Caleb.

Jin após se despedir do Tae, entrou.

Fomos para a casa dele, a mãe dele ficou feliz em me receber. Almoçamos juntos, não comi muito.

Fico sem apetite.

Por que ele foi se encontrar com o ex? Será que ele pretende voltar para o ex tóxico? Eu não faço mais ele feliz?

— Jimin, vem, vamos trocar de roupa. — subimos ao quarto dele, trocamos de roupa para ir a piscina.

Ele entrou, eu só coloquei os pés dentro.

Não posso por causa das tatuagens, os produtos que usam para limpar a piscina causam problemas na tatuagem.

Tive uma ideia, liguei para o Vittorio, o lugar que ele está é cedo agora.

— Oi, Jimin! Aconteceu alguma coisa? — eu acordei ele.

— Oi! Não e sim. — é complicado. — Preciso de um conselho.

— Espera. — esperei. — Pode falar, é sobre o quê?

— O Jungkook. — Jin está atravessando a grande piscina nadando de costas. — Ele se encontrou com o ex tóxico dele no sábado, almoçaram juntos, e ele me disse que não iria se encontrar com o idiota, agora está escondendo de mim que fez.

— Mata o ex dele. — aquele conselho bem familiar. — Conversa com ele, e pergunta sobre isso, ouça a resposta, senão for de acordo com o que você sabe, mostra que sabe de tudo, e veja ele se contorcer para explicar.

— Já fez isso né? — perguntei.

— Sim, seu pai jurava que conseguia esconder as coisas de mim, nada fica escondido de mim. — eu notei. — Tente resolver tudo conversando, com tranquilidade, você vai saber fazer isso. Mas se ele levantar a voz, deixa ele falando sozinho, nunca fique ouvindo alguém gritar com você.

— Acho que consigo fazer isso. — eu consigo.

— Você consegue! Se algo der errado, fica na casa do Jin até nós voltarmos, ou pode ir para casa mesmo. — tudo bem.

Conversei mais um pouco com ele, surtou duas vezes por ouvir minha voz.

Passei a tarde com o Jin, antes das 18:00 horas eu estava chegando na casa do Jungkook.

Entrei e estava tudo quieto, ele não é está aqui!

Subi para o quarto, tomei banho e de olho nas tatuagens. Quando saí cuidei delas, coloquei o plástico adesivo novo, menos nas costas que não consegui.

Escovei o dente, e saí do banheiro de roupão. Vesti um pijama no closet, bem confortável. Passei desodorante e perfume, fiquei sem creme. Voltei ao quarto e deitei na cama, fechei os olhos.

Acabei dormindo, pensando no Jungkook.

Deve ser por isso que acordei com ele me chamando para comer, levantei devagar, calcei a pantufa e saí do quarto coçando os olhos.

Desci para o primeiro andar, entrei na sala de jantar. Ele comprou frango frito e batata. Sentei, peguei um pouco, comecei a comer.

Eu estava ali, minha mente não.

Minha mente estava longe.

— Se divertiu na casa do Jin, neném? — perguntou.

— Muito! — respondi sem ânimo.

Continuei comendo, terminei rápido porque foi pouco.

— Não vai comer mais? — perguntou.

— Não. — saí da sala de jantar.

Subi ao segundo andar, caminhei pelo corredor, entrei no quarto dele. Após escovar o dente eu deitei na cama de novo.

De bruços, com os olhos fechados.

Eu ouvi o barulho dele entrando no quarto, foi para o banheiro, e logo ouvi o chuveiro. Passei esse tempo só pensando, e lutando para não dormir de novo.

Que sono!

Jin me cansou na casa dele, ele está fazendo uns exercícios doidos, me obrigou a fazer. Estou todo dolorido! Era para deixar o corpo flexível, não sei qual a necessidade.

Ele saiu do banheiro e entrou no closet, mas não demorou para sair. Abriu a porta da sacada, deve estar fumando.

Virei na cama, sentei, peguei meu celular. Calculei quanto tempo pode durar a conversa, para ver quantas horas irei dormir.

Pouquinho, estou quase desistindo e indo dormir sem conversar.

— Neném. — não olhei, entrou no quarto. — Por que está me evitando?

— Não estou te evitando. — eu tô sim.

— Você está! E sendo frio. — vou ficar um iceberg se não me dar as respostas certas.

— Senta, nós vamos conversar Jungkook. — ele sentou.

— O que quer conversar? — como vou matar seu ex sem deixar rastros que mostram que fui eu o responsável.

— Eu vou te fazer umas perguntas, coisa fácil. — mas decide o futuro da sua vida. — Você Jungkook, não quer me contar nada?

— Não. — pensou. — É, não.

— Esse final de semana, o que você fez? — essa é a sua chance de me contar sem que eu grude no seu pescoço.

— O que passou? — confirmei. — Eu fui ao casamento, fiz as tatuagens em você, assisti filme com você, a maioria do tempo estávamos juntos.

Nem vem que não tem.

— Por que está perguntando isso? — eita como a memória dele é fraca.

— Jungkook, última chance, o que fez nesse sábado? — já tô me estressando.

— Neném, eu já falei. — respondeu.

— Falou uma porra Jungkook, que merda é essa? — mostrei a foto dele com o ex. — Quantas vezes tenho que repetir, se eu perguntar algo, já sei a resposta e mais um pouco?

Ele olhou a foto, e está tenso.

— Está me seguindo? — ele quer apanhar, ele.

— Tinha maconha no seu cigarro? Está pensando que sou o que para te seguir? O Jin estava almoçando com os pais nesse restaurante e te viu lá, iria te cumprimentar, mas o idiota do seu ex apareceu. — cada coisa. — Jungkook, agora você me fala o motivo para se encontrar com seu ex, e rápido.

— Ele queria pedir desculpas. — respira fundo.

— Que bonitinho! Um fofo ele! Por que não me levou junto? — perguntei.

— Ele pediu para eu ir sozinho. — eu vou voar no pescoço daquele filho da puta.

— E agora você obedece ex? Você obedece ex Jungkook? Tinha que ter me levado junto, você me decepcionou hoje. — se acalma.

— Só por não te levar. — ainda acha pouco?

— Fica quieto para não piorar a sua situação. — fui educado. — E não é só por não me levar.

— Por que então? — perguntou.

— Porque há um mês disseste que não iria se encontrar com ele sem eu estar junto, e sábado se encontrou com ele sem mim, você mentiu! Mentiu para mim! E quando te dei a chance de ser sincero, me contar, não quis ser verdadeiro. — falei calmo.

— Não te contei porque você fica paranóico com todos os meus ex-namorados. — ri sem humor.

— E sua solução para eu não ficar paranóico é esconder que se encontrou com o ex? Parabéns! Nota zero, Jungkook. — idiota. — Caso não tenha percebido, ele só queria te encontrar porque ainda gosta de você, e você deu margem de abertura para ele pensar que podem reatar, agiu excelentemente bem! Estou impressionado, sinceramente!

Levantei.

— Onde vai? — perguntou.

— Dormir! Já que seus motivos para se encontrar com seu ex sem mim, é minha culpa. — peguei meu celular. — Eu e minha paranóia, vamos dormir em outro quarto.

— Neném, volta aqui. — saí do quarto.

Entrei em outro, e tranquei a porta.

Deitei na cama e me cobri, ouvi ele batendo à porta.

— Neném, vamos conversar. — não.

— Jungkook, eu tô cansado, me deixa pelo menos dormir. — não quero conversar.

Chorei até dormir, que ódio!

[...]

Acordei, sem vontade nenhuma de sair da cama, olhei a hora na mesa de cabeceira, 06:00 horas.

Eu não vou ir hoje, não sei disfarçar com meus amigos que estou bem sendo que não estou nem perto de estar, então ficarei por aqui mesmo.

Espero que ele vá, quero ficar sozinho!

Voltei a dormir, e permaneci assim por um bom tempo, simplesmente não queria acordar. Quando finalmente despertei, fiquei encarando o teto.

Notei que ele estava no quarto, sentado na poltrona, logo após a mesa de cabeceira no canto do quarto.

Como ele entrou aqui? Deve ter uma chave reserva.

Levantei e fui para o banheiro, escovei o dente e lavei o rosto. Fiquei criando coragem para sair.

