|| Capítulo 17 ||
Jimin on.
Despertador dos infernos, queria dormir mais.
Fiz toda minha rotina meio dormindo, no banho uma hora eu cochilei com a esponja na mão, que sono!
Saí do banheiro enrolado na toalha e entrei no closet, passei creme no corpo deixando minha pele hidratada.
Fiquei indeciso de qual calça usar, aquela apertada que o Jungkook gostou, ou uma mais larga, coloquei a calça preta e me olhei no espelho de todos os ângulos.
Minha bunda parece maior, deve ser só impressão.
Vou com ela, agora na parte de cima experimentei várias coisas e nenhuma parecia boa o suficiente, irei acabar me atrasando se não escolher algo rápido.
Pensei em algo, mas isso definitivamente não vai dar certo, peguei e coloquei.
— Não é que ficou bom. — resmunguei me olhando no espelho com o cropped de moletom azul-escuro, é da Burberry, está na etiqueta e está escrito na frente.
Custou caro e falta um pedaço, mas eu amei.
Mas não sei se uso isso na escola, dá vergonha.
Calcei um all star preto, passei perfume e penteei meu cabelo, deixei ele no lugar com facilidade, tirei o colar para fora do moletom/cropped.
Quero a opinião dos demais da casa, fui para a cozinha, achei meu pai e Vittorio tomando café, olharam minha roupa.
"Então? Isso está bom?" perguntei.
— Está perfeito! Sabia que combinaria com você. — Vittorio elogiou.
— Cadê o restante do moletom? — meu pai perguntou.
— É um cropped, amor, a intenção é faltar um pedaço. — Vittorio explicou.
— A tá! Está lindo! Mas a escola permite usar roupa assim? — confirmei.
"Desde que você estude pode ir pelado para a escola" a única na Coréia que permite isso, o restante se aparecer sem uniforme você nem entra.
— Você precisa chegar atrasado Ji. — olhamos Vittorio. — Quando eu estudava no ensino médio, e tinha uma roupa incrível, chegava atrasado para todos verem.
— É cada coisa que eu escuto. — meu pai negou tomando o café dele.
"Acho melhor não" falei "E se eu chegar depois das sete, só entro com responsável".
— Sem problemas, eu te levo. — está empenhado em me fazer chegar atrasado. — Pode comer, tem tempo hoje.
Sentei e peguei pão, não sei porque na minha casa nunca fomos como os coreanos comuns que comem comida cedo, mas eu e Hobi preferimos assim.
Comi com Vittorio contando as coisas que ele fazia quando estudava, não bate bem das ideias, meu pai escolheu bem.
"Vou ir escovar meus dentes" falei após me levantar.
Subi para o meu quarto, entrei no banheiro e escovei meus dentes, ao sair, arrumei minha cama, abri as cortinas e janela.
Está nublado o céu, e uma brisa levemente fria, não chega a incomodar.
Fui para o closet e peguei minha mochila, na mesa de estudo abri o pacote de pirulito, peguei um punhado e coloquei na mochila, um já veio para a minha boca.
Peguei meu celular e fones, saí do quarto e desci para o primeiro andar.
— Vamos, Ji! — Vittorio falou. — Já volto, amor.
— Claro que volta, boa aula, filho. — agradeci e segui Vittorio para fora.
Entramos no carro, coloquei o cinto, seguimos para a escola e eu pensando como estou atrasado, já são sete e dez.
A vergonha é grande, mas preciso perder o medo de certas coisas que envolvem a escola, traumas que criei após a última, e a roupa que uso é um deles.
Na outra escola eu usava o uniforme, mas sempre dois números maiores para ficar largo, coisas ousadas assim era perigoso eu não voltar para casa inteiro.
Interessante usar algo que eu gostei de ver no espelho e que não usaria antes por medo da reação de outra pessoa, sinto que estou evoluindo.
Após hoje eu posso colocar na minha lista de traumas vencidos, já tem alguns, mas fazia tempo que não adicionava nada na lista.
Aproveitar para colocar sobre o medo de relacionamento, afinal eu estou namorando, preciso colocar isso lá.
— Chegamos, vamos lá! Eu tô ansioso e nem sou eu. — falei que ele era doido.
Saímos do carro, também tô nervoso!
— Toma isso, esqueci de te entregar ontem, você ama morango. — um gloss de morango, mas não qualquer um, da Dior.
"Obrigado" tirei o pirulito da boca e passei, usei a câmera do celular para ver, está bom!
Coloquei na bolsa e o pirulito na boca de novo, o palitinho ficou rosinha.
Entramos na escola, passamos pelos inspetores que já entenderam ao ver alguém me acompanhando, passei no meu armário pegando os livros.
— Qual andar você estuda? — fiz três com os dedos. — Misericórdia, agora entendi porque quer terminar mais cedo.
Subimos todas aquelas escadas, eu e Vittorio chegamos morrendo, dois sedentários.
— A próxima vez subimos de elevador. — concordo. — Qual é sua sala?
Apontei a última do corredor, seguimos até lá e a porta está fechada, ele bateu e eu fiquei do lado da parede basicamente escondido.
Jungkook vai surtar, ele mandou mensagem perguntando "cadê você? Me abandonou!".
— Sim? — o professor abriu a porta, olhou para ele e para mim. — Atrasado Park.
Para você ver menino, trágico, né?
— Causas médicas. — Vittorio falou, concordei continuando a mentira.
— O senhor é? — perguntou ao Vittorio.
— Padrasto. — exatamente.
— Pode entrar, obrigado por trazer ele senhor Park. — Vittorio ainda não é um Park.
— Te vejo no almoço Ji. — meu professor abriu mais a porta e eu entrei quase morrendo de tanta vergonha.
Sabe o que é a sala inteira te olhando? Pois é, vontade de sumir do nada.
Segui de cabeça erguida até o meu lugar, sentei ao lado do Jungkook colocando os livros em cima da mesa, minha mochila nas costas da cadeira.
"Oi" falei com ele, que está olhando minha roupa, passei a mão na frente do rosto dele, aí ele focou em mim.
— Cadê o restante do moletom? — revirei os olhos.
"Gostou?" perguntei.
— Sim, está, nem vou falar porque vai me bater. — o quê? — Está gostoso, loirinho. — sussurrou no meu ouvido.
Fiquei rosa e sem reação, safado!
O professor saiu, Jungkook aproveitou para selar nossos lábios.
— Ah! Se eu pudesse. — me atacaria, eu sei.
Passou a língua com piercing entre os lábios, o gloss.
— Morango, bem sua cara, toquinho. — falou.
Meus amigos viraram para trás, que foi?
— Cropped, Jimin? Como você vem de cropped e não fala nada? — Jin perguntou. — Eu nem sabia que você tinha.
"Eu ganhei" falei.
— Está gos... — Peter começou a falar, mas olhou Jungkook. — Perfeito!
— Gosperfeito? Desejando o namorado dos outros, Peter? — Melissa gosta de ferrar ele.
— Eu não estou desejando ninguém, achar uma pessoa gostosa não significa que eu quero pegar ela. — se explicou. — Ainda mais o Jimin.
Medroso!
— Então Jimin, porque chegou atrasado? — Jin perguntou.
"Problemas em casa" menti na cara dura.
— Vocês passaram gloss igual? A boca do Jungkook está brilhando como a sua. — Peter falou, olhei para a boca do Jungkook.
Segurei seu queixo e limpei usando a barra da manga, prontinho!
— Porque estava olhando a boca do Jungkook? — Melissa está empenhada em fazer o Peter se ferrar.
— Você não vai com a minha cara? Eu vou te rifar. — povo doido. — Isso é só porque perdeu ontem? Se você fosse do vale saberia sobre o Jimin, mas é hétero.
— Melissa é nosso chaveirinho, a única hétero do grupo. — Jin falou. — Peter é gay, eu sou gay, Tae é bi, Jungkook é Jiminsexual, e o Jimin é gay.
Jungkook nem negou, melhor namorado sim.
