|| Capítulo 2 ||

Jimin on.

Estava olhando a janela quando o carro virou a esquina da escola em direção da minha casa, tentando entender em que momento o destino me trouxe para esse carro.

Porque ele está tentando se aproximar de mim? O que ele viu de interessante? Fiquei procurando motivos.

Quando você passa anos ouvindo que ninguém jamais se aproximaria de você, quando isso acontece você fica desconfiado.

Não demorou ele entrou na minha rua, totalmente tranquila e quieta.

— Aquela é sua casa? — apontou a casa bege, confirmei.

Ele parou o carro em frente, tirei o cinto.

"Obrigado pela carona" agradeci.

— Não foi nada. — foi sim. — Qual seu número?

Peguei meu celular, ainda não decorei esse número é novo, troquei porque os alunos da antiga escola ficavam me perseguindo mandando mensagens me xingando.

"Aqui, ainda não decorei, é novo" ele foi olhando no celular e anotando no celular dele.

— Pode salvar como azulado? — confirmei, coloquei o celular na mochila para sair do carro.

"Obrigado de novo, te vejo amanhã".

— Tchau! — essa porta aqui é ótima, abri e antes de fechar acenei para ele.

Andei pelo gramado até estar na varanda de casa, olhei para trás aí o carro se foi, o barulho dele com certeza é incrível, uma máquina.

Abri a porta e entrei, tirei meu tênis para calçar a pantufa, passei pela sala e Hoseok está sentado no sofá com Yoongi, nada de novo.

— Quem era? — perguntou.

"Colega da escola", acenei para Yoongi ele acenou de volta.

— Será que seu colega me deixa andar com ele um dia? Aquele carro é incrível. — Yoongi negou voltando olhar a televisão que passa algum filme de ação.

"Não sei, vou ver com ele", vou nada, ainda nem conheço ele direito para pedir isso.

— Obrigado Ji, você é o melhor. — interesseiro.

Subi para o meu quarto, entrei fechando a porta, não preciso trancar aqui todo mundo respeita sua privacidade, sempre bater na porta antes de entrar e pedir permissão.

Entrei no closet, coloquei a mochila na parte que usarei para guardar ela, ainda tenho muita coisa para arrumar e pretendo terminar hoje.

Tirei o uniforme e coloquei uma roupa solta para ficar em casa, o aquecedor já está ligado então a casa está quente, não preciso vestir roupas de frio.

Peguei meu celular na mochila e saí, ouvi a voz do meu pai no primeiro andar, sentei na cama.

Porque não falei com Hoseok? Yoongi estava perto, quando é apenas ele posso falar normalmente, Yoongi eu não converso porque não peguei intimidade, ele é apenas o namorado do meu irmão mais novo.

Meu celular vibrou, olhei para saber o que se tratava, número desconhecido mandando mensagem, abri a mensagem.

É o Jungkook, ele salvou meu número com uma característica minha, fazer o mesmo.

Cara tatuado - O chaveiro da sua mochila caiu no meu carro.

Caiu? Fui para o closet olhei a mochila, meu chaveiro caiu mesmo, é um pinguim segurando uma prancha de gelo.

Voltei sentando na cama de novo.

Amanhã você me entrega, obrigado por achar.

O Jin me deu esse chaveiro, se eu perder ele me mata.

Ouvi batidas na porta, e meu pai pedindo permissão para entrar.

— Pode entrar. — falei, ele entrou.

— Como foi na escola? — sabia que seria para isso.

Aquele mesmo esquema para falar, às vezes eu não falo por preguiça mesmo, falar cansa.

— Foi bem, os professores são de boa. — dei minha opinião positiva sobre a escola.

— Ótimo! Você gostou? — confirmei. — Que bom! Vem, vamos almoçar.

Saí com o meu celular seguindo meu pai, descemos e primeiro ajudei ele colocar a mesa, ele trouxe comida de algum restaurante.

Meu pai é um advogado, ele com mais três advogados abriram um escritório, ganha bem ser advogado de divórcio, só essas mulheres muito ricas que contratam ele.

Sentei e ele chamou Hoseok com Yoongi, os dois vieram sentando também.

— O Ji já fez amigos pai. — fofoqueiro. — O amigo dele tem uma Lamborghini, trouxe ele aqui em casa.

Muita língua para alguém de pouca idade, irmãos mais novos são assim, vivem para te dedurar.

— Seu amigo já dirige? — confirmei.

"Ele é mais velho" falei, peguei comida para mim.

— O nome do seu amigo? Os pais? Quais as intenções dele? — endoidou de vez meu pai.

"Eu não vou namorar ele, apenas me trouxe em casa, nada de mais" eu e Jungkook juntos, hilário meu pai.

Olhei o celular, Jungkook já me respondeu.

Cara tatuado - Minha irmã achou.

Agradeça ela por mim.

Desliguei o celular voltando comer, notei os olhos do meu pai sobre mim, vou ignorar e continuar comendo.

Outra mensagem, abri para ver.

Cara tatuado - Ela disse que aceita uma foto sua mostrando seu cabelo azul.

Entrei na galeria para ver se tenho fotos, como pintei na sexta-feira ainda não tenho fotos.

Limpei a boca com guardanapo, abri a câmera e tirei a foto, mandei para ele.

Prontinho.

Voltei comer, agora tem meu pai e meu irmão.

"O quê?" Doidos!

— Seu amigo? — Hoseok perguntou, confirmei. — Aproveita e já pede se posso andar no carro dele.

— Hoseok. — meu pai falou em tom de repreensão.

Cara tatuado - Ela disse que você é muito lindo.

A irmã do Jungkook me acha muito lindo.

Obrigado.

Primeiro eu terminei de comer, meu pai voltou ao escritório e eu fui lavar as louças, Hoseok vai secar e guardar quando eu terminar.

Após terminar ele veio fazer a parte dele com o namorado, peguei uma barra de chocolate na geladeira e subi para o quarto.

Joguei o celular na cama, entrei no closet e terminei de arrumar as roupas que faltavam, comendo meu chocolate.

No quarto arrumei minha mesa de estudo, não tenho computador, tenho um iPad o grande, comprei o teclado e pronto.

