|| Capítulo 22 ||
Quase catorze mil palavras, comentem bastante!
E terá algumas fotos durante o capítulo, não coloquei no final para não ser um monte de fotos.
Capa e banner feito pela deusadasfanfics!
Jimin on.
— Eu te amo, Jungkook! — meu Deus! Eu falei.
Ele simplesmente está sem reação, e eu querendo chorar.
— Você... — eu? — Você falou, você falou, neném!
— Sim, eu falei! — e continuo falando, ele me abraçou e eu retribui.
— Eu te amo! — falou.
— Eu te amo! — como é bom falar isso.
— Ainda não estou acreditando. — pode acreditar, ele se afastou e olhou para mim, lágrimas saindo dos olhos dele.
— Está chorando? — perguntei, tombando a cabeça para o lado.
— Foram apenas duas lágrimas. — limpou.
— Três. — contei outra. — Quatro, cinco, seis, está chorando sim. — limpei o rosto dele. — Não chora, vou acabar chorando também. — tô muito emotivo! — Desculpa demorar tanto.
— Valeu a pena esperar, valeu muito a pena. — fiquei na ponta dos pés para dar um selar demorado em seus lábios.
Ele não é tão mais alto que eu, é essa bota que ele usa, minha altura é mediana.
A um anão, que ódio!
— Sua voz... — falou até baixo, ele gostou? — É linda, poderia passar horas te ouvindo falar e não me cansaria.
— Você vai ouvir bastante, eu costumo falar sem parar com o Jin, agora farei isso com você. — ele ainda fica com os olhos brilhando ao me ouvir, seus lindos olhos. — Eu sei que não foi fácil esperar, que ficava triste ao me ver falar com Jin e não com você, mas eu carregava uma culpa muito grande de coisas que não tem a ver contigo, e essa culpa estava me sufocando ao ponto em que eu não conseguia falar com você, então hoje eu me perdoei para ser mais recíproco no nosso relacionamento.
Eu tenho tanta coisa para falar, vai cansar de me ouvir.
— Eu te amo, e nunca conheci esse amor romântico, não sabia como era ser amado dessa forma, e também a forma como você me amou do jeitinho que eu sou cheio de defeitos, é algo que me fez te amar. — não vou chorar. — Você é quem eu mais amo, não conta para o meu pai.
E eu tô chorando, porque tão emotivo?
— Tô muito emotivo. — passei as costas da mão nos olhos, secando as lágrimas.
— Você não tem defeitos, neném. — ele falou. — Meu toquinho mais perfeito, não vou falar nada. — pegou a minha mão e colocou no peito dele coberto pela blusa. — Fala.
— Te amo! — o coração dele está acelerado, batendo por mim. — Me fez chorar!
— Já entendeu, loirinho? — confirmei. — Ele está assim por você, meu coração bate mais rápido por sua causa, apenas por você.
Abracei ele, me sentia seguro em seus braços, com vontade de viver.
Ficamos assim até eu parar de chorar, demorou um pouco, bem pouquinho mesmo porque eu quase não choro, eu fico desidratado, tem diferença!
— Minha cabeça vai doer, e a culpa é sua por ser tão romântico. — já está começando. — Onde tem remédio?
— Só lá embaixo, se eu te entregar aqui você vai tomar sem água. — me conhece tão bem.
— Isso aí. — vai demorar para ele parar de ficar me olhando encantado ao ouvir minha voz.
— Um dia eu acostumo a te ouvir falando, mas não será hoje. — segurou em minha mão e nós saímos do quarto. — Você planejou fazer isso hoje?
— Não, apenas surgiu a oportunidade e aconteceu. — falei. — Mesmo eu gostando de planejar tudo, isso foi natural.
— É muito satisfatório te ouvir falando comigo. — será que em uma semana ele se acostuma?
Descemos a escada, ele pegou o remédio no lavabo e seguimos para a cozinha, colocou água em um copo, e só então me entregou o frasco de remédio. Tirei um comprimido, tomei com a água.
— Satisfeito? — perguntei.
— Sim, eu precisava ir tomar banho, mas sua voz está me chamando para ficar. — falou.
— Pode ir, eu vou continuar falando quando você voltar. — cada coisa. — Senão daqui a pouco tem urubu querendo entrar.
— Engraçadinho. — sou mesmo. — Já volto. — beijou minha bochecha. — Fala de novo.
— O quê? — entendi. — Eu te amo!
— Agora eu vou. — saiu da cozinha.
Eu fui pegando as coisas para fazer o jantar, peguei na geladeira e armários, vou fazer jajangmyeon, mas não sei se o Jungkook come.
Fiz todos os preparos, só falta o macarrão.
Estava resmungando alguma música, mas parei na cozinha com os sons ao redor.
— Sua respiração é muito audível, Jungkook. — sem vergonha, entrou na cozinha.
— Como conseguiu ouvir? Sou treinado para ser invisível nos lugares. — falou.
— Quando você quase não fala, desenvolve muito o sentido da audição, tenho o ouvido muito sensível a qualquer som. — foi fácil ouvir ele respirando. — E já sei a frequência da sua respiração, quando dormia com você e acordava primeiro ficava ouvindo, acabei decorando.
— Isso, fale mais. — só encostou no balcão esperando eu falar. — Também sei a sua, você respira mais compassadamente quando está concentrado e dormindo, quando está nervoso ou bravo não.
— Se alguém nos ouve pensa que somos loucos. — tirei o macarrão da água e misturei com o molho preto.
— Sou louco por você. — apenas ri. — O que você fez?
— Jajangmyeon, você gosta? — perguntei.
— É o que você ficou com vontade de comer, né? Eu nunca comi, minha irmã que gostava muito. — ótimo!
— Experimenta, se você não gostar eu faço outra coisa. — peguei um pouco e assoprei. — Abre a boca, Jungkook. — coloquei na boca dele.
— O neném é você. — detalhes.
— Sou mesmo, mas apenas para você. — mexi na panela e desliguei o fogo. — O que achou?
— É melhor do que eu imaginava, por ver a pasta preta sendo frita sempre imaginei que seria ruim ou amargo. — quem não sabe fazer fica ruim mesmo, e bem amargo.
— Gostou mesmo? — confirmou. — Leve esses bowls junto com o hashi.
Eu levei a panela, coloquei o apoio e ela em cima da mesa, ele voltou para pegar suco.
Sentei, finalmente! Minhas pernas e meus braços estão doendo, o treino de hoje me deixou todo ferrado.
Mexia meu braço quando ele entrou, meu ombro está doendo.
— Está com dor onde? — perguntou se sentando, serviu suco para nós.
— Em mim todo, o treinador hoje pegou pesado. — parei de mexer e servi a comida, comecei a comer.
— Na próxima semana vocês já têm jogo, então vai piorar. — infelizmente eu sei, em maio teremos dois jogos, eu vou morrer de tanto treinar.
— Nossa, sexta-feira eu volto a ir ver a psicóloga. — lembrei disso.
— Porque parou? — perguntou.
— Ela estava de férias, vai ficar feliz porque falei com você, após muitos anos de terapia é o primeiro que eu falo. — feliz comigo mesmo.
— Eu tô feliz porque falou comigo. — dá para ver, ele não parou de sorrir um segundo, minha bochecha já estaria doendo. — Li algumas mensagens daquele grupo que você tem com Peter, Jin e Melissa.
— Curioso e xereta! — mas não tem nada de mais lá então estou tranquilo.
— Então nunca pensou em fazer sexo? — puta que pariu!
— Eu vou parar de falar com você, idiota! — ele riu do meu desespero.
Bebi suco, ajudar a descer, né? Minha garganta, essa foi quase.
— Não entre naquele grupo de novo, curioso. — eu não vou responder a pergunta.
— Vai responder? — neguei. — Então o presente que comprei para você vai presentear outra pessoa.
— Não tem presente nenhum, você não me engana. — colocou uma caixa de veludo na mesa, tentador. — Me mostra o que é.
— Eu te conheço pestinha, no momento em que eu abrir você pega e corre. — droga! — Se responder é seu, caso contrário, aquela menina que gosta de mim vai receber um presente.
— Você não me ama coisa nenhuma, chantagista de meia tigela. — nem queria mesmo.
Fiquei comendo e olhando a caixinha, o que será que tem dentro? Não é aliança porque já temos, colar também já me deu, pode ser um anel.
— Vai, Jungkook, me conta o que é! — pedi após terminar.
— Deixa eu pensar. — fingiu pensar. — Não, neném, me responde primeiro.
— Estou começando a duvidar que me ama. — falei.
— Eu te amo, mas quero que responda a pergunta, é tão simples. — para você.
— Não me ama nada, não custa nada me falar o tem na caixinha. Por favor, Jungkook! Eu nunca te pedi nada. — comecei a chorar.
— Não chora, neném. — ficou preocupado.
— Bobeou otário. — peguei a caixinha e corri da sala de jantar.
— Volta aqui, espertinho! — correu atrás de mim.
Eu estava no meio da sala e ele foi para perto da escada.
— Não vai para lugar nenhum com essa caixinha. — você que pensa.
Olhei para a porta do lavabo, e ele olhou em seguida, sorriu negando.
— Eu sou treinado para isso, neném, você é muito previsível e eu te conheço. — falou se achando.
— Esse é seu erro, cantar vitória antes do final do jogo. — corri para o corredor do escritório, entrei e tranquei a porta.
Eu sabia que ele olharia também, nunca mostre ao seu oponente para onde vai.
— Abre essa porta, toquinho! — bateu.
— Depois, eu vou ver o que tem na caixinha. — falei, sentei no sofá tranquilo enquanto ele bate e pede para abrir a porta.
Abri a caixinha, que bonitinha! Uma pulseira, peguei ela e coloquei no pulso direito, olhei o Moranguinho vermelho, balancei o pulso, faz barulho o morango.
(Pulseira)
Levantei e fui para a porta, destranquei e abri, ele encostado na parede de frente para a porta com os braços cruzados, me olhou negando.
— Obrigado pela pulseira. — beijei a bochecha dele. — Eu amei!
— Sem vergonha! — faz parte. — Você não era assim, neném.
— Precisei me adaptar a você. — saí andando balançando a pulseira ouvindo o barulhinho.
— Quer dizer o que com isso, neném? — cínico.
— Que você não presta e se aproveitava por eu ser muito certinho. — se fez de ofendido. — Isso acabou!
— Nossa, ficou muito gostoso falando isso. — viu? Não presta!
— Eu vou ir lavar louça, antes que eu fique viúvo sem casar. — entrei na sala de jantar.
— Nem pense em me matar, eu volto para ser seu marido fantasma. — veio atrás de mim.
— Esse negócio de casar com morto é uma coisa bem crepúsculo. — juntei as coisas sujas e levei para a cozinha. — Prefiro você vivo.
— Ouvir você falando sobre casar comigo me deixa mais apaixonado. — vai ficar igual eu quando precisei me acostumar com a ideia dele ser mafioso.
— Temos um futuro planejado, casar após eu ter pelo menos vinte. — não gostou.
— Falta muito, após você completar dezenove é uma ótima ideia. — mas isso falta alguns meses.
