|| Capítulo 26 ||
Jimin on.
— Kook-ah. — estamos a caminho da escola.
— Sim? — segurava a minha mão.
— Você disse que ouviu as músicas que coloquei no presente, mas não deu sua opinião. — lembrei disso.
— Culpa sua! Me mandar áudio me fez esquecer o propósito da conversa. — claro, minha culpa. — Você disse para ouvir na ordem que estava, e eu fiz isso.
— Então? — curioso para saber o feedback dele.
— Começou bem triste, e foi se tornando alegre as músicas, gostei de como terminou. — sim, felizes para sempre. — Porque no início é triste? Pensava em mim, e chorava?
— Não, era como eu me sentia no início. — agora preciso explicar. — Eu não me via namorando você, então eu ficava triste com isso, me sentia triste em pensar que não teria você.
— Mas você tem. — sim, eu tenho você.
— Gostou das músicas tirando as tristes? — confirmou. — Estou quase terminando o livro que me deu.
— O que achou? — tem nem vergonha na cara de perguntar.
— Ele é... — pensei. — Não vou te falar.
— Por quê? Ou me conta, ou só vou te chamar pelo nome hoje. — como pode ser tão ruim.
— Pode chamar. — quero ver se eu aguento.
— Tudo bem, Jimin. — ai, doeu.
— Você é muito ruim! — falei bicudo.
— Faz parte, né Jimin? — e foi assim até chegar na escola.
Saí do carro após ele abrir a porta, ele ficou com a bolsa do iPad, a outra mão eu peguei entrelaçando nossos dedos.
— Vamos Jimin. — chato!
Seguimos para dentro, subimos para o andar que fica nossa sala, e fomos até ela, entramos.
Meus amigos já estavam bem sentados, mexendo no celular.
Sentamos, tirei o iPad da bolsa e a caneta, guardei a bolsa embaixo da mesa.
— Jimin, meu amigo do peito, meu irmão camarada. — Peter virou falando.
"O que você quer?" perguntei.
— Assim ofende. — claro. — Mas então, Jin chegou esfregando na minha cara e da Melissa, que vocês dois vão sair hoje, apenas vocês.
— E falou, "viu? Ele me ama mais". — Melissa falou. — É porque somos pretos né Jimin?
Arregalei os olhos, os dois riram.
— Estamos brincando, mas você ama mais ele que nós? — perguntou.
— Se ferrou! — Jungkook falou sem parar de mexer no celular, pisei no pé dele. — Isso doeu.
"Eu aceitei sair com ele porque estava fazendo drama dizendo que foi trocado, mas eu saio com vocês" falei.
— Amanhã. — Melissa falou.
"Amanhã não dá, tenho médico" psicóloga e psiquiatra.
— Quarta-feira. — Peter sugeriu.
"Tem jogo" o lembrei disso.
— Quinta-feira? — falaram juntos.
"Vou sair para arrumar umas coisas da viagem" estou bem ocupado essa semana.
— E você viaja que dia? — Melissa perguntou.
"Quinta-feira a noite" sim, mudou o dia.
— Que lugar? — Peter perguntou.
— Itália. — Jungkook respondeu por mim. — Conhecer a família do Vittorio.
"Sim, porque no próximo mês eles vão casar" expliquei, "Vocês não sabem o que eu descobri".
— Que seu padrasto é criminoso. — Peter falou e riu com Melissa.
— Porque não estão rindo? — Melissa perguntou.
"Porque ele é" respondi.
— Estou chocado com essa informação. — Peter perplexo.
— Da máfia também? — Melissa perguntou, confirmei. — Italiana? — confirmei novamente.
— Quem é líder da máfia Italiana? — Jin finalmente desgrudou Tae.
"Fala mais baixo, criatura escandalosa" assim fica difícil.
— O padrasto do Jimin. — Jungkook respondeu.
— Espera, espera. — Peter interrompeu. — Como assim, Jimin? Não é toquinho? Rosado? Loirinho? Neném? Jiminsinho?
— Ele está doente Jimin? — Melissa perguntou.
"Não, é drama", respondi.
— Da última vez que respondeu isso, vocês ficaram se ignorando e o que juntou novamente foi a coisa mais triste que já presenciei. — Melissa falou. — Se juntem de novo.
"Nós estamos bem, é realmente só drama" bom que seja.
— Eu espero mesmo. — Peter falou desconfiado.
— Voltando ao assunto, como assim seu padrasto é mafioso? — Jin voltou ao assunto.
"É, eu descobri semana passada ao ouvir a conversa dele, como estou aprendendo italiano consegui entender" expliquei.
— Está aprendendo italiano, e já conseguiu o... — só um olhar foi suficiente para calar a boca do Peter. — Livro que você estava querendo?
— Que livro? — Jungkook perguntou.
"Um livro que estou procurando" continuei a mentira.
A professora entrou na sala, finalmente!
— Hoje é o dia daquele trabalho. — Peter sussurrou.
— Bom dia! Turma. — falou sorrindo, eles responderam. — Como a escola entrou em contato com os pais de vocês para pedir permissão, já devem estar sabendo o trabalho que irei fazer.
Começou os sussurros, eu quero ter detalhes desse trabalho, meu pai não falou nada.
— Alguns pais não permitiram, eu vou citar o nome dos alunos e vocês vão fazer outro trabalho aqui na sala. — ela citou o nome de cinco alunos, três meninas e dois meninos. — Agora os restantes, vamos ao que importa.
Abri no iPad na matéria dela, vamos ver o que é esse trabalho.
— Precisa ser em dupla. — Jungkook é minha dupla. — Vocês vão descobrir com conversa, qual parte do corpo da sua dupla é erógena?
— O que é erógena? — uma menina perguntou.
— Parte do seu corpo que te causa prazer. — agora as risadinhas.
Eu queria estar em casa, quero trocar de dupla.
— É para conversar, não fazer sexo. — mais risadas. — Os únicos que pode ocorrer isso, são esses seis que namoram. — apontou para o meu canto, quis entrar debaixo da mesa.
— Professora, assim a senhora acaba com os meus esquemas. — Peter já se revoltou. — Eu e essa coisa, não namoramos, sou gay com muito orgulho.
— E eu não namoro feio. — Melissa também já se manifestou.
— São amigos. — Jin falou. — Ou inimigos também, é bem parecido.
— Tudo bem, então esses quatro. — aí eles concordaram.
— No caso dois, um não consegue nem beijar o namorado. — eu sabia que iria chegar em mim.
— Fala mais alto que eu não te escuto puta. — Melissa já levantou em minha defesa. — Você não é coreana, eu te desço a porrada.
— Sem briga gente, por favor se acalmem. — a professora falou, estiquei o braço e toquei a cintura dela.
"Deixa isso quieto" falei, ela sentou, mas ainda estava brava.
— Mas é verdade professora, esse trabalho ele não vai conseguir fazer. — isso, fale mais que assim ela desiste de me colocar para fazer esse trabalho.
Nem ligo com o que ela está falando, eu consigo beijar o Jungkook, então tranquilo.
— Desculpe por isso Jimin. — Peter falou, agora fudeu. — Beijar ele já consegue, agora você não consegue deixar de ser corna, seu namorado dormiu com todas as meninas da sala 12, e chupou o pau da maioria do time de basquete, chifruda intrometida, cuida do seu chifre e deixa o relacionamento dos outros em paz.
O povo riu da cara dela, bem feito.
— Ele não dormiu. — falou convicta.
— Jimin, eu te amo demais mesmo. — pegou o celular e levantou. — Então quem é esse chupando meu pau?
— Puta que pariu! — Melissa falou.
— Desisto. — a professora sentou e só ficou olhando o barraco.
— Você não tinha o direito de fazer isso com ele. — ela falou, ele guardou o celular.
— Não meu anjo, ele fez isso comigo, sou a vítima. — tadinho.
— Professora, olha o que ele está fazendo. — apelou para a professora, sem argumentos.
— Você provocou, e quando eu pedi para acalmarem você falou mais, me desobedeceu, agora aguenta. — isso, voltar ao barraco.
— Voltando chifruda, você também não fica atrás, sei que está saindo com o auxiliar do treinador do vôlei feminino. — só piora.
— Está cada vez melhor. — Jungkook sussurrou para mim.