Peguei meu celular e saí do quarto, fui para o cômodo ao lado, a biblioteca que tem em casa. Com um livro em mãos sentei no puff para ler, estava concentrado ao sentir a vibração do meu celular.

Olhei a mensagem, Jungkook perguntando se eu sabia que Jin foi embora com Taehyung.

Sei, eu vi os dois, por quê?

Voltei ler esperando que ele demore para responder, não demorou.

Cara tatuado - Tae disse que o Jin está pensando que você pode não gostar.

Tenho nada a ver com isso, mas não conte ao Taehyung que eu sei, ele vai falar para o Jin, e eu quero que ele mesmo venha me contar.

Sou melhor amigo dele, é bom que ele seja rápido em me contar que ficou com o Taehyung, mas conhecendo a peça ele pode me contar um dia antes do casamento.

Uma vez ele namorou por um mês, terminou, e eu não fiquei sabendo, ele simplesmente não conta, está mais preocupado com seu rosto perfeito.

Voltei ler, mas chegou outra mensagem.

Cara tatuado - Tudo bem, não irei contar.

Cara tatuado - O que está fazendo?

Lendo, e você?

Fiquei lendo enquanto espero ele responder, menos de um minuto, se ele responder que não está fazendo "nada" não me surpreenderia.

Cara tatuado - Nada, estou atrapalhando você ler?

Não, já li o livro.

Quero continuar falando com ele, fechei o livro.

Cara tatuado - O nome do livro?

Só vou te falar porque já sei o final, "Crepúsculo".

Cara tatuado - Nunca li esse, é o dos filmes né?

Sim, deveria ler, são ótimos.

Amo crepúsculo, entre Edward e Jacob, escolho o Jasper.

Cara tatuado - Me fale sobre ele, também não assisti ao filme.

Dei uma resumida em todo o conteúdo, acontece muita coisa então é difícil fazer isso.

Cara tatuado - Para saber tantos detalhes você deve amar esse livro, vou ler.

Amo mesmo, se quiser eu te empresto.

E faço isso com o coração doendo, odeio emprestar meus livros, para o Jin nunca emprestei, não estou doido de fazer isso.

Cara tatuado - Aceito.

Amanhã levo para você.

Qual seu livro preferido?

Odeio julgar alguém pela aparência, mas ele não parece alguém que tira um tempo do próprio dia para ler.

Cara tatuado - Apesar de ler outros livros, prefiro os clássicos da literatura, "Crime e Castigo" do Dostoiévski, apenas um ganha dele.

Já li, gosto da filosofia que há nele.

Qual ganha dele?

Ele lê os clássicos, e a única coisa que eu pensava que não seria é Literatura.

Quando você imagina um leitor de literatura, é uma pessoa vestindo roupas leves e claras, com uma boina talvez, tomando um chá em frente um jardim.

Não um cara todo tatuado, com piercing, roupas pretas, com caveira e correntes.

Cara tatuado - Você não deve conhecer, eu acho.

Falou o nome do livro, aí minha boca abriu, esse livro é só sexo, é uma trilogia. É um conjunto de fetiches e fantasias de um secretário tímido sendo realizados pelo seu chefe que todos tem medo.

Isso já parece com ele, não deveria ficar chocado, mas após ele falar que gosta de clássicos da Literatura eu esperava um "Romeu e Julieta" ou "Orgulho e Preconceito", mas um livro com sexo isso não estava esperando.

Você está brincando?

Às vezes é brincadeira, eu tenho apenas um livro da trilogia, o primeiro, tem muito sexo nesse livro.

Cara tatuado - Não, por quê?

Você falou que gosta de clássicos da literatura, e em seguida seu preferido é um livro totalmente erótico? Não fez sentido.

Cara tatuado - Eu sei que não faz, mas eu gosto, você não gosta de livros assim?

Não, gosto de romances de época, clichês, alguns de poesia, mas livros com alto teor de erotismo não sou fã.

Eu não julgo quem lê, mas eu Park Jimin não gosto.

Cara tatuado - Entendo, mas você já leu quantos com isso?

Pensei um pouco, preciso juntar na minha cabeça.

Três, seu preferido, um com BDSM, e outro com contos eróticos.

Cara tatuado - Você leu isso? Não parece ser alguém que leria esses livros.

Julgando pela aparência, posso falar nada, fiz o mesmo com ele.

Cara tatuado - Você leu poucos para ter uma opinião formada contra livros eróticos, quantos anos tinha quando leu?

Vou falar não, ficar me expondo de graça assim.

Bem novinho, uns treze.

Cara tatuado - A carinha engana mesmo, treze anos lendo sobre sexo.

Não me julgue, adolescentes são curiosos.

Viu? É vergonhoso, muito vergonhoso!

Cara tatuado - Não vou te julgar, com treze fazia coisa pior que isso.

O quê? Só não vou perguntar, quando falamos nas entrelinhas é porque não queremos revelar tudo.

Cara tatuado - Você estava muito novo para ter uma opinião sobre isso, eu vou ler seu livro preferido, amanhã te levarei um assim para mudar sua opinião.

Boa sorte! Não costumo mudar de opinião tão fácil.

Cara tatuado - É o que vamos ver.

Isso soou como um desafio, desafio aceito.

Fomos conversando, poucas coisas em comum, mas é muito fácil conversar com ele. Qualquer assunto pode puxar que ele vai ter uma resposta, conversamos até sobre o universo, vida em outros planetas.

Nisso concordamos, existe vida em outros planetas.

Sobre a melhor constelação discordamos, eu acho a melhor as menores e a preferida dele é a maior.

Gosto musical nem se fala, eu falei que cantores costumo ouvir e música preferida, é Anyone da Demi, ele gosta de rap e rock.

— Jimin, vamos jantar! — olhei para o lado, meu pai na porta da biblioteca.

Ignorando Jeon ainda zombando de mim por gostar de constelações pequenas, falando que isso lembra meu tamanho, palhaço.

— Desde que horas está aqui? — acendeu a luz.

— Não sei, que horas são? — perguntei.

— Sete e quarenta. — falou após olhar o relógio no pulso.