— Você está apressando as coisas, Jungkook, não temos motivos para casar tão novos. — falei. — No momento você está bem ocupado com as coisas da máfia, e eu com a escola. — e aprender russo. — Se eu sair de casa com dezenove, meu pai infarta.
— Mas vinte é só ano que vem. — passa rapidinho.
— Pelo menos vinte, não é certeza. — vai fazer drama em três, dois, um.
— Como assim não é certeza? Vai demorar tudo isso para morarmos juntos, porque pelo jeito pretende me deixar aqui sozinho e abandonado até casar. Você, neném, não tem coração. — eu disse que ele faria drama.
— E você nasceu no dia do drama. — falei. — Está tirando conclusões precipitadas, podemos casar após eu ter mais de vinte, mas morarmos juntos pode ser antes.
Eu com certeza estou rosa, me conheço o suficiente para saber que estou.
— Sério, neném?! — confirmei olhando as louças que estou lavando, meu rosto está queimando. — Rosado!
— Me deixa, tenho vergonha de falar essas coisas. — muita vergonha!
— Sobre morarmos juntos? — confirmei. — Um neném. — sou mesmo. — Mas sem querer te pressionar, tem uma data de quando pretende vir morar comigo?
— Essa é a sua forma de não pressionar? — confirmou. — Diferente, e eu não tenho data.
— Mas poderia ter. — nem vou contestar, emocionado! — Próximo mês eu acho uma data excelente, ou semana que vem?
— Nenhum dos dois Jungkook, eu ainda nem terminei a escola. — lembrei de algo.
— Se morarmos juntos vai ser mais fácil, estudamos juntos. — ele sempre acha um meio de me trazer. — Falta basicamente dois meses e meio para terminarmos a escola.
— Só falta isso? — meu Deus! O tempo passou rápido. — É mesmo, já é abril.
— Viu, falta pouco. — realmente bem pouco. — Então, quando busco suas coisas? — até tossi.
— Não acha que está apressando as coisas? — negou. — Ainda é cedo para isso.
— Eu não acho. — é perceptível.
— Mudando de assunto. — antes que ele me proponha casamento. — Ontem meu pai falou que na sua próxima viagem para fora do país, vai me levar, então, aceita me levar com você?
— Ele liberou assim de boa? — confirmei.
— Disse ser melhor saudável e feliz com você, que em tristeza profunda aqui. — contei.
— Com a liberação dele eu te levo, agora talvez demore para eu sair de novo do país, mas pelo menos já sei que posso te levar comigo. — ainda bem.
— Ficar sem você foi horrível. — falei. — Terminei!
— Não vou te deixar para trás de novo, neném. — beijou minha bochecha.
— Assim espero. — sequei e guardei tudo. — Tem doce?
— Na geladeira, a gaveta com seu nome. — mentiroso.
Abri a geladeira, uma das gavetas tem etiqueta "Sweet Jimin", vários doces, peguei chocolates.
— O que tem para fazer? — perguntei.
— Nada, você tem? — confirmei.
— Terminar um trabalho. — nós subimos, peguei meu iPad no closet e voltei ao quarto, sentei na cama, um travesseiro nas costas para apoiar.
— É trabalho de filosofia? — confirmei, com a mão esquerda segurei a barra e a direta a caneta, o aparelho apoiado nas minhas pernas.
— Já fez? — perguntei.
— Sim, ontem. — respondeu. — Pode ligar a televisão ou vai te atrapalhar?
— Ligue. — continuei concentrado.
— Você costuma fazer primeiro que eu. — comentou, conheço o tom de voz ao me provocar.
— Ontem eu estava ocupado me preocupando com meu namorado desaparecido. — comi dois bombons.
— Namorado terrível esse seu. — sonso.
— Com certeza, pensei nas formas de punir ele, ignorar por uns dias parece bom, né? — escrevendo.
— Engraçadinho, nem pense em me ignorar. — bocó!
— Some sem deixar aviso que farei isso com você. — falei. — Não vai ligar a televisão?
— É mesmo. — memória ruim!
Ligou a televisão, não prestei atenção no que ele está assistindo, após um tempo acabei colocando fones e alguma música, estava estudando, o trabalho eu terminei enquanto ainda falava com ele.
— Você já terminou a parte que mandei para estudar para as provas? — perguntei, mais um bombom com recheio de morango e acabou.
— Sim. — pensou que eu não ouvi por estar com fone. — Eu disse que sim.
— Já ouvi da primeira vez Jungkook, e eu terminei. — desliguei o iPad, tirei os fones.
Levantei e levei para o closet, guardei na bolsa com a caneta, voltei pegando todo papel de chocolate da mesa de cabeceira, fui ao banheiro e joguei todos no lixo.
Fechei a porta, peguei fio dental na gaveta, passei e depois escovei meus dentes. Usei e lavei as mãos, sequei antes de sair.
— O que está assistindo? — perguntei me sentando, ouvi e está em russo.
— Filme russo, vou colocar legenda para você. — sem rir.
— Obrigado! — ele colocou.
Mas eu nem estava lendo, só assistindo mesmo, meu celular começou a vibrar. Peguei ele e fui ver quem mandou mensagem, é no grupo.
Peter
Melissa, já passou dás 22:00 horas e você ainda não falou nada sobre seu encontro.
Jinjin
Exatamente, passei o dia querendo saber como foi.
Melissa
Vou contar gente, eu estava estudando.
Melissa
Foi assim, no caminho para o restaurante ela tentou e conseguiu me deixar o mais confortável possível, nós almoçamos em um restaurante italiano porque eu comentei que tinha vontade de experimentar.
Jinjin
O que mais?
Melissa
Nós fomos tomar sorvete, e depois em uma máquina de pelúcias, ela conseguiu três para mim.
Peter
Então ela é boa com os dedos? Não sei se o plano da Melissa de só transar após casar dará certo.
Como assim boa com os dedos?
Peter
Jimin só aparece para perguntar algo que não entendeu relacionado a sexo, eu estava te vendo visualizar as mensagens e não falar nada, espertinho.
Jinjin
Eu espero que dê, eu espero que dê muito.
Peter
Essa foi boa kkkkkk.
Eu não entendi.
Melissa
Nem queira Jimin, e depois ela me trouxe para casa.
Peter
Vocês se beijaram? Diz que sim.
Melissa
Não, nós não nos beijamos.
Melissa
Bem que eu queria, mas ela recebeu uma ligação, falou em russo e precisou ir embora.
— Jungkook, a Melissa disse que a Polina conseguiu três pelúcias naquela máquina sabe? — confirmou ainda prestando atenção no filme. — Aí o Peter disse que ela é boa com os dedos, o que significa? — tossiu na hora.
— Melhor não saber neném, completamente desnecessário. — falou.
— Mas eu quero, me conta o que é. — pedi. — Por favor?
— Um dia eu te mostro o que significa. — que dia?
— Quando? Pode ser hoje? — porque ele está com o sorriso de quando faz piada com duplo sentido.
— Outro dia, toquinho. — mas eu queria hoje.
— Tudo bem, então me explica isso. — coloquei o celular na frente dele.
— Qual parte? — perguntou.
— O que o Jin falou e o Peter riu. — ele leu.
— Jin espera que ela dê. — ainda não entendi. — Espera que ela faça sexo com a Polina.
Olha eu rosa, povo malicioso.
— Esse povo só pensa nisso. — resmunguei.
— O que você pensa, neném? — perguntou.
— Em você. — respondi espontâneo, depois que fui me ligar, olhei para ele. — Sua bochecha não dói? Faz horas que você só sorri, minhas bochechas já estariam doendo.
— Você é a causa para mim sorrir tanto. — agora a culpa é minha. — E não dói.
— Pode deixar que vou fazer você chorar. — achou ruim.
— Nem pense nisso. — tem nada a ver chorar um pouco.
Desliguei o celular e coloquei para carregar, escorreguei na cama.
— Vai dormir? — confirmei. — Já me junto a você.
Foi ao banheiro, quando voltou apagou a luz e deitou ao meu lado.
— A televisão. — lembrei ele, desligou, me abraçou. — Preciso de um apelido para você, coelhinho é bom por combinar com você por causa dos seus dentinhos, mas ainda quero algo só meu para você, e único.
— Você chamava seu amigo de coisa, eu vai ser o que? Coisa dois? — bati no peito dele, riu. — Eu ainda não estou acreditando que você está falando comigo, parece um sonho.
— Não é um sonho, é real e irei continuar. — tem uma coisinha me incomodando, procurar uma forma de falar, no escuro é bom que ele não vai perceber que fiquei rosa.
— Eu te amo tanto, neném. — me abraçou mais forte.
— Eu também te amo muito! — falei, passou uns minutos e eu pensando sem conseguir dormir.
— Já dormiu? — neguei, se afastou e sentou, tirou a camiseta e jogou na poltrona. — Estava me incomodando. — deitou novamente me abraçando, uma perna minha fica em cima dele, quando eu acordo estou quase todo em cima.
— Jeon? — chamei ele.
— Hum? — busquei coragem.
— Lembra o assunto que espalharam pela escola? — perguntei.
— Sim, o que tem? — perguntou.
— Eu... — vou conseguir! — Não consigo beijar você.
— Posso esperar se sentir à vontade para isso toquinho, não tenho pressa. — falou. — Não se preocupe com o que falaram, só estão com inveja.
— Eu sei, mas eu quero falar uma coisa. — tô tentando. — Eu quero beijar você, mas tenho muita vergonha e medo, quero deixar isso esclarecido para você não pensar que eu não quero, porque eu quero, só no atual momento que é difícil.
Meu coração, está muito acelerado e minha bochecha está queimando.
— Fico feliz em saber que quer me beijar, o porquê você já sabe, mas eu quero muito beijar você, loirinho. — é, eu sei, repetir tanto assim é desnecessário, me deixa rosa. — Você está rosa, né? Sempre fica ao ser muito expressivo.
— Me deixa ser rosa. — falei. — Vou trocar meu nome para Pink Jimin, e a culpa é sua. — ele riu. — Não ri.
— Eu nem estou rindo. — claro que não.
— Percebi. — parou de rir. — Você já me perguntou o que pensei quando percebi que estava gostando de você com tão pouco tempo, mas você não me falou o que pensou, só disse que sou perfeito demais para não se apaixonar, o que pensou?
— Eu me encantei com você desde o primeiro dia, foi fácil conversar com você, e isso nunca aconteceu, não sou a pessoa mais sociável que existe e nem gosto de fazer isso, mas com você eu fiz e gostei. — falou. — Depois passamos o dia inteiro conversando, Polina quase endoidou porque eu deixei tudo para ela resolver.
— Tadinha, precisa recompensar ela. — falei.
— Já fiz, dei a arma que ela estava querendo para colocar na coleção. — ela tem coleção de armas? Poderosa. — Após todas as respostas totalmente frias e sem esperança da sua parte sobre relacionamento, eu pensei "vou gostar dele sozinho", fui entender que você não demonstra o que sente com palavras depois, você mostra com atitudes a forma mais linda de demonstrar amor.