Quando saí, ele continua no mesmo lugar.

— Não vai falar comigo, neném? — não.

— Quem resolveu não falar, foi você Jungkook. — cruzei os braços. — Eu sou sincero com você no que posso, o máximo que consigo para te contar tudo, mesmo sendo coisas que vão me doer falar sobre o assunto porque não quero te deixar no escuro sobre mim.

Ele levantou, veio e parou na minha frente.

— Neném, está me fazendo sentir pior. — ótimo! — Eu não queria te causar insegurança com isso, então evitei falar.

— Jungkook, o que eu sou seu? — perguntei.

— Namorado. — respondeu.

— Exatamente, e você é meu namorado, estamos de igual para igual. Quando o Caleb apareceu te causando ciúmes e insegurança, o que eu fiz? — perguntei.

— Não se encontrou com ele. — exato!

— Você expôs o que sentia em relação a ele, eu ouvi, e me coloquei no seu lugar, "É, eu também não gostaria de ver ele se encontrando com algum ex", então simplesmente não o fiz, não foi e não é difícil. — simples. — Agora você achou que seria excelente se encontrar com seu ex, sem me falar nada, me levar junto, e esconde quando eu pergunto do assunto, se queria realmente evitar que eu ficasse inseguro não deveria nem cogitar ir.

Tô falando com calma, eu não grito, falo tudo com paciência e calma, mas a entonação mostra como me sinto.

— E ainda diminuiu o que eu sentia quando falei que me decepcionou, Jungkook, você é meu namorado e eu te amo muito, como não quer que eu me decepcione quando mente e esconde as coisas de mim? — eu vou chorar, que ódio! — Você está pisando em ovos de novo, eu já disse que mesmo sendo diferente das pessoas que se envolveu, posso aguentar, precisa confiar em mim e me contar as coisas.

Foi falar, fiz sinal de esperar.

Limpei meu rosto.

— Eu serei o mais claro possível agora, se você se encontrar com qualquer ex novamente sem me falar, ver o que eu penso, ou me levar junto, não teremos outra conversa dessa. — agora é óbvio. — Você é meu namorado, precisa respeitar os meus sentimentos, me ouvir, confiar em mim, colocar o que eu sinto como prioridade, porque eu faço isso ao máximo, eu estou sendo o seu presente e quero ser o seu futuro, mas sem mentiras ou falta de confiança.

Tive que limpar de novo, com a barra do moletom.

Sempre choro falando sobre como me sinto.

— Me perdoa, neném? — pediu, ele deixou duas lágrimas caírem. — Eu entendo o seu lado, e você tem razão, não deveria ter me encontrado com meu ex , nem mentir para você. — não mesmo. — Quero você para sempre ao meu lado, não vou mentir novamente, não confiar em você, ou esconder algo, porque não quero te perder.

— Não vai me perder se for sincero. — falei.

— E eu serei, prometo melhorar! — quero ver isso na prática. — Me perdoa, e me dá uma chance de mostrar que não errou em aceitar meu pedido de namoro?

— Eu te perdoo, tem sua chance. — abriu os braços, abracei ele. — Se encontrar com seu ex, eu juro que mato você e ele.

— Não duvido. — fez carinho no meu cabelo.

Beijou meu pescoço.

— Eu te amo! Não quero que chore novamente por minhas atitudes impensadas. — tô sensível! Não me toca.

— Eu te amo! — muito.

Nós deitamos e ele continuou fazendo carinho no meu cabelo, já estava quase dormindo quando meu celular tocou. Ele pegou e me entregou, é a Melissa ligando.

Atendi, ela apareceu, mais Peter, Jin e Caleb.

Grudados, para ver.

— Na cama, Jimin? E a escola? — perguntou.

— Eu vou falar para os professores que você faltou para dormir. — Peter falou, Caleb bateu nele. — Tá! Eu não falo.

— Pau mandado do cacete, puta que pariu! — Jin falou. — Jimin, está bem?

Mostrei eu e o Jungkook, ele já entendeu

— Faltou foi para dar? Que putaria é essa Jimin? Porno grátis, pode encostar o celular em algo que nós vamos assistir, alguém busca a pipoca. — essa Melissa é doida.

— Falar para a Polina sobre isso. — Jungkook falou.

— Ela sabe que namora uma fujoshi safada. — o que é isso? — Boa transa para vocês! Tchau!

Ela desligou.

— O que raios é fujoshi? — perguntei.

— Uma menina que gosta de ver dois homens se pegando. — com certeza a Melissa é, falou que qualquer casal gay está se beijando, ela sai de onde estiver e vai atrás para ver.

Agora hétero, nem se move.

— Avisar Vittorio que não precisa mais te matar. — mandei mensagem.

— Contou para ele? — confirmei.

— Ele me aconselhou, caso contrário, eu teria mandado mensagem a sua avó, sei que ela não gosta do Sehun. — ele estaria fudido!

— Eu teria sido deserdado. — exatamente. — Neném.

— Hum? — encostei meu nariz em seu peito, cheiroso, dá até vontade de morder.

— Você iria terminar comigo? — perguntou.

— Não. — respondi.

— Por que não? — ele quer que eu termine.

— Porque eu cumpro minhas promessas. — só falei isso. — Agora chega de perguntas, eu quero dormir.

— Dorme neném, dorminhoco. — voltou a fazer carinho no meu cabelo.

Eu dormi novamente, é que não quero tomar remédio para dor de cabeça, dormir é mais fácil. Não foi um longo sono, um cochilo de duas horas.

Quando acordei, pensei que ele teria me deixado sozinho, mas ao me mexer senti seus braços ao meu redor.

Espera, onde eu estou?

Passei a mão.

— Por que está me alisando, vermelhinho? — que susto!

— Vai assustar outro. — eu tô em cima dele. — Por que eu tô em cima de você?

— Você subiu. — que maravilha! — Me abraçar não pareceu suficiente, aí subiu, parecia um coala.

Eu inconsciente gosto de estar no colo, estando consciente me acho pesado e tenho vergonha.

— Por que não me tirou? — perguntei.

— Sabe que eu gosto quando fica no meu colo, não iria te tirar, estava fofo. — cada coisa.

Tentei sair, ele me segurou.

— Precisa vencer esse trauma, neném. — falou. — Eu não te acho pesado.

— Tudo bem! Mas me deixa sair, eu quero ir ao banheiro. — aí eu consegui sair.

Tô apertado e ele me segurando.

Após usar o banheiro, laveis as mãos, sequei, aproveitei e escovei os dentes. Ele ainda está deitado, deitei ao lado dele.

— Preferia quando estava em cima. — resmungou.

Respirei fundo, subi devagar em cima dele.

— Bem melhor. — abraçou meu corpo. — Não está com fome?

— Não. — conversei um pouco com ele antes de ouvir meu celular tocando de novo, ele pegou e me passou, respirei fundo. — Oi, Vittorio!

— Um dia eu me acostumo com isso, oi, Ji! — ainda não acostumou. — Você comentou que fez aula de dança pela internet, mas queria mesmo era pole dance.

— Sim, meu pai iria descobrir e seria difícil explicar. — falei.

— Eu expliquei, tem uma pequena escola de pole dance perto da sua escola, te matriculei e você começa ter aulas hoje às 18:30. — sentei.

— Sério? — perguntei feliz.

— Muito, e não se preocupe com a questão de não falar, procurei um lugar que tivesse pessoas capacitadas para responder suas perguntas, os professores falam linguagem de sinais, terá mais alunos como você ou condições parecidas. — legal! — Você vai?

— Com certeza. — sempre quis aprender.

— Eu vou te mandar a lista de coisas que eles falaram que precisa para as aulas, pede para esse mafioso russo sem vergonha comprar. — olhei o Jungkook. — Depois me conte como foi sua primeira aula.

— Tudo bem, obrigado Vittorio! — agradeci.

— Não foi nada, se cuide! — sempre. — Agora vou ligar para o seu irmão, tenho a impressão que ele está conseguindo convencer o Yoongi a faltar na escola, seu irmão está doido para repetir de ano.

— Deve estar mesmo, o bocó faz tudo pelo meu irmão. — sem motivo o Jungkook não me ajuda a faltar, ódio!

— Não duvido, é uma cobrinha manipuladora. — ele é mesmo. — Você é outra, mas isso é assunto para depois, tchau!