— E vocês amigas dela que estão ficando com gente do vôlei, ela está mandando mensagem para eles querendo marcar encontro, é cobra venenosa. — meu Deus!
Minha aula de educação sexual, foi revelações sexuais.
— Nossa aula terminou, e o trabalho fica para a próxima semana. — a professora falou. — Com o que descobrimos hoje aprendemos, usem camisinha, tanto no sexo oral se vocês tem tantos parceiros, e na penetração, queremos que vocês aproveitem a juventude normalmente, não cuidando de uma DST ou um filho, se cuidem e até semana que vem.
— Eu gosto dessa professora. — Melissa falou.
— Também. — Peter falou, cutuquei ele, virou para trás.
"Obrigado!" agradeci.
— Não foi nada. — foi sim.
— Foi, eu fico te devendo uma. — Jungkook falou.
— Legal, um mafioso está me devendo. — ele achou demais, virou para frente.
— Defender meu ne... — se xingou. — Não consigo, meu neném.
— Assim é melhor. — está com o braço ao redor do meu ombro, beijou meu pescoço. — Você para de gracinha, sem vergonha.
— Nem fiz nada. — calúnia contra a vida desse santo.
As aulas prosseguiram normais até o intervalo, professor covinhas como Melissa chama está recuperando o que dormiu então estava passando bastante conteúdo em sala.
Descemos para o intervalo, tem brownie hoje, eu vi de longe.
Nem esperei o Jungkook ou meus amigos e já fui na frente, estava esperando a minha vez tranquilo.
— Seu amigo está espalhando mentiras, deveria ficar de olho aberto, você não é filho do diretor. — olhei para trás, porque sempre são maiores que eu?
Eu não deveria correr na frente do Jungkook agora eu me ferrei!
— Deixa isso pra lá cara, o namorado dele vai acabar com você se souber que está ameaçando o loirinho. — o amigo tentou alertar o bocó.
— O namorado dele não me assusta. — se eu fosse você mudava de ideia.
— Certeza? — Jungkook perguntou atrás dele, ele olhou e se assustou. — Parece que eu te assusto.
— Foi mal Jeon, eu não sabia que ele era seu namorado. — pois é, eu sou.
— Agora você está sabendo, e me dê um excelente motivo para não te dar um murro. — eu não acho uma boa ideia.
Aproximei-me dele, porque raios ele veio com essa bota? Agora tenho que ficar na ponta dos pés, mas eu ainda vou crescer.
— Eu estou com fome, deixa isso quieto. — sussurrei para ele.
— Sua sorte é que me importo mais com meu namorado, ou você estava morto! Boqueteiro. — passou trombando nele, quase derrubou. — O que você quer comer rosado?
— Brownie. — ele pegou dois pedaços e meu leite de morango, fomos sentar.
— O que estava rolando na fila? — Melissa perguntou após nós sentarmos.
— O cara que trai a namorada, veio ameaçar meu neném. — Jungkook respondeu, já estou comendo.
— Está caçando a morte, você deve estar no puro estresse já que ontem aconteceu tudo aquilo. — Tae falou.
— Estou calmo! Meu loirinho resolveu o problema. — exatamente.
— Jimin ajudando a máfia, olha só onde chegamos. — Jin falou.
— Não me surpreende, já esperava. — Peter deu a sua opinião.
— Também. — Melissa.
— Então Melissa, mudando de assunto antes que Jimin entre embaixo da mesa. — Jin percebeu, já falaram muito de mim, hoje. — Conseguiu beijar a mafiosa?
— Quem dera, nenhum selinho cara. — deitou a cabeça no ombro do Peter.
— A Polina ainda não te beijou? — Tae perguntou surpreso.
— Porque a surpresa? — Peter perguntou.
— Como explicamos isso. — Jungkook falou.
— A Polina é conhecida entre nós como a maior beijoqueira, em uma balada não escapa uma. — Tae contou. — E você está dizendo que ela não te beijou.
— Eu sabia, eu disse que ela não estava querendo nada, meu pobre coração. — ela vai chorar em três, dois, um. — Já estava gostando dela.
— Você deveria ter ficado quieto. — Jin brigou com Tae. — Ela quer fazer diferente com você Melissa, te tratar de forma especial.
— Duvido muito, ela estava me usando como passatempo isso sim. — falou. — Bati meu recorde, duas vezes feita de trouxa em um ano.
— Não tire conclusões precipitadas, fale com ela antes. — Peter falou, concordou com ele.
— Os amigos dela estão dizendo que ela beija todo mundo, porque eu não? — argumento interessante.
— Não faz pergunta difícil. — o restante do intervalo foi ela resmungando triste.
Voltamos para a sala, bebia o restante do meu leite de morango, ao chegar na sala joguei no lixo o vidrinho.
Sentei no meu lugar. Melissa não fez nada em nenhuma das outras aulas, ficou com a cabeça abaixada desenhando com o dedo na parede, espero que Polina tenha explicações excelentes, ou peço para o Jungkook mandar ela de volta para a Rússia.
Saímos da sala quando o sinal bateu, descemos as escadas.
— Droga, eu esqueci de desmarcar o encontro com ela. — falou no meio do corredor. — Vou ficar aqui, e vocês falam que eu fui embora porque estava doente.
— Te amamos Melissa, mas precisa resolver isso. — Jin falou, exatamente.
"Se deixar para depois pode ser pior" falei.
— Tudo bem, eu vou. — saímos da escola, Polina esperava ela perto do carro mexendo no celular. — Já vou pedir para o meu pai deixar brigadeiro na geladeira, vou passar o dia sofrendo.
E ela foi falar com a russa, olhamos até que ela entrou no carro, as duas seguiram caminho.
— Te vejo mais tarde Jimin, até amanhã Peter. — Jin falou.
— Até! — Peter foi o primeiro a ir embora, Jin e Tae em seguida.
Jungkook me levou para casa, o carro do meu pai parado na garagem indicava que eles já chegaram.
— Tchau! Até amanhã. — me despedi do Jungkook.
— Tchau! Vou sentir saudades. — sei disso. — E o meu beijo?
— Gosta de me ver rosa. — falei.
— Muito! — se aproximou e me beijou, fechei os olhos e coloquei as mãos em seu rosto.
Nunca são as mesmas sensações, hoje eu sinto euforia ao beijar ele, meu interior está feliz por esse contato tão íntimo.
Sentir seu piercing é realmente muito gostoso, o do lábio é tão bom quanto, mas da língua realmente me surpreendeu, eu não imaginava que iria gostar tanto de sentir esse pequeno objeto que causa tantas coisas em meu corpo.
O beijo é lento, sem pressa, como uma dança clássica, os dançarinos bem sincronizados conforme a música.
Ele não tem mais a necessidade de me guiar, posso ir sem medo, consigo corresponder na mesma intensidade que ele inicia o beijo.
— Não ligaria de fazer aquele trabalho que a professora passou. — falou baixo após nos afastar, fiquei rosa. — Desculpe, eu fui longe.
Hein? Ele se endireitou no banco, não entendi.
Porque agora ele fica se segurando? Não era assim.
— Eu quero mais um. — pode me matar.
— Agora não neném. — viu?
— Por quê? — perguntei.
— Mesmo motivo de sábado. — como se eu soubesse o que aconteceu.
— Tudo bem, eu vou ir. — ele saiu do carro e veio abrir a porta, saí também, pegou minha mala no porta-malas. — Obrigado!
— Por nada, tchau! Loirinho. — beijou minha testa.
— Tchau! Kook-ah. — quero ficar mais com ele.
— Só vou ir quando entrar. — tive que entrar.
Já ouvi meu pai pedindo silêncio para o Vittorio, silêncio de quê?
Apareci na cozinhas, os dois ficaram quietos, nada suspeito.
— Olá Jimin, como foi o final de semana? — Vittorio perguntou.
"Tranquilo" respondi.
— O que fazia no carro com o Jungkook? — meu pai perguntou.
"Tô subindo".
Deixei ele lá fazendo drama, entrei no meu quarto, fui para o closet desfazer minha mala. Troquei de roupa, e calcei pantufas, voltei ao quarto.
Peguei o iPad e conectei ele no teclado em cima da escrivaninha, mas deitei na cama.