— Então passei o dia aqui, já vou descer. — ele saiu da biblioteca.

Cara tatuado - Achei mais um apelido, surfista de enxurrada.

Muito engraçado, eu só tenho dezoito anos, posso crescer até os vinte e um, e não sou pequeno, depende do ponto de vista.

Cara tatuado - Isso é desculpa de gente pequena.

Nossa que arrependimento de dar meu número para ele, agora estou aqui sofrendo com toda essa calúnia.

Vou ir jantar, nem vi a hora passando e já é noite.

Nem acredito que passei o dia conversando com ele, falta do que fazer eu diria.

Passei no quarto colocando ele para carregar, saí e desci para a cozinha, Yoongi já foi embora.

Sentei e coloquei comida para mim, comecei comer, meu pai falando das notas do meu irmão, mal começou o ano e ele já está ameaçado de ficar em recuperação.

— Precisa melhorar suas notas, ou serei obrigado tirar toda sua diversão, celular, iPad, videogame, televisão, e sair com seus amigos. — nossa, pegou pesado.

Ainda bem que não sou eu!

— E cortar seu tempo com Yoongi também, sua educação vem primeiro que o amor. — eu não queria ser você Hobi. — Mude suas notas se não quiser ficar sem tudo isso.

— Tá! — respondeu contrariado.

Comi pensando um pouco, nada em específico, mesmo que tudo tentasse me fazer pensar no Jungkook, eu desviava rápido.

Após terminar quem vai lavar agora é meu pai, subi para o meu quarto, direto tomar banho, lavei o cabelo.

Escovei o dente quando saí, de toalha entrei no closet. Vesti meu pijama preto com detalhes brancos na gola, sentei no banco almofadado preto para secar o cabelo em frente ao espelho do chão ao teto.

Deixei bem seco, passei o óleo que ajuda não ressecar.

Entrei no quarto, apaguei a luz e acendi a luz de led, contorna todo o teto costumo deixar sempre no azul, mas tem outras cores.

Fechei a cortina, deitei na cama pegando meu celular, coloquei no modo noturno para evitar queimar meus olhos.

Entrei nas mensagens, o Jin apareceu, vamos ver se ele contou que ficou com Taehyung.

A resposta é não, só estava interessado em saber se gostei das outras aulas.

Fui para a conversa com Jeon, tem mensagem dele após a última que mandei.

Cara tatuado - Também não vi as horas passando.

Voltei.

Fui para um joguinho não esperando que ele respondesse rápido, é de frutinhas, tenho que juntar elas em três ou mais.

Assustei com a mensagem que chegou, me pegou desprevenido.

Abaixei a barra de notificação, e entrei na mensagem.

Cara tatuado - Você demorou para comer, quase duas horas.

Não demorei, após jantar tomei banho, lavei o cabelo e depois fui secar para não dormir com ele molhado, isso demorou.

Eu não percebi que foram quase duas horas, ele olhou a hora da última mensagem com a que mandei faz minutos e calculou quanto tempo demorei para aparecer.

Cara tatuado - Que horas costuma dormir?

Se não estiver ansioso para algo, meia-noite ou onze horas, caso estiver eu nem durmo.

Esse final de semana não dormi nada pela ansiedade em ir para a escola nova.

Por isso já estou sentindo sono, é difícil dormir se seu coração está acelerado e seu cérebro não para pensar em como vai ser a escola nova.

Cara tatuado - Já deve estar com sono então, vai dormir.

Cara tatuado - Amanhã conversamos mais.

Tudo bem, boa noite!

Cara tatuado - Boa noite!

Desliguei o celular, cobri meu corpo com o edredom e apaguei.


[...]

Despertador sem o que fazer, estiquei meu braço batendo a mão em cima da mesa de cabeceira para achar ele, desliguei.

Sentei na cama, ainda sinto sono, preciso fazer download da minha alma antes de levantar.

Coço meus olhos, passei a mão pelo cabelo para tirar lugares que amassou.

Tirei o edredom e saí da cama, fui até o banheiro cambaleando de sono, aquela rotina que todos fazem após acordar eu fiz.

Saí do banheiro para entrar no closet, peguei meu uniforme troquei, hoje vou de uniforme completo e não com o moletom.

O Jeon não usa nada do uniforme, não é único na escola, ali é cinquenta porcento usa, e os outros cinquenta não usam.

Eu gosto do uniforme, não preciso gastar todas as minhas roupas na escola.

Ajustei a gravata, coloquei o colete preto de lã, por último o terno vinho com alguns detalhes cinza, combinando com a calça cinza.

Olhei no espelho, gostei não, mas vou assim mesmo.

Sentei calçando o sapato preto verniz, peguei minha mochila antes de sair, peguei meu celular já carregado guardando e o fone.

Desliguei a luz de led, abri a cortina, deixei a mochila cadeira da minha mesa de estudo, arrumei a cama, peguei ela e saí do quarto.

Desci para a cozinha, meu irmão já está comendo, ele vai mais cedo que eu e sai mais cedo, injusto!

Meu pai sentado tomando seu café, peguei apenas uma maçã.

— Bom dia! — meu pai falou.

"Bom dia!" muito cedo para falar, misericórdia.

Sentei à mesa para comer a maçã, peguei meu celular, liguei e já tem mensagem do Jungkook.

Primeiro falando "Bom dia!", depois me lembrando do livro.

Respondi às mensagens dele, subi para a biblioteca e peguei o livro, voltei colocando na mochila.

— Porque vai levar seu livro? — Hoseok perguntou.

"Vou emprestar para alguém" voltei comer, ao terminar usei o lavabo para escovar o dente e não precisar subir.

Hoseok já foi, e eu também já vou indo para não chegar atrasado.

— Tchau pai. — falei pegando minha mochila.

— Tchau! Boa aula. — saí de casa, e precisei me lembrar que lado ir, era direito ou esquerdo? Cheguei com Jungkook pelo esquerdo, vou para esse lado.

Conectei o fone no celular, coloquei na minha playlist favorita, agora só fingir que sou aquela mocinha dos livros indo para a escola, faltou o Starbucks e o coque malfeito para ficar igual.

