|| Capítulo 28 ||
Jimin on.
— Você disse que não tem medo, vamos ver se com uma arma na sua cabeça vai conseguir repetir. — falou.
— Eu estou com medo por ela. — Peter resmungou.
— Ainda não vou sentir medo. — fica quieta Melissa.
— É o que vamos ver. — como ele fica bonito assim.
Ele mexeu no revólver e colocou bem na têmpora da Melissa.
— Não tem medo? — negou. — Sua mãe todos os dias faz o mesmo caminho, passando na frente daquele jardim de girassóis, sempre traz um pra você porque sabe que a filha única é apaixonada por essa flor. E se ela um dia não trazer mais, e a única coisa que vai receber será uma ligação dizendo "Sua mãe foi baleada na frente de um jardim de girassóis, pode vir reconhecer o corpo", talvez a encontre segurando sua flor favorita.
— Eu sabia que não devia ter feito amizade com você, Jimin. — Peter sussurrou para mim. — Teu namorado é psicopata!
É nada menino, só está com o ego ferido mesmo.
Ou ele é?
— Quem sabe assim sentiria medo. — fala que está com medo, ou ele vai piorar.
— Não pode matar minha mãe. — não era essa a resposta.
— Eu posso, quem não posso mexer é você, é amiga do Jimin, e está saindo com uma das minhas, apenas em você não posso tocar. — apertou o gatilho assustando ela.
Ele tirou as balas, porque foi seco.
— Quer desistir? Não é vergonha, só uma pessoa aguenta esse jogo até o final e sou eu, ninguém da máfia aguenta. — fala que desiste criatura.
— Vou até o final. — tinha que ser brasileira.
— Sei que está começando a sentir medo, suas mãos estão suando e tremendo, seu coração está acelerado, e sua mente a faz pensar "ele realmente não atiraria em mim por ser amiga do Jimin?". — ele não é doido. — Será que sua vida vale tudo isso?
Vale, mate ela e eu te mato!
Estou passando tempo demais com mafiosos, tô até pensando em matar.
— Você tem um apego muito grande naquele cachorrinho, qual o nome mesmo? — fingiu pensar. — Max.
Nome diferente para cachorro.
— Como ficaria se encontrasse o Max sem vida? Ou gemendo de dor? Seria sua culpa. — tu mataria um cachorro, Jungkook? Quanta crueldade. — Seu pai, homem interessante.
Melissa é mais apegada ao pai que à mãe, agora ela vai sentir medo.
— O caminho que ele faz todos os dias para voltar do trabalho, passa por uma rua escura, e casas abandonadas. — ela sabe onde é, o corpo dela reagiu ao ouvir sobre a rua. — E então.
Mais um tiro seco.
— Uma noite como qualquer outra, o pneu daquele BMW vermelho. — Jeon sabe de tudo, misericórdia. — Vai furar, e a morte estará lá esperando por ele. — é agora que você fala que está com medo. — Um corte profundo na garganta, assim ele não vai conseguir gritar para pedir socorro, mais duas perfurações nos pulmões, que vai fazer ele se afogar no próprio sangue, e a culpa será toda sua.
— Ele é psicopata, Jimin! — Peter sussurrou.
— Não esqueci do seu padrasto. — estou quase roendo as unhas.
Polina é a mais preocupada de todos, olhando o relógio. Então tem um tempo para durar esse jogo.
Outro tiro no seco, se assustou mais uma vez.
— Ele é policial, e eu odeio a polícia. — odeia com força. — Passaria um tempo a mais com ele, te faria uma surpresa. — algo me diz que ela não vai gostar dessa surpresa. — Ele chega do trabalho às 18:00 horas em ponto. Naquela cozinha tem facas interessantes, usaria todas, mas aquela mais afiada que costuma ser usada para cortar a carne para o jantar, irei usar para o desmembrar, primeiro cortar as pernas em quatro partes, em seguida os braços, e por fim a cabeça.
Fala que está com medo, fala Melissa.
Atirou no seco de novo.
— A surpresa, colocaria todas as partes do corpo em uma caixa de boneca, quando criança seu sonho era ter uma boneca para montar todo o corpo, e deixaria essa caixa no meio do seu quarto, com um bilhete "Seu sonho de menina enfim foi realizado, hora de brincar Melmel". — ela arregalou os olhos.
Não entendi.
— Você sentiria medo, Melissa? A morte encontrou toda a sua família, todos aqueles que você mais ama no mundo, primeiro a sua mãe, seu cachorro, seu pai, e seu padrasto. — joguinho do mal. — Mas agora você pode brincar com a boneca, colocar lindas roupas da cor do arco-íris, porque a Melmel é apaixonada por arco-íris desde os quatro anos de idade. — ela não vai desistir? Outro tiro. — Mas a Melmel não terá a Belinha para brincar, um acidente de carro levou a Belinha embora, realmente foi acidente? Como um carro vai deslizar na pista sem estar chovendo? A morte também encontrou sua melhor amiga, e a culpa é sua! — um tiro seco.
— Eu desisto! Estou com medo! — começou a chorar.
Que dó!
Ele soltou a arma e abraçou ela.
Deixou a ferida por último, que namorado malvado eu tenho.
— Desistiu em menos de dez minutos, é a vencedora, eu não passo dos cinco. — Jake falou.
— Nunca que eu jogo algo assim, tenho psicológico para isso não. — Peter falou.
— Também não. — Jin concordou. — Jimin não tem medo do Jungkook, então ele passaria a Melissa.
— Mesmo após ver isso, não sente medo? — Tae perguntou, confirmei.
"Quanto tempo o Jungkook dura nesse jogo?" Perguntei.
— Quanto tempo for necessário, já ficou uma hora. — Polina respondeu.
— Uma hora? Citasse meus pais eu já chorava e desistia. — Peter falou. — Jogo do demônio.
— Eu gosto de banco imobiliário, bem melhor. — Jin comentou.
— Vocês são os primeiros fora da máfia a assistir a esse jogo, e Melissa a primeira a participar sem ser da máfia. — Selina pegou a arma dela.
— Privilégio que eu não queria. — Peter resmungando. — Ele tirou todas as balas?
— Não, fica uma. — Jake respondeu.
— Errado, ele tirou todas. — Selina mostrou.
— Você não vai matar eles, né? — Melissa perguntou após se afastar do Jungkook. Polina deu lenços a ela, secar as lágrimas.
— Não, não posso matar a sua família. — era só para dar medo. — Eles estão no combo de não matar você. Só queria te deixar com medo, e consegui.
— Seu namorado é o maior pilantra, Jimin! — ela falou. — Como sabe de tudo que citou? Não foi pelo Jimin, eu nunca contei a ele.
— Todos que se aproximam do Jimin, eu preciso saber de tudo, até seu tipo sanguíneo eu sei. — agora quem está chocado sou eu. — Absolutamente tudo eu sei, até o que falou para a sua psicóloga quando passou há cinco anos.
— Isso que é proteção. — terminou de secar os olhos — Mas fica só entre nós, né?
— Sim, e sua mãe quer falar com você. — ela não entendeu.
— Sua mãe está te ligando. — Polina passou o celular, ela abriu a boca olhando Jeon.
— De tudo. — repetiu.
— Falar para ela passar um tempo no Brasil, e levar o Max, mafioso psicopata! — atendeu a ligação da mãe.
Jeon veio para perto de mim.
— Como está neném? — bem até.
"Estou bem!" Como ele descobriu essas coisas?
— Pesquisando neném, foi pesquisando que sei a vida de todos que se aproximam de você. — lê mentes também? — Já se machucou muito com pessoas ao seu redor, não quero que se machuque.
"Obrigado pela preocupação! Pesquisou sobre mim também?" Negou.
— Não quero invadir sua privacidade. — mas dos meus amigos tudo bem. — E aquilo que eu precisar saber, você vai me contar quando se sentir confortável, não tenho pressa.
"Um dia eu te conto" dia do nunca.
Tem coisas que tendo um namorado assim, é melhor deixar no passado.
Nós ficamos conversando e bebendo drinks sem álcool até dar onze e meia.
Melissa está ótima, nem parece que passou por aquele jogo.
Despedimos de todos, mas antes Jin queria uma foto comigo, nisso tirei com todos os meus amigos.
E um Jungkook bicudo, assim nós fomos para o carro.
Ele abriu a porta e eu entrei, coloquei o cinto. Peguei meu celular e entrei em um joguinho, comecei a jogar quando ele entrou.
— Gostou da festa, loirinho? — perguntou.
— Sim, tem comida. — respondi sem parar de jogar. — E você.
— Neném, eu te conheço, gostou mais pela comida e doces. — conhece mesmo.
— Coisa da sua cabeça. — e olha que não é.
— Mas você não ficou com medo de mim mesmo né? — ele é paranóico com essa situação.
— Não Kook, você não me dá medo, nunca deu. — falei. — Até quando fiquei sabendo de todas as especulações sobre você na escola, que tinha agredido um professor, ser mafioso e tudo mais, não me deu medo, achei engraçado porque não parece, sempre me tratou com carinho e nunca deu motivos para ter medo.
— Que bom! E eu bati em um professor. — parei de jogar, olhei para ele.
— Por quê? — perguntei.
— Ele estava assediando alguns alunos do primeiro ano, e eu fiquei sabendo, perdeu o emprego e um braço. — então tudo bem.
— A tá! — que surra!
— Está bem com isso? — confirmei.
— Desde que não bata em mim, está tudo ótimo. — voltei a jogar.
— Do jeito ruim não. — esse tom.
Mas precisei de um tempo para raciocinar, do jeito ruim? Tem um jeito bom?
Espera, pensei mais um pouco.
— Safado! — bati no braço dele. — Você não presta!
— Eu sei! — mas pelo menos ele parou de se segurar, porque até ontem ele não estava fazendo essas piadinhas.
— Você parou de se segurar. — comentei.
— Me segurar? Sobre o que? — perguntou.
— Comigo, desde sábado você raramente fazia alguma piadinha, ou soltava frases com duplo sentido. — respondi. — Hoje você está normal, foi algo que falei na crise?
— Não. — foi, sei quando ele mente.
— Ta! — fui o caminho inteiro jogando com uma mão, já que ele estava segurando a outra. — Droga, morri!
— E nós chegamos, jogador. — olhei para o lado, estávamos na minha casa.