— Se eu chorar vou acordar com dor de cabeça, deixa um pouco de romantismo para amanhã. — ele riu. — Desculpa ser tão frio no início, mas eu não me via namorando, ainda mais você.
— Eu? Como assim eu? — perguntou.
— Porque você pode ter qualquer pessoa que quiser, em um estalar de dedo, eu pensava "sem chance dele se interessar por mim", porque você é um nível muito alto e eu sou pequeno. — respondi.
— Literalmente. — bati no peito dele pela gracinha. — Tô brincando, mas você não é nível abaixo do meu, neném, é mais perfeito, seu jeitinho fofo que cativa qualquer um, meu avô não costuma gostar nem da sombra dele, por foto gostou de você, seu sorriso que encanta todos ao redor e tem uma risada perfeita.
Beijou minha cabeça, ele vai me fazer chorar.
— Os traços do seu rosto que são suaves, os olhos sempre brilhando, você tinha todos os motivos para ter o olhar apagado, mas continua brilhando como um pequeno sol. — idiota, me fez chorar. — É perfeito por inteiro.
— Obrigado! — agradeci.
— Pelo quê, neném? — perguntou.
— Me amar do jeito que eu sou. — teve a paciência para me mostrar que eu poderia ser amado, e namorar como qualquer pessoa.
— Te amar não é difícil toquinho, você me amar é difícil. — não é. — Continuou ao meu lado após saber que eu matava e mato pessoas, um mafioso russo, se já tivesse sido preso teria uma ficha de quilômetros, você está fazendo a parte difícil.
— Bem no início da nossa conversa, quando disse que com treze já tinha feito coisa pior, se referia a matar alguém, né? — ele ficou quieto. — Não quer falar disso? Tudo bem, quando se sentir confortável irei ouvir.
— Obrigado por entender. — se você pode esperar para ouvir minha história, eu posso esperar para ouvir a sua, reciprocidade.
— Seu avô gostou mesmo de mim? — perguntei.
— Sim, disse que está doido para te conhecer pessoalmente. — tô ansioso!
— Eu também quero conhecer seu avô, parece um vovô gentil. — comentei.
— Só parece mesmo, ele é um mafioso russo das antigas, pesquise como eles agiam. — melhor não.
— Vamos deixar isso em off. — falei. — Sua irmã, tem falado com ela?
— Sim, minha avó deixou ela fazer uma mecha azul no cabelo, está feliz, e disse que você não poderia pintar o cabelo de loiro sem falar com ela. — que gracinha! — Está com saudade de mim, espero ver logo ela.
— Vai ver, logo ela consegue pintar o cabelo inteiro. — sei que vai. — Vamos dormir! Está tarde.
— Tudo bem, boa noite, neném! — beijou minha testa.
— Boa noite! — fiquei desenhando círculos no peito do Jungkook até pegar no sono.
[...]
Acordei com o meu celular despertando, eu desliguei e abracei o corpo quente do Jungkook de novo, estou com muita preguiça de levantar, quero continuar aqui grudadinho com ele.
— Bom dia, toquinho! — rocei meu rosto em seu peito, aconchegante.
— Bom dia! — resmunguei.
— Ouvir sua voz logo cedo me dá ânimo para levantar. — que bom! Eu quero ficar deitado.
— Me deixa ficar? — pedi.
— Não, sem você na escola não tem graça. — falou. — Vamos, neném! — tive que levantar.
Após pegar roupa fui ao banheiro, tomei banho, me sequei quando saí. Peguei o creme e espalhei pelo corpo, vesti a roupa que trouxe, calça de couro preto, blusa preta gola alta, o colar para fora.
Escovei o dente e saí do banheiro, entrei no closet, Jungkook já estava vestindo o sobretudo porque está chovendo.
Primavera na Coréia, espere chuva, ou está uma leve brisa gelada, e as flores florescendo pela chuva constante.
Está todo de preto a criança, calça cargo preta, blusa gola alta preta, e o sobretudo já sabem, a bota também.
— E esse cabelo molhado Jungkook? — perguntei, se assustou. — Ainda não se acostumou a me ouvir.
— Não, com certeza não. — falou. — Eu tô esperando para você secar.
Estou vendo.
Sentei e calcei a minha bota com sola tratorada, levantei e olhei no espelho, lindo!
Peguei meu óleo e coloquei um pouco na mão, esfreguei uma na outra antes de espalhar no cabelo com os dedos, ele observando tudo.
— Vai babar. — provoco ele.
— Com certeza. — eu entendi, seu malicioso sem vergonha.
— Senta no puff, vou secar seu cabelo. — passei perfume antes.
Peguei meu secador e coloquei na tomada, passei óleo para proteger do calor, liguei e comecei a secar o cabelo dele, tão macio! Fiquei entre as pernas, é mais fácil dessa forma.
Eu amo o cabelo dele grande assim, muito lindo!
— Prontinho! — falei após desligar, tirei da tomada e levei para minha mochila, coloquei minhas coisas dentro. — Vamos?
— Pode descer, vou escovar o dente. — saí do closet, peguei meu celular com o carregador e coloquei na mochila, deixei na poltrona, arrumei a cama.
Desci para o primeiro andar, ouvi um barulhinho, olhei meu pulso, a pulseira!
Sentei no sofá, esperei ele enquanto jogava algo besta, quando apareceu fomos pela parte de dentro para a garagem, o Hennessey foi o escolhido para nos levar para a escola.
— Você está quieto! — falou perto da escola.
— Eu não costumo falar muito de manhã, tenho preguiça. — avisei. — Ainda estou acordando.
— Tudo bem. — assim, que chegamos ele desceu com o guarda-chuva e veio para o meu lado, abriu a porta e eu saí, ficou com a bolsa do iPad, minha mochila ficará no carro.
— Eu posso levar a bolsa. — falei.
— Eu levo. — tudo bem.
Entramos na escola e já dei de cara com Melissa.
— Oi para vocês, casal mais lindo desse mundo, nunca vi tanta beleza assim. — falou, eu e Jungkook estranhando.
— O que ela quer? — perguntou, levantei os ombros.
— Ei, eu não sou interesseira. — claro. — Mas preciso de algo, uma coisa simples mesmo.
— Não é simples, te vejo na sala, neném. — Jungkook beijou minha bochecha e seguiu seu caminho.
"O que você precisa?" Perguntei.
— Jungkook se foi, vou te mostrar uma coisa. — falou.
"Preciso pegar algo antes" fomos até o vestiário, peguei a jaqueta reserva e saímos, "Fale o que vai me mostrar".
— Venha. — após ver tudo nós fomos para a sala, agora é comum entrar e ver Jungkook falando com o Peter.
Antes o Peter estaria procurando por qual lugar iria fugir se Jeon o ameaçasse, agora ele já tem o lugar e conversa com tranquilidade, porque continua com medo.
— Amigos, Jimin, quem vê nem acredita que o Peter está pensando como fugiria se Jungkook sacasse uma arma. — Melissa falou, ri da fala dela.
Peter olhou para nós seguindo até eles, e para o Jungkook, depois para mim de novo, percebeu algo.
Jin com a cabeça apoiada no ombro do Tae olhando tudo que o namorado vê no celular, bicho curioso!
Sentei no meu lugar, a bolsa do iPad em cima da mesa.
"Oi!" Falei com Peter.
— Oi! Vestindo de casal? É sério? — olhei para a roupa do Jungkook.
"Só é parecido, não estamos vestindo como casais" o universo quis assim.
— Claro. — nada convincente. — Onde estavam?
— Chega mais. — Melissa falou, cochichou na orelha dele. — Incrível né?
— Sim, por essa eu não esperava, safada! — Jungkook olhou para mim, fiz que não sabia.
— Jimin. — olhei para o Jin. — Hoje pode ir na minha casa?
"Qual os planos?" Perguntei.
— Preciso de ajuda com uma coisa. — Peter e Melissa encararam ele. — Coisa de melhores amigos.
— Convencido e exibido! — Peter falou.
— E muito. — Melissa concordou.
— Vocês são dramáticos! — ele falou. — Te espero para o almoço.
"Tudo bem, estarei lá" falei.
Sou curioso!
— De segredinhos os dois, o fim da picada. — Melissa falou. — Homofóbicos!
— Mas eles são gays. — Peter não entendeu. — Agora eu entendi, homofóbicos!
— Não tinha amigos mais normais, neném? — Jungkook me perguntou, neguei.
As primeiras aulas foram tranquilas, não fizemos grandes coisas, algumas atividades simples e leitura de textos. Finalmente deu a hora do intervalo, eu tô com fome!
Saímos da sala, Jungkook pegou na minha mão entrelaçando nossos dedos.
— Está com fome? — confirmei. — Ainda não contou para eles que está falando comigo?
— Não, eles vão acabar vendo. — respondi.
Descemos para o primeiro andar e fomos para o refeitório, pegamos o que eu iria comer e fomos para a mesa que eles já estavam sentados, sentamos também.
— Semana que vem tem jogo, fiquei sabendo que o time da escola adversária é muito bom. — Peter comentou.
"Não é melhor do que o nosso" estamos treinando muito.
— Isso é verdade, o time melhorou bastante, porque no último ano foi um fracasso total. — Melissa falou. — Ainda querendo saber como não tiraram o Han antes.
— Antes do Jungkook sair iríamos colocar ele, mas ele saiu então tivemos que ficar com aquela praga mesmo. — Peter contou. — Porque você saiu? Você era o melhor de todos.
Será que ele vai falar? Ou inventar uma história para não contar a verdade?
— A maioria do time tinha medo de mim, para não atrapalhar vocês eu saí. — ele falou a verdade.
— Tadinho dele Peter, seu medroso! — Melissa falou.
Que dó do meu namorado, saiu porque tinham medo dele, mal sabem que ele é um amorzinho.
— E você Tae, porque saiu do time de basquete? — os dois jogavam.
— Foi na época que fui para a Rússia, não tem outro motivo. — entendo.
— Tem sim. — Jungkook falou.
— Você não podia me ajudar nem nessa, cara? — Jeon negou.
— O que está me escondendo? — Jin perguntou. — Porque saiu do time?
— Isso está interessante! — Peter falou, e eu comendo meus Cookies observando a treta do casal.
— Eu fiquei com a mãe do capitão do time, e ele não gostou muito. — que babado! — Aí eu saí para não dar confusão, mas foi na mesma época que fui para a Rússia.
— Com a mãe? Cara, você não perdoa nem mães. — Peter achando engraçado.
— Sério que ele não gostou que você ficou com a mãe dele? Sinceramente chocado com isso. — Jin foi irônico. — Você não prestava nenhum pouco.
— Ele não presta até agora, só ama você, essa é a diferença. — Melissa falou. — Jungkook também não presta, mas sem ofender, viu? — claro.
— Não ofendeu. — Jeon falou.
— Ótimo! Então, ele não presta, mas ama o Jimin isso não o faz prestar, o faz ter sentimentos como uma pessoa normal. — ela explicou. — Tae não presta, mas ama o Jin.
— Verdade, os dois não prestam. — Peter concordou.
— É mesmo, você não presta, Taetae. — Jin também concordou.