Também falta o badboy por quem ele se apaixona, porque ela é diferente de todas.

Sinceramente isso é péssimo.

Acabei vendo duas meninas com uniforme da escola, vou acompanhar elas para não me perder.

Logo vi a escola, tem muitos alunos na entrada principal, entrei pelo estacionamento por ser mais vazio, Jungkook não chegou.

O carro simples dele é muito visível no meio dos outros, e não estou vendo.

Segui para dentro, fui até meu armário, coloquei a mochila ali após tirar caderno e estojo, peguei os três livros das primeiras aulas, meu horário está colado na porta do armário do lado de dentro.

Após trancar fui para a escada, lá vamos nós, subi todos aqueles degraus, cheguei morrendo mais uma vez.

Tem quatro andares essa escola, e dou graças a Deus que estudo no terceiro, se fosse no quarto eu desistiria de estudar para vender arte na praia.

Minhas pernas não merecem isso!

Sou sedentário, exercícios físico não é comigo.

Andei até a minha sala, entrei tem a Melissa e mais três meninas com ela, elas acenaram sorrindo para mim, fiz o mesmo.

Fui para o meu lugar, sentei, coloquei meus livros embaixo da mesa, caderno e estojo em cima, deitei a cabeça descansando.

Tô morto!

— Achei você. — ouvi a voz do Jin, olhei para frente ele está sentado na mesa com os pés na cadeira, sua mãe te deu educação Jin, não se senta na mesa.

— Que tal sair da mesa? — eu tô falando muito, já estou vendo o que vai acontecer.

A último vez fiquei um dia inteiro falando muito, passei três dias sem conseguir abrir a boca.

Não queria ser assim, mas sou.

— Para de ser chato, porque você senta tão afastado de todos? — perguntou.

— Porque sim seu chato. — dois chatos. — O que fez ontem após a aula?

Ele vai falar esse sem vergonha, fica escondendo com quem está saindo.

— Fui tomar sorvete, iria te chamar, mas não vi você. — cínico, eu te vi. — Você fez o quê?

— Direto para casa. — o meio de chegar é outra história.

— Vim trazer isso. — tirou um pirulito de morango do bolso e me deu.

— Meu favorito. — abri colocando na boca, ele pegou a embalagem.

— Te vejo no intervalo fã de morango. — desceu da mesa e saiu da sala, abaixei a cabeça olhando para a parede, chupando o pirulito.

Dessa vez passando o dedo na parede, fiz um coração, uma árvore, e um pássaro.

Ouvi barulho atrás de mim, Jeon chegou!

Mas não sei como agir, vou continuar bem quieto aqui até ele tomar atitude de falar comigo.

— Toquinho. — e um cutucão, era só o que me faltava.

Levantei e virei para trás, idiota!

"Não sou toquinho" palhaço.

— É sim, cadê o livro? — no meu armário.

"Te entrego no intervalo, está no armário" e cadê o livro que muda opiniões.

— Aqui, para você. — tirou uma sacola de papel preto da mochila e me entregou. — Espero que goste.

Está me emprestando um livro de sexo, eu não vou gostar.

"Porque está na sacola?" Perguntei.

— Olha a capa, acredito que não ficaria confortável se eu te entregasse ele sem isso. — aproximei a sacola do rosto abrindo, olhei a capa e já fechei. — Está vermelho!

"O que é isso?" Eu nem sabia que vendia livros com capas assim.

— Um homem recebendo... — coloquei a mão na boca dele, não precisa falar em voz alta.

Tirei a mão e ele sorrindo, idiota.

"Não precisa falar o que é, vou descobrir sozinho" não queria, mas fazer o que.

É um homem curvado, e outro beijando o cu dele, nem sabia dessas coisas.

— Não sabe o nome disso aí? — neguei. — É beijo...

Fiz sinal de silêncio para ele, eu descubro sozinho, obrigado.

Coloquei a sacola embaixo da mesa, Jesus não deixe ninguém mexer nisso.

Um professor entrou, virei para frente esperando ele começar passar matéria.

Estava fazendo o resumo de um texto que ele passou quando Taehyung entrou, passou pelo professor e veio para o lugar dele, continuei fazendo minha lição.

Passou três aulas com professores que passaram muita lição, minha mão está doendo de tanto escrever.

Peguei a sacola com o livro, os livros já usados e saí da sala, fazendo massagem na minha mão.

Desci para o andar do refeitório, primeiro guardei os livros no armário e peguei o que irei emprestar para o Jungkook.

Fui para o refeitório, peguei um pacote de Cookie com gotas de chocolate, tem comida, mas é muito cedo para eu comer.

Achei uma mesa vazia e sentei, abri o pacote e comecei comer.

Jungkook e Taehyung entraram no refeitório, observei muitos desviando o olhar, o povo tem medo real deles.

Sentaram em uma mesa próxima a minha, Jungkook levantou e veio até mim, de repente comecei engasgar, biscoito seco.

Culpa do biscoito.

— Vou cuidar bem dele. — falou pegando o livro.

"É bom mesmo, não costumo emprestar meus livros" eu não empresto na verdade, primeira vez fazendo isso.

— Sou especial então. — tô rosa! Idiota. — Até mais toquinho.

Voltou para a mesa dele com Taehyung, logo Jin apareceu sentando ao meu lado.

— Não vai comer nada? — perguntei.

— Estou de dieta, e não servem nada saudável nessa escola. — essa é nova.

— Você de dieta? Piada. — falando de mais. — Não dura mais de três dias, você ama comer!

— Vai rindo, amo mesmo, mas agora serei uma pessoa fit. — a tá! Vai sonhando. — Como foi as aulas?

— Foi cansativo, minha mão está doendo de tanto escrever, não sabia que passavam tanta lição aqui e... — ele não está prestando atenção, olhei para o lugar que ele está olhando.

Taehyung.

— Porque está olhando o Taehyung? — perguntei e ele despertou.

— Como sabe o nome dele? — perguntou de volta.

— Ele é da minha sala, ele e o Jungkook sentam atrás de mim. — contei. — Porque estava olhando ele?