Bateram à porta, meu pai entrou.
— Você fez o trabalho que a escola me ligou pedindo permissão? — era isso, contei até três e respirei fundo.
— Não, teve um barraco e acabou não acontecendo, só na próxima semana agora. — expliquei.
— Tudo bem, e vamos almoçar. — levantei da cama, calcei minha pantufa e saí com ele.
Descemos para o primeiro andar, Hobi sentado esperando a comida.
Lavei as mãos no lavabo, voltei e me sentei.
— Podem se servir. — Vittorio colocou a última panela na mesa, Hobi pegou primeiro, eu depois. — Então, conte como foi a experiência fazendo a primeira tatuagem?
— E última. — ouvi meu pai resmungando.
— Bem dolorosa, eu chorei, mas o Jungkook foi bem paciente comigo, isso ajudou bastante. — meu namorado é um amor.
Eu estou do lado dele, encostei nossos pratos e passei toda a massa para o meu prato.
— Jimin, isso me pertence, devolve. — neguei.
"Esqueceu que não pode comer coisas gordurosas" eu tô muito feliz com isso, porque na minha vez ele passava comendo bacon na minha frente e dizendo o quanto estava gostoso.
— E tem bacon, é, não pode comer. — Vittorio concordou.
"Estou te ajudando meu amado irmão" voltei a comer.
— Logo você vai fazer outra tatuagem, minha vez vai chegar otário. — ele pegou mais salada e frango.
— É mesmo Ji, o que está pensando em fazer? — Vittorio perguntou.
"Algumas Luas" respondi.
— Pelo menos não é um dragão. — meu pai falou olhando Hobi, o pestinha se fez de sonso.
— Aonde vai fazer? — perguntou.
"Costas" só preciso criar coragem para pedir ao Jungkook, ainda me sinto desconfortável em ele ver minhas costas.
Apesar que fico desconfortável com tudo que envolva meu corpo, não será novidade isso me causar desconforto, mas você vence um medo se enfrentar e não correr feito um covarde.
Porém, eu sempre corri feito um covarde, porque preciso enfrentar isso?
Mas eu enfrentei meu medo de beijar, e gostei muito disso, sou todo confuso.
— Porque nas costas? Você faz tatuagem para mostrar, quem vai ver suas costas? — meu pai perguntou sem entender.
— O Jeon vai ver. — quer morrer Hoseok?
— Eu não precisava saber disso. — faz parte pai.
"Ele não vai ver nada", só quando for fazer.
— Duvido muito. — Vittorio você vai ficar viúvo assim.
— Vamos parar com esse assunto que envolve a perda da pureza do Jimin. — meu pai encerrou o assunto.
— Jimin, o que aconteceu de interessante hoje na escola? — Vittorio perguntou.
"Uma briga" respondi.
— Vai compartilhar? — ah! Vocês querem saber.
"O trabalho da primeira aula envolvia assuntos sexuais, e uma menina mandou uma indireta para mim, falou algo sobre eu não conseguir beijar meu namorado, Melissa me defendeu".
Vamos por parte para conseguir entender tudo.
"Então a professora interviu, mas ela provocou de novo, aí o Peter entrou na história e foram muitas revelações, ela é corna, o namorado pior ainda".
— Não sei se percebeu, mas eu sou levemente fofoqueiro, preciso de detalhes. — aí você me complica.
— É, eu também quero saber das revelações. — Hobi comentou.
"Pai, vai comer no escritório" falar isso longe dele já é difícil, imagina na frente.
— Mas eu também quero saber. — fofoqueiro.
— Nossa fofoca de travesseiro será essa, vai amor, eu te conto tudo. — Vittorio falou.
Os dois fofocam juntos, que lindos!
— O fim da picada isso, se não me contar com detalhes a próxima vez eu não saio. — e foi para o escritório.
— Vai Jimin, quais foram as revelações? — por onde eu começo.
"Ele dormiu com todas as meninas de uma sala" já se surpreenderam, "E fez uma coisa com alguns do time de basquete".
— Que coisa? — Hobi perguntou. — Vai precisar ser específico.
"Tenho vergonha" falei.
— Vamos ir tirando, tem a ver com sexo? — confirmei, Vittorio pensou. — Sexo grupal?
— Isso existe? — Hobi perguntou, também fiquei em dúvida.
— Existe, e vocês não souberam pela minha boca, o pai de vocês me mata. — concordo. — Mas foi sexo grupal?
Neguei, enquanto pensam continuei comendo.
— Usa a boca? — confirmei querendo entrar embaixo da mesa.
— Já sei, sexo oral. — Hobi falou empolgado, confirmei.
— É, mas como sabe disso? — Vittorio perguntou, se lascou.
— Isso não é importante, continue Jimin. — cínico.
"Ele fez isso com o povo do basquete, ela não acreditou, então o Peter para me defender mostrou uma foto, do namorado dela fazendo nele" que vergonha, puta que pariu!
— Que escola emocionante a sua. — Vittorio falou. — Amo uma boa fofoca, e nem posso julgar o Peter porque já fiz pior.
— Quero mudar logo para a sua escola, é mais legal que a minha. — Hobi falou.
— Tem mais Jimin? — você não tem noção.
"A menina tem um caso com o auxiliar do treinador, mas do vôlei feminino, do meu time é o Peter que está fazendo isso, e ela quer sair com quem as amigas estão ficando".
— Convença meu pai me mudar de escola esse ano, por favor? — Hobi pediu ao Vittorio.
— Que puta! — concordo. — E você Hobi, pode conseguir isso sozinho, ele está tranquilo hoje.
— Claro. — não foi muito convincente.
— Jimin, eu vi semana passada quando estava comprando algo para a viagem, sua amiga Melissa. — onde? — Estava almoçando com a funcionária do Jeon.
"Elas estão saindo" falei.
— O Jeon tem funcionários? — confirmamos. — Rico!
— Estão se entendendo? — ia confirmar, mas lembrei que Melissa vai colocar a russa contra a parede, neguei. — Por quê? Polina é muito carinhosa, e muito respeitosa também.
"É esse o ponto, ela respeita tanto que ainda não beijou a Melissa", expliquei o que Melissa descobriu hoje pelo Tae.
— Bem, isso é realmente verdade. — confirmou. — Mas a Polina não brincaria com a Melissa, não tem mais idade para brincar com o sentimento de alguém, acredite em mim, elas vão se acertar.
"Assim espero, Melissa ficou triste metade das aulas e nem fez nada" quando o Jungkook estava longe também fiquei triste, mas ainda fazia lição, muito nerd para deixar de fazer.
— Agora que terminaram, querem sobremesa? — confirmamos. — Hobi, chama o seu pai.
— Por que eu? — só come e joga, não quer chamar o pai.
— Está mais perto do escritório. — foi resmungando chamar meu pai, os dois voltaram juntos.
Comi Petit Gâteau com sorvete de morango, estava uma delícia!
— Jokenpô para ver quem vai lavar a louça. — Vittorio falou.
— Jokenpô. — as mãos apareceram, ganhei.
— Como ele faz isso? Sempre o primeiro a sair. — meu irmão indignado.
"Tchau!" Subi para o meu quarto.
Escovei o dente e deitei, peguei meu celular para olhar se o Jungkook mandou mensagem, e ele mandou.
Áudio meu coelhinho
Você esqueceu uma coisa no meu carro, vou ir no seu treino te entregar.
Não lembro de ter esquecido nada, mas se ele está falando.
Áudio
Tudo bem, estarei te esperando no estacionamento.
Fiquei na cama mexendo no celular por um tempo, depois fui estudar.
Um pouco de matéria que vai cair na prova, russo, e italiano.
Quando deu a hora certa me arrumei e fui para a escola, penúltimo treino antes do jogo.
Hoje eu não treinei, o treinador pediu para eu ficar montando estratégias com o Peter, e assim nós fizemos.
— Acredito que vamos ganhar. — ele falou enquanto íamos para o vestiário.
"Sim, o time está melhor que no último jogo, talvez não precise de mais um tempo", assim espero.
— Vamos torcer por isso. — o resto do time foi tomar banho para ir embora.
Eu peguei um roupa minha que está no armário para emergência, tem duas, e fui para uma cabine fechada.
Troquei o uniforme do time, calça jeans rasgada no joelho, foi para uma guerra a coitada.