— Eu concordo com eles, você não presta e é muito mente poluída. — sussurrei no ouvido do Jeon, ele só sorriu.
— Vocês ficaram sabendo que duas pessoas do time adversário que perdeu no último jogo desapareceram e quando voltaram estavam quase mortos? alguém acabou com eles. — Melissa comentou.
— Eu fiquei, os médicos disseram que quem bateu neles só não os matou porque não quis, porque mais um chute na costela ou barriga seria suficiente. — Peter também ficou sabendo.
"Tem foto de quem apanhou?" Perguntei, comi meu último Cookie, passei a mão na boca tirando todo farelo que possa ter.
— Tenho. — pegou o celular, mexeu um pouco e virou a tela. — Aqui, são esses. — tem a foto deles como estudantes, que estão na carteirinha e documentos e deles surrados.
Um instante, eu conheço eles.
"Esse é o capitão do time e o outro é quem me deu a bolada, fiquei com um hematoma horrível, sem falar da dor" falei.
— É mesmo, então já sabemos quem fez isso. — Peter falou.
— Nossa, acabou com eles. — Jin comentou ao ver a foto.
"Quem fez?" Perguntei na inocência.
— Quem você acha? — por um instante eu esqueci quem meu namorado é.
— Se por uma bolada fez isso, imagina quem faz pior? — Peter está encarando a foto. — O Caleb só se safou por ser americano.
— Se não fosse estava morto. — Melissa falou.
Não faria falta.
— Foi você que fez isso? — sussurrei perguntando, confirmou.
Eu disse que ele não deixaria para lá o que aconteceu, então não me surpreende isso.
— Jimin, o que você tanto faz na orelha do Jungkook? Está o dia inteiro fazendo isso, ele está te mordendo, Jeon? — Peter perguntou.
— Pode falar, neném? — confirmei. — Ele está falando comigo.
A boca de todos abriram, porque tanta surpresa? Era óbvio que uma hora eu iria falar com ele.
— Agora sei porque eu recebi o dobro ontem. — Tae falou. — Hoje está só dentes.
— Por isso Jungkook está assim hoje. — Peter falou.
— Me trocou pelo mafioso, safado! — Jin fez seu drama. — Ai que orgulho! Jimin está falando com outra pessoa.
— Ainda processando. — Melissa falou.
— Jungkook está parecendo o Jimin quando vê ele, quase cega a gente de tanto sorrir. — Peter não pode me deixar fora.
— Eu tô chocada! — Melissa finalmente parou de processar. — Quando falou, ontem que horas?
"Foi após chegar na casa dele, eram seis horas eu acho" contei, "Já estava na hora".
— Agora só fal... — chutei a perna do fofoqueiro. — Jimin, você é alguém que me faz chorar.
Só eu e ele entendemos, fica contando as coisas.
— Polina está me ligando, vejo vocês na sala. — Melissa se foi.
— Nós vamos ao quarto andar. — Jin arrastou Tae, vão se pegar.
— Eu que não vou ficar vela, ainda mais com você falando, Jungkook está puro mel. — Peter falou. — Vejo vocês depois. — também saiu.
— Vamos para o jardim coberto? — confirmou.
Levantamos, fiquei com as coisas de lixo na mão até a lixeira mais próxima, joguei fora antes de seguir.
Ele passou o braço pelo meu ombro, trazendo mais para perto.
— Muito longe. — falou, assim que chegamos fomos ao banco mais afastado, sentamos, estava encostado nele enquanto olhava as flores.
— Jungkook? — queria saber se ele está prestando atenção.
— Fale, loirinho. — está.
— Eu quero te pedir uma coisa. — vamos ver se ele aceita.
— Pode pedir, vamos ver se poderei te ajudar. — você pode.
— Me ensina a atirar? — ele ficou quieto.
— Não, nem pensar. — por quê?
— Mudou de ideia sobre eu entrar para a máfia? — olhei para ele.
— Você vai entrar? — perguntou.
— Ainda estou pensando, mas quero saber atirar, por favor me ensina? — pedi.
— Porque você quer saber atirar? — perguntou.
— Quero saber me defender e não viver dependendo dos outros. — dele no caso. — Eu gosto quando me defende, mas quero saber fazer isso sozinho.
— Tem certeza? — confirmei. — Tudo bem, mas se quer saber se defender não pode apenas saber atirar, lutar também.
— Você me ensina? — perguntei.
— Eu não, quem pode te ensinar é a Selina, ela é a melhor na arte da luta. — interessante.
— Então fala para ela me ensinar? — diz que sim.
— Vou falar, agora atirar eu que vou te ensinar. — eba. — Meu neném está crescendo! — concordo.
— Sim, bastante mesmo. — falei. — Tô ansioso!
— Estou vendo, toquinho. — beijou minha bochecha.
— Ai, eu só queria um namorado! — ouvi alguém falando, olhei para a direção da voz, uma menina em um banco não muito longe. — Desculpa atrapalhar.
— Tudo bem. — Jungkook falou.
Eu acho interessante que quando vou falar com meu pai, irmão, ou o Jin, preciso fazer meu ritual para falar, respirar fundo e contar até três ou cinco, mas com o Jungkook não preciso fazer e posso falar diretamente.
— Te amo. — beijei a bochecha dele.
— Meu neném está muito expressivo. — falou. — Eu também te amo.
— Tem gente que pensa que por você ser mafioso, eu que quebrei barreiras em você, mas foi o contrário, só existiam barreiras em mim. — falei.
— Você também quebrou, rosado. — precisava lembrar? — Mas eu quebrei mais.
— Competição agora? — ele riu. — Vou quebrar é você, convencido!
— Eu tenho um mini namorado muito agressivo, parece um pinscher. — bati na perna dele.
— Vou doar você Jungkook, engraçadinho. — eu bravo e ele rindo. — Já pode parar de rir, eu não sou um pinscher.
— Não vai me doar, vai me aguentar para sempre. — felizmente.
O sinal bateu, nós voltamos para a sala com ele com o braço no meu ombro e eu com o braço em suas costas.
— Agora está recíproco, antes só eu te abraçava. — ele falou no corredor.
— Porque você gosta de demonstrar com toques, e eu não sabia fazer isso. — expliquei. — Agora sei, mas só com você.
— E quem disse que é para fazer com outra pessoa? — ciumento!
Entramos na sala, fomos para os nossos lugares e logo nossos amigos entraram, Melissa toda saltitante e feliz, Peter tentando fazer ela parar de saltar, Jin e Tae conversando putaria.
Nada de novo.
Mais três aulas com muito conteúdo, minha mão cansou, e para piorar deixei meus óculos em casa, meu pai me mata se o grau aumentar por falta de uso, agora minha cabeça está doendo porque forcei as vistas.
— O que está procurando na minha mochila? — Jungkook perguntou, tirei o frasco de remédio de dentro. — Está com dor de cabeça de novo? — confirmei. — Não vai tomar sem água.
Assim que fomos liberados, seguimos até o bebedouro, ele colocou água em um copo para mim.
— Pode tomar. — tomei o comprimido com a água.
— Obrigado! — joguei o copo fora e devolvi o frasco para ele.
— Vamos, neném! — descemos as escadas, ele continua segurando minhas coisas após eu falar, sempre pensei que quando ele deixava minhas mãos livres era para eu conseguir me comunicar, mas ele é esse amorzinho mesmo.
Fomos direto para o estacionamento, Jin e Peter olhavam algo conversando entre si, cheguei perto para saber.
— Olha lá, Jimin. — Peter apontou a direção, olhei e era Melissa com a Polina. — A mafiosa apareceu de surpresa, Melissa quase caiu dura no chão, sorte que eu segurei.
— Surtou porque segundo ela está desarrumada. — Jin contou.
— Elas vão sair juntas de novo. — Peter falou na hora que Melissa entrou no carro da Polina. — Em quanto tempo elas namoram? Eu dou um mês.
"Menos que isso" isso eu tenho certeza, esses mafiosos são tudo emocionado.
— Mais de um mês. — Jin falou.
— Vamos apostar? — Peter sugeriu. — Mas em dólares, quero comprar fora daqui quando eu ganhar.
— Vai pensando que vai ganhar. — Jin comentou.
"Três mil que em menos de um mês elas vão estar namorando sério", sei que vou ganhar.
— Aceito. — Jin foi o primeiro. — Mas, mais de um mês.
— Um mês. — Peter, apertamos as mãos. — E ela não pode saber para não influenciar. — fizemos voto de silêncio.
— Te espero em casa. — Jin falou e foi com Tae embora na moto.
— Tchau, casal! Tenho compromisso. — Peter foi embora.
Jungkook abriu a porta do carro para mim, entrei e coloquei o cinto, ele entrou e fez o mesmo.
— Onde o Jin mora? — perguntou.
— Sabe aquele condomínio perto da minha casa? — confirmou. — Lá que ele mora.
— Muito rico. — como se você fosse pobre.
Mandei mensagem ao meu pai avisando que almoçaria no Jin, ele deixou tranquilamente, já fez as pazes com o Vittorio, esses dois não podem brigar porque quem vai se ferrar sou eu e o Hobi.
— Você é amigo do Jin desde quando? — perguntou.
— Cinco anos. — respondi. — Quer dizer, ele tinha cinco e eu quatro.
— Muito tempo, vocês já brigaram? — qual a curiosidade?
— Sim, brigamos de sair no tapa. — contei.
— E eu não posso bater no Tae? — exatamente. — Porque brigaram?
— Ele fez algo que eu não gostei, assim, quando fui pedir para ele se desculpar, não aceitou porque disse estar certo, começamos a discutir até chegar na agressão. — falei. — As funcionárias da casa que nos separaram, ficamos um mês sem se falar, até ele vir pedir desculpa.
— O que ele fez para te deixar tão bravo? — quem vê eu falando parece que a briga era mais séria, mas olha o motivo.
— Comeu meus morangos. — Jungkook riu. — Tínhamos doze e treze anos, mas parecíamos criança.
— Um neném mesmo. — sou mesmo. — Então, teve alguma mais séria?
— Sim. — respondi.
— Vai me contar? — perguntou.
— Foi no ano passado, ele falou umas verdades e eu não gostei de ouvir, aí discutimos. — contei. — Antes que pergunte, ele falou sobre o bullying que eu sofria, que eu deveria reagir ou iria piorar, mas para mim, a melhor opção sempre foi nunca reagir.
— E piorou. — com toda certeza.
Entramos na rua do condomínio, ele parou o carro em frente, veio e abriu a porta para mim.
— Quando for para a sua casa me manda mensagem, Jin vai te deixar muito ocupado. — sim, ele vai.
— Tchau! Até amanhã. — despedi dele com selinhos demorados.
— Tchau, meu loirinho! — eu entrei no condomínio, fui para a mansão da família Kim.
Ao chegar fui recepcionado pela governanta, ela pegou minhas coisas e eu segui para o lavabo, após lavar as mãos fui para a sala de jantar.
— Finalmente! — Jin falou, está só ele me esperando.
— Eu nem demorei, onde estão seus pais? — perguntei.