— Saber o que sobre você, neném? — Jungkook perguntou, assunto delicado.
— Estávamos falando sobre a foto que Jimin postou sua, e Melissa veio falando que eu estava olhando seu corpo, não estava, só para deixar claro. — medroso. — Eu disse que você não fazia meu tipo porque é muito ativo.
Ele vai contar mesmo, mordi o pirulito e comecei a morder o palitinho.
— Seu namorado perguntou "ativo?", e eu afirmei que você é ativo e ele passivo, Melissa discordou dizendo que não podemos basear isso na aparência de vocês e que Jimin poderia ser o ativo, no final ela falou que vocês eram versáteis, eu e Jin com a certeza absoluta que o Jimin é passivo. — ele conta com detalhes né? Não vai sobrar nada do palitinho. — Eu e Jin ganhamos, ela perdeu, Jimin confirmou ser passivo.
— Ainda assim, o Jungkook pode ser versátil, só sabemos do Jimin então eu ainda posso estar metade certa. — argumentou.
— Jungkook versátil? Essa foi boa. — Tae falou sem parar de mexer no celular.
— Metade certa nada, está escrito na testa dele, como você diz, é ativo. — as coisas que eu me submeto a passar sendo amigo deles.
— Anda Jungkook, você é ativo ou versátil? — todos olhando Jungkook, eu não, a mesa me parece mais interessante.
Não estou nem rosa, estou vermelho de tanta vergonha.
Vir com essa roupa foi menos vergonhoso que isso, com toda certeza.
— Ativo. — ouvi ele respondendo.
— Perdeu otária, Peter e Jin vencem mais uma vez. — os dois fizeram um high five.
O professor entrou na sala, minha salvação!
Entregou um livro para cada dupla, me dê dois para eu não precisar olhar meu namorado agora, estou morrendo de vergonha!
Coloquei os outros livros embaixo da mesa, peguei meu caderno e estojo na mochila.
— Abram na página cem, leiam o texto e respondam as atividades da página cento e um. — moleza. — Em uma folha separada.
Eu abri o livro e coloquei na página, comecei a ler sem nem arriscar olhar para o lado.
— Porque está me evitando, toquinho? — perguntou sussurrando bem próximo do meu ouvido, isso não se faz.
"Estou concentrado na lição, licença" que vergonha!
— Uma hora vai precisar falar comigo. — quer apostar quanto que não?
Eu separei a folha, ele copiou as perguntas e eu respondi, achei injusto, mas não discuti porque estou na paz hoje.
Após colocar o nome eu levantei e fui entregar, voltei para o meu lugar.
— É a primeira frase do parágrafo, sim. — ouvi Peter falando baixo com a Melissa. — Prove ser o contrário.
— Não preciso provar nada, é a segunda frase, encalhado! — eles me divertem.
— É a primeira, chifruda. — só gente doida. — Jimin, a resposta da quinze é a primeira ou a segunda frase?
"Não lembro o que respondi nessa" eu lembro, mas não irei me meter nisso.
— Jungkook. — já jogaram para ele.
— A primeira. — ele só sabe porque ficou fungando no meu cangote enquanto eu respondia, às vezes beijava meu pescoço só para me ver olhando bravo para ele, gosta de me provocar.
— Precisamos serrar seu chifre logo, está atrapalhando o funcionamento do seu cérebro, encalhado sim, burro não. — Melissa revirou os olhos.
— Não vai esquecer que fui corna nunca, né? — ele negou. — Imaginei.
Jungkook arrastou minha cadeira para mais perto dele, fiquei olhando aquilo, grude!
Aproveitei para deitar a cabeça no ombro dele enquanto mexia no celular, já fizemos tudo então pode, estava apenas olhando o Instagram.
Chegou mensagem do Jin, olhei para frente, entrei para ver o que era.
Jinjin
Tem algum trabalho para entregar hoje?
Não, só amanhã de biologia.
Jinjin
Me manda o que é para fazer.
Mandei tudo que precisava fazer nesse trabalho, não é tão difícil.
Jinjin
O lobo cinza ontem roubou a caça do lince, parece que foi para mostrar superioridade.
Jungkook roubou algo da máfia de Seul ontem, por isso ele precisou sair, já me acostumei.
— Não entendi. — Jeon falou, olhando minhas mensagens, xereta.
Normal, o lobo é exibido.
— Que lobo? Do quê vocês estão falando? — nem vou julgar a lerdeza dele porque sou pior um pouco.
Guardei o celular, "Uma série" respondi.
— Você já mentiu melhor. — para você nunca.
Tivemos mais duas aulas antes de educação física com o professor covinhas como Melissa chama ele, dá para ver que ele não dormiu, nem passou lição hoje, descemos direto para a quadra.
Acredito que o bebê não está deixando ele dormir, filhos, né?
Como tinha outra sala lá, não ficou obrigatório participar da aula, eu subi a arquibancada com Jin e Melissa, Peter, Jungkook e Tae foram para a parte do basquete.
— Você gosta de vôlei Jimin, porque não vai jogar? — Melissa perguntou.
"Com essa roupa? Nem pensar" minha calça custou três mil dólares, e o cropped de moletom cinco mil, não é roupa própria para jogar.
— Burguês. — cuidadoso, tem diferença.
— Tae fez uma cesta para mim. — Jin apontou a quadra, que casal meloso!
Estamos no terceiro banco da arquibancada, lugar com mais risco de levar bolada, estou querendo subir mais e ficar seguro.
Três meninas praticamente invadiram a parte que Jungkook estava jogando, eu só observando, essa é a semana das confissões?
Elas fizeram ele parar, Peter e Tae só olhando.
Peter olhou para mim, e falou na linguagem de sinais "Está dando em cima do seu macho", sabia!
Ele falou algo que eu não entendi, e apontou onde eu estava sentado, elas olharam para mim, quase me escondi atrás do Jin.
— O que está acontecendo com essas meninas? Ninguém fazia isso. — Melissa falou estranhando.
— Às vezes, por ver ele agindo de forma carinhosa com o Jimin, pensaram que ele tinha mudado, mal sabem que quem ganha tratamento especial é só o Jimin. — Jin falou.
"Ele não trata vocês mal" defendi meu namorado que é um anjinho e nunca ameaçou ninguém.
— Claro, ele sabe que vai brigar se isso acontecer, é por sua causa que somos bem tratados, Jungkook te ama, o resto do mundo a qual fazemos parte, nem tanto. — Melissa falou.
Calúnia, ele é um fofo comigo, se for pensar é só comigo mesmo, a irmã dele também, mas gente sem ser da própria família ele não se esforça muito para tratar bem.
— Outra cesta para mim. — Jin falou.
— Tenho certeza que o Jungkook vai fazer o mesmo para o Jimin. — Melissa falou, até parece que ele se esforçaria apenas para fazer cesta para mim.
Ele fez quatro cestas para mim, eu sou eu, né? Privilegiado.
— O que eu mereço pelas cestas? — perguntou bem próximo de mim, se afasta um pouco ou irei respirar você.
"Não sei, pode escolher" eu vou me arrepender disso.
— Certeza? — não, confirmei.
Ele fez o mesmo de ontem, um selinho, mas mordendo meu lábio inferior devagar, na frente de uma parte da escola.
— Tchau! — saiu antes que eu brigasse com ele.
— Eu não tenho ninguém. — Melissa praticamente se esparramou no banco fazendo drama.
— Deus, obrigado por eu estar vivo para ver Jimin namorando o cara que ele jurou que não iria namorar. — coisa da sua cabeça. — E ainda ver essas cenas.
Agora tem gente me olhando, gosto nadinha disso.
— O que tem no seu bolso, Jimin? — Melissa perguntou apontando o bolso.
Tirei o gloss mostrando a ela.
— Da Dior, bicha chique. — Jin falou, como se ele fosse pobre.
Quem tem elevador em casa não opina, cada coisa.
Aproveitei e passei, porque se o Jungkook continuar fazendo isso hoje não há gloss que dure, mas eu não ligo.