Ele saiu do carro, veio e abriu a porta para mim. Me despedi dele com um selinho, quem mente para o namorado, não merece beijo.
— E meu beijo? — perguntou.
— Não está merecendo, Pinóquio. — dei um aceno. — Tchau!
— Eu não sou Pinóquio. — certeza?
— Cuidado, seu nariz já é grande, vai crescer mais. — fui até a varanda. — Te amo, mesmo mentindo.
— Também te amo! E eu não minto. — mentiroso.
— Claro que não, eu que minto né? — entrei em casa.
— Quem está mentindo, você ou ele? — Vittorio surgiu do chão.
Ai que susto!
"Quer me matar do coração?" Essa foi quase.
— Desculpa! Mas quem está mentindo? — nem é curioso.
"Ele está" tirei minha bota, saí do hall de entrada. "Cadê meu pai?".
— Foi dormir emburrado. — qual o motivo da vez? — Será que pode falar com seu irmão? Ele não quis me ouvir.
"O que aconteceu?" Agora me preocupei.
— Os dois brigaram. — já fazia um tempo que não acontecia.
"O motivo?" Perguntei.
— Seu irmão queria ir dormir na casa de um amigo, mas seu pai não gosta dos pais desse amigo, então ele não deixou, aí seu irmão com aquela linguinha venenosa já soltou o veneno falando que ele não tem o direito de proibir só por não gostar, que isso não cabe a ele decidir, porque a amizade é dele. — será que piora?
Eu acho que piora.
— Como ele levantou a voz para o seu pai, Jeong quis bater nele, mas aí eu entrei no meio, porque ele iria se arrepender e seria tarde demais para mudar. — eu sabia que piorava. — Seu irmão, já levantou a voz de novo falando "Se me bater pode esquecer que sou seu filho", subiu batendo porta e seu pai foi depois.
"Nossa, as coisas agitaram aqui, né?" Isso não é novidade. "Fazia um tempo que eles não brigavam, Hobi tem o sangue quente, quando não tem as coisas do jeito dele se irrita em segundos atingindo a primeira pessoa que encontrar na frente".
— Então já se acostumou? — confirmei.
"Ele não falou nada para te magoar, né?" Negou.
— Só disse que eu não entendia e voltou a jogar. — menos mal.
"E meu pai?" Os dois são sangue quente.
— Ele não é doido. — amo a forma que o Vittorio tem meu pai na palma da mão. — Sabe que se me magoar, o único que vai sair perdendo será ele, não eu.
Ele é demais!
"Vou falar com o Hobi".
Subi para o segundo andar, deixei minha bota no quarto e fui para o quarto do Hobi, bati à porta.
— Quem é? — perguntou, respirei fundo.
— Seu irmão. — falei.
— Pode entrar. — entrei e fechei a porta, acendi a luz. — Meus olhos.
— Brigou de novo, Hobi? — perguntei.
— Vittorio te contou? — confirmei. — Eu tinha razão.
— Não tinha, quantas vezes tenho que repetir, a partir do momento que você levanta voz, perdeu a razão? — já falamos disso. — Você só tem quinze anos, precisa respeitar seu pai Hoseok, mesmo ele estando errado no seu ponto de vista. O que mudou em você gritar? Conseguiu o que queria? Não muda nada.
— Isso não é justo, só por ele ser meu pai preciso respeitar? — sim.
— Não é questão de ser seu pai, você não grita com as pessoas para conseguir o que quer, pede com educação. — simples assim. — Não vê que eu consigo tudo que quero? Ir em festas tarde da noite, dormir na casa do Jungkook várias vezes na semana, até matar aula, é porque eu peço com educação. Nosso pai não é alguém insuportável, que te prende dentro de casa e obriga seguir as regras dele.
— Mas... — tentou falar.
— Ainda estou falando Hoseok. — não me atropela. — Você precisa amadurecer, não tem mais idade para discutir sobre isso, e se o pai não gosta, deveria perguntar o motivo.
— Não tem motivo. — falou contrariado.
— Tem sim, o pai do seu amigo está sendo investigado por abuso de menor, quem pegou o caso para defender a vítima foi o advogado Lee amigo do nosso pai, por isso ele não quer você lá, entendeu? — anta. — O menino tem a sua idade Hoseok, e um velho de sessenta anos estava o coagindo a fazer coisas horríveis, é em um lugar assim que queria passar a noite? Nosso pai estava te protegendo, e você agiu como uma criança mimada.
Chorando em três, dois, um.
— Desculpa. — chorou.
— Não é para mim, que tem que se desculpar Hoseok. — já entendeu.
Levantou, eu abri a porta e nós saímos, Vittorio no corredor, estava ouvindo atrás da porta.
Foi até o quarto do pai, abriu a porta, teve que acordar o velhinho rabugento.
— Que foi filho, por que está chorando? — perguntou preocupado.
— Desculpa pai. — abraçou o pai chorando.
— Como sabia do pai do amigo dele? — Vittorio me perguntou baixo.
"Quando meu pai comentou que não gostava do pai desse amigo do Hoseok, fui procurar saber quem era, foi fácil entrar nos arquivos de clientes do advogado Lee" contei.
— Então é verdade o boato que anda rolando, que o protegido gato arisco do Jungkook, é um hacker? — o gato arisco sou eu?
"Quem me deu esse apelido?" Perguntei.
— A Kitten, ela voltou a Rússia te chamando como protegido gato arisco. — nem sou. — Agora quem espalhou sobre você ser um hacker, deve ter sido o Jake, maior fofoqueiro de lá, é ele.
— O senhor me perdoa, né pai? — voltamos a olhar os dois.
— Claro filho, e você me perdoa por querer te bater? — com razão, eu tinha batido.
Tô brincando!
— Sim. — ótimo! Estão bem de novo.
"Eu vou dormir!" Saí deixando eles lá.
Entrei no meu quarto e fechei a porta, fui até meu closet, tirei a roupa e guardei. Peguei um pijama e vesti, branco de seda, a parte de cima de alcinha e um projeto de shortinho, ninguém vai ver então tranquilo.
Escovei o dente e tirei a maquiagem antes de deitar.
Olhei o celular, Melissa mandou as fotos que tiramos, Jungkook postou a foto comigo.
Somos lindos juntos.
Fiquei olhando a foto, meu Deus! Eu tenho um namorado que me ama, ainda não acredito.
Comentei na foto e fui para o WhatsApp, responder ele.
Meu Coelhinho
Boa noite! Loirinho mais lindo.
Áudio
Boa noite! Kook-ah, eu te amo!
Logo apareceu que ele estava gravando um áudio.
Áudio meu coelhinho
Você sabe como me fazer sorrir.
Áudio meu coelhinho
Sou completamente apaixonado pela sua voz, e ainda não acredito que posso ouvir ela agora sempre que quiser.
Áudio
Sim, sempre que quiser irá ouvir minha voz.
Áudio
Vou ir dormir, faça o mesmo. Sonhe comigo, e nada perverso seu safado.
Áudio meu coelhinho
Você acaba com a graça toquinho!
Áudio meu coelhinho
Pode sonhar coisas perversas comigo, não ligo.
Vai dormir, Jungkook!
Safado!
Desliguei o celular, coloquei para carregar.
Dormi como um gato, sem pretensão de acordar cedo, odeio fazer isso.
[...] Autora on.
Jeon chegou cedo na casa do namorado, quando mandou mensagem avisando que estava ali e ele nem recebeu, sabia que o espertinho tinha desligado o celular para não ser acordado e perder a hora de ir para a escola.
Tirou o capacete e desceu da moto, deixou ali antes de seguir até a porta da casa. Apertou a campainha, ouviu os passos se aproximando.
— Jeon. — Vittorio abriu a porta.
— Bom dia! Vittorio. — falou.
— Bom dia! Entra. — deu espaço, o russo entrou na casa, tirou a bota. — Calce essas pantufas que tem caveira, o Ji comprou especialmente para você.
Calçou as pantufas que o namorado comprou.
— Ele já acordou? — na cozinha, senhor Park lia o jornal pelo iPad enquanto toma café, e Hobi comendo suas torradas resmungando "queria bacon". — Bom dia! Senhor Park, e Hoseok.
— Oi, Jungkook! — o adolescente falou.
— Bom dia! Jungkook. — Jeong respondeu.
— Não Jungkook, Jimin ainda não acordou. — Vittorio respondeu. — Vamos acordar ele, deve estar querendo dar o golpe igual um certo alguém.
— Eu não dei golpe nenhum, meu celular não despertou. — Hoseok se defendeu.
— Você desligou ele antes de dormir que eu sei. — Vittorio contestou a defesa.
— Isso é uma coincidência. — Jeong negou olhando seu iPad.
— Vamos Jungkook! Continuamos isso quando eu voltar, mocinho faltoso. — subiram para o segundo andar.
— Pai de dois adolescentes com apenas vinte e cinco anos, para quem não queria ser pai, olha onde está. — Jeon provocou o mafioso italiano.
— Fica na sua! Sei mais de você do que pensa. — abriu a porta do quarto do loiro dorminhoco.
Dormia tranquilo abraçado com um travesseiro, bunda para cima, o edredom só cobrindo suas canelas porque se mexeu demais.
A luz entrando pela janela aberta, Jimin esqueceu as cortinas abertas.
Vittorio olhou a cara de Jeon vendo aquilo.
— Para de pensar besteira seu safado! — alertou. — Arranco seu pau se usar ele só para isso.
Saiu do quarto deixando Jeon ali, com a tentação.
Jeon fechou a porta e foi até a cama, o rosto sereno de Jimin, não quer ser acordado.
Apoiou as mãos na cama, se abaixou na altura do rosto e beijou a bochecha rosada, o loiro só resmungou, beijou novamente e desceu beijando até o pescoço.
— Não Kook-ah. — colocou a mãozinha em cima do pescoço.
— Acorda neném. — falou.
— Me deixa dormir. — não quer acordar mesmo.
— Acorda neném, vai se atrasar para a escola. — Jimin continuou de olhos fechados. — Vamos receber nosso boletim do bimestre hoje.
— Chato! — sentou na cama bicudo com os olhinhos inchados.
— Manhoso. — acusou.
— Você que me deixou assim. — se defendeu.
Se lembrou do que estava usando, suas bochechas ficaram mais rosadas.