— Tchau! E eu não sou cobrinha manipuladora. — ele riu e desligou.

— Você é sim, neném. — bati nele. — Esse doeu.

— Fica quietinho. — falei.

— O que Vittorio ligou para te falar? — perguntou.

— Eu vou fazer aula de pole dance. — respondi animado.

— Vai ficar mais gostoso dançando. — bati de novo. — Mãozinha pesada.

— Preciso ver a lista de coisas para comprar. — entrei na conversa com o Vittorio, ele enviou o arquivo, abri para ler, coisas básicas.

— Neném lindo! — continuei olhando. — Como está me faz imaginar coisas.

Olhei para como estou, sentado em seu colo e ele deitado.

Pensei, lembrei dos livros.

— Você não presta! Mente poluída. — ele riu. — Precisamos almoçar, e ir comprar as coisas para minha aula, vamos, anda.

Saí de cima dele, e do quarto.

— Me espera. — correu para me alcançar, e eu corri dele descendo as escadas, até estar na sala de jantar. — Te peguei!

Abraçou-me, hoje ele vai ficar um grude.

— Cansei! — respirei fundo.

— Essa corrida te cansou? — respeita meu cansaço!

— Algum problema? — perguntei.

— Nenhum neném. — é bom mesmo.

— A comida está pronta, Jungkook e Jimin. — ouvimos a cozinheira.

Me soltei dele e sentei, coloquei para mim. Fez o mesmo, enquanto eu estava querendo almoçar em silêncio, ele engoliu uma vitrola quebrada.

— O que acha neném? — olhei para ele.

— Sim. — voltei a comer.

— Sim? — perguntou.

— Sim, você deve comprar mais um carro se é isso que deseja. — eu tô ouvindo, mas respondi o mínimo para ele ter mais tempo para falar. — Aproveita enquanto pode, quando eu for um Jeon, não vai mais gastar dinheiro a toa.

— Mesmo sabendo disso, ainda quero casar com você esse ano. — bebi um pouco do suco. — E não é a toa.

— Kook, você tem seis carros, qual a necessidade em comprar mais um? — perguntei. — Deveria investir esse dinheiro para ter mais, comprar uma casa, um apartamento, alugar e ter mais dinheiro, pensar no nosso futuro, filhos são caros, eu sou caro.

— Como consegue deixar a ideia incrível de ter mais um carro tão supérflua? — é meu jeitinho.

— Eu tenho que ser assim, porque você é muito mão aberta. — apenas o fato. — Quando casar o dinheiro ficará sobre a minha tutela, você não sabe guardar.

— Sei sim. — sabe coisa nenhuma.

— É mesmo? — confirmou. — Você guardou dinheiro na adega ao comprar um uísque de um milhão? E na loja de gamers após comprar um computador que compra uma casa em um país pobre? Também guardou na concessionária de motos quando comprou mais duas? Tem dinheiro seu guardado na loja de antiguidade por comprar aquela simples almofada de vinte mil? Quer que eu continue?

— Não. Você vai ficar com o nosso dinheiro. — exatamente.

Terminamos de almoçar, ele levou as coisas para a cozinha.

Subi para o quarto, troquei de roupa. Calça moletom, e cropped sem manga, mas soltinho para não sufocar minha tatuagem. Os dois são azul-claro, gosto dessa cor.

Calcei um tênis branco, da Nike. Fui para o banheiro, passei fio dental e escovei o dente. Entrei no closet só para passar perfume, e pentear meu cabelo.

— Rapidinho Kook. — falei para ele, foi se arrumar.

Peguei meu cartão e desci, fiquei sentado no sofá esperando. Jogando um dos meus joguinhos, passei de fase.

— Vamos, neném? — confirmei.

Levantei e nós saímos, ele foi pegar o carro, veio com o de cinco lugares, eu entrei e coloquei o cinto.

— Qual primeira loja precisamos ir? — perguntou.

— É só uma. Sabe o restaurante que me levou na semana passada? — confirmou. — Naquela rua.

— Sim, senhor. — saímos da propriedade.

O caminho para a loja foi tranquilo, eu fiquei jogando enquanto ele dirigia.

Na loja, eu entrei olhando tudo ao redor. Jungkook pegou uma cesta e nós fomos pegar as coisas da minha lista, não foi difícil.

— Quer levar isso, neném? — mostrou um corset de couro.

— Eu não te falo nada! — segui no corredor.

— Me espera. — ficou ao meu lado de novo. — Acabou sua lista?

— Não, falta duas coisa, mas eu não achei. — falei.

— O quê? — perguntei.

— Essas meias e esse suspensório de coxa. — olhei a cara dele. — Não pensa besteira seu safado!

— Nem pensei em nada. — claro que não. — Vou perguntar para aquela vendedora.

Fomos até uma das moças, tirar essa dúvida.

— Não temos mais, os últimos foram vendidos ontem, só chega na próxima semana. — droga! — Mas vocês podem encontrar isso no sexshop da esquina da frente.

— Nessa mesma rua? — Jeon perguntou, ela confirmou.

Sexshop? Nem fudendo!

Paguei pelas coisas que comprei aqui, saímos da loja e fomos até o carro, ele colocou as sacolas dentro.

— Vamos? — neguei. — Está com vergonha?

— O que você acha? — eu me recuso.

— É super tranquilo neném, vamos. — eu fui arrastado para lá.

Entrei morrendo de vergonha, tocava "Somo - Or Nah", já dancei essa música.

As vendedoras estão com uma camiseta preta, e o nome da sexshop em azul-escuro. Elas olharam direto para nós, só tem mais três pessoas, acredito que esse horário vem poucas pessoas.

Sem falar que tem um site, pessoas preferem comprar online para não passar essa vergonha.

Uma sorriu demais, e veio na nossa direção.

— Jungkook! — conhece meu namorado, que maravilha!

— Narin! — e ele conhece ela.

Não é coreana, e é muito bonita!

De todos que já vi que Jungkook ficou, ela é a mais bonita.

Se abraçaram, acredita nisso?

— Você deve ser o famoso Jimin? — confirmei. — Jungkook, fala muito de você, vejo também as muitas fotos que ele posta contigo, é mais bonito pessoalmente.

— Você namora, sai fora Narin. — ciumento!

— Sabe que meu namoro sempre sabe mais um. — que safada!

— Vocês são duas safadas! — ela namora uma mulher.

— Não, somos inteligentes! Onde cabe duas, cabe três. — realmente safadas. — Ainda mais se for esse fofinho aqui.

— Você não presta, Narin! — eu ri, e ela também.

— Namorado ciumento esse seu, Jimin. — não viu nada, menina. — O que precisam? Vibradores? Dildos? Lubrificante? Fantasia sexy?

— Nada disso. — tem tudo isso aqui? Chocado! — Jimin vai começar a fazer aula de pole dance, e precisa de meia mais um suspensório de coxa.

— Jungkook tem muita sorte, puta que pariu! — concordo. — Venham, é por aqui.

Ela nos levou até a parte que tem o que eu preciso, peguei duas meias, e dois suspensórios, um branco e o outro preto.

— Só isso mesmo? — confirmei. — Então vamos ao caixa.

Fomos para lá, ela mesma passou as coisas.

— Na compra acima desse valor, ganha um lubrificante, qual sabor você quer? — perguntou diretamente para mim.

Apontei o de morango, ela colocou na sacola, Jungkook só olhando.

— Obrigado por comprar aqui! Espero ver vocês novamente! — falou sorrindo, me passou a sacola.

— Tchau! Doida! — ele falou.

— Jimin, não esqueça minha proposta, sempre cabe três. — ri novamente.

Saí com o Jungkook da sexshop.

— Primeira pessoa que você já ficou que é legal, gostei dela. — falei.

— Como sabe que já fiquei com ela? — perguntou pegando minha mão.

— Acabou de se entregar gênio. — as pessoas não veem como são bocó. — Então você foi trocado por uma mulher, que situação!

— Ei! Não foi bem assim. — olhei para ele. — Talvez tenha sido, a namorada dela trabalha para mim, assim que se conheceram.

— Você ainda ajudou, que trágico! — falei rindo.

— Ninguém me respeita nesse relacionamento. — nunca respeitei.

Abriu a porta do carro para mim, quando chegamos, eu entrei e coloquei o cinto.