Camiseta branca e camisa xadrez preta, cinza e branco.
Calcei o tênis de novo antes de sair, coloquei o uniforme no armário, saí do vestiário.
Andando no corredor da escola vi alunos bem mais novos no horário da tarde, interessante que eles te olham admirando.
Passei no meu armário, olhei dentro, sabia que esse boné estava aqui. O boné é preto com argolas na aba, coloquei e fechei o armário.
Vi um garotinho de uns onze, ou doze anos sendo encurralado por outros meninos maiores.
É pelo cabelo rosa, estão o chamando de viadinho entre outros apelidos.
Eu já estive no mesmo lugar que ele, não tinha cabelo rosa, mas meu jeito sempre entregou e sofri anos por ser assim.
Não consigo te ajudar garoto, mas eu sei quem pode.
Corri da escola e fui até o estacionamento, Jungkook encostado no carro mexendo no celular.
— Kook-ah. — segurei seu braço e o fiz correr. — Corre, alguém precisa da sua ajuda.
— Quem neném? — perguntou me acompanhando.
— Depois explico. — entramos na escola correndo, apontei o grupo de garotos fazendo bullying com o outro.
— Já entendi. — soltei seu braço, ele foi até o grupo de garotos, com a mão bateu no armário chamando a atenção deles que se assustaram. — Estão te incomodando? — o menino balançou a cabeça confirmando com medo. — Por que estão implicando com ele?
— Porque... Porque... — não sabe o que falar.
— Perdeu a voz valentão? Eu namoro um homem, me chama de viadinho igual estava falando com ele. — olha que lindo que ele fica ameaçando um adolescente. — Covarde!
O menino está até envergando o pescoço para olhar o Jungkook, olhei o pé do meu namorado, essas botas deixam ele quase o dobro de mim.
Exagerei, mas fica bem maior.
— Se xingar ele de novo, eu vou te dar uma carona para sua casa. — ué, não entendi. — Mas inteiro você não vai chegar. — agora fez sentido.
Tenho certeza que o menino fez xixi na roupa.
— Agora some! — correram sem olhar para trás, a vítima respirou aliviado. — Você está bem garoto? — não falou nada. — Neném. — me aproximei.
"Você não fala?" Perguntei, a feição dele se alegrou.
"Isso, em situações assim eu perco a voz" não é "fala seletiva", tem outro nome.
"Também não falo, mas minha situação é diferente da sua" falei.
Eu me vejo nele.
"Você não fala e está namorando?", Confirmei, "Eles vivem falando que vou acabar sozinho".
— Não vai, ainda vai encontrar alguém que te ame sem se importar com essas coisas. — Jeon falou.
"Espero que sim" você vai, pode confiar, "Obrigado por me defender, eles não vão mexer comigo por um tempo".
— Se acontecer de novo, mande mensagem para ele. — Jeon passou meu número para o mais novo.
"Posso mandar mesmo?" Confirmei, "Minha mãe está errada sobre mafiosos, vocês são legais".
Como sabe?
— Quem é a sua mãe garoto? — Jeon perguntou.
"Ela é delegada", que ótimo!
— Ah! Já sei quem é a sua mãe. — e pelo jeito, Jungkook não gosta dela. — Eu não costumo mandar recado, mas como é a sua mãe, diga a ela que é melhor o coelho ficar na toca, porque o lobo está com fome.
"Não entendi" nem queira.
— Ela vai entender, se cuida garoto. — acenei para ele, saí com o Jungkook da escola. — A mãe dele é o cão na terra, mulher dos infernos.
— E você ajudou o filho dela, agora ela está te devendo. — veja pelo lado bom
— Neném, não fiz isso para ela me dever algo, mas é bom ela ficar longe do porto na próxima vez que eu for buscar alguma carga, ou a lembrarei desse dia. — ele realmente odeia essa mulher.
Entramos no estacionamento, fomos até o carro.
— O que eu esqueci no seu carro? — perguntei.
— É mesmo. — lembrou. — Meu beijo antes.
— Aqui? — confirmou.
— Não tem ninguém, e nem vai ter tão cedo. — só a partir das 18:30 horas.
— Só um. — falei.
— Amo quando usa boné. — eu sei.
Virei ele para trás.
Me beijou, foi me empurrando devagar até eu encostar no carro.
Uma mão no meu pescoço e a outra na minha cintura, sempre apertando.
Primeira vez que no beijo sinto gosto cigarro, ele estava estressado e está me usando para ficar calmo, pode continuar. Não sinto apenas o cigarro, mas hortelã.
Bala de hortelã, e não trouxe uma para mim?
Gostei da forma que ele está me beijando agora, é mais agressivo, e quente! A mordida no lábio me fez ficar molinho, ele sabe o que causa porque o senti sorrir.
Idiota!
Fiquei a mercê dele, sua língua abusando da minha de tantas formas, eu sou a vítima.
— Você não deveria beijar assim, neném. — falou após se afastar, abri os olhos.
— Assim como? — perguntei.
— Tão entregue, e muito gostoso. — por um instante eu não respirei. — Nem parece que você era BV até quinta-feira passada.
— Meu professor me ensinou bem. — falei com vergonha.
— Arrependimento de ter ensinado, agora isso é algo que pode usar contra mim. — eu sei. — Te amo! — me deu um selinho demorado.
— Te amo! Kook-ah. — agora. — O que eu esqueci?
— Na verdade, nada, eu só queria te ver. — passamos o final de semana juntos. — Estava com saudade do meu toquinho.
— Eu também estava, mas não precisa inventar uma desculpa, eu arrumo um tempinho para te ver. — falei. — O que te estressou?
— Você sentiu? — confirmei. — Hoje é dia de fechamento de caixa, e até fazer os números baterem, eu bati em muita gente.
— Mas com o roubo como que os números vão bater? — perguntei.
— O valor roubado nós tiramos fora da conta. — agora fez sentido. — Três horas para fechar um caixa, faltou pouco para eu não atirar no Jake.
— Ele é o tesoureiro? — confirmou.
Gosta tanto de me ver com boné que quis tirar uma foto, nós dois juntos.
Entramos no carro porque minhas pernas cansam rápido, finalmente sentado!
— Já está mais calmo? — perguntei.
— Agora que vi você sim, e quando eu saí ainda não tinham fechado, Polina disse que assim que fechassem iria me ligar. — foi falar que o celular dele tocou. — Se não fecharam eu vou atirar no Jake.
Atendeu, ficou só ouvindo, e eu vendo a mandíbula ficar mais exposta, se estressou de novo.
— Passa para o Jake. — tadinho. — Você por acaso está com tampão no ouvido? Qual o motivo para não me ouvir quando falei que essa porra de compra foi do mês retrasado? — às vezes ele esqueceu. — Ah! Claro! Agora a culpa é minha? Eu te falei isso cem vezes, você não testa a minha paciência Bengtsson, estou a um passo de atirar em você, tem meia hora para fazer esse caixa bater ou, já sabe o que te espera.
Desligou, todo estressadinho.
— Eu sou bravo né? Só que não. — eu sou um anjo perto dele.
— Eu sou estressado neném, você é bravo. — discordo.
— Nem notei que você é estressado. — debochei.
— Desculpa explodir na sua frente, mas se os números não baterem o tesoureiro da Rússia vai me ligar, e eu não quero falar com ele. — percebi.
— Não tem problema. — não me importo dele ser ele mesmo na minha frente. — Preciso conhecer todas as suas versões, até às que você quer esconder.
— Eu te amo! — declarou.
— Eu também te amo! — meu mafioso estressado. — Se precisar de ajuda é só falar.
— Na verdade, já sei como pode me ajudar. — tenho até medo. — Que horas vai sair com o Jin?
— Sete e meia ele vai passar na minha casa. — olhou o relógio, não é nem seis horas agora.
— Vai dar tempo. — para quê? — Avise seu pai.
Mandei mensagem avisando que iria sair com o Jungkook, ele só mandou "grande novidade".
— Coloca o cinto. — coloquei. — Agora podemos ir.
Saiu do estacionamento, eu fiquei tranquilo durante o caminho, sei que posso confiar.
Fui só admirando a paisagem, após sair da cidade não demorou e nós entramos em um caminho dentro de uma floresta, ainda não me assustou.