— Por que está rosa, neném? — perguntou.
— Vira para lá. — falou.
— Ah! Seu pijama sensual!? Muito bonito, e está lindo. — gosta de ver o namorado com vergonha. — Muito gostoso loirinho.
— Vai se fuder, Jungkook! — levantou da cama e entrou no banheiro.
— Amo ver ele falando palavrão! — sentou na cadeira que o menor usa enquanto está estudando.
Jimin quando saiu do banheiro estava com o roupão branco, bem amarrado na frente para não soltar.
— Para mim? Não precisava, neném! — gosta de provocar a morte.
Só mostrou o dedo e entrou no closet.
Colocou calça moletom branca e cropped da mesma cor, calçou tênis preto.
— Acho que estou viciado em cropped. — resmungou se olhando no espelho.
Passou desodorante e perfume. Arrumou seu cabelo, e passou hidratante labial.
Ajeitou todos os acessórios que usa, pulseira, colar, e aliança.
Saiu do closet, arrumou sua cama sabendo que seu namorado o está observando.
— Para de me olhar assim, Kook-ah. — falou, foi até o namorado. — Licença. — Jeon afastou sua cadeira da mesa e ele pegou seu iPad, colocou na bolsa. — Não. — quando sentou na perna do russo. — Por que gosta que eu fique no seu colo?
— Porque sim. — revirou os olhos e tentou levantar. — Ainda está cedo.
— Só por isso preciso ficar aqui? — perguntou.
— Sim. — respondeu. — Senti a sua falta.
— Também senti, agora posso levantar? — negou. — Tóxico! Kook-ah, eu não me sinto nada confortável em ficar no seu colo.
— Por que? — sabe que ele não vai responder
— Se eu contar me deixar sair? — confirmou. — Ano passado um professor de educação física me obrigou a participar de uma atividade, e eu fiquei dupla de um menino de outra sala, precisava que ficasse eu no ombro dele. — respirou fundo e continuou. — Aí...
— Neném, se ainda não estiver pronto para me falar disso, eu vou entender. — avisou.
— Não, eu vou contar. — falou. — Eu não sabia que ele era irmão de um dos meninos que faziam bullying comigo, quando fiquei em seu ombro, me deixou cair alegando que eu era uma bola e não aguentou. — olhava seus dedos. — Ganhei uma fratura grave na mão, por apoiar quando caí, e ele só uma reclamação.
— Machucou as mãozinhas do meu neném. — segurou e beijou as duas. — Você não é uma bola.
— Sou sim. — Jimin sinceramente não sabe se um dia vai conseguir deixar que Jeon veja seu corpo por completo. — Eu não ligo mais com isso, mas não consigo ficar no seu colo, sem lembrar dessas coisas.
— Tudo bem, pode sair, mas sei que ainda vai amar ficar no meu colo. — ele duvidava.
— Se você diz. — levantou e voltou a organizar a bolsa que vai o iPad. — Você vai ir ver o jogo, né?
— Não perderia por nada. — ver seu pequeno jogando.
— Bom mesmo. — abriu uma das gavetas, pegou seu saco de pirulito. — Coloca no bolso da sua jaqueta. — entregou uma quantidade de pirulito.
— Sou bolsa agora? — confirmou.
— E como vai com essa jaqueta? Está calor! — Jimin o mais calorento do relacionamento.
— Vou tirar então. — começou a tirar revelando ser uma regata que ele está usando, a tatuagens ficando à vista.
— Coloca de novo. — ajudou Jeon. — Você tem blusas e camisetas, por que usa essas regatas apertadas?
— Ciumento! Você usa cropped e eu não reclamo. — Jimin cruzou os braços encarando ele.
— Cínico! Você ama que eu use roupas assim. — acusou.
— Verdade! Por que você sempre ganha nas discussões? — achava injusto.
— Faz parte! E ainda não respondeu minha pergunta. — não esqueceu. — Por que usa regatas apertadas? É para mostrar os músculos?
— Lógico, eu treino muito para ficar assim, esconder seria errado. — argumentou.
— Vou esconder você inteiro, exibido. — entrou no closet.
— Meu ciumento! — ouviu o mafioso falando.
Pegou o que queria no closet e voltou, trocou a capinha de seu celular.
— Morangos, nada surpreendente. — comentou olhando. — Por que não tem um iPhone?
— Porque a única coisa que "presta" é a câmera, de resto é horrível. — respondeu. — Android pisa no iPhone.
— Pisa nada, iPhone é melhor mil vezes. — e falou muitos argumentos.
— Blá blá blá. — interrompeu. — Minha boca agora vai se chamar Android, como prefere iPhone, não vai beijar ela.
E saiu do quarto com a bolsa do iPad, deixando Jeon perplexo para trás, correu até o namorado no corredor.
— Eu amo Android, toquinho. — falou. — Tudo que é deles é perfeito.
— Falso. — desceu as escadas ouvindo Jungkook dizer como ama Android.
Quem estava na cozinha não entendeu nada da declaração de amor eterno ao Android.
— Seu namorado é maluco filho? Por que ele quer beijar o Android? — Jeong perguntou preocupado.
Jeon já segurava a bolsa de Jimin.
"Ele prefere iPhone e eu Android, falei que minha boca se chama Android e ele não vai beijar ela por preferir a outra marca" explicou.
— Isso aí filho! Eu achei maravilhoso. — Jeong apoiou, Vittorio e Hoseok riram do russo.
— Se lascou, se lascou, se lascou. — Hoseok cantarolou.
— Jungkook, nessa, ele ganhou. — Vittorio falou.
— Ele ganha todas. — já se acostumou.
— Jungkook, quanto quer ganhar para continuar amando iPhone? — Jeong ofereceu.
— Muito obrigado, mas eu vou passar a amar Android. — logo foram para a escola.
Jimin abraçando a cintura de Jungkook na moto, chegaram rápido. Mas desceu brigando com o mafioso por correr e deitar muito nas curvas.
— Vi minha vida passando diante dos meus olhos. — fez drama.
— Eu nem estava tão rápido. — para o loiro estava na velocidade da luz.
— Estava sim. — entraram na escola de mãos dadas, subiram até o seu andar.
Foram para a sua sala, entraram já vendo seus amigos, até Caleb.
Sentaram em seus lugares, Jimin deixou apenas o iPad e a caneta em cima da mesa.
— Oi casal! — Peter falou. — Jimin, Melissa está tentando acabar com meu romance que nem começou.
— Não fiz nada, conto apenas verdades. — se virou para se defender.
— Fez sim, está contando coisas que se devem deixar no passado. — falou. — Você é mais cobra que ela, me defende.
"Como estão as coisas com a Polina?" Perguntou a Melissa.
— Estão ótimas, nunca beijei tanto na minha vida, ela me trata como uma rainha. — contou feliz.
"Quer que continue assim?" Perguntou.
— Jimin, eu sei que você é mal, mas você não sabe nenhum podre meu, estou tranquila. — disse tranquila.
— Kook-ah, eu acho que a Polina pode ser muito útil na Rússia, e manda alguém de lá para cobrir o lugar dela, mudanças fazem bem e melhoram o ambiente de trabalho. — sussurrou no ouvido do namorado.
— Ela vai no primeiro vôo, neném. — pegou seu celular.
— Vai para onde? — Melissa perguntou preocupada.
"Rússia, eu disse que ela vai ser muito útil lá" falou, "Não preciso saber um podre seu para te ferrar".
— O sorriso que o Jimin deu agora, que medo! — Peter medroso falou.
— Tá! Eu não falo mais nada do passado do Peter, Mamba Negra. — Peter comemorou, Jeon guardou o celular. — Jimin, onde aprendeu ser tão mal assim? Era só um neném inocente quando chegou.
"Precisei me adaptar ao ambiente, e eu aprendi com o meu namorado" se encostou mais no russo.
"O que você respondeu agora em coreano?" Caleb perguntou.
Jimin respondeu-lhe em inglês, ele entendeu.
"O que seu namorado faz? Essas tatuagens que ele tem, de onde eu venho quem tem são da máfia, máfia russa".
Melissa olhou Jimin, começou a rir.
— Kook-ah, ele sabe sobre você. — sussurrou no ouvido do mais velho.
— Da máfia? — confirmou. — Tudo bem.
"Não precisa ter medo, ele não é tão mal assim quanto parece, mas é o líder da máfia russa" explicou em inglês, viu Caleb ficar tenso.
"Esse badboy é o raiz né?" Confirmou, "Mas eu duvido que não seja tão mal, todos ficam tremendo quando vocês passam, também é da máfia?"
"Não exatamente, eu ajudo em algumas coisas quando eles precisam, sou pago para isso, mas não entrei oficialmente" ainda.
"Quando eu finalmente arrumo amigos legais, dois são da máfia russa", Jimin não sabe se Caleb vai querer continuar falando com ele.
"Não é apenas dois, Melissa é ficante de uma mafiosa, e Jin namora um mafioso também, só Peter que está fora dessa" já vai contar de uma vez. "Você parece ter um problema com a máfia, ela já te fez algo?".
"Contra mim, não, os pais de uma amiga minha, mataram os dois, a máfia russa".
Jimin ficou sem palavras, olhou Jungkook, voltou a olhar o outro.
"Qual o nome deles?" Perguntou.
Caleb respondeu, Jimin perguntou ao Jungkook dos dois.
— Isso foi no ano passado, eu estava na Rússia. — falou. — Esses dois estavam metidos com tráfico de mulheres para prostituição, em países pobres, na verdade, eram escravas porque não recebiam nada, nem o que comer. E como o tráfico chegou no meu ouvido, a máfia respondeu matando os dois. — explicou a história. — Como sabe deles?
— Caleb me contou que eles eram pais de uma amiga dele. — Jeon estranhou.
— Mas eles não tinham filha, neném, qual era o nome dela? — perguntou ao Caleb, respondeu. — Ela não era filha deles, era uma das meninas traficadas, que servia apenas na casa dos dois.
Caleb está chocado, Peter e Melissa iguais.
Jin chegou com Tae.
— Por que estão de boca aberta? — Melissa a jornalista contou a história toda.
— Sua amiga está bem, e trabalha para mim, na Rússia. — pegou o celular, procurou algo e mostrou a foto da moça. — Nada criminoso, ela é bartender em uma das boates, serve apenas na área VIP para não ter contato com pessoas comuns.