Voltamos para casa, eu subi com as minhas coisas e ele foi para o escritório.

Guardei no closet, voltei ao quarto e deitei na cama.

Abri minhas mensagens, respondi meu pai, o grupo, Taehyung querendo saber uma coisa do Jin para o presente que ele vai comprar. Tinha uma do Peter, entrei para ver.

Peter
Jimin, hoje vai ter uma seleção para os novos jogadores, o capitão precisa estar presente.

Peter
Vai ser às 17:00 horas, e o treinador quer falar com você.

Tudo bem, estarei lá!

Liguei a televisão, coloquei em um filme, e comecei a assistir. Quando chegou a hora de me arrumar, eu fui tomar banho. No closet, vesti uma calça moletom preta, camiseta branca. Calcei um all star branco.

Me perfumei, arrumei uma mochila com as coisas da aula de pole dance.

Desci ao primeiro andar, fui até o escritório, ao abrir a porta já ouvi Jungkook xingando alguém, nada de novo.

Esperei ele terminar a ligação, não demorou.

— Não está cedo para a sua aula, neném? — perguntou.

— Não, eu preciso ir à escola, terá uma seleção de novos jogadores e eu irei, o treinador também quer falar comigo. — respondi. — Pode me levar, ou está ocupado? Eu posso chamar um Uber.

— Vou te levar, neném. — levantou. — Posso me arrumar?

— Tem dez minutos. — falei.

— Me espera na sala. — saímos do escritório e eu fiquei na sala, ele subiu.

Dessa vez fiquei olhando vídeos de gatinhos no Instagram, são tão fofinhos!

Eu quero um gato!

— Neném? — ele está brincando com uma bolinha de lã. — Toquinho?

— Tô indo! — levantei, olhei para ele. — Está arrumado demais!

— Obrigado!? — vão ficar cobiçando aquilo que me pertence.

— Ainda vou te esconder! — ele riu.

— Neném ciumento! — sou mesmo.

Dessa vez ele pegou o Hennessey, o caminho para a escola foi tranquilo. Ouvindo nossa playlist, intercala entre uma música do meu gosto e do gosto dele.

Parou no estacionamento da escola, veio e abriu a porta para mim, saí. Fomos até a quadra, tem bastante meninos querendo entrar para o time de vôlei.

Peter se aproximou de nós.

— E aí, Jungkook? — fizeram um toque estranho. — Jimin.

"Oi Peter!", Falei.

— Vamos? — confirmei.

"Me espera na arquibancada" beijou minha bochecha e se foi.

— Primeiro falar com o treinador. — passamos por ele, só era para falar sobre o jogo de amanhã. — Agora os jogadores.

"Tem quantos?" Perguntei.

— Vinte e cinco, primeira vez que tem tantos querendo entrar. — bastante mesmo. — Como fará para escolher?

"Coloca eles para jogar, dois times, um ficará com um jogador a mais".

— Okay! — chamou os que querem entrar. — Eu sou Peter Baudin, segundo capitão, esse é Park Jimin, o capitão.

Treinador e suas ideias malucas.

— Temos cinco vagas no time, e 25 pessoas querendo entrar, então o capitão decidiu que vocês vão jogar. — incrível minha ideia. — Eu vou escolher os dois times, um terá um jogador a mais.

Ele separou os dois times, entregou a bola e desejou "boa sorte".

Sentamos, começaram a jogar e eu olhando a ficha de todos.

— A maioria entrou nesse bimestre na escola. — Peter comentou.

"Onde está as notas da outra escola?" Perguntei.

— Virando a folha. — virei, olhei as notas de todos.

Agora ver eles jogando, comecei a observar.

"Tira o de camisa vermelha, está pisando nos pés dos outros para conseguir marcar ponto sozinho, é um time unido, não de um só" passei para o Peter.

— Você de camisa vermelha time dois, tenta de novo no próximo bimestre. — saiu bravo. — Podem voltar a jogar.

Continuaram a jogar, eu observando cada movimento.

"Quem vai entrar serão esses", mostrei as fichas ao Peter.

— Eles são bons, estou de acordo. — ótimo! — Vamos mostrar ao treinador.

Mostramos todas as fichas, ele concordou.

Peter os fez parar de jogar, fizeram uma fileira.

— Quem eu falar o nome, dê um passo a frente. — assim sucedeu. — Vocês vão entrar para o time, podem pegar seu uniforme, amanhã antes do jogo.

Os outros foram embora, tente na próxima.

— Amanhã nós normalmente perdemos a última aula e já ficamos treinando até a hora do jogo, então durmam bem para não ficarem com sono. — exatamente. — Estão liberados. — o lembrei do jogador com cabelo cacheado. — Menos você.

Ele veio até nós, é menor que eu.

Os dois baixinhos do time.

— Ainda não te vimos na escola. — Peter falou.

— Eu estudava em casa, mas minha mãe achou melhor eu fazer o último ano na escola. — a tá! — Vou começar amanhã.

"Pergunta de qual sala ele é".

— Serei da última sala do corredor, sala A. — é a nossa.

"Sabe linguagem de sinais?" Confirmou.

— Minha mãe dá aulas, há mais de quinze anos, acabei aprendendo. — ele não é coreano legítimo.

Lembrei de uma coisa.

"Você é gay?" Peter não entendeu minha pergunta.

— Sim, por quê? Gays não podem jogar? — se preocupou.

— Se fosse assim estaríamos sem capitão e o segundo. — Peter comentou.

"Você pode jogar", isso está ligado a outra coisa. "Está solteiro?".

— Você está dando em cima de mim? — Peter riu.

— Não mesmo, Jimin namora aquele badboy que dá medo em todos. — apontou Jungkook na arquibancada.

"Você está?" Tenho alguém para te apresentar.

— Estou. — que maravilha!

"Não vai embora correndo amanhã depois do jogo".

— Tudo bem! — foi embora.

— Tu vai apresentar ele para quem? No nosso grupo todo mundo namora, está querendo acabar com qual relacionamento? — perguntou.

"O Jake não namora" lembrou do solitário do grupo.

— É mesmo, esqueci que você vai arrumar alguém para ele. — cupido eu. — Você já pensou na hipótese dele não querer se envolver com mafioso? E o pior, um mafioso da máfia Russa.

"Isso o Jake vai contar para ele, meu papel é só a parte amorosa, contar que ele mata pessoas não é comigo".

— Você é uma cobrinha. — calúnia.

"Ele vai se dar bem com a Melissa, é brasileiro".

— Mais um brasileiro, só espero que esse me respeite. — eu ri.

"Ninguém te respeita, Peter" cada coisa.

— Não precisa dizer a verdade. — precisa sim.

— Neném? — Jeon ficou ao meu lado. — Vamos?

"Sim. Tchau!" Me despedi do Peter.

— Até amanhã! — saímos da quadra e depois da escola.

De carro fomos até a escola de dança, proibi Jungkook de sair do carro.

Entrei sozinho, na recepção a moça falava linguagem de sinais, foi fácil para ela me indicar onde eu deveria ir.

Terceiro andar, sala cinco. Entrei morrendo de vergonha, sorte que eu cheguei cedo, só tem duas alunas, dois alunos, e os professores.

— Cabelo vermelho, Jimin, né? — um dos professores perguntou, confirmei. — Fique à vontade.

Fui para o fundo, sentei no chão como os outros. Logo chegou mais gente, e quem eu não iria esperar nunca que se interessasse por esse tipo de coisa.

Caleb, quando me viu ficou surpreso.

Sentou perto de mim.

"Não sabia que você gostava de coisas assim" ele comentou.

"Nem eu, sobre você" chocado.

"Eu gosto, e também umas coisas aí" que coisas?

"O quê?" Perguntei.

"Roupas destinadas a meninas" quase abri a boca, mas evitei para não parecer tão chocante. "Mas só uso quando estou sozinho, minha mãe não liga, só que tenho vergonha de usar em público".

"Eu tive vergonha de usar cropped na escola, mas depois acostumei com os olhares, mesmo que você aparecer de saia seja um pouco chocante, só vai perder a vergonha se tentar".

"Um dia eu tento, agora vou superar a vergonha dessa aula" tamo junto!

A primeira professora começou a falar, prestamos atenção.

Ela explicou como funcionária.