Guardei no bolso de novo, Melissa disse que teve uma ideia incrível.
— Peter. — falou alto chamando a atenção dele, e de quem mais estava jogando. — Faz uma cesta para mim, amor, te amo!
Ri da cara dele de ódio para ela, fez a cesta na força do ódio.
— E assim que se acaba com os esquemas do amigo. — ela falou, ele veio até nós.
— Faça isso de novo e eu te mato criatura de chifres, tem ficante meu aqui sua doida. — ela riu.
— Eu sei, você está ganhando muito, preciso ganhar em algo. — nem são competitivos. — Só tem dois aqui, nem vai fazer diferença.
— Não? Vamos ver se aqueles caras que você está conversando sabe que você namora um amigo mafioso do Jungkook. — que cobra.
— Mas eu não namoro nenhum amigo mafioso do Jungkook, e como sabe que estou conversando com alguém? — perguntou.
— Eles são do time de vôlei, e você não disfarça, como somos próximos eles vão acreditar em mim. — cobra criada. — Você acaba com os meus esquemas, eu encerro o seu que nem começou, vou contar.
Saiu andando, Melissa, acho bom você ir atrás.
— Filho da puta. — saiu correndo atrás dele, conseguiu pular nas costas dele antes de chegar em um grupo de meninos.
— Sai de cima de mim, sua maluca! — eles são engraçados!
— Se Peter não fosse gay dariam um belo casal. — Jin falou, contei até três.
— Também acho, iriam acabar se matando na primeira semana de namoro. — falei.
— Isso também, mas faz parte. — ficamos observando ela tentar impedir ele de chegar até os meninos, grudou na perna dele.
— Será que o professor não vai separar eles? — perguntei.
— Nosso professor está dormindo. — apontou o lugar, deitado na arquibancada dormindo.
— Chama o Jungkook. — pedi.
— Jungkook. — olhou para nós, chamei com a mão, ele parou o jogo e veio até mim.
— O que precisa, loirinho? — perguntou.
"Separa aqueles dois, por gentileza" olhou Melissa grudada na perna do Peter.
— O que aconteceu ali? — ótima pergunta.
"Ela atrapalhou uns esquemas dele, agora ele quer se vingar, e ela está tentando impedir" expliquei.
— Nossa, tudo bem. — falou. — Segura isso. — fiquei com a bola de basquete no colo.
Ele conseguiu tirar ela da perna do Peter, ela cruzou as pernas se recusando a sair do meio da quadra, Jungkook simplesmente pegou ela e trouxe, colocou do meu lado.
— Pronto, a bola? — entreguei.
"Obrigado!" agradeci.
— Ele vai acabar com os meus esquemas, Jimin. — apoiou a cabeça no meu ombro fazendo drama.
"Você acabou com os dele" falei.
— Não é a mesma coisa. — engraçado que para mim, parece igual.
— Ele está falando mesmo. — Jin falou, olhamos para frente, Peter apontando Melissa enquanto falava com dois meninos, eles riram.
— Está rindo da minha cara, certeza. — eu acredito que ele não está falando isso. — Vou me vingar dele.
Ele veio até nós após falar com eles que estavam jogando vôlei, ela virou o rosto bicuda.
— O Lee quer te encontrar no intervalo atrás da escola, e o Kim vai te levar para casa. — sabia, Peter só ameaça porque gosta de ver ela brava. — De nada.
— Arranjou eles para mim? — confirmou. — Só não te abraço porque está suado.
Porque você falou isso? Agora ele vai te abraçar.
Dito e feito, ele abraçou ela.
— Você só arruma amigo doido, Jimin. — Tae falou chegando.
Coisa da sua cabeça, eles são normais.
Jungkook chegou também suado, nem comentei que não gosto de ser tocado por pessoas suadas, lógico que notei que ele ficou bem...
Qual é a palavra? Ah! Sexy, ele está sexy suado.
Eu tentei não ficar encarando, mas ele me pegou olhando.
— Jin... — nem precisou falar e Jin deu espaço para ele sentar do meu lado. — Porque estava me encarando, neném? — falou baixo.
"Por nada" falei.
— Você está rosado por nada? — confirmei colocando as mãos nas bochechas. — Vou tomar banho, me encontre na saída do vestiário. — tirou minha mão e beijou minha bochecha.
"Você tem roupa para trocar?" confirmou "Te encontro lá".
— Em quinze minutos. — desceu e Tae foi atrás, Peter também foi.
— Quando Tae vai me pedir em namoro? Esperar cansa. — Jin reclamou.
— Jimin é o único com relacionamento sério do grupo. — é mesmo, para você ver como as coisas mudam.
Quando eu cheguei pensava que ninguém nunca iria se apaixonar por mim, gostar, ou qualquer sentimento positivo, e agora eu estou namorando alguém que me ama.
— Incrível que o Jimin fica boiando quando falamos do namoro dele, uma gracinha. — apertou minha bochecha. — O Jimin hoje está fofo só no rosto, se olhar a roupa muda de ideia.
— Realmente, muito ousado! — Jin falou. — Não sabia que permitiam cropped.
— Jimin namora o Jungkook, até parece que alguém vai vir falar da roupa dele, ainda mais que o Jungkook babou litros olhando o Jimin assim. — fiquei rosa. — Mas você arrasou, ficou perfeito!
"Obrigado!" agradeci.
— Use mais cropped, combina com você. — Jin falou. — Meu amigo está crescendo, por dentro, por fora não mudou nada desde os dez anos.
"Fica quieto, seu silêncio me agrada muito" chato!
Fiquei com eles até dar a hora de ir esperar o Jungkook, eu e Jin saímos da quadra, Melissa foi falar com umas meninas.
— Se Tae não me pedir em namoro até a próxima semana vou parar de ficar com ele, já vai fazer dois meses que estamos ficando. — então faz dois meses que conheço o Jungkook. — Não se envolva com lerdos, Jimin.
— Claro, eu sou o lerdo da relação. — falei.
Fomos até a entrada do vestiário, não demorou e Tae saiu, os dois seguiram para o refeitório, eu fiquei esperando o Jungkook.
Estava olhando meus pés encostado na parede, eu não posso ficar um minuto quieto sem fazer nada que já começo a pensar que estou namorando, ou no Jungkook.
— Toquinho. — olhei para frente, o citado em meus pensamentos. — Vamos? Deve estar com fome.
"Cadê o Peter?" perguntei.
— Ele saiu primeiro. — respondeu, sentia sua mão quente na minha pele da cintura, caminhamos para o refeitório.
"Como você tem roupa aqui?" perguntei.
— Sempre tenho no carro para essas ocasiões. — entendo. — Semana que vem você tem jogo?
Confirmei, estou ansioso para isso.
— Meu neném é um jogador. — não sou neném, mas pare de me chamar assim que te agrido.
Entramos no refeitório, fomos para a fila, hoje eu peguei só leite de morango porque tomei café em casa, não estou com fome.
— Não vai querer nada mesmo? — neguei.
"Tomei café em casa hoje" fomos para a mesa que Tae e Jin estão, Jin estava mexendo no celular assim como Tae, afastados um do outro.
Não duvido que Jin tenha colocado Tae contra a parede e não gostado da resposta, depois ele vai me contar.
Sentamos, Jungkook colocou o canudo e me passou.
— Mas como descobriu que Jimin é o passivo e o Jungkook o ativo? — Melissa perguntou ao Peter enquanto sentam, era só o que me faltava.
Não falem disso aqui, vou ficar com vergonha de novo.
— Não é a aparência, o jeito que se comportam um com o outro denuncia. — nem olhei para o Jungkook. — Todo passivo tem o ativo na coleira, nunca vi um ativo que não come na mão do passivo.
Mudem logo de assunto por gentileza, tem gente morrendo aqui, eu.
— E isso combina com eles, Jungkook faz todas as vontades do Jimin, come na mão do loirinho dele. — explicou. — É mesmo, quantos apelidos o Jungkook tem para você, Jimin?