"Ela até engordou, era tão magrinha quando a conheci, está mais bonita com a pele corada" estava passando fome.
"Agora está tranquilo?" Jimin perguntou.
"Sim, e você não parece ser alguém ruim" falou. "Vou ser amigo de mafiosos".
"Você vai, mas somos bem tranquilos" nem ele acredita nisso.
— Bom dia! Turma. — o professor entrou. — Primeiro, vou entregar seus boletins — mostrou a pilha de boletim. — Das maiores notas, para menores.
— Se minhas notas caíram, vou ficar sem minha moto e sair do time. — Peter falou preocupado.
— Jimin Park. — levantou e foi buscar seu boletim. — Parabéns, melhor aluno da sala.
Se curvou e voltou ao seu lugar.
— Jungkook Jeon. — é um professor estrangeiro, por isso chama pelo modo comum.
— Como estão suas notas Jimin? — Melissa perguntou, mas foi chamada. — Já volto.
— Peter Baudin. — levantou e foi. — Seok-jin Kim.
— Suas notas, neném? — sentou ao lado do namorado.
— Horríveis! — falou olhando.
— Deixa eu ver. — pegou e não entendeu. — Mas você só tirou acima de 99%, como assim horríveis?
— É culpa sua! Quando eu não namorava só tirava 100%, e agora tem duas matérias com 99,9%. — sentia que ia chorar.
— Vê o motivo para você não ter tirado 100 nessas duas matérias. — olhou nas observações dos professores.
— Ah! Não foi sua culpa, eu perdi uma aula importante deles enquanto estava na outra escola, que valia esse pontinho precioso. — ficou tranquilo de novo. — Desculpa Kook-ah!
— Tudo bem. — Jimin olhou Caleb que estava com seu boletim.
"Suas notas foram boas?" Enquanto isso, Melissa roubou seu boletim para ver as notas.
"Sim, minhas notas da antiga escola foram transferidas para cá, e ontem eu fiz as provas importantes de cada professor, só tirei acima de noventa e sete" contou.
— Jimin tem as melhores notas de nós. — Melissa falou. — Tae, Jin, e Peter tem o boletim igual, dez 100% e dez 97%. — contou. — Jeon e eu estamos parecidos, eu estou com treze 100% e sete 98%, já o Jeon está com quinze 100% e cinco 98%.
— E as notas do Jimin? — Jin perguntou.
— Dezoito 100% e duas 99,9%. — respondeu. — Qual suas notas Caleb?
Ele entregou o boletim, ela olhou.
— Tem duas 97%, duas 98%, duas 99%, e o restante é 100%. — contou aos demais. — Inteligente como nós. — devolveu o boletim. — Jimin é o mais inteligente, e só tirou 99,9% porque perdeu duas aulas importantes enquanto estava na outra escola.
As demais aulas seguiram normais, Jimin prestando atenção e tentando não bater no namorado que fica provocando.
[...] Jimin on.
— Eu juro que vou te bater, me dá. — tomei o meu pirulito de morango da mão dele, chato!
— Estressado! — saímos para o intervalo, ele com o braço ao redor do meu ombro. — Será que um chá poderia te acalmar?
— De camomila? Aceito. — respondi.
— Tão inocente meu neném. — apertou minha bochecha.
— Vou te rifar na internet. — coloquei a mão massageando onde ele apertou.
— Não faria isso. — tadinho, faria sim.
— Vai nessa. — falei.
Descemos até o andar do refeitório, fomos para lá, eu só quis leite de morango, estou sem fome.
— Certeza que não quer nada? — neguei.
— Eu vou almoçar com o time depois, fica tranquilo. — tranquilizei ele.
— Então tudo bem. — fomos sentar com nossos amigos.
"Não está de ressaca?" Perguntei à Melissa.
— Minha mãe me deu uma sopa cura ressaca, e remédio, não tive problemas. — respondeu.
— Ainda bem que bebi pouco, essa sopa é horrível! — Jin falou.
— Horrível é pouco, desce rasgando. — Melissa concordou.
"Eles bebem?" Caleb me perguntou.
"Sim, eles já tem dezenove" expliquei, "Mas a Melissa bebe bem antes de fazer dezenove".
Jungkook colocou o canudo na minha bebida e me entregou.
— Caleb, hoje o Peter te adiciona no nosso grupo, ontem foi um dia corrido para todos. — Melissa falou. — Jin passou o dia dando...
— Passei nada, só fui ver o Tae a noite. — falou rápido. — Eu passei o dia tirando roupas do closet para doação, se algum de vocês quiserem, é só ir lá. — abrindo espaço para comprar mais. — E são novas, a maioria está com a etiqueta.
— Por que vai doar? — Peter perguntou.
— Não tem mais espaço para as novas que quero comprar, e aquelas já não fazem meu estilo. — rico esnobe. — Quem vai querer?
— Eu, hoje mesmo vou lá. — nem vou, nunca serve em mim. — Vai não, Jimin? — ela me perguntou.
"Não, as roupas dele não me servem", expliquei.
— Tem mais bunda que eu, simples. — Jin resumiu. — Vida injusta.
— Eu acho sua bunda uma delícia! — é cada coisa que eu preciso presenciar.
— Nossa, que safados! — Peter falou olhando o casal putaria.
Caleb mais vermelho que um tomate.
"Se acostume, eles são piores que isso" avisei.
"Tem como piorar?" Confirmei.
— Jimin, já montou a estratégia para o jogo de hoje? — Peter me perguntou, parei de tomar minha bebida.
"Ainda não, não tive ideias" ela vai aparecer.
Na segunda aula após o intervalo ela apareceu, até senti uma luz acendendo em cima da minha cabeça igual nos desenhos.
Cutuquei o Peter, virou para trás.
"A estratégia veio, mas precisamos treinar ela agora", contei.
— Vou pedir para nós sairmos. — apresentamos a lição antes.
— Leva minhas coisas, tchau! — dei selinho rápido no Jungkook.
— Tchau! Neném. — saí da sala com o Peter.
"Você falou com o Caleb?" Perguntei.
— Sim, ontem eu conversei bastante com ele pelo celular. — e então? — Nosso filme favorito é o mesmo, "Transformers 4: A Era da Extinção", ele gosta de ler ficção científica como eu, só tem um pequeno defeito nele.
"Qual?" Até me preocupei.
— Ele gosta de rato, e eu odeio rato. — ele gosta bastante. — Tudo bem que o dele é fofinho e limpo, mas não deixa de ser um rato.
"Se preocupe com isso quando forem morar juntos, antes disso está tranquilo" falei.
Passamos nas salas que tem os jogadores e descemos com todos até a quadra.
— Qual a estratégia? — Peter perguntou, passei a ele. — Isso vai dar certo?
Confirmei, e explicou para os jogadores, ficaram com incerteza.
"Quem é o melhor oposto?" Perguntei ao Peter.
— Você é o melhor oposto. — falou, os outros concordaram.
Fiz na prática minha estratégia e eles viram que daria certo, continuamos treinando até dar a hora de almoçarmos.
Após almoçar ficamos meia hora descansando, Peter conversando com Caleb pelo celular, e eu com o Jungkook.
— Jimin, Jimin, Jimin. — bateu no meu ombro, quase saiu do lugar.
"Ei, eu preciso do meu ombro inteiro para jogar" ele riu.
— Eu perguntei para o Caleb se ele iria vir me ver jogar, e ele vem. — meu Deus! Eu fico assim com o Jungkook? Parecendo que deixou o cérebro em casa?
"Besta apaixonado!", Respondi a mensagem do Jungkook.
— Não estou apaixonado. — claro que não, meu ombro discorda dessa afirmação.
Voltamos a treinar quando acabou o tempo de descanso, faltando quinze minutos fomos vestir nosso uniforme. Sempre me visto na cabine reservada, Peter se troca na frente de qualquer um, até parece que consigo fazer isso.
Sentei em um dos bancos para calçar o tênis que uso para jogar, a meia primeiro, depois o tênis.
Eu calço, meia tênis, meia tênis, e não meia meia, tênis tênis.
Levantei e peguei no meu armário, desodorante, passei mais. Coloquei uma faixa preta na testa, e no pulso.
— Vamos capitão! — fechei o armário, e saí com os jogadores.
Fomos para a quadra, ficamos tranquilos, já treinamos bastante.
As pessoas começaram a chegar, inclusive o time adversário, é uma escola que tem no centro, particular também.
Vi meu pai chegando com Vittorio e Hoseok, os dois com pompons, sinto que vou passar vergonha.
Jungkook chegou em seguida, sem a jaqueta, estou de olho em você!
Ele e seu bando, Polina, Selina, e Jake.
O jogo logo começou, com minha estratégia, no primeiro tempo terminamos com dezesseis e eles com apenas um.
Bebi água, conversei alguns detalhes para mudar no segundo tempo com Peter.
Voltamos a jogar, ouvi meu nome.
— Vai Jimin, vai Jimin, vai Jimin! — Vittorio, Hoseok, e Jin me fazendo vergonha, Melissa do lado fingindo que não conhecia, Caleb também está, mas só rindo.
— Você conhece? — Peter me perguntou brincando.
"Nunca vi", nós rimos e nos concentramos.
Eu mudei de lugar, marcar ponto de novo.
Nós ganhamos com trinta pontos na frente.
— Esse capitão é o melhor. — meu time comemorando e me elogiando.
Obrigado, obrigado, eu mereço mesmo.
— Hoje nós te carregamos. — nem ferrando.
Corri deles e graças ao bom Deus, achei o Jungkook, fiquei atrás dele só espiando.
— De novo. — reclamaram.
— Eu que não vou tirar ele de trás do Jeon. — desistiram, aleluia!
— No próximo eu te pego, Jimin! — Peter foi com os outros.
— Isso me pareceu uma ameaça. — comentei com Jungkook.
— Coisa da sua cabeça. — não acho.
— Acho que já estou seguro. — me afastei mandando beijinho.
Ganhei mais uma medalha.
A foto do time inteiro com o treinador e o diretor, pai do Peter.
— Vem Jimin, quero te apresentar meu outro pai. — Peter me arrastou para perto de um homem que apesar de ser para quem o Peter puxou, cabelo, traços do rosto, a boca é igual, tem o meu tamanho. — Pai, esse é o Jimin, meu amigo e capitão do time.