— A professora Lee, irá apresentar algo no pole e daremos seguimento aos demais assuntos. — eu me surpreendi que o pole era solto, preso apenas em cima, e a música não ser sensual.

Era "The Rose - Olivia Rodrigo".

Eu fiquei encantado vendo ela dançar tão lindamente, perfeita!

Quando acabou, ela voltou para perto dos outros três professores.

— Como puderam ver, o pole dance não está associado completamente a uma coisa sensual, sexy, ou vulgar. Pode ser algo tranquilo, clássico, calmo, contemporâneo, etc. — explicou. — Nós temos nessa sala vinte alunos.

— Mas eu e a professora Song, damos aula de pole dance nesse estilo, nada sensual, sexy, sedução. — a professora Lee falou. — A professora Kim, e o professor Eric dão aula sobre esse conteúdo.

— Quem irá querer ficar nessa sala? — a de clássico perguntou.

Nem eu, nem Caleb levantamos as mãos.

Eu já sei dançar música sensual, é mais fácil eu ir em algo que estou acostumado.

— Vocês terão onze alunos, pode levar. — nós saímos e fomos para a sala dez, maior e três paredes espelhadas.

— Quero que vocês se apresentem. — o professor Eric falou, fudeu! Foram falando seus nomes. — Os três que estão no fundo, são Jimin, cabelo vermelho.

— Dá um aceno, Jimin. — acenei morrendo de vergonha, fizeram o mesmo.

— Caleb, o loiro. — acenou também. — E a Sam.

Uma moça de cabelo rosa, cortado Chanel, muito bonita!

— Pode contar porque vocês não se apresentaram? — eu confirmei, Caleb também, e a Sam. — Jimin tem fala seletiva, Caleb não fala em situações que o deixam nervoso ou estressado, e a Sam tem fala seletiva como o Jimin.

Alguém como eu.

— Não é a mesma coisa? — alguém perguntou. — Sem ofender, não entendi mesmo.

— Jimin, explique e eu passo para ela. — pensei.

"Fala seletiva mesmo quando eu estiver calmo não irei conseguir falar porque não depende do meu estado de espírito, ou do meu humor, só consigo passar a falar se tenho um laço muito forte com a pessoa, caso contrário nada vai sair da minha boca".

Ele passou exatamente o que eu falei para ela.

— Agora ficou claro, obrigada! — agradeceu me olhando, de nada menina, não é todo mundo que sabe diferenciar.

— E vocês três fiquem aqui na frente, é mais fácil para ajudar responder uma dúvida. — fomos para frente.

— Primeira lição. — ele anotou na lousa enquanto ela falava. —  Dançar pole dance não precisa ser necessariamente grudado na barra, você pode dançar ao redor dele, com ele, ou nele.

Eu vou amar isso aqui.

— Eu vou dar o exemplo. — Eric colocou a mão na barra. — Dançando ao redor. — fez o que disse. — Com ele. — ele dança muito bem. — E nele. — aí se pendurou na barra girando. — Entenderam?

Pelo menos eu entendi.

— Agora, segunda lição. — como conseguir se pendurar na barra. — Eu e a professora Kim, que temos anos de prática conseguimos nos segurar, com calça, vocês são novatos, troquem a calça pelo shortinho, e fiquem descalços.

— Vestiário é ali, direita menino e esquerda menina. — apontou.

Eu e Caleb seguimos juntos, tem mais dois meninos na sala.

Já saímos com shortinho e descalços, o meu é um shortinho moletom preto.

Quando todos voltaram começaram a explicar.

— Não pense que você vai segurar todo o seu peso em duas mãos, ou você vai acabar caindo, ou deslizando até o chão. — a professora falou.

— Agora na prática. — ele demonstrou, e eles foram passando como iria fazer devagar.

Uma mão, depois a outra e suspende o corpo.

Consegui de primeira.

— Parabéns Jimin! — olhei Caleb, na segunda tentativa ele conseguiu.

Após todos conseguirem o feito de se pendurar no pole, veio a outra parte, as pernas.

Foi muito engraçado, ver as meninas deslizando até o chão.

Eu já estava abraçado com o pole só olhando.

O vôlei me ajudou ter a mobilidade com o corpo, caso contrário eu estaria deslizando também.

Ainda conseguimos aprender bastante coisa para a primeira aula, saí suado, com dor, mas feliz.

Me despedi do Caleb, e fui até o carro. Jungkook está do lado de fora, mexendo no celular e fumando.

— Vai acabar com o seu pulmão, estressadinho. — ele me olhou.

— Neném. — jogou o cigarro no chão e pisou em cima. — Não estou estressado.

— Você só fuma quando está estressado. — falei.

— Só queria relaxar mesmo, vamos? — confirmei.

Abriu a porta do carro, eu entrei e coloquei o cinto. Ele deu a volta, entrou no carro e colocou o cinto.

— Como foi a aula? — perguntou.

— Foi demais! Eu amei tudo, já consigo ficar na barra, me segurar com duas mãos e de ponta cabeça. — incrível! — E meus professores são ótimos.

— Por que eu fui imaginar? — se perguntou, bati na perna dele.

— Safado! — ficar imaginando eu lindo na barra, mas na imaginação dele com toda certeza, de roupa eu não estava. — E como o Caleb também está fazendo, foi bem legal.

— O Caleb do Peter? — esse mesmo. — Isso foi surpreendente.

Surpreendente foi o que eu descobri, ele disse que vai me mostrar as roupas.

— Eu poderia ter escolhido pole dance clássico, calmo, e contemporâneo, mas preferi o sensual mesmo. — que dor nas minhas pernas.

— Você gosta de provocar, né? — o que eu fiz?

— Mas eu não fiz nada, só estou contando da minha primeira aula. — pode nem contar as coisas. — E na minha próxima aula, amanhã, eu vou aprender como movimentar o corpo no pole.

— Que bom que gostou, neném, estou feliz por você conseguir fazer algo que ama. — eu também.

— Obrigado! — voltamos para casa, eu subi para tomar outro banho e ele ficou pedindo o que nós iríamos comer, porque eu não vou fazer nada.

Após meu banho e lavar meu cabelo, passei gel nas pernas, aqueles que queima, mas melhora a dor. No closet, coloquei um shortinho do pijama preto com ursinho e a camiseta do Jungkook, preta.

Sequei meu cabelo, passei óleo e reparador de pontas. Passei creme nas tatuagens, o próprio para elas.

Lindas.

Caleb gostou de ver a borboleta, e duas meninas elogiaram minhas tatuagens que estavam visíveis. Gostaram bastante da cobra, também amo ela.

Estava concentrado olhando o pinguim e o gatinho no meu braço, não ouvi Jeon chegando.

Só senti duas mãos na minha cintura e um beijo na minha nuca.

— Quer me matar do coração? — que susto.

— Só se for de amor. — beijou meu pescoço. — Cheiroso.

— Ainda nem passei perfume. — só desodorante, que não tem cheiro ou minha pele irrita.

— Passou creme? — perguntou.

— Só nas tatuagens. — apenas nelas.

— Mas você está cheiroso. — deve ser meu cabelo. — Eu te amo tanto!

— Não. — falei.

— Por que? — conheço esse tom.

— Porque é loucura gastar dois milhões em uma garrafa de cem ml de uísque, se comprar ficarei de greve, minha boca não tocará a sua. — doido da cabeça.

Dois milhões não acha no lixo para gastar com coisa assim.

— Você é tão malvado neném. — discordo. — Mas eu te amo mesmo assim.

— Eu também te amo! Ainda é não. — passei perfume e saí do closet.

Calcei minha pantufa, e ele me seguindo tentando me convencer que seria uma boa ideia.

— Não é uma boa ideia, nunca sequer foi uma ideia, pode esquecer, não vai comprar. — saí do quarto.

— Neném mal! — sim, é o mafioso russo sanguinário que todos tem medo, nem parece né menina?

Por isso eu me negava a acreditar que esse ser bicudo era capaz de matar alguém no início.

A conta não fechava.

Quer ver ele passar a parecer o mafioso?

— Kook, eu vi hoje uma menina que colocava apelidos em mim na antiga escola. — realmente vi.

— O que ela falava de você? — perguntou sério.

— Que eu parecia um porco, também me chamava de rolha de poço, Peppa Pig entre outros. — vários outros.