— Nada, só achei a tatuagem no pescoço interessante. — mentiroso. — Sabe que eles são os garotos que todos temem né?

— Sim, Jungkook me contou. — eu não tenho nada a esconder.

— Como assim ele te contou? Está falando com o garoto mais temido da escola? — confirmei, acabei com os biscoitos, passei a mão ao redor da boca para tirar os farelos. — E desde quando?

— Ontem. — falei. — Passei o dia trocando mensagem com ele ontem, por quê?

— Super interessante isso Park Jimin, deixa eu ver as mensagens? — neguei. — Vai, prometo que não conto para ninguém, por favor.

Tirei o celular do bolso, coloquei a digital e passei para ele.

— Cara tatuado, porque salvou assim? — falou olhando.

— Ele salvou o meu como azulado, salvei com uma característica dele, as tatuagens. — amanhã eu não falo, isso eu tenho certeza.

Mas a psicóloga falou, teriam dias que eu seria muito falante e outros eu não conseguiria falar nada, infelizmente.

— Surfista de enxurrada, isso é hilário. — outro idiota. — Vocês dois são fofos, se interessou nele?

— Como assim? — quero ter certeza que ele está falando isso.

— Gostou dele? Como uma paixão. — cara engraçado.

— Muito cedo para isso não acha, conheço ele a menos de quarenta e oito horas. — cedo de mais.

— Mas vamos fingir que se conhecem a mais tempo, teria a possibilidade de gostar dele? — devolveu meu celular, guardei no bolso.

— Não sei. — me beliscou. — Tá! Sim, satisfeito?

Isso doeu, idiota!

— Muito, meu amigo finalmente está apaixonado, bom que estou vivo para ver isso. — ala, enlouqueceu! — É pelo cara que todos tem medo? Sim, mas isso não é tão importante agora.

Olha quem fala, você ficou com o Taehyung sem vergonha.

— Eu não estou apaixonado pelo Jungkook, e você está doido! — ele riu.

— Não está agora, mas vai estar. — ele não está bem, ficar com fome afetou os sentidos dele.

Até parece que o Jungkook perderia tempo comigo, aqui na escola o povo tem medo, mas eu tenho a absoluta certeza que lá fora um monte de gente que beija os pés dele.

— Jimin e Jungkook juntos passeando, logo vão estar se beijando. — bati no braço dele.

— Vou mandar te internar, maluco. — levantei. — Tchau!

— Tchauzinho apaixonado! — fala mais alto, quem sabe ele escuta, palhaço.

Saí de lá, fui até o armário pegando os outros livros, subi para a minha sala.

Certeza que em um mês minha perna vai estar parecendo que faço academia, quanta escada.

Entrei na sala, fui para o meu lugar, guardei os livros embaixo da mesa.

Estava escrevendo as matérias das próximas aulas, Melissa sentou na minha frente.

— Oi! — falou. — Eu vi você falando com o menino de rosa, mas usa linguagem de sinais com o Jeon e professores, pode me contar o que tem?

Peguei meu celular, escrevi e mostrei para ela.

— Ah! Fala seletiva, agora fez sentido, pensei que estava usando para os outros não entenderem o que falava com Jeon. — ainda sim, faz sentido, tem gente que aprende para falar e os outros não entenderem. — Na minha antiga escola tinha aula, então sei o suficiente, posso te fazer uma pergunta?

Confirmei, com medo e curioso para saber o que é.

— Sabe quem é o Jungkook? — que susto menina, quase me mata do coração.

"Sim, ele só falou que todos tem medo dele e que repetiu de ano" por faltas, mas quero saber o que andam falando dele, então não nosso revelar que sei que ele repetiu por faltas.

— Ano passado ele simplesmente sumiu, ninguém viu ele mais, e de repente ele apareceu na última semana de aula. — em uma semana não recupera meses de falta Jungkook. — Já tinham medo pelas tatuagens, aqui na Coréia não é normal alunos com tatuagem, no meu país é, quando ele desapareceu o medo aumentou.

Nisso ela tem razão, não é normal alunos do ensino médio com tatuagem, Jungkook e Taehyung saem do padrão.

"O que falam dele? Que ele estava fazendo?" Sou curioso e quero saber.

— Uns falam que ele bateu em um professor e foi suspenso, outros dizem que ele tem uma gangue, e a teoria mais forte é que ele faz parte da máfia de Seul. — o povo viajou legal. — E que a máfia precisava dele por isso ele sumiu.

"Porque a máfia?" Perguntei.

— Após um treino de basquete quando ele fazia parte do time, enquanto os meninos tomavam banho viram a tatuagem de cobra e de escorpião nas costas dele, só os mafiosos tem essa tatuagem. — agora eu quero ver essa tatuagem. — Faz sentido, mas nunca conseguiram provar isso, mesmo assim o povo mantém distância por medo.

Se já não tivesse falado com ele, também teria medo, eu me conheço suficiente para isso, sou medroso.

Mas agora já falei com ele, sou amigo de mafioso, aonde eu vim parar?

— Você é o primeiro corajoso, eu não tenho medo dele, mas minhas amigas faltam morrer quando ele passa perto, se tremem toda de medo. — isso é engraçado. — Taehyung não dá tanto medo no povo, mas a aura sombria que o Jungkook tem faz gente desmaiar de medo.

Isso ela tem razão, Jungkook tem uma aura sombria.

— Vou ir para o meu lugar, bom falar com você. — ela falou se levantando quando a professora entrou.

Ela mais falou, mas tudo bem, agora tenho bastante informações sobre o Jungkook.

Mafioso, que piada!

Jungkook entrou com Taehyung, os dois passaram por mim antes de sentarem, eu vi a professora tremendo ou foi impressão minha?

— Bom dia! Hoje começaremos um trabalho em dupla, sobre a arte ao redor do mundo, a história, como iniciou e os principais artistas. — farei sozinho, mas já estou acostumado. — Só iremos decidir hoje o mais importante, o trabalho em si faram na casa de vocês, para entregar na próxima semana.

Escreveu na lousa tudo, passei no meu caderno e comecei pensar qual país iria pegar para fazer o trabalho.