— Olá, Jimin! — falou.
— Ele sabe linguagem de sinais, foi quem me ensinou. — Peter informou.
"Oi, é um prazer conhecer o senhor" falei.
— O prazer é meu! Peter fala bastante de você, e de outros amigos, Melissa, Jin, Jungkook, Tae, e agora tem um Caleb. — fofoqueiro. — Jungkook é seu namorado, né?
"Isso, ali está ele" apontei quem está conversando com Vittorio e Hoseok, meu pai emburrado do lado, nada de novo.
— Muito bonito, assim como você, Peter só tem amigos bonitos. — concordo.
— Esse é seu outro pai, Peter? — Melissa chegou perguntando com Jin.
— Pai, essa é a insuportável, linguaruda, fofoqueira, que não sabe cuidar da própria vida, Melissa. — ele ama ela.
Bem lá no fundo.
— O senhor e seu marido são lindos, como ele saiu assim? — provocou o outro que mostrou a língua para ela.
— Peter Baudin, não mostre a língua. — se ele soubesse que o filho faz bem pior que isso, não se importaria com a língua.
— Ta! — os dois parecem irmãos.
— Você deve ser o Jin? — perguntou ao meu amigo.
— Eu mesmo, o mais lindo e educado de todos. — a ta!
"Mentira, maior barraqueiro" falei.
— Fica na sua Jimin. — conversamos um pouco com o pai do Peter, agora já sei de onde o bom humor vem, porque o diretor tem a cara mais fechada.
Depois eu fui falar com meu pai, Vittorio e Hoseok.
— Parabéns! Você foi perfeito, Jimin! — Vittorio falou.
— Um capitão excelente! — meu pai elogiou.
— É, legal até. — Hoseok, dei um peteleco na testa dele. — Ei, essa testa é minha!
— Vamos sair para comemorar sua vitória, Jimin? — Vittorio perguntou.
"Bem que eu queria, mas vou fazer um trabalho com o Jungkook, para entregar na segunda, e como estarei ocupado o restante dos dias com a viagem, só temos hoje" infelizmente.
— Você volta que horas? — meu pai perguntou.
"Antes da meia-noite" respondi.
— Que trabalho demorado é esse? São cinco horas agora, vai escrever cem páginas por acaso? — mas é implicante.
— Jeong, deixa o menino, ele não vai vir o Jeon por quatro dias. — fico triste só de lembrar.
— Tudo bem. — aleluia.
"Tchau! Obrigado por virem me assistir, vejo vocês mais tarde!" Me despedi deles.
Fui embora com o Jungkook, não quis tomar banho no vestiário, daria mais trabalho. Só peguei minha roupa e acompanhei ele.
— Você estava perfeito, neném! — me elogiou quando chegamos. — Um espetáculo.
— Obrigado! — agradeci. — Quero tomar banho!
— Pode subir e tomar, tem roupa sua no meu closet. — subi as escadas, e fui até o quarto dele.
Peguei roupa minha. Tomei um longo banho, lavei o cabelo. Me sequei ao terminar, vesti o que eu trouxe, shortinho e camiseta dele, os dois pretos.
Escovei o dente e saí do banheiro, entrei no closet, passei desodorante, perfume dele também.
Calcei minha pantufa e saí, ele me esperava na cama, estava mexendo no meu iPad.
— O que está mexendo? — subi na cama, me sentei.
— Olhando seus desenhos. — a tá! — Você desenha muito bem, mais que eu.
— Está delirando. — falei.
— Vamos fazer o trabalho? — sabe que eu tô com fome?
— Agora? Tô com fome! — quero comer antes.
— Vamos descer para comer. — nós descemos para a cozinha, achamos coisas para comer na geladeira. Sentamos à mesa. — Vittorio me contou que você é muito bravo, confirmando o que sempre falo.
Meu padrasto se juntando ao meu namorado para me difamar, que nível!
— Eu sou um anjinho, e não sou bravo. — tudo calúnia, gente mentindo sobre mim.
— Vou te dar um exemplo, hoje mais cedo na escola, quando articulou uma situação para fazer a Melissa mudar de ideia me usando, porque sabe que tudo que pedir eu faço, isso não é coisa de anjinho. — não vou deixar ele ganhar nem fudendo.
— Primeiro, eu apenas defendi o Peter porque a Melissa ama ressuscitar o passado dos outros, e como ele já me defendeu, estava devendo, só por isso eu fiz aquilo, não é algo cotidiano. — cada coisa. — Segundo, eu não te usei, apenas te dei uma ideia, você acatar é uma decisão totalmente sua, e não minha. — eu disse que treinei discussões no banho. — Terceiro, eu agir de acordo com o ambiente que estou não me torna alguém bravo, articulado, astuto, ou mau, mostra que sou mais inteligente que todos, apenas.
Jeon de boca aberta, fechei a boca dele.
Tomei um pouco de suco, eu sou demais!
— Você me surpreende a cada dia. — que bom! — Neném esperto!
— Eu sei! — está bom esse sanduíche que eu fiz.
— Sempre com a resposta na ponta da língua. — é meu jeitinho. — Você deveria ser advogado como seu pai.
— Obrigado, mas odeio direito. — meu pai já me falou isso, e eu procurei, detestei tudo que vi. — Além disso, eu só falo abertamente assim, e sou completamente solto para falar e responder tudo, com você. Em casa, raramente preciso usar isso.
— Quer dizer o que com isso? — perguntou.
— Quero dizer que você é terrível e eu preciso ter resposta na ponta da língua, ou iria viver rosa. — esse negócio de Peppa Pig não é pra mim.
— Eu não sou terrível! — é sim. — Mas eu amo te ver todo rosado, fica parecendo um Moranguinho.
— Tem coisas que me fala que vai me deixar rosa, por exemplo, tudo que está relacionado a relações mais íntimas. — já senti minhas bochechas esquentando.
— Está rosinha. — colocou o dedo na minha bochecha. — Fofinho!
— Para! — me concentrei só no sanduíche, se der corda ele vai longe falando o quanto fico fofo rosa.
Quando terminamos de comer, ele foi lavar os copos e pratos que sujamos, eu fui comer doce.
Bombons de chocolate recheados com mousse de morango, delicioso!
— Não está sentindo de ajudar seu namorado cansado, secando e guardando? — perguntou.
— O que fez hoje? — perguntei.
— Assinei muita coisa, e ouvi Jake reclamando de ser o único sem ninguém, já que Selina está saindo com uma amiga da Melissa. — disso eu não sabia.
— Então vai guardar sozinho, porque eu treinei por quase quatro horas, teve o jogo mais duas horas e meia, eu marquei 69% dos pontos, fiz mais que você. — eu tô cansado, ele tá só fazendo drama. — Eu vou subir, não demora viu? E seca direitinho.
— Agora eu que vou te dar embora. — até ri.
— Que engraçado! Se alguém quebrar uma unha minha você mata, não tem coragem de me dar embora. — saí da cozinha.
Comi dois bombons no caminho para o quarto, longe.
Escovei o dente antes de sentar na cama. Desenhei algumas árvores enquanto esperava Jeon aparecer.
— Vamos fazer o trabalho? — perguntei.
— Primeiro eu vou tomar banho, derrubei Ketchup. — apontou a regata suja, desastrado.
— E ainda juram que eu sou o desastrado do relacionamento. — resmunguei.
— Eu te ouvi sem vergonha. — entrou no banheiro.
O banho dele foi rápido, logo saiu só toalha, levantei o iPad tampando essa pouca vergonha.
— Tão tímido esse loirinho. — sou mesmo.
Após ele entrar no closet, abaixei o aparelho, voltei a desenhar.
Ele saiu só de bermuda moleton preta, sentou perto de mim.
— Vamos começar? — ele confirmou. — Eu perguntei a professora sobre esse trabalho, ela mandou o questionário que é para responder.
— Você já leu as perguntas? — neguei.
— Ainda nem abri o PDF. — entrei no meu e-mail, e fui onde ela enviou, aí eu abri o arquivo.
Fui lendo as perguntas e querendo me matar.
— Acho que vamos ficar sem essa nota. — falei desligando o iPad. — Que tal um filme?
— Eu quero ler as perguntas. — pegou o iPad e foi ver. — Não são perguntas difíceis.
— São vergonhosas, isso sim. — não quero fazer. — A primeira já é de deixar qualquer um vermelho.
— Mas é simples, "Na opinião da sua dupla, sexo sem preservativo é mais fácil de atingir alguma parte erógena?" — tô rosa!
— Eu nunca fiz... — respirei fundo. — Não sei nem o que isso significa, por que sem preservativo seria mais fácil? Pode achar outra pessoa para fazer com você, eu definitivamente não sirvo para fazer esse trabalho.
— Por que não serviria? — por que será né?
— Não ouviu eu falando que nunca fiz? — tô sentindo que minha voz está sumindo. — A sala inteira tirando a Melissa, que quer fazer após o casamento, fez até na escola.
— Toquinho, não é só porque você não fez que não consegue responder isso. — é sim.
— Mas Kook, dá vergonha. — não quero! — Você pode responder por nós dois.
— Não, nós dois precisamos responder o questionário. — odeio!
Respirei fundo tentando achar a coragem, contei até dez.
— Me explica o que ela quis dizer na primeira pergunta. — pedi.
— Tanto o homem quanto a mulher tem pontos erógenos dentro do corpo. — que arrependimento! — Ela quer saber se sem a camisinha é mais fácil achá-los.
— Não sei. — respondi. — Estou sentindo que vou repetir nessa matéria no próximo bimestre.
— É fácil isso, com camisinha ou sem é fácil achar. — já fez sexo sem camisinha. — Desde que a pessoa que está no papel de ativo saiba como fazer.
— Eu quero morrer! — respondi o que ele falou. — No meu, coloca que é a mesma coisa.
— Tudo bem. — respondeu. — Segunda pergunta, "O que pode acontecer se duas partes erógenas são estimuladas?"
— Alguém me mata? — resmunguei. — Como eu vou saber isso?
— Disse que já se masturbou. — eu mesmo me mato.
— Não, eu não disse, você me forçou a responder, tem diferença. — safado!
— Mesma coisa. Se já se masturbou, o que aconteceu quando estimulou duas partes do seu corpo? — Deus, manda um raio na minha cabeça agora.