— Onde viu ela? — ele vai matar ela.

— Perto da escola. — entrei na sala de jantar, nossa comida na mesa.

Sentei, peguei minha parte. Abri a garrafa de suco, coloquei o canudo.

— Não vai comer? — perguntei.

— Vou. — se sentou do meu lado. — Por que não me contou mais cedo?

— Estava ansioso para a aula. — simples.

— Tudo bem! A próxima vez que vir alguém que já te fez mal no passado, me conta imediatamente. — confirmei, delícia de comida. — Esquilinho.

— Eu não pareço um esquilo. — falei com a mão na frente da boca, chato!

— Parece sim. — eu vou bater nele!

Ele ficou o jantar inteiro dizendo quais animais se apreciam comigo, sempre no diminutivo.

— Por que sua assassina de aluguel colocou o apelido em mim de "protegido gato arisco"? — perguntei.

— Após ela matar o último que te bateu, seguiu você até em casa para ver senão aparecia mais um na reta, e você saiu correndo ao perceber que estava sendo seguido, excelente extinto neném. — fez carinho no meu cabelo. — Por isso, gato arisco, e protegido é por eu te proteger.

— Entendi! — não pareço um gato arisco. — Comer um docinho.

— Não pode. — você me odeia? — As tatuagens, toquinho.

— Mas um só? Bem pequeninho, por favor Kook-ah? Vai, só um. — negou. — Você não me ama mais? Está bravo comigo? Hein Kook.

— Deveria ser crime você ser tão persuasivo e fofo. — obrigado! — Só um bombom.

— Te amo! — beijei a bochecha dele e fui para a cozinha, abri a geladeira, minha parte de doces.

Peguei um bombom, saí da cozinha e ele está juntando as coisas para jogar fora.

— Que bombom grande é esse? — perguntou olhando.

— Você que comprou. — saí rapidinho e subi correndo. — Ai, minhas pernas!

E meu coração.

Que está assim, se você não parar, eu paro.

Fui até o quarto recuperando minha respiração, terminei o bombom quando entrei.

Escovei os dentes e deitei, cansado!

Ele entrou e foi para o banheiro, outro banho, nem sujou e vai tomar mais um banho.

Dormi antes dele sair do banheiro.

[...]

Eu acordei primeiro que o Jungkook, estava apagado, por algum motivo eu estava em cima dele. Levantei devagar, ele continuou dormindo.

Entrei no banheiro, fiquei decidindo se tomava ou não banho.

— Ontem a noite eu tomei. — resmunguei. — Mas hoje tem o jogo, e após jogar eu vou ter que tomar banho, sem falar da aula de pole dance, depois dela outro banho. — pensei. — Três banhos no total.

Nada de banho agora.

Escovei os dentes e lavei o rosto, passei creme diurno em seguida, saí do banheiro.

No closet decidi o que eu iria usar, calça cargo preta, cropped sem manga azul-escuro. Calcei um coturno, tô quase pronto.

Após me perfumar, arrumei meu cabelo.

Passei protetor solar nos braços, pescoço e rosto. Só uso em spray, fácil e prático.

Quando saí, Jungkook ainda está dormindo.

Me aproximei da cama.

— Jungkook. — sacudi ele, não adiantou de nada. — Kook.

Passei a mão em seu rosto, tão fofinho dormindo, acordado o cão fica com inveja.

— Acorda Kook. — cutuquei a bochecha dele.

— Hum? — finalmente.

— Hora de acordar, precisa se arrumar para a escola. — falei, ele abriu os olhos. — Bom dia, Kook-ah!

— Bom dia, neném! — beijei a bochecha dele e me afastei.

Entrei no closet, peguei meu iPad e já saí. Ele está sentado na cama, processando que acordou.

— Rápido Kook, ou vamos nos atrasar. — falei e saí do quarto.

Desci para o primeiro andar, sentei no sofá. Enquanto ele se arrumava, estudei um pouco, consegui fazer um resumo da prova que vai ter hoje na primeira aula.

Ele finalmente apareceu, levantei e saí de casa.

Logo o carro parou na minha frente, Hennessey. Entrei, coloquei o cinto.

No caminho para a escola eu fui escrevendo e estudando, bem tranquilamente.

— Tem bala? — perguntei.

— Lembrou que eu existo? — dramático.

— Eu estava estudando para a prova Kook, e não ignorando a sua existência. — falei. — Mas tem bala?

— No porta-luvas. — abri, peguei uma e fechei. Coloquei na boca.

— Minha atenção é toda sua, fale. — vamos ouvir o drama da vez.

— Você está estudando para essa prova há duas semanas, não precisava estudar mais hoje e me ignorar completamente. — passar a chamar ele de neném.

— Mas Kook, essa prova vale 70% da nossa nota, e eu quero ir bem, por isso me concentrei nela. — ainda está bicudo. — Desculpa se sentiu ignorado, da próxima vez eu estudo longe de você.

— Obrigado! — sinceramente.

O restante do caminho fomos conversando, eu dando atenção ao bebê ignorado.

Ao chegar na escola ele estacionou o carro, veio e abriu a porta para mim. Saí olhando a roupa dele.

— Não pensa que está arrumado demais? — perguntei.

— Mas eu sempre uso isso, calça, regata e jaqueta. — não, hoje está mais arrumado.

— Só uma coisa. — me aproximei do pescoço dele. — Muito cheiroso.

— Obrigado? — andando cheiroso e arrumado, o fim da picada.

— Cabelo preso com a franja solta, eu vou te esconder Jungkook. — ele acha engraçado, até tentar abrir a porta e ver que está trancado. — Vão ficar olhando o que me pertence.

— E a história de você não me pertencer, nem eu a você? — chutei a canela dele. — Neném agressivo.

— Eu tentei ser um namorado calmo e tranquilo, mas te dei muita liberdade, quer andar arrumado e cheiroso por aí, não se faz mais namorado como antigamente. — segurei em sua mão entrelaçando nossos dedos.

— Ciumentinho! — beijou meu pescoço. — Por que não falar da sua roupa?

— Estou normal. — falei.

— Não está mesmo, você está mostrando mais do seu corpo que eu. — foi falando do estacionamento até o nosso andar, sobre como minha roupa vai fazer meninos imaginarem coisas.

— Ciumento! — concordou.

— Se tratando de você, eu sou. — nem notei.

Entramos na sala, Peter está sentado com Caleb, e o novo jogador com a Melissa, Guilherme, dois brasileiros.

Fomos para o nosso corredor.

— Jimin, me salva. — Caleb implorou.

"O que aconteceu?" Perguntei.

— Tira o Peter daqui. — é, sentar com o namorado é uma delícia.

Parecido com tortura.

"Sinta como eu sofro, boa sorte!" Sentei em meu lugar.

Melissa virou para trás, fez Guilherme fazer o mesmo.

— Gui, esse é Park Jimin, para os íntimos cobrinha venenosa. O cara de mal, é o Jeon Jungkook, namorado da cobrinha. — Melissa falou. — E esse é Guilherme da Silva.

"Eu já sabia quem ele é, Melissa, ele vai jogar no meu time" falei.

— Mas ele não sabia do Jungkook. — contestou.

— Esse que vai apresentar ao Jake? — sussurrou no meu ouvido, confirmei. — Oi! Não aceite nada que o Jimin quiser te apresentar.

Bati na perna dele.

"Fica na sua!" Não atrapalha meu serviço de cupido.

— Quem você vai apresentar para ele? — Melissa perguntou. — Eu ia apresentar meu primo.

"Se quiser que sua namorada continue na Coréia, deixe o seu primo no Brasil" ou ela vai para a Rússia.

— Eu IA, não vou mais, cobrinha! — não sou.

Jin chegou com Tae, olhou estranhando a presença do Guilherme, e Peter estar com o Caleb.

Tae nem ligou, só sentou e deitou a cabeça na mesa, esse não dormiu a noite.

— Quem é esse? — Peter tem razão, Jin já mostra quem é nas primeiras frases.

— Ele entrou para o time de vôlei, e vai estudar na nossa sala, é o Guilherme da Silva. — Melissa apresentou. — E esse ser com cara de nojo é o Kim Seok-jin, não liga, ele olha assim até para os amigos.

Olha mesmo.