Contei mentalmente, fiz "cinco".
— Quais? — perguntou.
"Toquinho, Jiminsinho, rosado, loirinho, e neném" falei todos.
— Qual os seus apelidos para ele? — Melissa perguntou, eu puxando leite de morango pelo canudo até engasguei.
"Não tenho nenhum, sou péssimo com apelidos" respondi "Jin sabe, eu o chamava de coisa quando criança".
— Melhor ficar sem apelidos mesmo. — Peter afirmou. — Porque o casal putaria está quieto?
"Brigaram" falei sem saber da verdade.
— Até que demorou. — não entendi. — Os dois tem o gene forte, uma hora as faíscas que saem deles iria virar fogo.
Jin continuou mexendo no celular, estico o tronco para ver o que é, está na galeria apagando fotos que eu tenho certeza que Tae está nela, está bravo mesmo.
— E eles dois? — Melissa perguntou apontando para mim, e Jungkook. — Os genes dele.
— Mesmo não parecendo, Jimin tem o gene mais forte que do Jungkook. — seu nariz. — E deixa eu te falar uma coisa. — sussurrou algo no ouvido dela que olhou para mim, desacreditada, o que essa gay fofoqueira está falando?
— Bem que parece mesmo. — o quê?
— Estaremos lá para ver. — ver o quê?
— Tchau! Mas tenho um lugar para ir. — ela levantou e saiu.
— Também tenho. — Peter falou após olhar o celular. — Um dos meus esquemas me chama.
Melissa saiu da escola pela porta lateral, Peter subiu, povo safado!
— Vamos para o jardim coberto? — confirmei.
Tenho certeza que Jin hoje aparece na minha casa, a mais absoluta certeza.
Levantamos e saímos, no caminho joguei o vidrinho que tinha o leite em uma lixeira, ao chegar sentamos no banco mais afastado.
Jungkook com a mão na minha cintura, senti ele apertando devagar uma vez.
— Venha assim mais vezes, loirinho. — ele gostou mesmo.
"Irei vir" olhei o cabelo dele ainda úmido "Você deveria secar mais seu cabelo, pode ficar resfriado" falei.
— Preocupado? — o que você acha?
"Sim, não quero que fique doente" ele tomou banho quente, lavou o cabelo e saiu no frio, o choque térmico faz o sistema imunológico pirar.
— Não vou ficar, prometo. — nem vou levar a sério sua promessa, porque você vai ficar doente, os olhos dele estão entregando isso. — Meu neném está preocupado comigo.
Confirmei, beijou minha bochecha e depois meu pescoço, minha imunidade não é a mais alta, assim que chegar em casa eu já tomo um chá para prevenir que ele não me passou gripe, tomo quantos remédios for necessário, mas não rejeito o carinho dele comigo.
Ficamos no jardim coberto até a hora de voltar para a sala, na hora que saímos peguei na mão dele entrelaçando nossos dedos.
Subimos as escadas, cheguei morto, porém vivo.
Fomos para a sala, Jin já estava sentado, mas no lugar do Peter, ele não vai gostar nada disso.
Sentamos nos nossos lugares, fiquei só desenhando por cima das tatuagens da mão que Jungkook tem, logo Tae chegou e sentou no lugar dele.
Em seguida Peter e Melissa entraram conversando, Peter olhou negando para Jin no seu lugar.
— Esse lugar é meu. — falou. — Você briga com seu macho e eu sou obrigado a sentar com ele. — olhou Tae. — Nada contra você, e aqui nem dá para assistir o casal lá de trás.
— Ele me ama. — Melissa falou, Peter sentou com Tae de pirraça.
— Espero que não seja chato igual ela. — ela bateu com o estojo na cabeça dele. — Vai amassar os cachinhos, me agrida do pescoço para baixo.
— O que aconteceu entre esses dois? — Jungkook perguntou baixo para mim.
"Jin colocou seu amigo contra a parede sobre namorar, e a resposta não agradou ele, isso que deve ter acontecido" falei minha opinião "Acredito que não irei embora com você".
— Eles brigam e quem sofre as consequências sou eu? — confirmei. — Não gostei, Tae vai pedir o Jin em namoro logo, palhaçada com a minha cara.
Passamos as aulas tranquilos, saí com Jungkook da sala, ele segurando meus livros.
— O que vocês vão fazer hoje? — Melissa perguntou.
— Eu e o Jimin temos treino três horas. — Peter falou.
— Vou sair com meus pais. — Jin respondeu.
Jeon e Tae ficaram quietos, Melissa esperando a resposta.
— Ocupados. — Jungkook respondeu.
— E sexta-feira? — pensei.
— Não tenho nada. — Peter respondeu.
— Também não. — Jin respondeu.
"Só psicóloga, mas é uma hora, depois estou livre" respondi, passamos a descer as escadas.
— Livres. — Jungkook responde por ele e Tae.
— Estão convidados para a minha festa, será meu aniversário. — falou empolgada.
— Porque você perguntou de hoje então? — Peter perguntou.
— Se fosse hoje iria ser apenas algo mais íntimo, como vocês estão ocupados, então sexta-feira. — respondeu. — Sete horas, festa fantasia então nada de aparecer sem uma fantasia, Jungkook e Tae vocês vão?
— O Jimin vai? Se ele for eu vou. — ela olhou para mim, festa fantasia, não sei se quero ir.
— Jimin, super irei entender se você não quiser ir, só irei chorar um pouco, mas nada de mais. — olha o drama da bonita.
"Eu vou", comemorou.
— Irei mandar o endereço do salão no celular de vocês, e quem for de casal não me apareçam com fantasia de desenho que um personagem é adulto e o outro é criança, continua sendo errado. — concordo. — Nenhum dos meus pais estarão presentes, me faram um almoço no domingo para comemorar comigo, isso é apenas para amigos.
— Quantas pessoas terão? — Jin perguntou.
— Umas cem, por aí. — falou numa naturalidade. — Amanhã e sexta-feira eu não venho para a escola, estarei ocupada organizando tudo, sei que sentiram minha falta, mas é necessário.
— Convencida. — Peter falou, entramos no corredor dos armários, guardei meus livros.
Seguimos para o estacionamento, Peter levou Melissa até o menino que ela iria embora, esse tem carro.
Está ventando, eu estou preocupado com o Jungkook, vai ficar resfriado por não me ouvir, parece criança.
— Te espero na saída Jimin. — Jin falou e foi para a saída do estacionamento, Tae foi embora, brigaram feio mesmo.
— Até mais, toquinho. — falou comigo.
"Quando chegar em casa tome algum remédio, vai ficar resfriado, eu te avisei" ele encostado no carro com as mãos na minha cintura "Um chá também seria bom".
— Do livro? Aceito. — bati no peito dele. — Tudo bem neném, irei tomar.
"Bom mesmo, se cuida e tchau!" despedi dele.
— Não quero te passar o que quer que seja, vai ficar doente por minha causa, nada de beijinhos para você. — como pode ser tão cruel?
"Minha imunidade é alta, eu aguento" ele riu.
Coloquei as mãos em seu pescoço, fiquei na ponta dos pés para selar minha boca com a dele, preciso tomar atitudes se quiser que esse beijo saia logo, lentamente vou criando coragem para as coisas.
— Vai ficar bem se pegar um resfriado? — confirmei. — Eu prefiro que não pegue.
"Vou ficar bem, tchau!" falei.
— Tchau! Neném. — beijou a minha testa.
Fui até o Jin, quando chegar em casa ele me conta o que aconteceu.
— Vamos? — confirmei.
Andamos até em casa, ele no mundo da Lua chutando pedrinhas inocentes, fiquei na minha deixando ele pensar.
Ao chegar passamos pelo gramado, subimos os degraus para estar na varanda, abri a porta.
Tiramos os tênis calçando pantufas, Hobi no sofá assistindo filme, olhei a cozinha e Vittorio está mexendo em panelas de costa para onde estou.