— Responde você primeiro. — esperei ele falar para eu colocar.
— Você tem um orgasmo loirinho, essa é fácil. — para ele que transou com metade da Rússia, pan sem vergonha. — Próxima pergunta, "Sua dupla já conhece todos os pontos erógenos do corpo?", Conhece neném?
— Hein? O quê? — eu me faço de besta.
— Eu conheço os meus, pode responder. — coloquei o dele. — Agora para eu responder, você precisa me contar se já conhece.
— Não. — saiu como um sussurro.
— Tão inocente! — escreveu. — Agora vem a parte que você com certeza não vai gostar.
— É saber quais são, né? — confirmou. — Não vou fazer.
— Mas precisamos dessa nota, neném. — penso que não. — Vai ser fácil.
— Não vai, estou passando a não gostar dessa professora, isso não é trabalho que se passe. — estou todo rosa. — Você já sabe os seus, coloca aí.
— Eu escrevo os seus, não tente me enganar. — quase deu certo. — Anota os meus.
— Você me ama? — perguntei.
— Claro que eu te amo! — não parece.
— Então anota os seus, eu realmente não vou conseguir te olhar por uma semana se me fizer escrever. — dá vergonha.
— Ta! Me dá seu iPad. — passei para ele, escreveu todos.
— Não vai parar de escrever mais? — perguntei. — São tantos assim?
— Estou respondendo as outras perguntas que me envolve. — excelente. — Pronto, sua parte do trabalho está pronta, agora é a minha.
Já desliguei o iPad para não ver o que ele colocou.
— Tem uma vidente excelente no centro, pede para ela te ajudar com isso, porque eu não irei falar nada. — me recuso.
— Não precisa dizer nada, eu recupero a nota de outro jeito. — isso aí. — Mas...
— O que? — perguntei.
— Me dá um beijo. — isso é fácil.
— Pensei que seria mais difícil. — falei.
— Não é, facinho né? — moleza.
Me aproximei mais dele na cama, ele só esperando esse safado.
Coloquei as mãos em seu rosto, primeiro um selinho, depois o beijei. O senti sorrir, como pode ser tão safado? É um nível diferente do normal.
Me beijou de volta, foi me fazendo deitar nos travesseiros. Sempre fico quente quando estamos nos beijando, agora que eu descobri que ele fica excitado, será que também estou?
O piercing me fez ficar molinho. Às vezes é difícil corresponder na mesma intensidade que ele me beija, porque é muito para sentir.
Sua mão apertou minha cintura, subiu e desceu bem devagar, sem parar de me beijar.
Se afastou para beijar meu pescoço, e eu deixando que o momento me levasse.
— O que está fazendo, Kook-ah? — quase sussurrei.
— Nada, neném. — respondeu, ele está doido para marcar a pele do pescoço.
— Pode fazer o que está querendo. — deixei.
— Certeza? — confirmei.
O senti marcar bem devagar, eu não sabia que isso poderia me agradar.
Comprimi os lábios, mas não sei o motivo.
Ele fez novamente, e sua mão direita saiu da minha cintura, subiu lentamente por cima da camiseta. Fez algo que eu não estava esperando, apertou sem pressa meu mamilo.
Eu gemi! Que vergonha!
— Sabia! — e se afastou.
Virei deitando de bruços com a cara enfiada no travesseiro, vou morrer aqui!
Não consegui, ficar sem ar me assustou. Mas não olhei para o lado que ele está sentado, estava olhando a porta do banheiro, detalhes interessantes.
— Acabei, loirinho. — comigo, né?
Não respondi, acho que perdi a voz.
— Dormiu? — a cabeça dele surgiu na minha frente. — Rosado! — de quem será a culpa?
— Me deixa. — minha voz está aqui!
— Que foi, neném? — perguntou.
— Sonso. — virei a cabeça para o outro lado, e ele me acompanhou.
— Por que está com vergonha? — muito sonso.
— Porque sim. — cínico! — Por que fez aquilo?
— O quê? — eita, como ele é sonso.
— Aquilo. — sentei na cama.
— Ah! Você não iria me falar sobre seus pontos erógenos, e eu já queria te beijar, juntei o útil ao agradável, é muito agradável te ver todo manhoso e gemendo. — bati na perna dele.
— A culpa é sua, insuportável! — tô rosa! Que ódio!
— É mesmo. — e ele admite. — Agora eu terei minha nota, e você a sua, terminamos em trinta minutos. — o que mais demorou nem foi o trabalho. — Agora você tem duas marcas no pescoço, seu pai vai querer me matar, talvez eu vá para a Rússia esse final de semana.
— Deveria, ele vai te caçar. — falei, levantei rápido e fui ao banheiro.
— O que vai fazer? — limites Jungkook, limites.
— Vou olhar as marcas no espelho. — fiquei olhando elas.
Estou me sentindo tão "comum", muito legal se ver encaixado em algum lugar, mesmo com meu jeitinho eu achei um lugar que me coube.
— Por que está sorrindo olhando elas? Gostou? — abraçou minha cintura.
— Muito! Você já marcou muitos pescoços por aí, mas essas são minhas primeiras marcas relacionadas a algo bom. — passei a ponta dos dedos em cima.
— Como assim relacionada a algo bom? — perguntou.
— As outras que ganhei eram hematomas, então não era bom, essas que você fez são boas. — olhei para ele pelo espelho. — Não fica bravo, isso já passou.
— Ainda vou matar todos que tocaram indevidamente no meu neném. — beijou meu pescoço. — Eu prometo!
— Tudo bem, agora é uma dívida. — que ele vai pagar, Jungkook é assim. — Eu te amo!
— Eu te amo! — um dia ainda irei mostrar tudo que sinto por ele.
Nós passamos um tempo na cama só conversando, às vezes ele me beijava, voltava a conversar.
Onze e meia ele me levou para casa, me despedi dele com um beijo e entrei em casa.
Tirei meu tênis, calcei a pantufa.
— Ji, tem três pedaços de pizza para você na geladeira. — olhei para a sala, Vittorio sentado, meu pai deitado com a cabeça no colo dele, lindo isso.
Ele olhou para mim.
"Obrigado!" Agradeci.
— Essa camiseta é sua? Está um pouco grande. — meu pai olhou também.
"Não, é do Jungkook" respondi.
— O que é isso no seu pescoço, Park Jimin? — meu pai já foi levantando.
"Tchau!" Corri para o segundo andar, ainda ouvi Vittorio rindo.
Entrei no meu quarto e tranquei a porta, logo ouvi meu pai batendo.
— Jimin, diga aquele emo sem vergonha que eu o mato se ele tirar sua virgindade e fugir, arranco aquilo que ele chama de cabeça, badboy safado. — e saiu andando.
O recado será dado pai!
Mas nem sei quando vou fazer sexo, não por agora, quem sabe ano que vem? Acho uma boa data.
Troquei minha roupa por pijama e esperei um pouco, desci devagar, só estava Vittorio na cozinha.
— Ele foi dormir, Ji. — excelente. — Chupão né?
"Aconteceu" falei com vergonha.
— É, não esquece a camisinha, quando "acontecer" de vocês transarem. — eu nem vou fazer.
"Não me vejo fazendo isso" fui sincero.
— Vai fazer, acredita em mim. — falou. — Quando sentir que é a hora e estiver confortável, faça, sem culpa nenhuma, eu me resolvo com seu pai ciumento. — obrigado! — Se precisar de dicas, me procure, claro, se você for o passivo, você é?
Tô rosa!
— Pela bochecha rosada, é, então é só falar comigo. — não precisa, tem o Google. — E não use o Google, tem coisa lá que você jamais deve usar durante o sexo. — droga! — Jungkook, de quatro pelo passivo de bochechas rosadas. — disse pensativo. — Ainda bem que estou vivo para ver isso, o mafioso coração de gelo se apaixonou! O casamento de vocês será histórico.
E subiu me deixando boiando.
O Jungkook coração de gelo? Está mais para manteiga derretida.
Esquentei os pedaços de pizza, peguei suco na geladeira e subi para o meu quarto.
Mandei mensagem ao Jungkook, querendo saber se ele chegou bem, respondeu que sim, ótimo!
Eu vou comer e ir dormir, faça o mesmo.
Boa noite! Kook-ah.
Meu coelhinho
Já estou comendo, logo vou dormir.
Meu coelhinho
Boa noite! Neném, sonhe comigo.
Não sonhe comigo, mas durma bem.
Se sonhar comigo, eu vou te bater!
Meu coelhinho
Tóxico! Pode nem sonhar mais.
Ele vai sonhar putaria, eu conheço o namorado que tenho.
Comi os pedaços de pizza assistindo a um filme russo. Desci para levar o prato e o copo, lavei antes de subir.
Passei fio dental, escovei o dente, e enxaguante bocal. Cuidei da pele do meu rosto, só assim fui dormir.
No dia seguinte, eu estava com zero disposição de ir à escola, motivos? Eu só não quero mesmo.
Olhei meu celular, Jungkook dizendo que vem me buscar, droga! Eu vou convencer ele, não quero, me recuso.
Ouvi a porta abrindo, fechei os olhos, logo as cortinas abriram.
— Jimin, hora de acordar. — sabia que era o Vittorio.
Abri os olhos, por que Deus?
— Foi rápido hoje, como acordou cedo e rápido, tem tempo para tomar café. — que alegria! — Bom dia!
Sentei na cama, passei a mão no cabelo.
"Obrigado, bom dia!" Que sono!
Ele saiu do quarto fechando a porta, eu levantei e fui para o banheiro.
Tomei banho, escovei meu dente, já passei hidratante corporal.
Olhei no espelho, continuam aqui as marcas, só que mais vermelhas, tô me sentindo o próprio adolescente de livro após uma noite quente de amor, tirando a parte que isso não aconteceu.
Saí do banheiro de roupão, e entrei no closet, tomei um susto.
— Puta que pariu! — Jungkook sem vergonha. — Que susto!
— Te assustei, neném? — falou achando graça.
— Não, eu falar "que susto" foi pura coincidência, panaca. — vou falar para o Vittorio proibir que ele entre aqui.
— Já acordou estressado neném. — se aproximou. — Acredito que precisa de um chá.
— Fique longe seu sem vergonha. — me afastei fazendo ele rir.