— Porque estamos ficando cada vez mais longe da cidade? — perguntei.
— É necessário. — eu gostava tanto de viver.
— Isso é sequestro? — vai que né.
— Claro que não neném. — sei. — Quando fizer, eu não aviso seu pai.
— Seu humor é terrivelmente assustador! — ele riu.
Quando fez uma curva eu vi um grande portão cinza, um muro enorme, o que é isso?
Ele parou o carro, abriu a janela e colocou a mão na tela, que chique!
Após identificar a mão dele liberou, o portão abriu, foi o tempo de entrar que ele se fechou.
Olhei tudo, já entendi onde me trouxe.
No covil da máfia russa.
— Vou conhecer seu local de trabalho? — perguntei.
— Vai, está bem com isso? — nós já estamos aqui Jungkook.
— Sim, estou curioso para ver. — eu imagino tudo sujo, com pessoas sombrias.
Mas as pessoas aqui fora andando com armas atravessadas no peito, e não parecem sombrias, são normais!? Não era isso que eu esperava.
Ele estacionou na própria vaga, exibido!
Saiu do carro e veio abrir a porta para mim, mas eu não saí.
— Vem rosado. — neguei.
— Vão ficar me olhando. — falei.
— É porque não te viram, pode sair tranquilo que não vão te incomodar. — saí do carro devagar.
Dito e feito, estão me olhando!
Fechou a porta e passou o braço na minha costas, grudou meu corpo ao dele.
— Vamos? — confirmei.
Passei a acompanhar ele, tentando ignorar esse povo armado me olhando, nada confortável!
Tem um prédio de cinco andares, o lugar que ele está me levando, mais três galpão grandes, e muita árvore ao redor.
A porta do prédio abriu sozinha, entramos e tem um grande pátio, vi Selina lutando com três homens, ela colocou os três no chão.
Legal!
Quem estava ao redor da luta parou só para me olhar, voltem a lutar.
— Atenção em mim, perdedores. — Selina falou.
Entramos em um elevador, apertou o cinco, quinto andar.
— Está nervoso? — confirmei.
— Deveria me avisar que iria me trazer para o seu covil. — ele riu pela forma que chamei esse lugar. — Eu esperava que fosse sujo, porque está limpo?
— Somos mafiosos neném, não traficantes baratos, a aparência é a alma do negócio, vem gente muito importante aqui. — explicou. — E eu não gosto de sujeira.
— Claro. — a porta do elevador abriu, nós saímos.
Tem um corredor enorme com portas só do lado direito, e a minha esquerda outro corredor.
As pessoas estão olhando para mim, de novo.
Sei que sou carne nova no pedaço, mas poderia evitar olhar.
Jeon estralou os dedos e eles pararam, seguimos reto no corredor, ele abriu a última porta, é um escritório.
— É seu escritório? — confirmou. — Bonito!
Gostei da janela grande com a vista para a floresta, fui até lá olhar, muito bonita a paisagem.
— Eu já volto, fica bem sozinho? — confirmei.
Ele saiu, vou fuçar esse escritório inteiro.
Tem uma pequena poltrona de lado e um sofá de frente para essa janela, com a mesinha de centro, nela tem charuto com o acendedor, só pelo design eu já sei que ele é bem caro.
Dei a volta no sofá, tem uma mesa de reunião com dez cadeiras, escritório grande do cacete.
Tem um baleiro em cima da mesa, enchi a mão e coloquei no bolso, não consigo imaginar um monte de mafiosos decidindo quem vai matar enquanto chupão bala, isso não entra na minha mente.
Uma eu coloquei na boca, de hortelã, a mesma que senti quando estava beijando o Jungkook.
Continuei explorando o escritório, atrás da mesa dele tem uma prateleira preta embutida na parede, e do lado uma porta.
Na prateleira tem pastas, nem olhei porque não vou entender, e alguns quadros.
Ele com a irmã, com a mãe, e os avós, nenhum com o pai? Jeon tem alguma briga com o pai dele, só queria saber o motivo.
Porque não tem uma comigo? O pai que se lasque, não me ama mais.
Fui bicudo olhar o que tem atrás da porta, é só um banheiro.
Voltei e me sentei na cadeira dele, a mesa preta é em L, cadeira confortável!
Tem um iMac cinza em cima, ao lado um quadro, eu fico na mesa.
Uma foto só minha, ainda estava com o cabelo azul, não estávamos namorando nessa época.
Mas tem uma nossa, nessa estou loiro, somos lindos juntos!
Fui olhar as gavetas da mesa, um tem uísque, outra tem papelada, armas, mais papel, nada que vá me interessar.
Liguei o iMac, tem senha. Pensei no que ele colocaria como senha, vou tentar meu aniversário.
Você é previsível Kook-ah!
Consegui entrar, o papel de parede é eu dormindo, me ama muito mesmo.
Fui procurar um joguinho, comprei com o dinheiro dele e comecei a jogar.
Estava na segunda fase quando ouvi a porta abrindo, olhei e ele está com duas caixas organizadoras, Polina mais duas e Jake com uma.
— Coloquem na mesa de reunião. — ele falou, colocaram lá.
Ele veio até mim, olhou a tela.
— Não tem esse jogo no meu computador. — agora tem.
"Eu comprei" falei.
— Estou vendo, vem. — levantei e fui com ele até a mesa enorme.
"Com o que posso te ajudar?" Perguntei.
— Pode ajudar fechar o caixa? — mas eu nunca fiz.
"Eu não sei fazer isso" eu não deveria ter aceitado ajudar.
— Confio em você, é um gênio. — um gênio, não o homem mais inteligente do universo.
"O que tem nessas caixas?" Perguntei para a Polina.
— É tudo que gastamos, compras, despesas, salário, depósitos. — explicou. — Você consegue hackear um banco, mas isso aqui está uma bagunça, te dou cem mil se conseguir ver onde erramos e consertar.
— Eu dou mais cem, porque não é duvidando, mas nada nesses papéis faz sentido, já estou lendo em árabe esses números. — Jake falou.
"Dólares?" Confirmaram.
Fui até a mesa do Jungkook, peguei uma caneta vermelha, azul, lápis, borracha e um caderno. Coloquei esses itens valiosos em cima da mesa de reunião, duzentos mil dólares para arrumar essa bagunça de números.
— Não quer uma calculadora? — brincadeira né?
"Não, posso calcular usando a cabeça", fracos.
Tirei a tampa das caixas e coloquei em uma das cadeiras, vamos lá!
"Está organizado por data?" Perguntei, Jake até riu.
— Quem dera, não mesmo. — Polina respondeu.
"Só o que eu precisava saber, agora podem se sentar e silêncio" não consigo me concentrar com conversas paralelas.
— Ouviram ele, vamos sentar e calar a boca. — Jeon direto como sempre.
Foram para o sofá, e Jeon para a mesa dele.
Iria começar, mas meu celular vibrou, peguei e é uma mensagem do Jin. Vamos sair oito horas, ele teve que sair com a mãe, respondi e guardei o celular.
Tirei todos os papéis da primeira caixa, fui organizando por data, tem coisa desse mês, passado e retrasado.
Acenei para o Jungkook, olhou para mim.
"Tem três meses que vocês não fecham o caixa?" Perguntei.
— Três meses Jake? — perguntou bravo com o tesoureiro. — Por isso que o tesoureiro da Rússia está me cobrando.
— É muito papel, e muita compra, fica difícil fechar. — falou.
Agora entendi porque está uma bagunça.
Fiz o mesmo com as outras caixas, organizar por data, agora é oficial, tem três meses que eles não fecham o caixa.
Hora de ver onde eles erraram, preciso saber se o erro vai se repetir.
Comecei pelo mês mais antigo, nele eu vi que eles compram coisas com o dinheiro do caixa oficial da máfia para os estabelecimentos, ao invés de usar o dinheiro do estabelecimento.
O problema é, eles marcam como se o estabelecimento tivesse comprado, aí nunca vai fechar o dinheiro do caixa, porque está faltando.
Isso só foi a ponta do iceberg.
Fechei o caixa de um mês, passei o próximo e os problemas se repetem.