— Oi Ji, qual dos seus amigos está com você? — como sabe que estou com alguém? Olhou para nós. — Olá, Jin.
— Oi, Vittorio. — falou.
— A comida está quase pronta, podem subir e se trocar, eu chamo vocês. — falou.
Subimos com tênis na mão, entramos no meu quarto, passei uma roupa dele que estava closet e fui para o banheiro me trocar.
Voltei com a roupa em mãos, Jin sentado na cama, guardei no closet com o gloss.
— O que aconteceu? — sentei na cadeira. — Estava tudo bem quando foi com ele para o refeitório.
— Nós brigamos. — isso eu já sei. — Perguntei porque ele não pedia logo, se iria continuar me enrolando.
— Qual foi a resposta? — perguntei.
— Ele disse que não achava justo namorar comigo sendo que ficou com alguém na Rússia, por isso não pediu, e que por agora não quer nada sério. — eu esperava que tivesse sido ruim, mas não tanto.
— Mas ficou tipo ficar mesmo, ou só beijou? — quero nem saber a resposta.
— Ele transou com alguém. — puta que pariu. — Eu sabia que tinha algo de errado.
Deitou na minha cama encarando o teto, consegui ver lágrimas molhando meu travesseiro.
— Eu gostava realmente dele. — falou.
Fui e sentei ao lado dele, deitou a cabeça na minha perna, mais uma vez Jin sofrendo com uma desilusão amorosa, primeira do ano.
— O que falou para ele? — perguntei.
— Que ele não tem vergonha na cara, que se pudesse matava ele por me enganar, ele ficou sorrindo, Jimin! Nossa, que ódio! — tem caroço nesse angu como diz a Melissa.
[...]
Jungkook foi para a sede, passando na farmácia para comprar remédio, atendendo ao pedido de seu namorado, entrou no grande prédio.
Encontrou com Jake no caminho de sua sala.
— Ache o Taehyung, quero ele na minha sala em cinco minutos. — falou.
— Sim, senhor. — Jake já sabia que Taehyung estava ferrado. — Está doente, chefe?
— Por que perguntou? — questionou.
— Está com sacola da farmácia. — apontou na mão do chefe.
— Não, mas Jimin disse para eu tomar remédio. — falou.
— Jimin? Quem é Jimin? — Jake, o mais desatualizado da máfia.
— Meu namorado. — deixou Jake de boca aberta para trás.
— Jeon Jungkook está namorando e eu não, talvez eu me mate. — saiu resmungando atrás do Taehyung.
Jungkook entrou em sua sala, viu Polina colocar papéis em sua mesa.
— Senhor, isso precisa da sua assinatura. — falou. — Com licença. — e saiu.
Sentou, tomou remédio para resfriado com água da garrafa, tirou foto e mandou para Jimin confirmando que tomou.
Não demorou e Taehyung entrou em sua sala, após bater.
— Senta. — apontou a cadeira, seu amigo sentou. — Que merda você fez?
— Sobre o que exatamente? — perguntou.
— Jin não queria olhar na sua cara, você ainda não pediu ele em namoro? — perguntou.
— Porque está se importando com isso? — Jungkook olhou bravo para ele.
— Jimin foi andando com ele embora por sua causa, agora fale o que você fez. — Taehyung contou. — Tem noção que ele vai te matar na hora que contar que isso foi um teste?
— Provavelmente. — já sabia dos riscos que estava correndo.
— Ele não vai querer ver sua cara por um mês no mínimo, porque você testou ele? — perguntou.
— Não quero ficar com alguém sem personalidade, que aceita qualquer coisa, e após hoje eu tive certeza que quero namorar ele. — sim, Jin vai matar ele. — Eu não dormi com ninguém, só para deixar claro.
— É bom mesmo, ainda não acredito que fez isso, quando vai contar a verdade? — perguntou.
— Na próxima semana. — falou.
— Sabe que ele pode ficar com alguém na festa da Melissa, né? — Tae não pensou nisso.
— Então na sexta-feira de manhã, não quero correr esse risco. — Jungkook negou olhando aquilo. — Você e Jimin vão de casal na festa fantasia?
— Depende do Jimin, se ele quiser eu vou. — falou lendo o primeiro papel que precisava da sua assinatura.
— Sabe que está na coleira, né? — perguntou.
— Você é o que tem menos direito de opinar nisso, e já pode sair, tenho mais o que fazer. — Jungkook e seu jeito doce de tratar as pessoas que não são o Jimin.
— Tão adorável! — saiu da sala.
Jungkook pegou o celular, Jimin ainda não respondeu, nem ficou triste.
[...]
Após Jin parar de chorar, nós descemos para almoçar, ele não gosta que dê conselhos, apenas que o escute falando, detesta ouvir a opinião das pessoas sobre o problema dele.
Ele amou a comida do Vittorio, como não amar? Acredito que foi assim que ele ganhou meu pai, porque meu pai ama comida caseira, mas odeia cozinhar.
— Porque estava chorando? — Jin parou de levar a comida na boca olhando Vittorio.
— Como sabe que eu estava chorando? — você acabou de confirmar, anta.
— Seus olhos estão vermelhos, como Jimin não fuma e nem você, sobrou o choro. — realmente.
Jin contou o que aconteceu, Hobi nem se importa, estava muito concentrado na coxa de frango assada que ele está comendo.
— Seu ex ficante é russo assim como o namorado do Jimin? — confirmou. — Existe um grupo grande de pessoas na Rússia bem antigos, há uns duzentos anos eles fazem testes com os futuros esposos ou esposas, que consiste em inventar uma história para ver qual será a reação do outro ao saber, na maioria das vezes envolve traição.
— O que quer dizer com isso? — eu já entendi, eu, o mais lerdo, entendi.
— Quando a pessoa que está sendo testada aceita a traição é desqualificada na hora, até morta, esse grupo de pessoas abominam a traição e quem aceita isso. — ele está falando da máfia, né? — Mas se a pessoa rejeita isso e xinga até a décima geração do "traidor", o ameaçando de morte, ele pede ela até em casamento, porque são pessoas que nunca vão trair.
— O Tae me testou? — Vittorio confirmou.
— Você reagiu de forma negativa, né? — não sei como Jin não agrediu ele.
— Sim, mas como tem certeza que isso é um teste? — eu jurava que o lerdo da amizade não era você.
Estou desconfiado, tem um tempo que Vittorio sabe que Jungkook é da máfia, como ele descobriu ainda não sei, mas ele sabe.
— Apenas sei, ele não dormiu com ninguém, estava te testando. — Jin sorriu depois ficou bravo.
— Eu vou matar aquele idiota. — até que demorou. — É óbvio que eu não aceito traição, sou contra humanos com chifres.
— Pelo menos ele vai te pedir em namoro. — Hobi falou. — Quero mais.
"Vou mudar seu nome para olho grande" come mais que a boca, puta que pariu.
— É, vendo por esse lado, mas ainda quero matar ele. — que situação, né, querido.
Após o almoço nós subimos, precisei dividir minha caixa de bombom com ele, só não contei que essa era a menor, tem mais duas.
Jungkook me deu uma sacola cheia de chocolate, um namorado incrível? eu tenho.
Ainda assisti um filme com ele, mas enquanto ele estava distraído peguei meu celular, Jungkook já deve estar pensando que estou ignorando ele.
Abri o WhatsApp, tem mensagem dele como o esperado.
Uma foto provando que tomou remédio, e mais um Gif, em seguida mensagem normal de texto.
Meu cara tatuado
Toquinho, você vai querer ir de casal à festa fantasia?
— Jungkook está perguntando se quero ir de casal. — falei com Jin.
— Só falar que quer. — respondeu simples. — Nada clichê, por favor.
— Isso eu irei decidir, seu chato! — posso nem ser clichê.
Se você quiser nós vamos.
Mas não se sinta obrigado só porque eu quero.
Pode ir com a fantasia que quiser.
Fiquei esperando a resposta dele, meu celular vibrou, é áudio, droga.