— Minha mãe está gravando um programa de entretenimento, meu pai foi dar uma palestra para pessoas importantes que não sei o nome, vão voltar só a noite. — ocupados.
— Porque precisa da minha ajuda? — perguntei.
— Comer primeiro. — entraram com a comida, nós comemos e subimos com sorvete.
Fomos para o quarto dele, entramos, sentei na poltrona e ele na cama, abri meu pote de sorvete e quebrei a casca de chocolate que tem em cima.
— Já pode falar? — estou curioso.
— Então, hoje a noite eu vou dar um próximo passo na relação com Tae. — tem o que mais para dar?
— O que seria? Vai adotar um bichinho? — perguntei.
— Não, eu e ele ainda não... — o quê? — Transamos.
Até engasguei com o sorvete, mentira.
— Como assim? — deve ser brincadeira.
— Porque está tão surpreso? Não sou tão puta assim para transar com pouco tempo de relacionamento. — mas parece.
— Vocês vivem se beijando em qualquer lugar, e sem falar daquela história de transar na escola. — cada coisa.
— Exatamente, se beijar não é transar. — é o caminho, e você está nele faz tempo. — Não iríamos realmente fazer lá.
— Você até já fez aquilo nele. — eu que não vou ficar falando essas coisas.
— Boquete Jimin, não é tão difícil. — para você.
— Quem já namorou aqui e não é virgem é você, eu sou completamente intocado. — o fim da picada. — Não tenho o cunho para ficar falando essas coisas.
— Você lê sobre isso. — falou.
— É diferente. — falei. — Ler e fazer tem um abismo entre as duas coisas, porque precisa da minha ajuda?
— Porque eu tô nervoso, eu só fiz três vezes antes de namorar com ele, agora ele, está transando desde os quinze. — vou perguntar ao Jungkook com quantos anos ele perdeu a virgindade. — E se ele não gostar?
— Ele vai gostar, ele te ama, para de ser doido! — misericórdia! Comi mais do meu sorvete. — Você precisa de chá de camomila, está muito ansioso.
— Eu que vou dar algum chá hoje. — quanta safadeza. — Agora vem me ajudar a escolher a roupa.
— Roupa? Nos livros que eu leio eles não costumam usar roupa na hora. — falei provocando.
Fomos para o closet enorme, quanta roupa.
— Então, qual? — sério? — Uma que não seja "que puta!", e nem "que santo!".
— Está perguntando para a pessoa errada, eu nem beijo meu namorado, você quer minha ajuda para se preparar para transar, é sério? — confirmou.
— Anda Jimin, as horas estão passando. — me apressou.
Ajudei ele a escolher a roupa, e ele também vai descolorir o cabelo, invejoso!
— Tinha que ser loiro? Tem tantas cores. — falei.
— Sim, depois eu pinto de rosa, fica tranquilo que isso é por pouco tempo. — ainda bem.
Passei a tarde na casa dele, à noite ele tomou um longo banho, saiu quase pronto, escovei e passei chapinha no cabelo dele deixando bem alinhado os fios loiros.
— Vem tirar foto, gêmeos de cabelo. — tiramos uma foto. — Nesse final de semana eu pinto de rosa, não vou passar duas tintas em seguida para não agredir meu cabelo.
— Faz bem. — vou ficar mais um tempo loiro. — Jin, como é beijar alguém com piercing?
— Muito gostoso, pelo menos com o Tae, você vai gostar quando beijar o Jungkook, ele tem cara de quem vai te deixar bambo. — sem me beijar ele já faz isso. — Eu não vejo a hora de vocês transarem, a tensão entres vocês é quase contagiosa.
— Isso vai demorar, bastante mesmo. — falei pensativo enquanto ele arruma uma mala pequena.
— Por quê? Quando se beijarem, que será logo, vocês logo vão estar pensando em sexo. — falou. — Ou tem planos para fazer após o casamento como a Melissa? Eu acho bonito quem decide esperar isso, mas não tenho essa paciência.
— Eu nunca pensei que iria fazer, ou com quem, e agora tem isso então não sei como agir. — respondi. — Eu já vi três pessoas com quem Jungkook já dormiu, fico me comparando, e eu nunca ganhei em nenhuma das comparações.
— Já conversamos sobre isso, você precisa parar de se comparar. — sei disso, mas é difícil. — Quando me comparei com pessoas com quem Tae já se relacionou foi horrível, até dieta eu fiz e você sabe que eu amo comer, mas parei porque não vale a pena, a comparação traz o medo, e depois a desconfiança, isso acaba com o relacionamento.
Tem razão, mas é realmente muito difícil.
— Você é lindo, inteligente, é bom em tudo que faz, absolutamente tudo, canta, dança, sua personalidade é incrível, e consegue cativar todos ao seu redor. — ouvi isso recentemente. — Não se compare Jimin, você é incomparável!
— Obrigado! Melhores amigos daqui... — falei.
— Até a Lua! — completou.
Nós dois gostamos sempre da Lua, e ficávamos observando ela juntos, e com uns sete anos começamos a falar isso.
— Vamos, eu vou te deixar em casa no caminho. — falou.
Cumprimentei os pais dele antes de ir, até quiseram que eu jantasse, mas isso farei em casa.
O motorista abriu a porta, nós entramos e ele fechou a porta.
— Tô ansioso! — é perceptível.
— Estou vendo. — tirei a mão dele da boca, deu trabalho pintar essa unha, estão azuis, ele pintou a minha de rosa, eu que escolhi.
Antes eu só pintava a dele, se aparecesse naquele inferno/escola com a unha pintada, tenho certeza que iriam me matar, povo homofóbico!
Me deixou em casa e eu fui para dentro.
Tirei a bota na porta e calcei minha pantufa.
— Jimin hyung. — Hobi veio correndo e me abraçou, estranho!
— O que você quer? — perguntei após ele me soltar.
— Nada, só senti sua falta. — falou, sei.
— Também senti a sua Hobi, cadê o pai e o Vittorio? — perguntei.
— Saíram, mas disseram que já voltam e querem conversar com nós dois. — misericórdia.
— Será que o pai não conseguiu o perdão do Vittorio? — eu subi e ele veio atrás.
— Conseguiu, o pai nem foi trabalhar hoje, ficaram o dia inteiro numa melação, certeza que minha glicose está alta. — entrei no quarto e acendi a luz. — E cheios de cochichos, foi insuportável!
— Você fica assim com o Yoongi. — falei.
— Mas eu tenho quinze anos. — está indignado de assistir nosso pai apaixonado.
— Deixa ele Hobi, eles assim deixa o pai tranquilo, se você pedir para fazer uma tatuagem na testa ele deixa. — bocó. — E nosso pai não é tão velho, ele está vivendo seu romance após muitos anos sozinho, ele só namorou uma vez após a morte da mamãe e antes do Vittorio.
— Verdade, vou usar isso ao meu favor. — menino terrível. — E o Jungkook deixou algo para você, está em cima da escrivaninha. — saiu do quarto.
Não é colar, pulseira, ou aliança, o que é?
Após guardar as minhas coisas fui ver o que era, sentei olhando a caixa retangular grande, tem um cartão, peguei e abri para ler, era a letra dele que eu conheço muito bem.
"Falta um dia para completar trinta dias ao seu lado, para muitos parece ser pouco, mas foram os melhores para mim.
Sei que para você foi um passo muito grande falar comigo, mas eu estou muito feliz e me sinto honrado em ouvir sua voz, espero continuar ouvindo ela para sempre porque não tenho planos em deixar você escapar."
De: Seu Jungkook.
Para: Meu neném.
Por que tão romântico? Fico emocionado.
Eu sei que só falta um dia, amanhã vou ver a confirmação do presente dele.
Deixa eu ver o que tem dentro dessa caixa preta. Tirei o laço vermelho, agora a tampa.
— Quanta coisa. — resmunguei.
Tem um mini bolo com morangos em cima, muitos chocolates, uma caixa com bombons recheados com morangos, do lado um quadro branco com nossa foto, foi a primeira que tiramos juntos, foi no escritório dele e estou com um pirulito do chaves na mão.
— Chorar vendo presente, não farei isso. — engoli o choro.
Tirei o quadro com cuidado, coloquei ao lado dos outros.
Tem um livro, nunca ouvi falar, li a sinopse e já entendi.
É de sexo!
A capa é rosa com letras brancas, são as vivências de um rapaz "hétero" se descobrindo em uma relação gay com o melhor amigo de seu irmão, clichê com muito sexo, provavelmente eu vou gostar.
E embaixo do livro tem um suéter de lã rosa com um morango vermelho bordado no meio, que lindo!
(Suéter)
Eu amei!
Tirei foto da caixa e coloquei no grupo, mostrar como meu namorado que todos tem medo é romântico.
O Peter sempre é o primeiro a responder, não importa a hora, desocupado!
Peter
Dividir o chocolate de cada dia Jimin, Jungkook romântico, ninguém nem sonha isso.
Melissa
Deus, sou eu de novo.
Peter
Você para de ser sonsa, você vai ter alguém assim ou pior.
Peter
Jimin sortudo, e o seu presente está tudo certo?
Sim, tudo certinho.
Melissa
Você é um chato por não querer gravar a reação dele, e nem nos deixar assistir.
Não vai mesmo, é uma coisa só nossa.
Peter
Será que ele vai gostar?
Melissa
Com certeza vai, Jimin também sabe ser romântico, casal fofura.
Peter
Se o Jimin dar uma pedra escrito "eu te amo", é suficiente para o Jungkook chorar, casal meloso.
Eu ainda estou aqui, viu?
Cada coisa.
Fui para a conversa com o Jungkook, liguei para ele, chamou algumas vezes e ele atendeu.
— Olá, neném! — ouvi sua voz.
— Oi, Jungkook! Está ocupado? — perguntei.
— Não, eu acabei de terminar meu treino. — estava na academia.
— Tudo bem, acabei de ver seu presente, eu amei! — falei. — Sério, o cartão, o quadro, o bolo, chocolates, sueter, até o livro, tudo perfeito!
— Que bom que amou toquinho, montei esse presente pensando em qual seria sua reação. — foi ótima. — Eu te amo!
— Eu te amo! Queria te ver, agradecer pessoalmente é melhor. — mas será só amanhã.
— Eu até iria na sua casa, mas seu pai pode me expulsar a chutes, já te roubei demais essa semana. — com certeza. — Amanhã tem mais presente.
— Mais? — confirmou. — Você acredita em Deus?
— Sim, por quê? — perguntou sem entender.
— Seu presente vai ser um "Deus te abençoe", vou nem tentar superar seus presentes. — ele riu. — Você é o melhor namorado! Não poderia estar mais feliz de namorar você!
Ai, tô rosa! Demonstrar o que eu sinto leva sangue direto para as minhas bochechas.
— Você é perfeito neném, e sou muito feliz de você escolher ficar na minha vida. — falou. — Rosado.
— Se existe reencarnação, em todas eu escolhi ficar com você. — senti meu coração queimar ao falar sobre isso.
— Eu não estou acostumado com seu lado que demonstra falando, sempre fico sem saber o que falar. — agora ele sabe como me sinto. — E em todas eu fiz o meu máximo para te fazer feliz.