— Oi! — Guilherme falou.

— Oi! — Jin o cumprimentou. — Taetae, tem carne nova.

— Não chama os alunos novos de carne nova, Jinnie. — virou para trás. — Oi! Kim Taehyung! Namorado dessa cobra criada.

Voltou a deitar a cabeça na mesa.

— Por que ele está com sono? O manteve acordado a noite toda né Jin, seu safadinho? — Melissa já pensando o pior.

— Eu não, ele passou a noite naquele lugar que teve a festa. — se defendeu.

— Que festa? — Guilherme perguntou.

— Uma festa da máfia. — Melissa disse tranquila retocando o gloss da boca.

— Máfia? Que máfia? — olhei o Jungkook, e ele me olhou.

— Do Jungkook. — ela ainda não percebeu sobre o que está falando.

Isso que dá passar tempo demais com mafiosos, você pensa ser a coisa mais normal do mundo, e não é.

— É brincadeira, né? — ela negou ainda se olhando na câmera do celular.

— Minha namorada, e o Tae fazem parte da máfia russa, o Jungkook é o lider. — a tranquilidade que ela fala isso é incrível.

— Máfia russa. — ele vai desmaiar.

Não desmaiou, mas ficou pálido.

— Respira fundo, eles são de boa, não é tão ruim quanto parece. — é pior.

— Se ele continuar com medo, como vou apresentar o Jake? — perguntei ao Jungkook.

— Logo ele acostuma. — falou.

— Como você consegue ficar tão calma com mafiosos russos? — perguntou.

Boa pergunta!

Eu surtei quando descobri que o Jungkook era mafioso.

— Porque o Jungkook mesmo se eu o irritar muito ele não pode me matar pelo namorado dele me amar. — se exibiu. — Os amigos do Jimin são intocáveis, ele ameaça nos matar de vez em quando, mas não vai matar realmente.

— Bom dia, alunos! — a professora entrou.

Colocou seu material em cima da mesa.

Caleb já afastou a cabeça do Peter do pescoço dele umas dez vezes.

Eu tô ganhando, já afastei a cabeça do Jungkook umas vinte.

— Deixa o meu pescoço em paz, safado! — cheirando e beijando, como eu vou me concentrar desse jeito? — Amanhã eu venho sem perfume.

— Ainda vou ficar te cheirando. — tarado!

— Um minuto de atenção. — olhei para frente. — Vocês terão duas aulas para fazer essa prova, são noventa perguntas.

Estudei pouco, puta que pariu!

— A única consulta permitida é a mente, não quero nada em cima da mesa, apenas lápis e caneta. — essa professora está substituta a que teve bebê, ela é o cão. — Se conversar perde ponto, olhou para o lado perde ponto, e se colar perde a prova, como ela vale 70% da nota, mesmo se tiver todos os outros trabalhos feitos, vai reprovar na minha matéria. — falei que ela é o cão. — Aí nas férias de verão, ficará duas semanas aqui comigo.

Deus me livre.

— Última coisa, desfaçam as duplas. — sabia que ela iria fazer isso.

Levantei e tirei minha mesa de perto do Jungkook, sentei novamente.

Ele já tinha colocado lápis, caneta e borracha na minha mesa.

Meu iPad está embaixo, não vou te usar agora.

Guilherme colocou a mesa dele na direção da minha, Peter ficou na frente dele, e Jin em sua frente.

— Jimin. — olhei para ela. — Entregue as provas.

Levantei e fui até ela, me entregou o pacote de provas.

Mesmo ela sendo o cão, eu sou o melhor aluno, e não dou trabalho, então ela me tem como favorito.

Para poucos, no caso da minha sala, só para mim mesmo.

Comecei entregando pelo lado da porta, e fui até chegar na fileira da janela, o que sobrou devolvi a ela.

— Obrigada! Pode voltar ao seu lugar. — me curvei e voltei.

Sentei-me, esperei.

— Podem começar a fazer. — ao abrir, vi muitos querendo chorar.

Eu comecei a fazer, sem pressa. Terminei em uma aula, levantei a mão e ela veio pegar.

Livre, obrigado cérebro! Mandamos bem!

Deitei a cabeça na mesa e fiquei viajando em pensamentos. Fui longe, em outro planeta. Após viajar por outras constelações, voltei a Terra, a professora já estava saindo da sala.

Jungkook puxou minha mesa e cadeira, juntas.

— Bem melhor! — falou.

— Sentiu minha falta? — perguntei.

— Sim. — não demorou para estar beijando meu pescoço.

— Isso é vício Kook, vou te colocar em uma clínica. — ele riu.

— Se você não gostasse já teria me impedido há muito tempo. — cada coisa que eu escuto.

— Quietinho Kook, para eu continuar te amando. — falei.

Ele pegou o celular, e estava escrito Polina, atendeu, logo desligou.

— Eu vou precisar sair neném. — por quê?

— Vai me deixar aqui sozinho? — perguntei.

— Infelizmente sim, mas eu acredito que chego a tempo de ver você jogando. — ele não vai chegar. — Se algo acontecer, me liga, e eu venho correndo.

— Tá! — já posso ligar?

— Tchau, mimado! — ele mimou.

Me deu dois selinhos e levantou.

Passou na mesa do Taehyung, se despediu do Jin, os dois saíram da sala.

— Onde eles foram, Jimin? — Melissa virou perguntando.

"Algo que envolve a máfia" respondi.

— Jimin. — olhei para o lado, Caleb com as coisas dele. — Posso sentar com você?

"Pode. Não aguentou o Peter?" Sentei no lugar do Jungkook, e ele no meu.

— Não, toda hora beijando meu pescoço, como eu vou explicar essas marcas para a minha mãe? Parece que fui atacado por um mosquito faminto. — é assim mesmo.

Peter foi encher a paciência do Jin, rapidinho ganhou uma cadernada na cabeça.

— Meus cachinhos, passivo agressivo. — se preocupou com os cachos.

— Hoje após o jogo, você quer ir lá em casa? Vou te mostrar meu closet. — Caleb me chamou.

"Tudo bem, eu vou" ver as saias.

Durante o intervalo eu fiquei na biblioteca, queria achar um livro para o trabalho de história, após achar eu voltei para a sala e fiquei lá.

As últimas aulas foram tranquilas, e antes de acabar eu, Peter e Guilherme descemos para a quadra.

Treinamos bastante, depois fomos almoçar. Ficamos de bobeira na quadra, Guilherme tentando tirar de mim, quem eu vou apresentar, não contei nada.

— É bonito, feio, ajeitado, ou lindo? — pensei.

"Bonito", sou mais Jungkook.
"Já está melhor com a história de máfia?" Fala que sim.

— Sim, Melissa e Jin me tranquilizaram durante o intervalo, explicaram que não morre nenhum inocente. — mas eu tenho certeza que o Jungkook já matou inocente. — E que nada de ruim vai acontecer comigo.

Não mesmo, vou te apresentar um mafioso.

"Você tem dezenove né?" O Jake tem mais de vinte.

— Sim, fiz aniversário semana passada. — vai conhecer o Jake na hora certa.

— Jimin, o Caleb acabou de me ameaçar. — Peter falou.

"Por que?" Perguntei.

— Eu disse que ele era o mais bonito que já namorei. — respondeu.

"Ele tem razão, puto!" Falei.

— Se eu fosse ele te bloqueava. — Guilherme falou.

— Mas eu falei que ele era o mais bonito, onde está o erro? — perguntou.

"Ele não é o mais bonito, tem que ser o único bonito. Você falar que ele é o mais, torna os outros bonitos também, e eles não são perto do Caleb".

— A tá! Vou falar isso. — mandou a mensagem. — Pronto, me amando de novo.

— Quase perde o namorado por ser lerdo. — Guilherme falou.

Assim que deu a hora fomos para o vestiário, eu peguei meu uniforme e troquei na cabine fechada. Calcei meu tênis sentado no banco de frente para o armário, coloquei uma faixa no pulso da Nike.

Saí do vestiário com outros jogadores, ao entrar na quadra o time adversário já está, mais pessoas da escola deles.

Como sempre Melissa, Caleb e Jin sentaram perto. Hoseok veio com o Yoongi.

Mas nem sinal do Jungkook.

— Ele irá vir, fica tranquilo. — Peter falou ao meu lado por ver que eu estava procurando meu namorado.