— Toquinho. — assustei com o hálito quente do Jungkook na minha nuca. — Posso fazer com você?

"E ele?" Perguntei após virar para ele, Taehyung estava escrevendo no caderno.

— Não me quer como dupla. — e sobra para mim te aguentar? Muito legal isso. — Então?

"Pega a cadeira", virei para frente de novo, ele pegou e sentou ao meu lado "E seu caderno?".

— Minha mesa, se você vai anotar eu não preciso. — já entendi o motivo do Taehyung não te querer.

"Se está pensando que irei fazer sozinho está enganado, você vai ajudar", até parece que farei sozinho, é em dupla.

— Tá! Já pensou qual país? — neguei. — Também não faço a mínima idéia.

Pensei um pouco para decidir qual país, vamos ver se ele concorda.

"Japão", pense rápido, se alguém falar esse país você vai pensar em outro.

— Tudo bem. — levantei a mão a professora veio até nós, ela está tremendo mesmo.

— Qual país? — perguntou.

— Japão. — Jeon falou, mulher para de ter medo, ele não morde.

Ela saiu e anotou na lousa com os outros países que outras duplas escolheram.

"Quer fazer na sua casa ou na minha?" Perguntei.

— Pode ser na sua, se for na minha casa minha irmã não vai sair do seu pé, ela está encantada com seu cabelo. — estou louco para conhecer ela, será que se parece com ele? — Que dia?

"Tirando sexta-feira, o resto dos dias eu estou livre, então pode decidir" comecei anotar os tópicos importantes na minha opinião para o trabalho.

— Pode ser no sábado? — confirmei. — O que faz na sexta-feira?

"Tenho terapia" voltei escrever, passei para ele "Esses são os tópicos importantes na minha opinião, concorda com eles?".

As duas opiniões são importantes, mas a minha é a certa.

— Parece bom, que horas posso ir à sua casa? — meu pai vai encher meu saco falando do Jungkook.

"Após o almoço, duas horas por aí" já terminei como vai ser o trabalho, só falta fazer.

— Tudo bem, eu vi a Melissa saindo de perto de você. — é mesmo menino? — Falou de mim né?

"Sim, ela contou todas as fofocas que rolam sobre você na escola, gangue, máfia de Seul, bater em professor, você é muito falado" bater em professor foi o mais doido, e olha que tem máfia na lista.

— Agora tem medo? — você ladra, mas não morde.

"Eu continuo aqui não é? Você não me assusta", Jungkook só tem aparência de mal, eu apanhei dos melhores alunos da escola "Alguma fofoca é verdadeira?".

Ele não respondeu, apenas continuou me olhando.

Não quer contar, tudo bem, eu crio paranóias para responder.

"Você tem piercing na língua?" Preciso saber sem ficar encarando a boca dele.

— Tenho. — passou a língua no lábio inferior e eu vi o piercing, tem no lábio do lado direito, e um na sobrancelha esquerda. — Quer fazer um?

"Não, tem quantos piercing?" Eu só vejo três.

Ele parou para pensar, tem mais?

— Sete. — misericórdia, gosta de ser furado ele.

"Só estou vendo três", onde colocou os outros.

— Lábio, língua, sobrancelha, dois nessa orelha. — mostrou a orelha direita com o brinco e os dois piercing. — E mamilo.

"Não dói fazer no mamilo?" Negou, deve doer sim, "Mas só foram seis, falta um".

— Um dia eu te mostro. — tudo bem, eu espero para ver com meus próprios olhos.

"Sabe o número exato de tatuagens que você tem?" Deve parecer um gibi.

— Já perdi as contas, não sou fechado de tatuagem, são espalhadas. — queria ver. — Porque não faz uma?

"Sou de menor, e tenho medo de agulha", não gosto mesmo.

— Eu posso fazer sua tatuagem. — nem ferrando, ficou doido? — Tem algumas do meu corpo que eu mesmo fiz, vou te mostrar uma.

Tirou a jaqueta de couro preta, está de regata, que braços são esses? Nossa.

Tem tatuagens nos braços, parece um gibi mesmo.

— Essa aqui fui eu. — mostrou o anti braço direito, é um dragão que cobre boa parte do anti braço dele.

"Você fez? É incrível!" Quero encostar "Posso passar o dedo?".

— Pode. — passei o dedo contornando o formato do dragão.

"Ainda tenho medo, mas faria se não tivesse" ele colocou a jaqueta de novo.

— Tem medo ou trauma? — perguntou.

"Medo, tomar injeção e tirar sangue é bem difícil" meu pai já precisou me segurar, eu era bem novo na época.

Ano passado no caso.

— Eu te ajudo vencer o medo, é só fazer uma bem pequena. — menino tu é insistente.

"Talvez um dia" bem distante, por agora não.

Aquela aula conversei com ele sobre as tatuagens, ele poderia voltar para o próprio lugar, mas ficou ali só tirando minhas dúvidas sobre as tatuagens.

Não tenho motivos para ter medo dele, ele é legal comigo.

Ficar perto assim consegui sentir o cheiro do seu perfume, não costumo usar por ter um nariz sensível, mas o dele não me incomodou fez eu querer sentir mais.

Quando eu passo, são os mais suaves, e femininos porque os masculinos são sempre fortes e intoxica.

A professora saiu da sala, ele voltou para o seu lugar, infelizmente.

— Prova surpresa. — nenhum "Bom dia!" Antes? — Só caneta, lápis, e borracha em cima da mesa.

Abri meu estojo tirando o lápis e borracha, coloquei embaixo.

Ele entregou para todos a prova, quarenta perguntas, misericórdia.

— Temos duas aulas, façam com calma, ela vale quase a nota inteira do bimestre. — como eu fico calmo depois dessa?

Respirei fundo, coloquei minhas informações, agora vamos responder isso.

Deus me ajudou assim que li a primeira pergunta, eu fiz essa prova na antiga escola na primeira semana, lá eu estudei três semanas antes de vir para cá.

Duas no caso, a última eu apanhei e fui parar no hospital, após sair não fui mais.

Fiz a prova sem problemas, mas eu terminei muito rápido, então esperei dois alunos terminarem para eu levantar a mão.