Peguei meu fone na mesa, coloquei no ouvido porque vive conectado no meu celular.
Áudio meu cara tatuado
Toquinho se você pedir para eu ir de Minions, eu vou de Minions e ainda canto aquela música idiota que só fala "banana".
Ri com aquilo, quem tem um namorado perfeito? Eu mesmo, pode falar.
Áudio meu cara tatuado
Nós vamos de casal, só falta pensar na fantasia.
Respondeu meu cara tatuado
Você sabe como me fazer rir, palhaço!
Vamos pensando, algo vai aparecer.
Meu cara tatuado
Que bom que está rindo, não quero te ver chorando.
Meu cara tatuado
Você pode escolher, uma coisa que combine com nós dois.
Meu cara tatuado
E eu estou tossindo, com um pouco de dor de cabeça.
EU TE AVISEI!
Está com febre? Se tiver febre vai em um hospital.
— Jungkook está doente! — falei.
— Não duvido que Tae também fique, ainda mais com o pulmão preto dele de tanto fumar. — Jin falou nem ligando para o Tae, enquanto come meu bombom. — Vai cuidar dele.
— Ele não está em casa, não ouviu o que ele disse sobre estar ocupado hoje? — eu prestei atenção. — E eu tenho treino daqui a pouco.
— Ocupado? Engraçado que para falar com você não está ocupado. — minúcias. — Na hora que sair do treino vai à casa dele, simples.
Chegou mensagem dele, vamos ver.
Meu cara tatuado
Odeio hospital, eu tomei remédio e irei ficar bem.
Meu cara tatuado
E estou só um pouco quente.
Fiquei preocupado com ele, ele precisa descansar para melhorar.
Precisa repousar, vai para a sua casa e descansa.
Meu cara tatuado
Como sabe que não estou em casa?
Você disse que estaria ocupado, simples assim.
Olhei a hora, preciso me arrumar para o treino.
Troquei de roupa e calcei o tênis que uso para treinar, bem confortável. Jin me acompanhou até a escola, lá o motorista esperava ele, foi para a sua casa.
Entrei e fui para a quadra, ouvi a voz do Peter na salinha do zelador, eu andei mais rápido para não saber o que essa criatura estava fazendo.
Fiquei na arquibancada enquanto os outros jogadores não chegavam, Peter entrou e veio até mim, quem entrou depois foi o ajudante do treinador.
Safado!
"Está ficando com o ajudante do treinador?" perguntei quando ele sentou.
— Como sabe? — as pessoas se entregam nessa pergunta.
"Acabou de confessar, idiota" cada coisa.
— Sim, ele tem uma bunda… — tampo os ouvidos. — Não vou falar mais nada, santo!
"Obrigado! Não quero saber de nada que envolve seus esquemas" é só putaria.
— Para quem leu livro de BDSM isso é fichinha. — fiz sinal de silêncio para ele.
"Cala a boca, foi só um livro" três.
— Ai Jimin na hora que você transar, irá me entender, é maravilhoso. — menos na escola, isso posso afirmar com certeza. — Eu percebi uma coisa, porque você e Jeon não beijam de língua? É por ser na nossa frente? Você tem vergonha de fazer em público?
"Não consigo beijar ele" falei desejando a morte.
— Sério? Por isso fico até com febre perto de vocês, é uma tensão sexual. — coisa da sua cabeça. — Porque não consegue beijar ele?
"Eu nunca fiz e posso travar na hora, ou fazer errado, o que seria pior" só de pensar já fico nervoso.
— Vai dar certo, acredite em mim. — não. — O primeiro realmente parece que vai dar errado, mas ele te ama, vai ter paciência para te ensinar, talvez nem precise.
O treinador nos chamou, começou o treino, ainda estamos sem um capitão já que o Han-chul desapareceu.
Fiquei pensando no Jungkook o treino inteiro, quando acabou quase saí correndo da escola, Peter me levou até em casa.
— Até amanhã. — acenei e ele se foi.
Fui correndo para dentro, passei direto por quem estava na sala, meu pai já chegou ouvi ele tentando a morte ao provocar Vittorio.
Talvez eu fique órfão se ele continuar.
Subi correndo, entrei no meu quarto e peguei meu celular, tem mensagem do Jungkook.
Meu cara tatuado
Estou indo para casa, e com febre.
Faz uma hora que ele mandou isso, será que ele precisou ir ao hospital.
Mandei mensagem, nem foi entregue, estou preocupado!
Fui tomar banho, nunca lavei o cabelo tão rápido, diferente do Jungkook seco ele para não ficar resfriado, vesti um conjunto de moletom branco.
Nos pés, tênis preto, passei gloss, e coloquei o colar para fora do moletom.
Fiz uma mochila, coloquei até remédios nela, e já sei que provavelmente não irei amanhã para a escola, peguei meu iPad e coloquei na bolsa dele com a caneta.
Saí do quarto, passei no quarto do Hobi.
— O que precisa? — perguntou sem parar de jogar.
— Jin irá vir aqui pegar um trabalho meu, você entrega, está em cima da minha escrivaninha. — falei.
— Beleza. — fechei a porta e desci, meu pai sendo a sombra do Vittorio enquanto ele está cozinhando.
— Aonde vai com essa mochila? — perguntou.
"Na casa do Jungkook" respondi.
— Quem disse? — questionou.
"Eu mesmo, ele está doente e não tem ninguém para cuidar dele" expliquei.
— Existem hospitais, ele pode ir em um. — ranzinza que só.
"Ele não gosta de hospitais, por favor pai, eu volto amanhã" pedi.
— Você vai dormir lá? — confirmei. — Pode ir, volte virgem de preferência.
"Ele está doente!" cada coisa.
— Então se ele não tivesse você voltaria impuro. — Vittorio só ri do drama do idoso. — Use proteção.
"Pai, isso não vai acontecer tão cedo" falei.
— Eu falava o mesmo, agora tenho dois filhos. — safado! — Talvez eu compre umas camisinhas para você.
"Nem pense nisso, deveria se preocupar com o seu caçula, não comigo" me olhou espantado.
— Park Hoseok, que história é essa? — boa sorte Hobi, mas você já me ferrou muito, chegou a minha vez.
— Espertinho. — Vittorio falou. — Como você vai?
"Uber, já está chegando" meu celular vibrou "É ele, tchau!".
— Tchau! Avise quando chegar. — concordei, saindo de casa.
Entrei no carro morrendo de nervosismo, é a primeira vez que faço isso sozinho, eu morro de medo de andar sozinho e acabar em uma situação ruim por não falar, o motorista pensar que sou sem educação e me deixar no meio do nada.
Mas esse eu já expliquei que não falo pela mensagem, assim ficou mais fácil.
Coloquei o cinto e ele seguiu o caminho, tocava "Meet Me at Our Spot" da Willow e do Tyler Cole, gosto dessa música.
Fiquei mexendo no celular, olhando o Instagram, olhando as postagens das pessoas, suas vidas interessantes.
Demorou para nós chegarmos já que a casa do Jungkook é bem afastada da cidade, meia hora de carro.
Ele parou em frente, paguei pelo aplicativo que tenho com a minha mesada, não costumo gastar, então tenho bastante dinheiro guardado, prefiro usar o cartão do meu pai.
— Tudo certo. — confirmou o pagamento. — Uma boa noite!
Curvei-me rapidamente, saí do carro, avisei meu pai que cheguei, Vittorio também, que respondeu primeiro que meu pai.
Fui até a campainha, toquei, a luz da frente acendeu e eu vi a câmera virando para mim, logo o portão abriu, entrei na grande propriedade.
Caminhei até a porta da frente, está boa parte do jardim apagado, bati à porta.
A cozinheira abriu a porta, deu espaço e eu entrei.
— Já estou de saída, quer que eu faça algo para vocês comerem? — neguei. — Tudo bem, boa noite!
Ela saiu, tirei meu tênis e calcei a pantufa que costumo usar quando venho aqui, subi acendendo toda luz que foi possível, uma casa desse tamanho com a luz apagada é pedir para o diabo vir te assombrar.