Mas eu consegui fechar o caixa de todos os meses, só o último que foi mais difícil porque foi quando aconteceu o roubo, quando lembrei disso aí a conta fez sentido.
— Terminou? — Jungkook perguntou quando me sentei, confirmei. — Em uma hora fez o que passamos quase o dia quebrando a cabeça.
— Vamos ver. — os três vieram olhar.
— Estava tão ruim? — Jeon perguntou.
"Vou te responder assim, onde está de azul é acerto e onde está vermelho é errado", cada um pegou uma papelada.
— Mas só tem vermelho. — já tem a sua resposta.
— Fechou o caixa de três meses, certeza que nunca fez isso? — confirmei.
— Paguem ele. — falou enquanto olhava uma das pilha de papéis.
— Vou te mandar os dados da conta dele. — Polina falou com Jake.
Os dois mexeram em seus celulares, o meu vibrou duas vezes, peguei e olhei, estranho.
"Você enviou mais?" Perguntei ao Jake após guardar meu celular.
— Sim, você merece após arrumar a bagunça que eu fiz. — concordo.
"Obrigado!" Agradeci.
— O que fez isso se tornar uma bagunça? — Polina perguntou.
"Primeiro, vocês não podem colocar compra de estabelecimento como algo de lá, sendo que o dinheiro saiu do caixa oficial, compre com o dinheiro de lá" expliquei todo erro que foi cometido, e como consertar.
— Polina e Jake, escaneie tudo isso e mande para a Rússia, ainda hoje. — colocaram em caixas de novo, mas organizado e saíram. — Obrigado meu neném.
— Por nada, gostei de fazer isso. — bem legal.
— Após o tesoureiro da Rússia ver, talvez queira se aposentar e te colocar no lugar dele. — exagerado.
— Não é para tanto. — falei. — Pode me levar para casa, o caminho é longo e eu ainda tenho que sair com o Jin.
— Tudo bem, só vou desligar meu computador. — foi desligar e voltou. — Vamos!
Saímos do escritório dele e já não tem gente no corredor, graças a Deus!
Caminhamos até o elevador, descemos para o térreo, e logo saímos do prédio.
Fomos até o carro, ele abriu a porta para mim, entrei e coloquei o cinto. Peguei uma das minhas balas no bolso, abri e coloquei na boca.
Ele entrou no carro e colocou o cinto, após sairmos do covil pegou em minha mão.
— Sua mão é tão pequena e gordinha. — tentei soltar a dele. — Não é uma crítica toquinho, eu amo as suas mãozinhas.
— Começa falando que ama da próxima vez. — falei. — Porque você tem "desejo você aqui" tatuado na mão? — fica na costa da mão, antes do arame.
— É algo envolvendo sexo, quer mesmo saber? — pensei.
— Não, guarda para você. — tô fora de saber algo assim.
— Faz alguma ideia do que seja? — neguei. — Tão inocente meu neném.
No caminho para casa nós conversamos, assim pareceu ser mais curto o caminho, cheguei em casa perto das oito horas.
— Aonde pensa que vai? — perguntou segurando meu pulso.
— Eu ainda preciso me arrumar. — me deixa sair!
— Se despede. — exigente!
— Tchau! Te amo! Até amanhã. — beijei a bochecha dele.
— Não, na boca neném. — eu que vou beijar ele?
— Eu te beijar? — rosa sempre me definiu mais.
— Sim, tem vergonha, loirinho? — o que você acha?
— Tenho. — é mais fácil ele me beijar.
— Tudo bem toquinho vergonhoso, até amanhã! Te amo! Amanhã você não escapa. — eu sei.
Beijou a minha testa, dessa vez ele me deixou sair sem querer abrir a porta.
Entrei e ouvi o barulho do carro indo embora.
— Jimin? — apareci na sala, meu pai confirmou que era eu. — Seu irmão também saiu.
"Normal, vou subir", Vittorio está na sala de jantar mexendo no MacBook bem concentrado.
Subi as escadas, entrei no meu quarto. Tirei as balas do meu bolso e coloquei na gaveta da escrivaninha.
Meu celular eu joguei na cama, vai viver muito!
Fui tomar banho, precisei ser rápido porque ainda nem pensei na roupa. Me sequei após sair, passei creme no corpo, escovei do dente e mais creme no rosto.
Saí do banheiro e entrei no closet, vesti uma cueca e fui escolher a roupa. Acabei pegando o mais fácil, conjunto moletom, branco e lilás.
Calcei um all star branco, tô pronto!
Não passei perfume, apenas desodorante, o cheiro do creme está forte e incomodando meu nariz, se passar perfume não vou conseguir respirar, nariz chato!
Arrumei meu cabelo e saí do closet, peguei meu celular e coloquei no bolso.
Ouvi a voz do Jin, saí do quarto e desci para o primeiro andar, está conversando com Vittorio.
— Vamos? — confirmei.
— Não volte tarde Jimin. — meu pai falou.
Nós saímos de casa, espera.
"O que seu namorado está fazendo aqui?" Perguntei.
— Ele vai ser meu motorista hoje, minha mãe está com quem é pago para isso, não se preocupe, ele só vai nos deixar no shopping. — ótimo.
"Bom mesmo, ou eu chamava o meu" acenei para o Tae antes de entrar no carro.
Ele entrou, é uma limosine porque Jin gosta de mostrar que ele tem dinheiro, exibido!
A divisória de onde nós estamos e onde Tae fica fechada, acho maravilhoso. Jin acendeu a luz, quer enxergar o frigobar, passou para mim chocolate e ele ficou com salgadinho, no frigobar da limosine que a mãe dele anda é só bebidas caras, a dele só tem comida.
— Como convenceu o Tae ser seu motorista? — perguntei abrindo a barra.
— O que você acha? — perguntou como se fosse óbvio.
— Não faço a mínima ideia. — falei.
— Com sexo. — ah! — Assim que consegue o que quer com o namorado, sexo.
— Interessante. — pensei. — Eu não preciso disso para conseguir o que quero com o Jungkook, até quando estávamos sem se beijar, era só pedir e ele faria.
— Porque o Jungkook é Deus no céu, você na Terra. — é, isso aí. — Agora meu namorado normal, quer sexo.
— Jungkook não é anormal, vocês que só usam o corpo para conseguir algo. — defendo meu namorado.
— Ei, sem esfregar verdades na minha cara por gentileza. — ri da cara dele. — Então vocês estão bem?
— Sim, ótimos! E você com seu namorado? — perguntei.
— Ótimos! — certeza? — Na verdade, tem uma coisa, mas depois te falo.
Claro, eu disse que tinha algo.
— O que você fez essa tarde? — muitas coisas.
— Após treinar eu vi o Jungkook defender um adolescente, ele não fala em situações de estresse e nervoso, descobrimos que é o filho da delegada, Jungkook a chamou de mulher dos infernos, então odeia ela. — contei uma parte. — Depois eu descobri que ele estava estressado.
— Como? — expliquei que ele fuma para ficar calmo. — Ele fumou na sua frente?
— Isso não é do seu interesse. — cada coisa.
— Já entendi, você sentiu ao beijar ele, safadinho! — era por isso que eu não queria contar. — Pode continuar.
— Chato! — meu namorado me beijar não me torna safado. — Continuando, depois ele me contou o que estava acontecendo que o deixou estressado, não conseguiram fechar o caixa da máfia.
— Tae comentou sobre isso, mas agora pouco ele disse que já está fechado dos tres últimos meses. — pois é.
— Ele me levou até o covil da máfia, e lá eu fechei o caixa dos três últimos meses, foi bem difícil nos primeiros cinco minutos, depois foi fácil. — está de boca aberta, fechei a boca dele.
— Já está se portando como primeira dama da máfia. — discordo. — Tu vai entrar para a máfia russa.
— Eu só ajudei meu namorado, isso não me torna primeira dama de nada. — cada coisa.
— Torna sim, porque quando Tae está estressado eu o acalmo de outro jeito, agora você vai e resolve o problema. — o certo a se fazer, fogoso!
— Vocês vivem fazendo isso agora? Existem coisas mais interessantes para se fazer com o namorado. — tirei o foco de mim, ainda bem.
— Por exemplo? — perguntou.
— Assistir filme, fazer um piquenique, conversar sobre interesses em comum, sair para jantar, ir ao cinema, fazer compras juntos, essas coisas. — dei vários exemplos.