— Tenho certeza que conseguiu. — amo ele!
[...]
— O que vocês querem falar comigo e com o Jimin? — Hobi perguntou após o jantar e a sobremesa.
— Você fala, amor. — não sei se fico preocupado ou aliviado.
— Então crianças. — eu não sou criança. — Eu e o Vittorio vamos nos casar.
Essa é a notícia? Pensei que fosse algo mais chocante.
— No próximo mês. — agora foi chocante.
— Porque tão rápido? Vittorio você está grávido? Diz que não. — Hobi preocupado.
— Não estou, fica tranquilo. — ainda bem. — Como eu já não queria operei no ano passado, e o pai de vocês também é operado, só vocês dois já está bom.
"Mas nossos avós nem sabem que o senhor está noivo" lembrei desse fato.
— Bem lembrado Jimin, nesse final de semana eu e Vittorio vamos para Busan visitar seus avós, eles vão conhecer o Vittorio, sua avó já sabe que estou noivo, só não sabe ser de um homem. — legal.
— Conte para a vovó com ela sentada. — Hobi falou.
— Eles sabem da minha bissexualidade. — quem tem um pai bissexual? Eu mesmo. — Antes da mãe de vocês eu já namorei um rapaz, só vão se surpreender dele não ser coreano.
— Por isso mesmo que estou falando para contar com ela sentada, a vovó colocou para correr a namorada americana que o tio levou lá. — foi mesmo, com uma vassoura.
— Como assim? Ela não gosta de estrangeiros? — Vittorio se preocupou.
— Não é isso, é que esse tio e meu pai são gêmeos, só que para os mais velhos, na Coreia o filho mais velho precisa casar com um coreano para manter o nome da família. — Hobi explicou.
— Irmão gêmeo?! Você tem um irmão gêmeo e não me falou nada?! — Hobi, você lascou o pai de novo.
— Não surgiu a oportunidade. — explicou. — Tem ele e uma irmã caçula, está casada, com dois filhos pequenos morando no Canadá.
— E sobre a história do casar com coreano? Eu não sou coreano, sou italiano. — Vittorio está realmente preocupado. — Se ela não gostar de mim, acabou o casamento.
— Ela vai gostar de você vida, todo mundo gosta de você. — meu pai consolou o noivo, eu e o Hobi assistindo de camarote.
— Com quem seu irmão está casado agora? — perguntou.
— Com uma coreana. — quase que não sai.
— Ótimo! Serei expulso da casa da sua mãe. — peguei mais torta de morango.
— Não vai, o Hobi não sabe a história inteira, ela expulsou a americana porque ela a xingou, e não queria aceitar os mais velhos usando trajes culturais coreanos no casamento, por isso minha mãe a expulsou. — eu já sabia disso, estava lá no dia. — Para os mais velhos na Coréia é essencial usarem os trajes, você vai aceitar isso?
— Eu só quero que ela goste de mim, não ligo pra qual roupa ela vai usar, pode ir de biquíni se quiser, desde que goste de mim. — Vittorio falou. — Porque a americana xingou sua mãe?
— Foi um mal entendido que ela se deu mal, minha mãe falou que a roupa do meu irmão estava amassada. — foi um barraco. — E ela já levantou o tom para a minha mãe dizendo que era uma velha intrometida, que não devia se importar em como ela estava passando a roupa do meu irmão.
— Qual foi o mal entendido na história? — perguntou.
— Minha mãe não estava dizendo que ela não sabia passar, e sim meu irmão, porque minha mãe ensinou todos os filhos a se virarem sozinhos, então pensou que ele tinha passado mal daquele jeito, mas era a noiva. — como pode ver meu pai, ela criou os filhos bem.
"Ela expulsou a doida com uma vassoura" falei.
— Então tudo bem, você me assustou a toa Hobi. — meu irmão riu.
— Tem algo mais para falar? — ele perguntou.
— Sim, esse final de semana ele vai conhecer meus pais como já disse, e no próximo todos nós vamos viajar para a Itália. — como é o negócio?
— Minha família quer conhecer vocês. — Vittorio falou. — Minha mãe e meu pai principalmente.
— Vou conhecer a Itália, demais! — Hobi achou ótimo.
— Tudo bem para você, Jimin? — Vittorio perguntou. — Se não se sentir confortável eu vou entender.
"Aceito ir conhecer outro país e seus pais" falei.
— Jeong já pode comprar as passagens, vou avisar minha mãe. — Vittorio pegou o celular e ligou.
Tem algumas semanas que eu noto que o Vittorio faz muitas ligações e fica horas falando em italiano enquanto mexe no MacBook, sou alguém muito curioso, por isso, já sabem o que eu fiz, né?
O mesmo que fiz com o Jungkook, comecei a estudar italiano, isso vai mais dois meses para conseguir ser fluente quase nativo, mas eu como um gênio já consigo entender muita coisa.
Ele disse que ganhou dinheiro investindo, e ensinou eu e o Hobi a fazermos o mesmo, meu irmão já tem trezentos mil de lucro, eu tenho quase meio milhão. Algo que não bate nessa história, é que se fosse só investimento ele não iria ficar tanto tempo no celular e no MacBook.
Agora vamos ver o quanto de italiano eu aprendi em três semanas, como eu estava focado mais no russo, só consegui pegar firme no italiano recentemente.
— Ciao mamma, sì, sto bene. (Olá mamãe, sim, eu estou bem.) — isso eu entendi, cumprimento normal. — Ti chiamo per farti sapere che io, il mio fidanzato ei miei figliastri andremo in Italia la prossima settimana. (Estou ligando para avisar que eu, meu noivo, e os meus enteados estamos indo para a Itália na próxima semana.)
Nada impressionante, meu pai está quase babando ao ouvir ele falar italiano, só não suja a mesa, pai.
— Que dia nós vamos amor? — Vittorio perguntou.
— Sexta-feira. — respondeu, e a minha terapia?
— Si mamma, venerdì siamo arrivati, in aereo ti dico a che ora saremo in aeroporto. (Sim, mamãe, sexta-feira nós chegamos, no avião eu te mando que horas estaremos no aeroporto.) — até agora nada interessante, conversou algumas besteiras comuns, mas no final ficou legal.
Pensei que não ouviria nada legal, mas irei ouvir.
— Ciao padre, non ho ricevuto i documenti dal tesoriere, voglio sapere perché non me li ha inviati fino ad oggi? (Olá pai, eu não recebi os documentos do tesoureiro, quero saber porque até hoje ele não me mandou?) — tesoureiro? Que documentos?
Hobi acha mais interessante algum jogo no celular, e meu pai não fala italiano, também está no celular.
— Non è una scusa, arrivo la prossima settimana, se per allora non mi manda quei dannati documenti lo ammazzo, mi sta temporeggiando da un mese, no, non mi interessa che sia della famiglia, morirà per essere incompetente. (Isso não é desculpa, semana que vem eu estou chegando, se até lá ele não me mandar as porcarias desses documentos eu vou matar ele, tem um mês que está me enrolando, não, eu não ligo dele ser da família, vai morrer por ser incompetente.) — espera.
Como assim morrer? E como assim o anjinho do Vittorio vai matar alguém? Que história é essa?
— Non cercare di difendere questo padre idiota, digli che ha tempo fino a domani per mandarmi i documenti per l'acquisto delle armi. (Não tente defender esse idiota pai, fale que ele tem até amanhã para me mandar os documentos sobre a compra de armas.) — meu Deus! Mantive a expressão neutra.
Ele é mafioso!
Sabia!
Por isso sabe o que Jungkook faz, e sabe sobre a tradição de testes na máfia, ele é um mafioso, pelo jeito da conversa é o líder como Jungkook.
Agora entendi o motivo daquela viagem, foi para resolver as coisas, eu estou muito satisfeito em saber isso.
Será que meu pai sabe? Ele não falaria italiano se meu pai soubesse, poderia usar o inglês.
Fui para o meu quarto, tô chocado!
Passei um tempo digerindo a informação antes de pegar no sono, estava muito cansado.
Quando acordei fui direto ao banheiro, hoje me arrumei mais rápido, então saí cedo para a escola.
Assim que cheguei já subi para a minha sala, fiquei um tempo sentado sozinho até Peter aparecer, conversei com ele, depois Jungkook entrou na sala com sua pose que mata quem entrar na frente.
— Vai começar a melação. — Peter resmungou.
Ele sentou ao meu lado, meu lindo namorado.
— Oi, neném. — falou comigo.
— Senti a sua falta. — cochicho em seu ouvido. — E oi!
— Também senti a sua. — passou o braço pelo meu ombro e beijou meu pescoço.
— Ser vela, meu sofrimento não acaba. — Peter reclamou e virou para frente.
— E essas unhas? — perguntou para mim pegando na minha mão para ver. — Quem pintou?
— O Jin, gostou? — estou bem encostado nele, não preciso ficar falando alto.
— Sim, combina com você, loirinho. — com certeza.
Hoje não darei muitos detalhes da escola porque tenho coisas importantes para fazer, comprar as últimas coisas do presente do Jungkook.
Após o almoço Vittorio me levou para comprar o que faltava, voltei para casa com tudo.
Sentei na escrivaninha esperando inspiração para o que eu preciso fazer, quando ela veio comecei a fazer, passei uma hora e meia ali até estar completamente pronto.
— Lindo! — resmunguei, fiz o laço e levei para o closet guardando bem certinho.
Fui para o treino após me trocar, dessa vez o treinador teve compaixão de nós, porque no último treino nem sei como não pedi para dormir na arquibancada e não ir para casa.
— O jogo vai ser na próxima semana na quarta-feira, continuem nesse ritmo e vamos ganhar. — falou após terminar.
Eu fui para casa com o Peter, entrei direto como sempre.
— Aqui não, Jeong. — misericórdia.
Saí de novo, e entrei fazendo mais barulho, troquei o tênis pela pantufa.
Os dois estavam no sofá, safadinhos!
— Como foi o treino? — Vittorio perguntou, consigo ver seu rosto vermelho.
"Foi cansativo" respondi, subi para o meu quarto correndo, péssima ideia!
— Tô morrendo! — resmunguei, entrei no meu quarto e acendi a luz, fechei a porta.
Guardei o tênis no closet e fui tomar banho, aproveitei e lavei meu cabelo, todos os produtos que eu uso de morango para deixar meu cabelo cheiroso, enquanto a máscara fazia efeito tomei banho, tirei ela e passei o condicionador.
Quando terminei desliguei o chuveiro e fui me secar, saí de toalha do banheiro. No closet passei creme no corpo, e depois vesti um pijama rosa de cetim.
Sequei meu cabelo, com ele seco passei um óleo que ajuda as pontas não parecerem vassoura de palha.
Calcei a pantufa e saí do quarto, fui ao do Hobi, eu bati, mas ele não abriu então eu entrei, péssima ideia.
— Jimin. — até fechei os olhos.
Hoje é dia do povo dessa casa ficar se pegando?
Ele e Yoongi, eu nem falo nada para esse meu irmão.
— Pode abrir os olhos. — abri, Yoongi já está de camiseta, e ele também. — Porque não bateu?