— Park Jimin né? — confirmei. — Sou professor de história Lee Taemin, passei um trabalho na semana passada sobre a "guerra fria", pode entregar na próxima semana.

E voltou para a mesa dele com a minha prova, dois trabalhos já.

Peguei meu caderno e anotei, já vou fazer hoje esse trabalho.

O professor veio e pegou a prova do Jungkook, aluno exemplar, faz parte dos cinco primeiro que terminou a prova.

Coloquei o fone no ouvido, liguei a playlist, abaixei a cabeça na mesa mais uma vez desenhando círculos na mesa por estar com tédio.

Assustei-me quando meu celular vibrou, peguei colocando no silencioso total, mensagem do Jungkook.

Cara tatuado - Já imaginou que na verdade, nós não existimos e somos apenas um holograma que o inventor usa como diversão?

Olhei para trás e ele sorriu apontando o celular, "responda" sussurrou.

Nunca pensei isso, dê um minuto para eu raciocinar.

Pensei na teoria dele, juntando os pontos.

Metade faz sentido, mas nós podemos tomar nossas próprias decisões e hologramas não.

Ele foi rápido em responder, tédio.

Cara tatuado - Podemos? E se nós somos condicionados a pensar que podemos, quando pode ter alguém decidindo tudo por nós.

Conseguiu fazer dar pane no meu sistema, agora estou pensativo.

Você deu pane no meu sistema, deixa eu pensar.

Fechei os olhos pensando no que ele falou, me deixou completamente confuso.

Não tenho resposta, mas sua teoria faz sentido.

Cara tatuado - Sou um gênio.

Não se ache tanto.

Cara tatuado - Eu vi seu olho revirando.

Revirou mesmo, exibido!

Cara tatuado - O que está ouvindo?

Música.

Cara tatuado - Qual música engraçadinho?

Sorri com aquilo.

Sign of the times - Harry Styles.

Mandei após ler o nome.

Cara tatuado - Nunca ouvi.

Óbvio, não é rap nem rock.

Quer ouvir?

O medo da resposta, não estou gostando de como reajo as atitudes dele.

Cara tatuado - Claro, por que não.

Sentei encostado na parede, peguei o outro fone e passei para ele, que agora está com a cabeça na mesa.

Comecei jogar o joguinho das frutinhas, é ótimo!

Passamos mais de uma aula, ele ouvindo minhas músicas enquanto eu jogava, o mais legal é que não pode, mas quem vai falar isso para o Jungkook.

A resposta é ninguém.

Não vai ser tão ruim ser amigo de um mafioso/gangster, mesmo tendo certeza que ele não é.

Quando outra professora entrou, cutuco ele, levantou a cabeça me passando o fone, virei para frente guardando celular e fone.

Desejou "bom dia!" E começou passar lição na lousa, comecei copiar todo o conteúdo.

Passou quatro perguntas, usei o livro para responder, então foi bem fácil.

Após ver dois alunos irem até a mesa dela para o visto, fiz o mesmo, levantei levando meu caderno.

Esperei ela olhar dos outros alunos, coloquei meu caderno na mesa, e ela olhou, acertei tudo.

— Park, esse é um trabalho que passei sobre contar quem você é e o que pretende se tornar. — passou uma folha para mim. — Pode me entregar na próxima semana? — confirmei.

Voltei para o meu lugar, coloquei a folha no meio do caderno assim que chegar em casa eu faço isso e depois o trabalho de história.

Guardei lápis, borracha e caneta no estojo.

Chegou mensagem no meu celular, pensei que fosse Jeon, mas era meu pai avisando que não vai conseguir levar almoço hoje e para eu pedir comida ou fazer, está ocupado com algo no escritório.

Tem três meses que estou desconfiando que ele está namorando alguém, só não tenho certeza porque ele insiste que não pretende namorar ninguém.

Estava respondendo quando Jeon levantou com seu caderno, mandei a mensagem para ele.

Voltei deitar a cabeça na mesa, pretendia dormir hoje de tarde, agora eu tenho trabalho para fazer, e sinto que no resto da semana vai ser igual.

Só domingo terei folga, vida difícil.

Fiquei com a cabeça abaixada até dar o sinal da saída, peguei minhas coisas e saí da sala, estava descendo o primeiro lance de escada quando Jeon passou por mim com Taehyung.

— Tchau toquinho. — seu rabo que sou toquinho, foi rindo o idiota.

— Tchau Jimin. — Taehyung falou acenando, acenei de volta.

Incrível como o povo abre caminho para eles passarem, bando de medroso.

Eu seria igual.

Terminei de descer as escadas, passei no meu armário guardando os livros, peguei minha mochila, guardei o caderno e estojo, o celular no bolso da frente com o fone.

Coloquei nas costas, tranquei e caminhei para fora da escola, fiquei tentado entrar no estacionamento para conseguir carona com o Jungkook, mas tenho vergonha então vou andando.

Mesmo que minhas pernas estejam doendo, não tô acostumado com esse tanto de escada, na outra escola não tinham outros andares.

Estava chutando pedrinhas na calçada em frente a escola, a pedrinha que eu estava chutando foi para a rua, traíra.

Quase morri do coração com uma buzina, que susto!

Olhei para o lado, e o palhaço Jungkook está rindo, se eu tivesse morrido ele iria ver só que engraçado.

— Entra toquinho. — Deus obrigado!

Mas preciso me fazer de difícil um pouco.

"Obrigado, vou andando" se me deixar aqui risco seu carro.

— Vai Jimin, entra por vontade própria ou saio e te obrigo entrar. — duvido.

"Isso é sequestro" estou começando a concordar com o povo da escola, mafioso sem vergonha.

— Se ninguém saber não, entra vai, eu não mordo. — não senti firmeza nisso, deve morder sim.

Dei a volta e abri a porta, tirei a mochila antes de entrar, fechei a porta.

"Se me sequestrar, meu pai vai atrás de você até o inferno" avisei e ele riu.

— Uma pena, estava tentado te sequestrar. — sei disso.

Porque não está indo criatura? Tenho um irmão para alimentar.