— Já fizemos tudo que falou, menos o piquenique, agora é a hora do sexo, e depois voltamos a fazer isso. — duvido muito, o fogo que estão.
— Então chega uma hora para fazer isso? — perguntei.
— Sim, quando o beijo e o toque vai ficando muito quente, necessitado, é o principal sinal que logo vão transar loucamente. — legal.
Fiquei pensando sobre isso, o Jungkook apesar de fazer muitas piadas, eu já entendi que esse é o jeito dele me irritar. Ele nunca falou sobre o assunto, fazer sexo. Me perguntou se eu já pensei sobre isso, mas eu não respondi, então nunca falamos sobre esse assunto em específico.
Eu já falei que isso seria impossível acontecer bem no início da nossa conversa, porque até então ninguém tinha se apaixonado por mim, mas agora tem.
Na verdade, eu falei que beijar, namorar, e várias coisas seriam impossíveis, estou fazendo todas elas. Será que eu vou fazer sexo também? Isso me preocupa muito, muito mesmo.
Assim que chegamos no shopping saímos do carro, Tae vai ficar no estacionamento esperando.
— Vamos! — entramos no grande shopping, nada de interessante no primeiro andar, fomos para o segundo. — Ficou pensativo após eu falar que chega a hora de fazer sexo, isso te preocupa?
— Sim. — tô bem não. — Eu vou te contar uma coisa, mas você precisa prometer que não vai contar para ninguém.
— Eu prometo! Nem para a Melissa e o Peter? — neguei. — Tudo bem, eu prometo não contar para ninguém.
Entramos em uma loja de roupa e fomos para a parte de calças.
— É uma pergunta na verdade, no sábado nós estávamos nos beijando, e estava muito bom. — eu tô rosa! — Então ele terminou o beijo, mas eu queria mais.
— Safado! — vou ignorar esse bocó.
— O problema é que ele disse assim "Quando temos essa categoria de contato, nosso corpo começa a reagir", ou quase isso, a pergunta é: o que significa? — até hoje não entendi.
— Meu amigo inocente, nem tanto. — ele se aproximou do meu ouvido. — Seu beijo excitou seu namorado, bobinho.
Vermelho também combina comigo, que vergonha!
— Tem certeza? — minha voz ficou até fraca.
— Tenho, o que falou após ele dizer isso? — perguntou.
— Falei que não entendi, aí ele disse que isso provava que ele deveria parar um pouco. — ainda não entendi.
— Simples, você é inocente e sem malícia para muita coisa, ele não quer mudar isso. — interessante.
— Mas só passou a acontecer após sexta-feira, antes ele era mais solto, agora ele está se prendendo, recentemente no caso hoje, ele até pediu desculpa por falar que não ligaria de fazer o trabalho que a professora passou. — eu não queria ser tão inocente às vezes.
— Só após sexta-feira? — confirmei.
— Você lembra o que eu falei na crise? — perguntei.
— Não, sabe que minha memória é fraca. — fraca é pouco, fraquíssima. — Mas eu vou me esforçar para lembrar e te falo, se deixasse eu falava com a Melissa e o Peter, eles devem lembrar.
— Nem pense, eu posso esperar. — vai ser três para dizer que vou transar logo, um só já é suficiente e insuportável, três eu surto.
— Caso mude de ideia eu posso perguntar. — melhor não.
— O que você iria falar no carro? — perguntei.
— Não é nenhum problema, quero que me ajude escolher um presente para o Tae. — presente?
— Ah! Vocês fazem aniversário hoje. — espera. — Ainda não deu o presente?
— Não, sou ruim com presentes, ele pensa que foi o sexo de ontem. — escolheu três calças, fomos para o provador.
— Mas isso nem dura muito. — pelo que eu leio é alguns minutos, e olhe lá.
— Você que pensa. — safados!
Após ele comprar essas calças nós fomos procurar um presente.
Eu preferia que me matassem a ajudar nisso, porque ele sempre achava um meio para enfiar sexo no meio, e sem falar da indecisão.
— Compra essa porcaria ou eu te deixo aqui sozinho. — já são onze horas, o shopping está quase fechando e ele não decide.
— Chato! — falou.
— Você que não decide logo. — meu pai já ligou atrás de mim.
— É difícil, todos os presentes que ele me dá são pensados e algo fofo, que ele pensou muito em mim ao comprar. — parece eu na hora de decidir o presente do Jungkook.
— Dê algo que represente o que você sente por ele, menos aquilo. — ele riu. — Já sabe?
— Sim, vamos voltar na primeira loja. — descemos três andares até a primeira loja.
Comprou dois presentes, um conteúdo sexual (safado), e um urso que você grava a voz e coloca nele, não quero nem saber o que Jin vai gravar.
— Agora vamos embora! — saímos do shopping faltando minutos para fechar.
Fomos embora, eles me deixaram em casa e seguiram para o condomínio que Jin mora. Entrei em casa, Vittorio ainda acordado como sempre no sofá, mexendo no MacBook com a televisão ligada.
— Ji. — olhei. — Como foi o passeio?
"Quase matei ele, mas foi bom" cadê meu pai?
— Seu pai está dormindo. — você lê mentes? — Eu não leio mentes, mas você é muito expressivo, com os íntimos, gente de fora você é neutro demais.
"Não é o primeiro a dizer isso" eu me expressar é como provo que gosto da pessoa.
— Vai dormir, amanhã você acorda cedo, mas passe no quarto do seu pai e avise que chegou, ou ele vai sonhar com isso e me acordar. — bem a cara dele. — Boa noite!
"Tudo bem! Boa noite!".
Subi para o segundo andar, fui até o quarto do meu pai, abri a porta e acendi a luz, ele acordou.
— Estou bem e vivo pai, boa noite! — apaguei a luz e fechei a porta, fui para o meu quarto.
Fechei a porta após entrar, tirei o celular do bolso e joguei na cama, acendi a luz e fui para o closet.
Troquei o conjunto de moletom por um pijama, só a blusa, voltei ao quarto. Fechei a cortina e deitei, me cobri com o edredom, ouvi só o barulho do meu celular caindo no tapete.
Engatinhei na cama e peguei, voltei para o mesmo lugar. Olhar às mensagens, Jungkook mandou, no grupo incrivelmente não tem nada.
Áudio meu coelhinho
Boa noite! Meu neném, eu te amo!
Áudio
Boa noite! Kook-ah, eu te amo!
Desliguei o celular e coloquei para carregar, desde ontem que o coitado não vê carga.
Agora posso dormir, fiquei pensando na consulta que tenho antes de apagar.
[...]
— Ji, acorde. — alguém ao longe está me chamando, mas o sono está tão gostoso. — Jimin. — eu quero continuar dormindo.
Soninho gostoso.
— Jungkook postou foto com uma mulher no colo. — acordei no susto. — Se eu soubesse que assim era mais fácil teria feito antes. — cocei meus olhos. — Está atrasado Ji, estou há quinze minutos tentando te acordar.
"Posso faltar hoje?" Deixa vai, eu quero voltar a dormir.
— Poder você pode, mas será que deve? — detesto isso. — Um instante. — ele foi até a cortina e abriu deixando a luz entrar, desnecessário. — E seu magnífico mafioso namorado, acabou de chegar para te buscar, escolhe outro dia para faltar Ji.
"Manda ele embora e diz que não vou hoje" deitei de novo.
— Acredito que isso não vai dar certo. — saiu do quarto.
Cobri a cabeça porque a cortina está aberta, e meu corpo preguiçoso não me permite ir fechar.
Já estava quase dormindo de novo quando tiraram o edredom da minha cabeça, luz de novo, puta que pariu! Meus olhos!
— Neném dorminhoco, você vai para a escola! — não vou.
— Eu disse que não daria certo. — você deixou ele entrar traidor!
Ouvi a porta fechando, olhei Jungkook, chato!
— Eu não vou! — virei de costas para ele e a janela, quero dormir!
— Eu vou te levar de pijama para a escola e te conhecendo, está só com a blusa do pijama, manhoso. — sou mesmo. — Mimado!
— Você que mimou. — agora me aguente.
— Sim, anda toquinho, vai se arrumar. — estou duvidando do amor dele por mim.