É sério? Se pegar assim deixa a pessoa sem conseguir ouvir?
"Eu bati seu idiota" falei.
— É mesmo? — confirmei. — Não ouvi, o que precisa?
"Meu namorado deixou algo para mim?" Perguntei.
— Sim, coloquei embaixo do seu travesseiro. — respondeu.
"Tchau!" Fechei a porta.
Esses adolescentes estão com os hormônios todos aflorados para o sexo, misericórdia.
Graças a Deus eu não sou assim, sou um mocinho comportado que não pensa nessas coisas.
Voltei ao meu quarto, me aproximei da cama e levantei os travesseiros, uma caixa pequena azul ciano com um laço branco, peguei ela e sentei na cama.
Primeiro tirei o cartão que estava preso ao laço, abri para ler.
"No nosso primeiro dia de conversa disse que as constelações pequenas eram as que você gostava mais, e, aos poucos, uma pequena estrela começou a brilhar na minha vida."
De: seu Jungkook.
Para: meu Toquinho.
Eu sou a pequena estrela!
Mas eu não sou pequeno, é questão de ponto de vista.
Coloquei o cartão em cima da escrivaninha, e assim consegui abrir a caixinha, que bonitinho!
Um colar com uma estrela.
(Colar)
Tirei o que eu estou usando e guardei na caixinha dele que estava dentro da gaveta, coloquei lá de novo.
O novo foi para o meu pescoço, peguei meu celular e tirei uma foto, enviei ao Jungkook.
Eu amei!
Mas eu não sou pequeno, só estrela está bom!
Guardei a caixinha com o cartão, e na caixa do outro presente eu peguei o livro, mais a caixa de bombons.
Sentei com as costas apoiada na cabeceira, abri o livro e tem uma dedicatória do Jungkook, claro que teria.
"De quem te ama, para o meu leitor favorito que pernoita lendo e se perdendo em universos diferentes, se apega a personagens aos quais se identifica, e chora com a morte de seu personagem favorito".
Como ele sabe que eu choro? Andou me vigiando?
Comecei a ler o livro enquanto comia bombons, são deliciosos, e o livro até agora está tranquilo.
No capítulo um não teve nenhuma putaria, vamos ao dois, bem na hora que iria começar a primeira meu celular toca, peguei atendendo por já saber de quem se tratava.
— Oi minha pequena estrela revoltada. — ficar quietinho para ele pensar que não irei falar. — Jimin, ainda está aí?
— Jimin teu nariz Jungkook, é neném, toquinho, Jiminsinho, rosado, loirinho para você. — ele sabe como me fazer falar, me irritando.
— Fácil te fazer falar, irritadinho. — mais um. — O que está fazendo?
— Comendo os bombons que me deu, e lendo o livro, gostei da dedicatória. — falei.
— O que está achando do livro? — muito interessante.
— Já li o primeiro capítulo, agora estou no segundo, e você me ligou bem na parte interessante. — mas não deixei de ler por estar falando com ele.
— Na parte do sexo, seu safadinho? — exato!
— Não, outra coisa interessante. — falei.
— Jimin? — meu pai batendo na porta.
— Um minuto Jeon, meu pai na porta. — avisei ele. — Entra.
— Com quem você está falando? Jin? — perguntou após entrar.
— Não, Jungkook. — ele se surpreendeu.
— Você está falando com ele? — confirmei. — Tô sentindo que falta pouco para me abandonar.
Saiu fazendo drama do quarto, doido!
Continuei falando com o Jungkook por um tempo enquanto lia e comia, ele precisou desligar e eu fui jantar.
Quando terminei subi para o meu quarto, após escovar o dente voltei a ler, muito bom esse livro!
Só parei de ler meia-noite porque precisava dormir para conseguir ir à escola cedo, marquei a página com um marcador de fita, guardei o livro dentro da gaveta.
Apaguei a luminária, escorreguei na cama e cobri o restante do meu corpo, olhei o celular uma última vez, respondi o "boa noite!" do Jungkook e conferi o despertador, assim fui dormir.
Sonhei apenas uma vez, estava entregando o presente do Jungkook, o sonho acabou antes que eu visse a reação dele.
Acordei cedo, eu tenho coisa para fazer, mas não foi por isso. A ansiedade não me deixou dormir mais, ansioso para entregar o presente? Você não tem noção do que pode me causar ansiedade, absolutamente qualquer coisa nova.
Saí da cama e já tomei um calmante, caso contrário eu não consigo fazer nada.
Tomei um banho relaxante, mas eu só consigo pensar no presente. Eu sempre gostei de presentear quem eu amo, porém, essa é a primeira vez que eu me esforço tanto fazendo um presente, então é muito especial e de suma importância que o Jungkook goste.
Ele sempre me dá presentes criativos, porque vive prestando atenção em mim e nos detalhes, falando coisas super românticas que eu via em livros e filmes, achando impossível aquilo acontecer comigo.
Agora tudo que eu sempre sonhei está acontecendo, se ele não gostar eu vou me odiar para sempre, "ah, você está exagerando", como se sentiria se falhasse em presentear quem sempre se esforça para te ver feliz?
Ao sair eu me sequei, escovei o dente e já passei creme embaixo dos olhos para evitar olheiras.
Olhei-me no espelho, perdi um pouco das minhas bochechas, eu gostava delas.
Meu medo é ficar paranóico com esse negócio de corpo de novo e parar de comer, eu já superei isso, não quero voltar.
Fui ao closet, fiquei muito tempo decidindo a parte debaixo, porque vou usar o suéter que Jungkook me deu.
No final optei pela calça de couro, duas orações e vesti a calça, assim pude vestir o suéter, só falta meus pés.
Olhei a parte de sapatos, o que combinaria? Bota? Tênis? Coturno? All star? Experimentei com todas as opções, e o coturno ganhou.
O colar coloquei fora do suéter, agora vou arrumar meu cabelo.
Passei um óleo para proteger do calor, com a chapinha deixei bem alinhado os fios loiros.
Vou me perfumar, algo bem suave porque meu nariz acordou sensível, atrás da orelha, pulso longe da pulseira, e um pouco na roupa.
Quase nada.
Passei hidratante labial, é de morango, às vezes dá vontade de comer, mas eu me controlo para não fazer isso.
Desodorante, sempre por último, em seguida ao banho eu não passo, fico coçando depois, minha pele é sensível a misturas.
Estou pronto!
Guardei a caixa dentro da minha mochila, eu tô muito ansioso!
Fui para o quarto e olhei o relógio na mesa de cabeceira, 06:00 horas ainda. Usei o iPad para me distrair.
Pesquisei sobre a máfia na Itália, são duas famílias que lideram, mas só sabem o nome da menor, a outra não são pessoas que gostam de aparecer, eu sei o nome da maior, o líder é noivo do meu pai.
Se meu pai não sabe, eu que não vou contar, os dois que são noivos que se entendam, e se o Vittorio ainda não contou deve ter os motivos dele.
Eu espero que a máfia da Itália não seja inimiga da máfia russa, eu já escolhi um lado há muito tempo.
Quando deu 06:30 eu desci para fazer um chá, Vittorio estava na mesa, meu irmão já foi para a escola tem dez minutos, ouvi ele correndo na escada.
Meu pai já foi para o escritório, ele vai cedo quando precisa passar no fórum.
— Bom dia! — falou, sorrindo como sempre, nem parece que estava ameaçando um familiar anteontem de morte.
"Bom dia!" Falei.
— Acordou cedo hoje, ouvi você andando no quarto e o chuveiro ligado cinco horas da manhã, nesse horário seu corpo nem pensa em acordar em um dia comum, o que você tem planejado para hoje que te causou ansiedade? — nem é observador esse mafioso, a pessoa conseguir ouvir passos em outro quarto com as portas fechadas, e meu quarto é longe do quarto deles.
"Eu vou entregar um presente para o meu namorado, então estou ansioso, espero que ele goste" respondi.
— Ele vai, tudo que você fizer ele vai gostar, Jimin. O que vai beber? Café é melhor não, vai te deixar mais eufórico. — ele preparou o chá calmante para mim. — Aqui, tome devagar que está quente.
"Obrigado" peguei a xícara, fui soprando e tomando, não consigo comer nada quando estou assim.
— Quando descobriu? — perguntou quando terminei, olha que janela legal.
"Sobre o quê?" Tenho até medo da resposta.
— Que eu sou o líder da maior máfia da Itália. — ah! Isso. — Eu vi como me olhava, sou treinado para isso Ji, e hoje quando entrou na cozinha tive certeza, quando descobriu?
"Anteontem" é verdade.
— Como? Não fiz nada demais anteontem. — pensou bem. — Seu pai me contou que você é um gênio, e pode ser fluente em uma língua em dois meses, você está estudando italiano e entendeu minha conversa?
"Exatamente isso, e é um mês e meio se eu me fixar só nisso" quinze dias faz muita diferença, "Meu pai não sabe, né?".
— Não, ainda não tive coragem para contar isso. — sabia. — Você pretende contar? Se for fazer só me avisa, ele provavelmente vai terminar comigo, seu pai é muito certinho e dentro da lei para querer casar com um mafioso.
Menino, eu já vi essa história, eu sou muito certinho e estou com um mafioso russo, amo ele!
— E eu vou entender se quiser fazer isso, afinal estou escondendo algo importante da minha vida. — como eu disse antes.
"Não vou contar, você vai contar quando se sentir confortável para isso, e meu pai te ama, não iria se separar por isso, ser líder da máfia nem é tanta coisa" ele riu, "Fica tranquilo, eu não vou contar nada".
— Fico aliviado com isso, estou procurando a coragem para falar, pretendo fazer após voltarmos da Itália. — Jungkook te entende. — Eu vou te levar para a escola, pode ir pegar sua mochila.
"Faz mesmo, ele vai aceitar" alguma hora ele aceita.
Subi para o meu quarto, escovei o dente e peguei a mochila, meu celular e fones, desci novamente.
— Vamos! — saímos de casa.
Em dez minutos eu estava chegando, a escola é bem perto da minha casa. Me despedi do Vittorio e saí do carro, fui para dentro do colégio.
Guardei o presente no meu armário e subi, quanta escada!
Assim que cheguei fui para a sala, Jungkook já estava, e Tae também.
Caminhei até o meu lugar, só acenei para o Tae, sentei, tirei o caderno com estojo da mochila e a caixinha com os meus óculos, coloquei ela nas costas da cadeira.
"Oi!", tutorial de como matar seu namorado do coração.
— Oi! Está ansioso, nervoso, ou irritado? — perguntou.
"Primeira opção" só deixa eu me recuperar que eu já irei falar.
— Porque meu neném está ansioso? — perguntou de forma carinhosa, como sempre.
"Para entregar seu presente, se você não gostar finge bem e jogue fora ao chegar em casa".
— Tenho certeza que vou gostar. — isso que me preocupa, a certeza dele.
— Não tenha tanta. — consegui! — Pronto, falando de novo.
— Amo ouvir sua voz. — eu sei. — Dá uma dica do que você vai me dar de presente?
— Deixa eu pensar. — pensei. — Essa é boa, uma parte você vai gostar mais que a outra.