Abri devagar a porta do quarto do Jungkook, está dormindo, entrei no quarto pé por pé.
Fui para o closet, guardei minha mochila, tirei minha escova e levei para o banheiro dele, porém tem uma aqui com a escova dele.
A dele é preta, a outra é branca, fiquei na dúvida se essa é para mim, peguei ela e tem JM nela.
É minha! Voltei ao closet e guardei minha escova na mochila, no quarto que está azul pelo led ligado Jungkook continua dormindo.
Ouvi barulho de chuva, fui até a porta da sacada e abri uma fresta da cortina, começou a chover, eu não vou mesmo amanhã para a escola.
Aproveitei para tirar foto do Jungkook dormindo, pensou que fosse ficar impune ao postar uma minha? Nem sonhando.
Saí do quarto e desci para a sala, fui para a cozinha acendendo a luz da sala de jantar e enfim cozinha, fazer algo para renovar as forças dele.
Coloquei tudo para cozinhar, como estava com fome fiz macarrão instantâneo para mim, com ovo frito e kimchi, eu amo.
Fiquei assistindo no celular enquanto esperava ficar pronto, vídeos sobre uma matéria que sexta-feira terá prova dela e eu quero estar preparado para não ir mal.
Coloquei em um bowl médio um pouco da sopa com frango desfiado, meu pai sempre faz quando estou doente, é ótima! Arroz em um bowl pequeno, e kimchi em um pratinho quadrado.
Procurei nos armários e achei a bandeja preta com pé, coloquei tudo nela, deixei um chá abafado pra depois que ele comer.
Fui devagar para o segundo andar, não quero derrubar sopa quente em mim, vai fazer uma bagunça que não estou afim de limpar.
Empurrei a porta com o quadril, encostei ela após entrar com o pé, coloquei a bandeja em cima da mesa de cabeceira.
Acordar ele, talvez isso não seja tão fácil assim.
Coloquei a mão direita em sua testa para ver se ainda está com febre, ele está quente, me assustei quando segurou meu pulso e me derrubou na cama ficando por cima, como ele fez isso?
— Você me assustou, toquinho, pensei que tivessem invadido a casa. — claro, invadir a casa de um mafioso, quem é burro a esse ponto? — O que faz aqui?
"Vim cuidar de você" respondi com vergonha.
— Te deixei preocupado? — confirmei. — Obrigado por vir.
"Não foi nada, agora pode sair de cima de mim?" pedi.
— Claro, como entrou? — saiu e eu levantei.
"Sua cozinheira abriu a porta para mim, senta que você vai jantar" sentou com as costas apoiada na cabeceira.
Coloquei a bandeja em cima de suas pernas, senti frio.
"Porque está frio o quarto?" perguntei.
— O ar-condicionado está ligado. — dei um tapa no braço dele. — Batendo em doente, neném? É crime, neném.
Você é o que tem menos direito de falar sobre isso, mafioso.
"Vai piorar se continuar com o ar ligado" peguei o controle e desliguei, liguei o aquecedor.
Fui até o interruptor e liguei a luz do quarto, voltei me sentando ao lado dele, já estava comendo.
— Você que fez, loirinho? — perguntou.
"Sim, está ruim?" perguntei.
— Pelo contrário, está um delícia. — continuou comendo. — Você vai dormir aqui? — confirmei com vergonha. — Até que não foi tão ruim ficar doente.
"Para com isso, não quero que fique doente" falei.
— Tudo bem, não vou ficar doente. — falou. — Obrigado por vir cuidar de mim, neném.
"É o que namorados fazem, e você sempre cuida de mim, agora é minha vez" está parecendo um neném com esse nariz vermelho.
Ele não deixou nada do que eu trouxe, estava com fome, levantei.
"Tem um chá te esperando".
— Do livro? — ele doente não para de pensar nisso, mente poluída.
"Você precisa de uma limpeza na sua mente, safado!" ele só riu, peguei a bandeja e saí do quarto, desci para a sala e segui para a cozinha.
Eu já lavei o que usei para fazer a comida, lavei onde estava agora, ao terminar, servi o chá ainda quente em duas canecas pretas, peguei um pacote de Cookies e coloquei em um prato.
Subi devagar com as canecas em uma mão e prato na outra, um equilíbrio fora do comum, só pensando "não deixa cair, não deixa cair".
Passei pelo corredor grande, entrei no quarto e ele ainda estava sentado mexendo no meu celular que deixei aqui, curioso!
Coloquei as canecas com o prato na mesa de cabeceira, olhei o que ele estava vendo, meu WhatsApp.
Espera, como ele sabe a senha? Eu nunca falei.
Fui no closet e peguei os remédios que eu trouxe, voltei ao quarto, tirei um de resfriado e outro para febre e dor de cabeça, coloquei os frascos deles na mesa de cabeceira.
— O que é isso? — abri a mão mostrando os comprimidos. — Por que tão grande? — coloquei na mão dele.
"Não são grandes, esses são os menores que tenho, toma com o chá".
Mafioso desse tamanho com problema para tomar remédio, cada coisa que eu preciso ver, não queria engolir.
— Tem como colocar no meio do Cookie? — neguei.
"Você é um adulto, toma logo esses remédios, Jungkook" colocou na boca de novo, nem é grande ele que está fazendo drama.
Tampo o nariz dele, engoliu na hora, prontinho.
— Você quer ficar viúvo antes de casar? — a herança vai ser grande. — Estou te vendo sorrir, toquinho.
"Isso é para o seu bem, dramático" sentei ao lado dele com meus Cookies e o chá.
— Onde aprendeu que se tampar o nariz engole? — perguntou.
"Com meu pai, quando criança e precisava tomar os remédios, meu pai fazia isso" contei "Você está com a boca cheia de água e com os comprimidos nadando, precisa do nariz para respirar, com ele tampado você engole na hora para ter uma fonte de ar".
— Esperto. — eu sei. — Está sem açúcar, né? — confirmei.
Chá medicinal não toma com açúcar, Jungkook não deve ter o costume de tomar chá, não esse pelo menos.
Consegui comer meus Cookies e tomar o chá, Jungkook ainda está bebericando.
"Eu sei que não é gostoso, mas precisa tomar tudo se quiser ficar bem" tomou em um gole fazendo caretas, eu já me acostumei com o gosto.
— Como consegue tomar tão tranquilo? — perguntou.
"Tomei muito, com o tempo você se acostuma".
Peguei a caneca dele, coloquei as duas deitadas no prato e levantei, calcei as pantufas, ele veio atrás de mim.
Descemos e fomos para a cozinha, ficou me olhando lavar as coisas, seco e guardo para não deixar nada fora do lugar.
— Eu dormi muito e estou com sono. — é a junção do chá e dos remédios.
"Vamos! Você vai dormir e quando acordar estará melhor" ele apagou a luz da cozinha.
Fique sozinho meu parceiro, corri na frente dele e subi deixando ele para trás, cheguei no quarto ofegante, ele está vivo?
Ouvi passos no corredor, é ele ou um fantasma, entrou no quarto.
— Porque correu? — perguntou fechando a porta.
"Você estava apagando as luzes, corri te deixando para os espíritos" ele riu, não se ri dos espíritos, "Na hora que eles te pegarem vai parar de rir".
Escovamos os dentes juntos, mas eu saí primeiro e fui para o closet dele acendi a luz obviamente, tirei meu creme da mochila para passar no rosto.
Tirei o saco com meu pijama, é calça e blusa de cetim preto, mas eu só coloquei a blusa mesmo de botão, é grande então está tranquilo.
E Jungkook já viu minhas pernas, já se acostumou.
Levei meu iPad para o quarto, está mexendo no meu celular de novo, xereta.
Olhou para mim, e desceu para as minhas pernas, você está doente, se comporte como tal.
Caminhei até a cama, me sentei com o edredom cobrindo as minhas pernas desses olhos que estão devorando elas.