"Espero que sim" falei.

Guilherme não foi colocado para jogar no primeiro set, não contestei o treinador.

Ninguém marcou um ponto sequer no primeiro, nem no segundo.

Eles são bons!

Antes do terceiro, todo mundo já cansado, reuni e passei a nova estratégia.

Ganhamos com cinco pontos na frente, primeira escola a altura para jogar, as outras perderam de lavada.

Procurei o Jungkook na arquibancada, eu vi Taehyung ao lado do Jin, Polina com a Melissa, mas nem sinal do meu mafioso.

— Na entrada da quadra. — Peter falou.

Olhei, lá estava ele parado de braços cruzados.

Corri até onde ele estava.

— E esse sangue na sua bochecha? — coloquei a mão. — Andou brigando?

— Sim, o sangue não é meu. — limpou e mostrou estar inteiro. — Você jogou bem, neném! Conseguiu mudar o jeito do jogo para marcar ponto, meu namorado é um gênio!

— Eu sou! — concordo plenamente. — Cadê o Jake? — perguntei.

— Contei que você iria apresentar alguém a ele, correu para algum lugar. — será que ele desistiu?

Jake entrou.

— Oi, Jimin! — falou comigo, acenei para ele. — Cadê o futuro pai dos meus filhos?

Eu falo que esses mafiosos são tudo emocionado.

"Espera" olhei ao redor.

Vi Guilherme bebendo água, com Peter, e mais dois jogadores.

"Eu vou receber a medalha e venho te apresentar ele".

— Onde achou roupa para se trocar? — Jeon perguntou, ele foi se arrumar.

— Na loja, eu comprei. Não iria conhecer ele com a roupa suja de sangue. — faz bem.

Saí de perto deles, recebi mais uma medalha, tiramos a fotos.

Falei com meu irmão, disse que levou um puxão de orelha por não ir à escola, bem-feito!

Depois fui até o Guilherme que falava com uma mulher, deve ser mãe dele.

— Mãe, esse é Jimin, Jimin essa é a minha mãe Andreia. — ela estendeu a mão sorrindo, apertei.

— Caleb me falou de você. — eu sou falado entre os pais dos meus amigos.

"Espero que coisas boas".

— Com certeza! Jogaram muito hoje, parabéns! — agradeci. — Filho, eu já vou indo, porque ainda tenho mais uma turma. — se despediu do filho. — Prazer te conhecer, Jimin.

"O mesmo" ela foi embora. "Pronto?".

— Não, mas vamos. — nervoso que só. — É aquele de costas com seu namorado? — confirmei. — Tatuagem na mão, e uma aranha na nuca, no Brasil significa que a pessoa é criminosa e matou pessoas. — me fiz de sonso. — Quanto ele tem de altura?

O Jungkook tem 1,80, ele deve ter.

"1,88, eu acho".

— Vou parecer um anão perto dele, mas assim que eu gosto! — excelente, então ignora que ele é mafioso.

Caminhamos até perto dos dois, eu fiquei do lado do Jungkook, só cutuquei e ele já entendeu.

— Guilherme, esse é Jake Bengtisson, Jake, esse é Guilherme da Silva, amigo do Jimin. — Jungkook apresentou.

— Oi, Guilherme! É um prazer te conhecer. — estendeu a mão, Guilherme está chocado com o Jake.

— Oi! É um prazer te conhecer também. — apertou a mão do mafioso. — Você é mais alto de perto.

— Tenho 1,89, costumo parecer alto. — parecer? Perto de mim, pareço criança. — E você é menor que o Jimin, tem quanto de altura?

— 1 e alguma coisa, isso não é importante. — 1,56, ele é um toco. — Jimin, disse que iria me apresentar a alguém, mas não deu muitos detalhes.

— Isso eu mesmo faço, está livre agora? — eu e o Jungkook só assistindo.

— Sim, completamente livre. — se casem e tenham filhos.

— Quer ir comer algo? Aí eu te conto mais sobre mim, e vice versa. — continua assim.

— Aceito. — e foram felizes para sempre. — Eu vou tomar banho e nós vamos.

— Te espero aqui. — Guilherme se juntou a outro jogador e foi para o vestiário. — Jimin, eu te amo!

— Ama nada. — Jungkook ciumento falou. — Puro interesse neném.

— Ele é lindo! — é mesmo. — Você acrescenta tudo que o Jeon não tem, positivo, o lado negativo da força está só com ele.

Ri com isso.

— Continua, e eu acho algo para você fazer em dois tempos. — levantou as mãos em rendição.

"Vou ir tomar banho, depois ir para a casa do Caleb" informei meu namorado. "Você me busca na escola de dança?"

— Sim. — me despedi dele e fui até o vestiário.

Tomei banho, e vesti outra roupa. Calcei o tênis e saí do vestiário, Caleb me esperava.

Fomos caminhando até a casa dele.

— Eu via sempre você postando materiais avançados de estudo no grupo, estudava mesmo sem saber o porquê. Peter me contou que vocês vão terminar o ano mais cedo, eu fiquei triste porque terminaria no final do ano como o restante da escola. — comentou. — Mas essa semana abriu a inscrição para a prova de novo, e eu consegui me inscrever.

"Não sabia que eles iriam reabrir" falei.

— É, mas dessa vez não é para todos, você não pode ter nenhuma reclamação, nota baixa, ou ter repetido alguma vez, e os professores concordarem com a sua boa conduta em sala. — bem mais difícil. — Guilherme também vai se inscrever, ele já deixou o nome dele lá, amanhã vai ter a resposta dos professores.

"A mãe dele queria que ele terminasse o último ano na escola, ele achou um jeito de terminar mais cedo".

— Pediu para terminar na escola, não deu os detalhes, agora falta dois meses para ele terminar a escola. — sim.

Chegamos à casa dele, a mãe dele estava na cozinha.

— Mãe, Jimin está comigo. — ela olhou para nós, me curvei em respeito.

"Olá, senhora!"

— Olá, Jimin! — falou sorrindo. — Acabei de tirar brownie e Cookies do forno.

— Vou levar para o quarto. — Caleb colocou em um prato, subimos para o quarto dele, acendeu a luz. — Vem, é por aqui.

Abriu a porta de correr, entramos, ele acendeu mais uma luz, o prato ficou em cima da ilha.

— Bem-vindo ao meu closet. — grande. — Pode comer.

Peguei um Cookie.

— Vou pegar para te mostrar. — tirou de uma parte uma pilha dobrada de roupa. — Promete que não vai me julgar, nem me achar estranho?

"Prometo!" Desdobrou a primeira peça, mostrando uma saia.

— Eu amo essa. — certas peças eu fiquei chocado.

"Peter sabe sobre essas roupas?" Perguntei.

— Não mesmo, ele é muito safado. — me mostre um ativo que não é. — Ontem eu estava chupando um pirulito, falou que eu estava seduzindo ele.

"Normal, todo ativo é assim".

— O Jungkook é safado? Ele parece ser tão fofo com você. — até ri.

"Não se deixe enganar, ele é terrível!".

— Não parece. — mas é. — Essas duas são para você.

"Sério?" Confirmou, "Obrigado!".

Uma é quadriculada preta, e a outra é azul bebê plissada, lindas!

— Se quiser só guardar tudo bem, eu que tenho coleção não consigo usar fora de casa. — eu vou usar.

"Deveria usar, você fica muito bem com elas, e ninguém irá te julgar enquanto estiver comigo".

— Como assim? — perguntou.

"Eu peço para o Jungkook matar quem fizer isso, ou só bater bastante" respondi. "Irei usar essas saias, no dia eu te falo e nós vamos juntos, okay?".

— Okay!

Ficamos conversando até dar a hora de ir para aula de pole dance.

Estávamos caminhando pela rua para a escola, senti que estava sendo seguido.

Olhei para trás, não vi ninguém.

— Por que parou, Jimin? — Caleb me perguntou.

"Nada, vamos!".

Não quero assustar ele.

Continuei andando, até sentir uma mão segurar meu braço de forma que machucou.

Olhamos a pessoa, meus olhos arregalaram.

— Quem você pensa que é para mandar gente atrás de mim, putinha de mafioso?






















































































Guilherme da Silva.

Quem apareceu para dar um agito?

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!

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