Muito perto, se afasta já.

— O cinto azulado. — colocou o cinto em mim, espera meu coração normalizar e eu já respondo. — Com esse carro nem em uma curta distância pode andar sem cinto.

"Eu esqueci com você falando de me sequestrar" se eu sumir, já sabem quem foi.

— Quando for te levar para algum lugar, vai ir por vontade própria, nunca te obrigaria. — legal, tô rosa!

Quando perguntarem meu tom de pele, irei falar rosa, já que vivo assim.

— Você ficou bem com o uniforme. — não gostei dele.

Se a calça fosse preta seria bem melhor.

Mais uma vez ele me levou para casa, só faça isso até eu acostumar com aquelas escadas, depois estará livre de mim.

O que de mal pode acontecer? Eu me acostumar ir embora de carro e minhas pernas não quererem andar mais na volta.

Ele parou o carro em frente minha casa, esticou a mão abrindo o porta-luvas pegou algo e fechou.

— Esqueceu isso. — abriu a mão me mostrando o chaveiro, peguei na mão dele, prendi na mochila de novo.

"Obrigado mesmo, não estava querendo andar" falei, tirei o cinto.

— Não gosta de andar? — perguntou.

"Minha antiga escola não tinha escada, as escadas estão acabando comigo, por isso não queria andar, mas não gosto de exercícios físicos também" gosto de ficar deitado ou sentado lendo algum livro.

— Está com sorte esse ano, ano passado nossa sala era no quarto andar. — misericórdia, eu passava estudar em casa. — Exercícios são bons toquinho, se fizer não vai se sentir tão cansado com as escadas.

Ele quer me ver morrer, só de pensar em fazer já fiquei cansado.

— Quer ir à academia comigo? — não, obrigado.

"Quando?" Dependendo do dia eu arrumo uma desculpa.

— Hoje a noite. — droga, eu vou conseguir ir.

"Tenho nada para fazer mesmo, eu vou, manda o endereço" só hoje e nunca mais.

— Eu venho te buscar. — melhor ainda. — Aquele é seu irmão?

Olhei para o lugar que ele está apontando, Hoseok parado na varanda, ele está esperando andar no carro do Jungkook.

Deus, por que me deu um irmão?

"Sim, é meu irmão " eu não vou pedir nada "Quer falar com ele?".

— Ele quer falar comigo? — você não imagina o quanto, confirmei. — Conhecer o irmão do toquinho.

Se ele aparecer boiando em algum rio, juro que não fui eu.

"Se ele te pedir algo, negue até a morte" ele riu, saí do carro primeiro e Jungkook depois, Hoseok literalmente abriu a boca.

Não me mata de vergonha, por favor!

Ele que andou até nós, fecha a boca Hoseok.

Coloquei a mochila nas costas, só vou observar a interação dos dois.

— Esse é seu amigo? — sussurrou para mim, confirmei.

"Pode se apresentar" falei com ele.

— Park Hoseok, irmão do Jimin. — estendeu a mão para Jeon.

— Jeon Jungkook, amigo do Jimin. — apertou a mão do meu irmão.

— Seu carro é muito bonito, o motor dele é incrível. — não elogia muito, Jeon já é muito convencido sem elogiar, se fizer ninguém aguenta.

— Já gostei do seu irmão. — revirei os olhos. — Quer dar uma volta? — pode levar, se quiser fica para você.

— Sim, posso ir Jimin? — vai com Deus meu filho.

"Vai, e volte vivo" meu pai me mata se algo acontecer com ele, ser irmão mais velho tem suas responsabilidades.

— Eu cuido dele. — não confio em você, iria me sequestrar mais cedo.

Os dois entraram no carro, Jeon acelerou seguindo na rua, decorei a placa caso ele leve meu irmão embora.

Fiquei jogando enquanto eles não voltaram, espero que não demore.

[...] Autora on.

— Então Hoseok, porque estuda em escola diferente que seu irmão? — Jeon iria tirar informações do outro.

— Meu namorado não queria mudar de escola, então fiquei na outra mesmo, mas no próximo ano meu pai vai me mudar de qualquer jeito. — falou.

— Jimin mudou pelo bullying né? — perguntou se fazendo de besta.

— Não, bullying ele sofre tem uns quatro anos eu acho. — Jungkook se espantou. — Mudou porque na semana passada seis alunos bateram nele, ele foi parar o hospital.

Jeon apertou o volante, ficou furioso do menor apanhar de seis pessoas.

— Mas bateram só por ele não conseguir falar? — agora é obrigado conversar.

— Não mesmo, também por ser gay, e faltou bem pouco para não se aproveitarem dele, mas os inspetores chegaram a tempo. — o tatuado respirou muito fundo tentando se controlar. — Também foi por não falar, mas o maior motivo é a orientação, ele nunca fala sobre isso então não fale que te contei.

— Nosso segredo. — Jeon falou. — Porque ele não gosta de falar?

— Possivelmente só a psicóloga sabe, ele só proibiu todos de tocarem nesse assunto, disse ser um gatilho que pode ser evitado, então nem eu, nem meu pai, e o Jin não falamos sobre nada do que aconteceu com ele. — Jungkook viu que Jimin tem razão, Hoseok fala por eles dois.

— É o melhor para ele né. — o mais velho viu como Jimin é ótimo em esconder o que passou, um excelente mentiroso.

— Jimin disse que você é mais velho, quantos anos tem? — Hoseok estava curioso sobre o novo amigo do seu irmão.

— Vinte. — respondeu simples.

— Você gosta do Jimin né? — Jeon engasgou com a saliva.

— Não faz tanto tempo que conheço seu irmão para gostar dele. — falou.

— Mas gosta, você olha para ele como meu namorado me olha. — Jungkook não esperava isso de um adolescente. — Tudo bem, eu sei guardar segredo, não vou contar para ele.

Hoje, Hoseok tem um sério problema em manter a boca fechada, mal de adolescente.

Jungkook virou na rua da casa deles, viu Jimin parado na calçada olhando o celular e rindo, talvez ele gostasse, mas era cedo para dizer.

Nessa vida o destino vai ir com calma, ou não............................







































Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top