— Bom dia! Rosado. — odeio o fato que até me provocando ele fica lindo.
— Bom dia! Agora sai, vaza, fora já. — tirei ele do closet e fechei as portas, tranquei.
Vesti calça preta de couro, camisa social branca, com colete curto de lã lilás. Peguei meu coturno preto verniz, calcei.
Analisei meu look, difícil ser eu, muito lindo!
Arrumei meu cabelo, e me perfumei.
Saí do closet, Jungkook está na minha cadeira como sempre.
— Muito lindo meu namorado. — falou me olhando.
— Eu sei. — exibido também. — De todos os mil que já namorou, eu sou o mais bonito.
— Convencido! — chutei a canela dele. — O que vai me deixar além da saudade quando for para a Itália, será hematomas. — coisa da cabeça dele. — Mas realmente é o mais bonito, neném!
— Resposta errada. — e saí do quarto, logo ele estava atrás.
— Como é a errada, eu disse que você é o mais bonito. — ele não entende.
Descemos e ele perguntando, sentei à mesa.
— Sente-se Jungkook. — ele sentou do meu lado.
Hoseok já foi para a escola, só está o casal que logo vai casar.
— Seu leite de morango, e bolo de chocolate. — Vittorio me passou. — Quer algo, Jungkook?
— Não, obrigado! — sem vergonha.
— O que aconteceu entre vocês? Ontem era a marca de celular, o que é hoje? — meu pai perguntou.
"Ele disse que eu sou mais bonito de quem já namorou" idiota!
— Estou errado? — perguntou.
— Está! — meu pai e Vittorio responderam juntos.
Viu?
— Você não tem os trâmites Jungkook, é assim que funciona, quando está namorando alguém como eles dois, que mandam e nós obedecemos, não existe mais ninguém bonito além deles, absolutamente ninguém. — meu pai ajudando o Jungkook, isso é novidade. — Eu já cometi esse erro, foi trágico.
— O que Vittorio fez? — perguntou.
— Me bloqueou e foi para a Itália. — boa ideia.
— Nem pense nisso. — Jeon falou para mim, nem iria fazer.
— Então quando for falar, não é o mais bonito, é o único, entendeu? — confirmou. — Antes dele, nunca existiu tanta beleza na Terra, a perfeição existe por causa dele.
— Eu sei. — Vittorio falou.
— E ainda tem que lidar com a humildade que transborda desse ser. — levou um tapa no braço para ficar esperto. — Sem falar das agressões.
— Neném, você parece filho biológico do Vittorio, como eu sofro. — bati nele. — Iguais.
— Nós sofremos. — se juntaram para fazer drama.
Eu não falo é nada.
Quando terminei, subi de volta ao quarto para escovar o dente e arrumar minha cama.
Desci com o iPad. Jungkook contando como sofre e meu pai também, Vittorio mexendo no celular.
— Jimin, leva esse seu namorado dramático, já tenho o Jeong para fazer drama. — tirei Jungkook de lá.
— Dramático! Você nem sofre. — falei quando saímos de casa.
— Sofro. — dramático demais.
Abriu a porta do carro para mim, entrei e coloquei o cinto.
Ele entrou em seguida, hora de agir.
— Kook-ah? — olhou para mim após colocar o cinto. — Vamos faltar hoje?
— Nem pensar. — por que?
— Por favor, quero passar esse tempo com você, vamos ficar quatro dias sem se ver. — quanto tempo.
— Ainda é não, seu pai finalmente está gostando de mim, se sonhar em saber que te apoiei em não ir à escola, vai voltar a não gostar. — chato!
— Meu pai é mais importante que eu? — é assim mesmo, namorado de araque.
— Claro que não neném. — falso.
Ele me levou para a escola, com um namorado assim para que inimigo?
Saí do carro antes dele abrir a porta.
Agora que eu me liguei que estou com marca de chupão no pescoço, NA ESCOLA!
— Por que entrou de novo? — perguntou.
— Não vou entrar. — falei.
— Por que? Ainda quer faltar? — sim. — Vamos neném.
— Não, eles vão ver. — eu me recuso.
— Ver o que? — esse ser pergunta demais.
— O que fez no meu pescoço. — vão falar de mim.
— Está linda essas marcas, fazer mais vezes. — ele me arrastou do carro até dentro da escola.
— Tô com vergonha! — estão me olhando.
— Rosado. — segurando minha mão, nós subimos para o nosso andar.
Eu gostava quando eu era só mais um nessa escola, ninguém me olhava. Agora só porque namoro quem todos tem medo, e sou capitão do time, vivem me olhando.
Entramos em nossa sala, e já fomos até nossos lugares, ele coloca meu iPad na mesa, e joga a própria mochila.
Sentamos, olharam para mim na hora.
"Que foi?" Perguntei.
— Deu né safado? Eu sabia que seria antes da viagem, se tivesse apostado eu ganharia. — Melissa doida falou.
— Como não está mancando? — Jin perguntou.
Eu me encolhendo de vergonha a cada pergunta, que povo safado!
— Como foi? Ele te tratou bem? Eu esperava que fosse ficar manco, mas Jeon deve ser soca fofo. — Peter falou, Jungkook só olhou para ele. — Acho que hoje vou sentar lá na frente.
— Eu não sou soca fofo, e nós não transamos. — exatamente.
O que é soca fofo?
— Jimin está todo marcado. — Melissa falou sem entender.
— Isso foi para o trabalho. — eles riram.
— Engraçadinho, conta outra. — Peter.
"Foi para o trabalho, eu não queria responder as perguntas, e ele tirou a resposta de um jeito diferente, mas não fizemos o que estão pensando".
— Droga! Pensei mesmo que o Jimin finalmente tinha dado. — Melissa indignada que eu não fiz sexo.
— E eu pensando que teria algum conteúdo sexual desses dois finalmente. — os dois viraram para frente, Jin fez sinal que estava de olho em mim e virou também.
Caleb olhou para mim, "O que é soca fofo?".
"Também não sei, se eu descobrir te falo".
"Tudo bem" virou para frente.
— O que é soca fofo, Kook-ah? — perguntei ao Jungkook.
— Não faça esse tipo de pergunta, sussurrando no meu ouvido e falando manhoso. — o que eu fiz?
— Não entendi, o que tem de errado na pergunta? — ele me olhou e viu que eu realmente não sabia.
— Já que quer saber. — ouvir a explicação. — Soca fofo, é quem fode com carinho, ou nem sabe fazer. — tô rosa. — Isso eu não sou...
— Já deu de explicação. — virei para frente, que vergonha!
— Lindas bochechas rosadas! — beijou a minha.
As aulas se passaram na velocidade de uma tartaruga manca.
Fiz todas as lições, e entreguei tudo, como são as mesmas que terei amanhã, já fiz a lição do dia seguinte, expliquei que iria viajar e os professores me entregaram as lições, não irei perder nota.
No intervalo, eu fiquei com o Jungkook no jardim coberto. Peter levou o Caleb para conhecer a biblioteca da escola, porque Caleb já consegue falar com ele.
Peter está só os dentes, todo apaixonado. Diz ele que não, eu falava o mesmo.
Melissa está perto das árvores falando com Polina por ligação. Jin e Tae estão se pegando em algum canto da escola, safados!
— Se não responder às minhas mensagens, vou te bater ao voltar. — falei.
— Nem foi e já está me ameaçando. — lógico. — Claro que vou responder, mais fácil você não responder as minhas.
— Por quê? — perguntei.
— Você vai estar conhecendo outro país, novas pessoas, ocupado demais para falar comigo. — o drama em pessoa.
— Tu é bem do dramático! Parece que não me conhece, eu fico completamente recluso em lugares que não conheço as pessoas, acho um canto e lá ficarei. — simples. — Provavelmente mexendo no celular, para falar com você.
— Sei. — levou um tapa por duvidar da minha palavra. — Vou sentir falta desses tapinhas, de longe quando eu te provocar não é para me bloquear.
— Não faria isso, já me acostumei com as suas provocações. — eu faria, ele é uma peste muito da safada!
— Meu neném estressado e bravo. — me abraçou de lado.
Ficamos ali até dar a hora de voltar à sala. O restante das aulas foram tranquilas, tirando a parte que tivemos filosofia e uma menina bateu na outra.
Melissa, Peter e Jin incentivando.
Fingi que nem conhecia.
Saímos da escola, Polina veio buscar minha amiga, Peter levou Caleb embora.
Realmente desistiu do ex do Jungkook, está igual cachorrinho atrás do loiro.
— Nem precisa ser passivo para ficar de quatro, Peter está de quatro pelo Caleb, bocó! — Jin falou antes de ir embora com Tae.
Entrei no carro, Jungkook em seguida.
— Como assim de quatro, igual cachorro? — perguntei ao Jungkook.
— Tipo isso. — falou. — Só que um pouco mais curvado. — Ainda não entendi. — Você leu muitos livros com sexo entre personagens, nunca viu isso "de quatro"?
— Eu vi, mas não entendi, muitas coisas que falam eu não entendo e tenho vergonha de pesquisar no Google. — ler e ir ver, tem diferença.
— Não consigo te explicar isso, só na prática. — safado! — Isso doeu neném.
— Pervertido! — olhei para a janela, o ouvi rir. — Não ria panaca.
— Estressado! — sou.
Me levou para casa, antes de entrar ganhei um beijo.
Senti cheiro de comida, e ouvi um Hoseok cantarolando "tô com fome, tô com fome".
— Oi, Jimin! — Vittorio falou, tirei o coturno e calcei a pantufa.
"Oi!". Primeiro eu subi para trocar de roupa e guardar meu coturno, voltei à cozinha e sentei à mesa.
— Agora pode se servir, Hobi. — meu irmão foi rápido em se servir.
— Jimin, você seja rápido em se despedir do seu namorado, e venha para dentro logo, Vittorio não me deixa comer sem você aqui. — olhei para ele.
"Você ficava se pegando com o seu namorado no sofá horas e não vinha comer, agora quer cobrar isso de mim?" Confirmou, "Ir se foder não quer?"
— Jimin e Hoseok. — olhamos para ele. — Comer primeiro, brigar depois.
Hoseok mostrou a língua para mim, fiz sinal que cortaria o pescoço dele.
— Ji, você sabe todos os palavrões em língua de sinais? — confirmei. — Já usou com o Jungkook?