— É de comer? — neguei. — Eu vou usar? — confirmei. — Estou pensando em roupa ou sapato.
— Já errou. — falei.
— Presente complicado. — nem é. — E o suéter ficou lindo em você!
— Obrigado! — eu amei ele.
— O Tae hoje está muito alegre, você sabe o que aconteceu? — perguntou, neguei, aí eu me lembrei.
— Ele fez você sabe o que com o Jin. — cochicho.
— Sexo? — cochichou também. — Isso explica muita coisa. — pois é. — Não consegue falar essa palavra, neném?
— É vergonhoso. — Jungkook não acha isso.
— Fofinho! — apertou minha bochecha, bati na mão dele.
— Não pode. — falei.
Peter e Melissa entraram juntos, vieram aos seus lugares.
— Jimin e Jungkook, o casal que todos temem.— Peter falou.
— Tenho mais medo do Jimin mesmo, Jungkook nunca ameaçou esfregar minha cara no asfalto. — é brincadeira dela gente.
— Porque ameaçou ela, loirinho? — perguntou.
"Não foi assim, e eu estava brincando" cada coisa.
— Claro. — falou.
Jin entrou na sala com o professor, veio para o próprio lugar, porque ele está mancando um pouco? Quase não dá para ver, mas ele está.
— Jin, meu amado Jin, como tem passado meu amigo? — Peter foi provocar a fera. — As noites têm sido longas?
— Já entendi, seu safado! — agora os dois foram perturbar o casal da frente.
— Ficamos livres. — falei com o Jungkook.
Três aulas se foram e a antes do intervalo chegar, era aula vaga porque a professora está com problemas, algo dentro dela quer sair, o filho, no caso.
Ela era legal, agora teremos uma substituta na próxima semana.
Jungkook desceu primeiro com o Tae, ficou o quarteto, fomos até o meu armário e pegamos o presente.
— Está ansioso? — Peter perguntou.
"Acordei cinco horas da manhã, já sabe a resposta" que sufocante.
— Cavalinho! — foi sem querer, quando estou assim acabo dando patada.
— Estou tão orgulhoso de você, eu vou chorar! — Jin já está chorando.
— Vou chorar também, ele está crescendo. — Melissa, outra emotiva.
— Misericórdia, nasceram no dia das lágrimas. — Peter falou.
"Já sabem o que fazer" confirmaram, Peter me entregou o presente e eu subi de novo.
[...] Autora on.
Peter, Melissa e Jin foram para a quadra, nem era com eles e estavam ansiosos pelo amigo, Jungkook estava sentado na arquibancada esperando Jimin.
Os três começaram a atuar e correram até ele, ele já se preocupou em não ver Jimin, ficou mais ao notar as expressões assustadas nos rostos deles.
— Cadê o Jimin? — perguntou.
— Precisa ajudar ele, Caleb está perturbando ele lá na biblioteca. — Melissa contou.
— Eu mato esse idiota. — Jungkook estava tão cego pelo ódio que não viu Caleb jogando vôlei na segunda quadra.
Saiu da quadra, o trio olhando sorrindo ele ir até a armadilha.
— Eu poderia atuar na Globo. — Melissa falou.
— O que é Globo? — os dois perguntaram.
Jungkook subiu as escadas correndo, foi para a biblioteca, tinha alguns alunos e a bibliotecária, mas nem sinal do loiro.
Subiu para o segundo andar da biblioteca, olhou todos os lugares, nada dele, se lembrou do lugar que levou Jimin no primeiro dia, não custa nada dar uma olhada.
Abriu a porta no teto e puxou a escada, subiu e fechou aquela portinha de novo.
Olhou para frente, Jimin olhava o sol e seu cabelo se movia lentamente com o vento, mas brilhando com o sol, admirou por um tempo até se lembrar do que o trouxe ali
— Neném, cadê o Caleb? — perguntou indo até ele, Jimin se virou mostrando a caixa em suas mãos.
— Deve estar na quadra, estava tão preocupado que não viu ele, eu estou bem! — tranquilizou o namorado. — Era uma desculpa para você vir mais rápido.
— Deu certo. Então, esse é o meu presente? — confirmou. — Me dê.
— Calma. — riu do desespero do namorado em querer o presente. — Lembre-se que eu não sou tão bom quanto você para presente, então seja um ator e finja gostar caso eu tenha falhado. — estava com medo de entregar. — Eu te amo, e espero que goste.
— Eu vou gostar. — Jimin entregou quase querendo se jogar de cima do prédio.
Jeon desfez o laço preto, tirou a tampa da caixa, o loiro pegou a tampa e laço, colocou em cima da cadeira que tinha ali.
— Em cada caixa dessa tem uma coisa. — o mais novo explicou.
Uma caixa parcialmente grande, com algumas de diferentes tamanhos dentro.
— Bastante presente. — falou impressionado com quanta coisa Jimin comprou.
— Você já me deu muitos presentes, está merecendo. — as mãos do loiro estão suando, não consegue conter o nervosismo.
Jungkook abriu a primeira caixinha, sorriu olhando.
— Concordou em estar preso a mim, agora vai estar mesmo. — uma correntinha prata com cadeado.
(Colar)
— Todos estão relacionados com algo que já falei? — perguntou tirando a correntinha dali, colocou no pescoço.
— A maioria. — respondeu após pensar. — Gostou dela?
— Sim, eu não ligo de estar preso a você, mesmo sendo hipoteticamente, porque eu quero estar com você. — falou.
— Nada de ser romântico agora, é minha vez Jungkook, fominha. — ele riu pelo bico que estava nos lábios do baixinho.
— Tudo bem, vou continuar olhando. — abriu outra caixa, uma retangular, um uísque bem antigo e caro.
— Eu vi sua coleção na sala de jantar, e esse estava faltando entre dois séculos. — bem antigo.
— Onde achou? Eu estava procurando ele desde o ano passado. — Jimin realmente se esforçou com o presente. — Obrigado, neném!
— Por nada, uma das clientes do meu pai é distribuidora de bebidas caras para pessoas de alta classe nessa parte da Ásia, ele conversou com ela, e ela tinha dois desses. — contou.
— Quanto custou? — perguntou. — Em um leilão pode chegar a custar cem mil dólares, por fora é mais.
— Isso não importa, mas você gostou, né? — apenas isso importava para o Park.
— Claro, agora o próximo. — Jeon estava amando abrir os presentes do namorado.
Abriu a caixa maior, uma bota preta parecida com as suas, mas com caneta branca tinha escrito "In another life I'd do it all again a thousand times" (Em outra vida, eu faria tudo de novo mil vezes).
— Eu não sei desenhar como você, mas gosto de música, então escrevi uma frase da música que me lembra você. — explicou. — Já que falamos de reencarnação, em outra vida, eu faria tudo de novo.
Jungkook nunca ficou emocionado ganhando uma bota, mas era Jimin que estava o presenteando, e com algo bem tocante escrito.
— Conseguiu me deixar sem palavras. — o loiro comemorou.
— Finalmente, pensei que nunca conseguiria. — faltam algumas caixas.
A seguinte que Jungkook abriu era um QR CODE de uma playlist com músicas que Jimin pensava no mafioso ao ouvir. A próxima eram frases de livros que Park pensou que não ouviria, e Jeon falou para ele, soando mais romântico que nos livros.
— Só mais uma. — Jungkook falou, tirou a tampa e nela tinha um papel colado com uma frase "caixinha com vales".
— Cada um desses papéis tem algo que eu posso fazer por você. — agora ele estava até que tranquilo. — Eu seguro para você olhar todos.
Segurou a caixa, Jungkook tirou os papéis de dentro da caixinha, todos pretos com a escrita em caneta branca.
— Um abraço. — simples. — Uma noite de filmes grudadinhos. — sorriu com esse, pensou em Jimin escrevendo todos. — Um pedido. — qualquer um. — Um encontro. — Jimin o levaria para sair. — Esse, eu decido o lugar?
— Não, sou eu. — respondeu.
— Nem pense em montanha-russa de novo. — já tirou as chances de parar em um parque de diversões. — Continuando, um piquenique. — agora Park estava nervoso. — Uma massagem. — esse ele usaria logo. — Um passeio sob a luz da Lua. — terminou os vales. — Vou usar todos assim que for na minha casa.
— Tudo de uma vez? — Jimin não pensou que ele fosse se interessar tanto por esses.
— Provavelmente, começamos com o piquenique, depois um encontro, vamos abraçados embora sob a luz da Lua, após a noite de filmes você faz a massagem e termina com o pedido. — já planejou tudo. — Eu amei, obrigado, toquinho! — beijou a testa do menor.
— Você gostou mesmo? — confirmou. — De verdade, ou está fingindo?
— De verdade, tudo que fizesse eu iria amar rosado, poderia ser várias pedras com algo escrito. — falou.
Colocou os vales em sua caixinha, foi até a cadeira e tampou a caixa grande, fez o laço de novo e voltou para perto do loiro, abraçou ele.
— Eu te amo! — sussurrou, beijou o pescoço sensível do mais novo.
— Eu te amo! — sussurrou de volta.
— Ainda vamos comemorar muitos dias juntos. — se afastou para olhar o rosto do Park. — Eu quero passar muito tempo com você, até ficarmos bem velhinhos.
— Enquanto me amar estarei do seu lado. — falou.
— Então vai ficar para sempre. — selou seus lábios com a boca rosada, ele queria tanto beijar Jimin, se pudesse descrever passaria horas fazendo isso.
Mais uma vez Park sentiu sua mente o perdoando, e só ela sabia do que era, porque a mente sabe mais que ele, até agora ela tem sido considerada como vilã.
A história não é bem assim, a mente tem o protegido de traumas incuráveis durante a vida inteira, mas por que crises tão feias? Por que a vontade de se bater em crises? Por que convulsões? Por que não falar? São tantas dúvidas, mas tudo é o corpo lutando contra a mente, e ela continua vencendo.
Proteger Jimin dele mesmo, ele não está sozinho, ele nunca esteve sozinho.
Jimin nunca entendeu muitas coisas em sua vida, às vezes tomava certas atitudes que pareciam não ter sido sozinho, e só depois entendia que se tivesse tomado outra atitude teria dado errado.
A reencarnação é algo interessante, porque a maioria das pessoas e seres que estiveram na sua vida irão voltar, pode ser como um simples animal ou até um ser humano.
Ou como dessa vez, morando na sua mente.
Ele não deixaria Jimin sozinho tão fácil, uma ligação assim é difícil quebrar.
Park olhava Jeon, sua mente estava calma, e só pensava em uma coisa, ele foi perdoado, agora está nas mãos dele dar o próximo passo, mas ele sente tanto medo e fica inseguro.
Só um passo pequeno Jimin, parece tão difícil, mas você já enfrentou barreiras piores, você confia nele e sabe que não vai se decepcionar.
Respirou fundo, suas mãos estavam no pescoço do mais velho que admirava a beleza do namorado, Jungkook com as mãos em sua cintura.
Ele vai conseguir, ele sempre consegue.
— Me beija, Jungkook?..........................
Gostaram?
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!
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