— Vira para o outro lado, não saio dessa cama se continuar me olhando. — olhei para ele. — Vai, vira.
— Nem tamanho tem, mandão. — virou.
Levantei e fui até o closet, vesti a calça do pijama, peguei a roupa que o Vittorio escolheu e fui para o banheiro. Tomei um banho rápido, me sequei ao terminar.
Vesti a calça jeans branca, peguei a parte de cima e é um cropped, zero novidades já que Vittorio escolheu a roupa. Vermelho com as mangas brancas, vesti e ajeitei.
Escovei o dente, usei enxaguante bocal de menta, gosto do gostinho que fica na boca depois.
Passei creme no rosto e saí descalço, Jungkook na cadeira, virou para mim.
— Sem comentários engraçadinhos, sem vergonha! — levantou as mãos em rendição.
— Já está pronto? — perguntou me analisando.
— Não, falta tênis, e passar perfume. — entrei no closet.
Primeiro passei perfume e desodorante, creme nos braços que mesmo que eu tenha acabado de tomar banho, está quase cinza, rosa eu até aceito, agora ser cinza não.
Olhei minha tatuagem de gatinho, minhas unhas na crise passaram por ela, meu gatinho perdeu um bigode.
Calcei um tênis da Nike branco para combinar com o símbolo da Nike no cropped.
Passei óleo no cabelo e o pente, vou lavar ele após voltar da escola que estou sendo obrigado a ir.
Saí do closet tirando o colar de dentro do cropped, coloquei a pulseira de novo.
— Licença? — ele se afastou da escrivaninha, desconectei o iPad do teclado e coloquei na bolsa dele com a caneta.
Senti duas mãos em minha cintura, me trouxe para trás fazendo sentar na sua perna de lado.
— Me deixa levantar. — negou.
— Como já sei que não vai aceitar que eu te beije na escola, aqui pode? — confirmei rosa.
— Mas eu preciso ficar no seu colo? — diz que não.
— Sim, ainda vai se acostumar com isso. — vai sonhando.
Coloquei os braços ao redor do seu pescoço, ele segurou meu queixo e passou o dedo no meu lábio inferior.
— Passou algo? — neguei. — Ótimo!
Se aproximou devagar, devagar demais, juntou nossas bocas.
O contato começou lento, mas muito gostoso, esse piercing sempre me deixa molinho nos braços dele. Suas mãos apertam minha cintura, senti ele me trazendo para mais perto.
Sempre fico quente, estou para pegar uma gripe.
No segundo beijo ele não estava na mesma calma, foi mais preciso e necessitado. Fiquei cada vez mais entregue ao que estava acontecendo, lembrei das palavras do Jin.
Será que agora ele está excitado? Eu me sinto febril.
Queria conseguir perguntar isso, mas tenho muita vergonha.
— Pombinhos, menos beijo que vocês tem aula em dez minutos. — me afastei do Jungkook ao ouvir a voz do Vittorio. — Safadeza uma hora dessa. — saiu do quarto.
— Culpa sua! — bati no peito dele que estava rindo, idiota bonito.
— Minha? Quem sussurrou "quero mais"? — bati de novo por me imitar. — Vamos?
— Sim. — levantei do colo dele, ele pegou a bolsa do iPad, tirei meu celular do carregador e coloquei no bolso.
Após eu arrumar minha cama saímos do quarto, descemos para o primeiro andar.
— Boa aula! — Vittorio falou. — Jeon se portando como um adolescente, isso é realmente impressionante.
— O que o amor não faz. — os dois falam em tom de provocação, estão brigando ou brincando? — Você é o maior exemplo, está casando por amor e não por dinheiro, como sempre disse.
— Você namorando um coreano legítimo, e não um russo como pretendia fazer. — nessa história quem ficou prejudicado fui eu e meu pai.
"Vocês estão brigando, ou brincando?" Perguntei, eles riram.
— Brincando, seu padrasto gosta de me provocar. — querem me matar do coração?
"É, só avisa da próxima vez que não tenho base para assistir dois mafiosos se provocando" Vittorio está feliz com alguma coisa.
— Claro, vamos neném! — acenei para o Vittorio e saímos de casa.
— Que história é essa que você queria namorar um russo? — perguntei.
— Passado loirinho, agora eu só quero você! — passado né? — Entre.
Entrei no carro, ele fechou a porta e eu coloquei o cinto.
Nós fomos para a escola, foi rápido o caminho como sempre, ao chegar ele veio abrir a porta do carro.
— Venha meu pequeno rei. — pegou em minha mão me ajudando a sair.
— Obrigado! — sorri. — Isso não vai diminuir minha raiva pelo que descobri, sem vergonha.
— Neném, mas eu nem te conhecia, como vai ficar com raiva? — perguntou.
— Essa é a sua maneira de melhorar a situação? — perguntei. — Tudo bem, então eu estou errado por ficar com raiva em descobrir que meu namorado só queria namorar russo, e eu sou coreano, o errado sou eu então.
— Porque eu me sinto culpado em ouvir isso, chantagem não vale toquinho. — quem disse? — Você pretendia namorar só coreano?
— Querido, entenda, nunca pensei que iria conseguir namorar, se fosse com um marciano eu aceitava, fico feliz em ser um humano e terráqueo. — quer me comparar com ele, injusto em tantos níveis.
— Querido, pode usar mais vezes. — não ouviu nada do que eu disse. — O que importa agora é que eu te amo!
— Eu te amo! Mas você me deve explicações do porque só queria namorar russos. — falei por fim.
Entramos na escola, subimos para o terceiro andar, minha respiração um pouco acelerada, coisa pouca mesmo.
— Vou passar a te trazer no colo. — falou me olhando recuperar o fôlego.
— Se eu... — respirei fundo. — Se eu me sentisse confortável com isso, deixava.
— Eu sinto que aquela história que você me contou não é o único motivo. — segurou em minha mão.
— Um dia eu te conto. — falei.
— Que tal hoje? — perguntou.
— Não. — achou ruim. — Mais para frente.
— Isso vai demorar muito. — reclamou.
— Demorou mais de meses para me contar sobre a sua vida dupla, não tem direito de reclamar. — entramos na sala e fomos para os nossos lugares, ele me deixou ficar perto da parede.
— Olá casal atrasado! — Peter falou.
"Oi!" Jeon me passou o iPad.
— Oi! — respondeu. — E a culpa foi dele!
— Imaginava, o que fez você se atrasar Jimin? — perguntou.
"Não queria vir" simples assim.
O professor entrou, sentou em seu lugar após cumprimentar os alunos.
— Gente, eu preciso corrigir essa pilha de provas, e eu tenho um recém nascido em casa. — terceiro professor com bebê.
Tem o professor Namjoon de educação física, a professora de física também teve um, e agora o de biologia.
— Amanhã essas notas precisam estar no sistema ao lado da nota desse bimestre, hoje eu não vou passar lição, podem conversar, ou adiantar algum conteúdo de outra matéria, só não se matem. — o coitado tem até olheiras. — Vocês são quase adultos, se comportem como tal.
— Nossa conversa não vai atrapalhar o senhor corrigir nossas provas? — Peter perguntou.
— Não mesmo, após um filho eu comprei isso. — tirou fones da bolsa. — Fones ante ruído, bloqueia qualquer choro estridente, e a conversa de vocês.
Ele colocou e os grupinhos de conversa foram aparecendo, mas ninguém conversa alto, são as nossas notas que estão em jogo se o atrapalhar.
Cutuquei a Melissa, estava com a cabeça deitada na mesa enquanto mexia no celular.
— Diga meu amigo. — falou após virar, Peter curioso também virou.
"Como foi ontem?" Perguntei.
— Isso, você não falou nada. — Peter concordou.
— Quem não falou nada? — Jin também virou.
— A Melissa sobre a Polina. — respondeu.
— Esperem. — ele levantou, pegou a cadeira e trouxe para perto de nós. — Vai Melissa, conte.
"E seu namorado?" Perguntei.
— Está jogando no celular. — não se importou.
"Porque não vai falar com ele?" Sugeri ao meu namorado.
— Não, eu quero saber sobre isso. — fofoqueiro.
— Já posso contar? — Melissa perguntou.
— Sim. — responderam.
— Então, foi assim........................
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top