"Não, é mais com o enviado do cão mesmo" chutou minha canela, chutei de volta mais forte.
— Filho da...
— Hoseok! — meu pai chegou. — Nem pense em terminar.
— Mas ele me chutou forte. — falou.
— Eu tenho certeza que você chutou primeiro. — meu pai me conhece, eu me defendo, não ataco.
— Isso é apenas um detalhe. — sem vergonha.
— Conseguiu amor? — Vittorio perguntou.
— Sim, eu ganhei. — o quê? — Minha cliente vai receber do marido traidor, dez milhões de indenização pelos danos morais e psicológicos, e todo mês uma pensão de cinco milhões.
— E quanto nós ganhamos? — Hobi perguntou.
Ele ama dinheiro e comida, a família deve estar em décimo, ou nono lugar.
— Não vou te contar, interesseiro. — entrou no escritório para guardar a maleta dele.
— Três milhões. — Vittorio contou. — Mas shiu!
Após o almoço eu tive que arrumar minha mala para Itália, Hoseok só enfiou as roupas dentro, com dois videogame portáteis.
Eu arrumei em bolsas, dos dias que passarei lá, com três pares de sapato e dois pares de chinelo. Depois foi às nécessaires, de produtos para a pele, cabelo, boca, e perfumes.
— Arrumou sua mala, Ji? — ouvi a voz do Vittorio no quarto, saí do closet.
"Sim, já vamos sair?" Confirmou, "Vou trocar de roupa".
— Te espero lá embaixo. — saiu do quarto.
Vamos ir comprar presentes para os pais dele, só foi eu e ele, Hoseok estava jogando e não quis sair.
Nós achamos tudo que Vittorio queria levar em lojas diferentes. Primeiro achamos a maioria em uma loja, mas a atendente me destratou por usar linguagem de sinais, Vittorio fez um barraco.
— Eu vou te processar, sua preconceituosa do caralho! — chocado! E ela pedindo para ele se acalmar. — Vou me acalmar uma porra, você deveria manter esse lixo que chama de boca fechada. — todo mundo olhando. — Dorme de olho aberto, cadela mal amada!
Um pedacinho do que ele falou para ela, que treta!
Ele me disse que se fosse em uma loja menor e mais vazia, tinha matado ela, eu não duvido.
Voltamos para casa perto das cinco horas, eu fui contar ao Hobi o que aconteceu, ele já desceu correndo para ir perguntar as coisas ao Vittorio, para isso ele para de jogar.
Fofoqueiro!
No meu quarto, olhei meu celular, vi que Caleb foi adicionado ao grupo. Melissa e Jin enchendo o saco do Peter, nada de novo.
Caleb parece eu, visualiza tudo, mas só manda mensagem para perguntar algo que não sabe.
Jungkook mandou mensagem, respondi. Ele acabou me ligando, atendi.
— Oi, Kook-ah! — falei.
— Oi, neném! Estou com saudade! — ainda nem fui.
— Também estou! Você vai ao aeroporto? — perguntei.
— Que horas você vai embarcar? — perguntou.
— Às 18:30 horas. — respondi.
— Não vou conseguir loirinho, estarei muito ocupado. — ah!
— Tudo bem! — quatro dias sem ver ele, e nem vou ter uma despedida.
— Aconteceu algo interessante hoje? — está tentando me distrair.
— Não. — queria ver ele antes de ir, mas não posso pedir, ele já tem deixado muita coisa de lado por minha causa. — Quando eu estiver lá, posso te ligar por vídeo?
— Claro que pode. — vou ter que me contentar com isso. — Amo ver seu rostinho pelo celular, podemos fazer outras coisas.
— Que coisas? — perguntei.
— Coração azul, ainda lembra? — puxei na memória.
— Lembro. — falei.
— Toquinho, você está bem? — confirmei. — Eu acabei de falar algo que você costuma me xingar, e não fez isso agora.
— Só tô um pouco cansado. — nada demais.
— Está triste porque não irei conseguir ir te ver no aeroporto? — muito. — Eu vou!
— Não precisa, pode cumprir com seu compromisso, não desmarque mais nada por minha causa, eu não quero que deixe de fazer coisas que gosta por mim, amo que me dê total atenção, mas pode fazer outras coisas. — amo ter toda atenção.
— Mas o que eu gosto de fazer é com você, neném. — então temos um problema.
— Kook, nem sempre estive em sua vida, faça as coisas que fazia antes que eu aparecesse, menos ficar com outras pessoas. — após chorar uma semana, eu mato ele.
— Eu não vou te trair! — excelente. — Vai querer o coração azul?
— Jungkook, eu juro que se me ligar para isso, vou te bloquear. — avisei, não vou fazer sexo pelo celular. — Vou ir me arrumar, tchau! Te amo!
— Tchau! Te amo! — desliguei.
Tomei banho, escovei o dente. Passei creme no corpo, ainda meio úmido, fixa mais o cheiro.
Entrei no closet, vesti conjunto moletom azul bebê, com um ursinho marrom na frente, porque avião é frio. Calcei um tênis branco da Nike.
Arrumei meu cabelo, vou cortar logo meu cabelo, está nos meus olhos. O jeito que costumo arrumar agora não aparenta estar grande, mas se eu deixar ele bem reto, mostra o tamanho.
Passei desodorante e perfume, bem suave. Ajeitei meus acessórios, vi que estava sem a aliança.
Peguei no banheiro e coloquei de volta no dedo, prontinho.
— Jimin. — Vittorio entrou devagar, também está de moletom, mas calça jeans. — Sua mala, Jeong está levando para o carro.
Peguei no closet, e ele colocou no corredor.
— Pegou seus documentos? — confirmei. — Aparelhos? — também. — Então vamos!
Fechei a janela, e nós saímos.
De casa até o aeroporto é quarenta minutos, Hoseok foi jogando no celular, eu ouvindo música e conversando com meus amigos no grupo. Vittorio e meu pai estão "conversando" sobre onde ficar na Itália.
Meu pai quer ficar na casa da sogra dele, e Vittorio quer ficar em um hotel.
— Meninos. — tirei o fone e Hobi o dele. — Vocês preferem hotel? Onde terão seus quartos, sua privacidade, e acordar quando quiser, ou ficar na casa da minha mãe e não ter nada disso, porque ela é amorosa demais e vocês vão estranhar.
— Hotel. — Hobi falou.
"Hotel", gosto de ter meu canto.
— Viu? Teimoso. — Vittorio falou com meu pai.
Coloquei de volta o fone, e assim foi até o aeroporto. Chegamos até que cedo, cada um empurrando sua mala. Menos Vittorio que está mexendo no celular, e meu pai levando a mala do noivo.
A coleira dele é verde-escuro, cor preferida do Vittorio.
— O Jungkook vem se despedir? — Hobi me perguntou, neguei.
— Certeza? — Vittorio perguntou, confirmei. — Estranho.
— Identidade e passaporte? — meu pai pediu.
Entregamos, ele fez o check in, ficamos esperando chamarem nosso voo.
Senti duas mãos tampando meus olhos.
— Adivinha quem é? — sussurrou no meu ouvido.
Jungkook!
Virei para trás, abracei ele.
— Pensei que não iria vir. — falei.
— Quatro dias sem meu neném, precisava vir me despedir. — vou chorar! — Pode me soltar um minuto? — neguei. — É rapidinho, vou te dar uma coisa.
Me afastei, mas ainda segurando em sua jaqueta.
— Livro para você ler durante a viagem, romance clichê como você ama. — entregou. — Barras de chocolate, e bombons para você não ficar ansioso em conhecer outro lugar.
— Obrigado Kook-ah! — agradeci olhando a sacola.
— Eu pensei que não iria te ver aqui. — olhei para o meu pai que chegou com a minha água. — Sua água filho.
— Jeong. — Vittorio só falou isso.
— Nem fiz nada. — foi para perto do noivo, meu irmão muito concentrado no jogo para perceber o Jungkook aqui.
— Para que a água? — Jeon perguntou.
Tirei um frasco de remédio do bolso, e mais dois.
— Para que servem? — perguntou.
— Depressão, ansiedade, e para eu não ter crise durante o voo. — tomei os três com a água. — Não me olhe assim.
— Assim como, loirinho? — pensa que não vi.
— Com pena. — falei, coloquei no bolso de novo e joguei o copo fora. Voltei para perto dele. — Você veio aqui porque vai ficar ocupado enquanto eu estiver fora, né?
— Como sabe? — acabou de se entregar, às pessoas não sabem disfarçar.
— Eu te conheço, e isso tem a ver com você estressado esses dias. — amar um mafioso tem seu preço. — Se não conseguir responder minhas mensagens, não vou ficar triste, então, não se preocupe com isso e resolva tudo que precisa resolver sem se preocupar comigo, okay?
— Ok, neném. — beijou minha testa. — Sentir falta do meu neném independente.
— Vou sentir falta do meu badboy sem vergonha. — muito lindo.
Chamaram meu voo.
— Ji, se despeça do Jungkook, te esperamos no portão de embarque. — meu pai não queria ir, Vittorio o arrastou.
— Ligaria se eu te beijasse aqui? — sim. — Quatro dias sem você e essa boca perfeita.
— Para! — tô rosa! — Tchau! Logo eu volto.
— Logo nada. — me abraçou. — Se cuida neném, não esquece que eu te amo!
— Se cuida também, não leve nenhum tiro. — por gentileza. — Eu te amo! Pra sempre.
— Um selinho? — confirmei, foram três.
— Você é ruim de matemática, Kook-ah! — ele riu. — Até!
— Espera. — tirou uma foto comigo. — Para quando eu sentir saudades.
— Como se não tivesse mais quinhentas fotos. — falei.
— Não é a mesma coisa. — claro.
Fui em direção ao portão de embarque, olhei para trás, acenei sorrindo para ele. Ele acenou para mim.
Entrei e achei minha família, entramos juntos no avião, direto para a primeira classe.
Sentei ao lado do meu irmão, mas na janela. Ele não gosta, tem medo de altura.
Olhei meu celular, ele me enviou a foto, e outra, eu acenando e sorrindo, não vi que ele estava tirando foto.
Meu Coelhinho
Sorriso mais lindo do mundo!
Vou sentir falta do meu mafioso dramático...........................
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!
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