"O que está fazendo com o meu celular?" perguntei.
— Mudando a biografia do seu Instagram. — quem deixou?
"Eu gostava da outra" falei.
— Na outra você estava como solteiro, e você não está mais solteiro. — esqueci disso. — Gostei da sua tela de bloqueio.
"Estou lindo nela, pode falar" riu do meu convencimento.
— Sim, você é lindo! — um dia eu não ficarei rosa.
"Qual a sua tela de bloqueio?" perguntei.
Pegou o próprio celular, ligou me mostrando é uma foto minha ainda com cabelo azul, foi a primeira que mandei para ele se não estou enganado.
"A principal" desbloqueou e apareceu eu de novo, mas loiro, a foto do restaurante "Você prefere meu cabelo azul ou loiro?".
— Não tenho opinião formada sobre isso, amava seu cabelo azul porque foi quando te conheci azulado. — falou. — Mas também amo ele loiro como está agora, porque é assim que aceitou namorar comigo.
Porque tão romântico, Deus? Sou alguém de sorte.
— Amo seu sorriso. — é involuntário colocar a mão na frente. — Não. — tirou minha mão. — Assim é melhor.
"Sabe que fico com vergonha e continua" difícil isso.
— Sim, até você se acostumar. — para sempre então. — Já vi mais de uma vez escondendo seu lindo sorriso, porque faz isso, loirinho?
"É só mais uma história triste" não dei importância.
Liguei o iPad, sei que ele continua me olhando, mas não irei contar.
— Conta, por favor. — pediu, sentou na cama, os dois abajures estão ligados tirando o led.
"Eu tinha os dois dentes da frente um pouco tortos quando mais novo, acabei sofrendo bullying por isso, e diziam que meu sorriso era feio então peguei a mania de colocar a mão na frente" contei.
— Você usou aparelho? — confirmei. — Seu sorriso é lindo! Tem foto usando aparelho?
"Não, nessa época eu não aceitava tirar foto, tem dois anos da minha vida que não existem fotos" falei "Mas Jin deve ter algo que tirou sem eu ver".
— Queria ver você com aparelho. — vai ficar querendo. — Eu quase usei por esses dentes da frente que fazem minha irmã me chamar de coelhinho.
Realmente parece, peguei meu celular e mudei o nome dele.
— O que você fez? — mostrei no celular. — "Meu coelhinho", primeiro apelido, mais quatro e você me alcança.
"Não estamos competindo" parece que ele está.
— Claro que não. — sei. — Guarda seu iPad. — coloquei na mesa de cabeceira. — Agora deita.
"Para quê?" perguntei.
— Deita que já vai entender. — escorreguei na cama me deitando, ele me abraçou deixando a cabeça no meu peito. — Estou com muito sono, toquinho.
Era de se esperar, comecei a fazer carinho no cabelo dele, ele cortou um pouco enquanto estava na Rússia e ainda assim está grande.
Muito lindo!
Não demorou para a sua respiração ficar calma, dormiu!
Com o celular em mãos tirei uma foto dele assim comigo, quem vê nem imagina o que ele faz, mata pessoas a sangue frio e outras coisas que não sei porque ele não me contou sobre a máfia.
Postei no Instagram com a outra foto dele dormindo, logo meu pai mandou mensagem, Hoseok para se vingar do que eu falei antes de sair mostrou as fotos para ele.
É cobra engolindo cobra.
Pai - Estão dormindo na mesma cama?
Pai - Não tem outro quarto?
Para de ser ciumento, pai.
Pai - Realmente isso não faz bem, né? Pode dormir com ele, não ligo.
Ué, como que muda de opinião tão rápido?
Vittorio te ameaçou em quê?
Pai - Que vai dormir no quarto de hóspedes se eu não parar com o ciúmes.
Bem feito.
Fui para o WhatsApp, vou fazer todo mundo em casa usar, Hobi como é meu irmão é invejoso, tudo que eu uso ele quer também, já está com WhatsApp, só falta meu pai e Vittorio.
Entrei no grupo, para a minha surpresa estão comentando sobre a foto que postei com o Jungkook, esse povo não tem o que fazer.
Peter
Jimin não tinha me falado nada que iria dormir com o Jungkook, mas no treino estava no mundo da Lua como diz a Melissa.
Melissa
Às vezes aconteceu algo que fez ele ir, Jimin aparece aí para responder.
Jinjin
Ele está cuidando do namorado dele, Jungkook está doente.
Peter
Porque você ficou sabendo primeiro que nós?
Jinjin
Eu sou o melhor amigo dele, tenho privilégios.
Melissa
Que história é essa, Jimin?
Jin é barraqueiro, não acreditem nele.
Ele ficou sabendo primeiro porque estava na minha casa quando Jungkook me disse que estava com os primeiros sintomas da gripe.
Não estou excluindo ninguém.
Mudar seu nome para Maria Contenda.
Jinjin
Gostei, pode colocar.
Peter
Sabia que o Jimin não estava dando tratamento especial ao Jin, esse menino é incrível.
Melissa
Mas como ele ficou doente do nada? Parece pintinho novo.
Mais uma expressão do Brasil, Melissa?
Peter
Essa eu não entendi.
Jinjin
Explique Melissa, o que o pintinho tem a ver com o Jungkook estar doente?
Melissa
No interior no Brasil muita gente fala que as crianças que adoecem fácil parecem um pintinho novo, porque pintinho novo morre por qualquer coisa, entenderam?
Agora eu entendi.
Peter
Agora fez sentido, chamou seu macho de fraco Jimin, se fosse eu não deixava.
Melissa
Eu não disse isso, barraqueiro.
Melissa
Porque ele ficou doente?
Porque ele foi desobediente.
Ele estava suando, foi tomar banho no quente, saiu com o cabelo molhado no vento frio, resultou em gripe.
Eu avisei ele para secar o cabelo, mesma coisa de falar com a parede.
Peter
Mas se foi por isso que ele adoeceu, Tae também deve estar doente, porque fez igual, e ele deve estar pior porque tem o pulmão todo desgraçado por fumar tanto.
Melissa
Jin brigou com o macho dele, Tae está sem ninguém para o ajudar.
Peter
Certeza? Eu acredito que não.
Peter
Jin, manda a sua localização.
Jinjin
Eu estou na minha casa e no meu quarto, bem longe do Tae, até parece que vou ajudar ele.
Melissa
Então manda a localização.
Jin mandou um vídeo no quarto único dele, e mostrando que não tem ninguém no quarto.
Jinjin
Ele que se vire, ninguém mandou me testar.
Peter
Então esse teste tem a ver com coisa da máfia?
Da máfia Russa, para ver se a pessoa é boa para casar.
Se Jungkook fizer isso comigo, ele morre.
Melissa
Vou arranjar um mafioso russo para namorar, assim já sei que não ficarei chifruda.
Peter
Aquele ex do Jungkook é da máfia? Se for só completa o combo.
Porque vocês querem se relacionar com mafiosos?
Peter
Se você pode, nós podemos.
Jinjin
Só não arranjem um mafioso igual ao Tae, idiota.
Melissa
Quando o Jungkook te contar sobre a máfia, Jimin, e te levar na Rússia, queremos ir para conhecer algum mafioso.
Peter
O ex dele de preferência, se puder.
Se isso acontecer, vocês nem sabem falar russo.
Peter
Sei falar inglês, e o ex do Jungkook também sabe que eu já vi ele falando no Instagram.
Está perseguindo o ex do Jungkook, misericórdia.
Melissa
Também sei falar inglês, alguns deles vão saber falar inglês.
Jinjin
Acredito que boa parte deles saibam, por serem da máfia, o Tae fala inglês e o Jungkook acredito que também fala.
Se ele fala português, inglês deve saber também.
Peter
Jungkook fala português?
Fala, eu ouvi ele falando com alguém em português.
Ele estava falando com a Melissa, pergunte a ela o assunto.
Melissa
Como sabe que era comigo?
Acabou de se entregar.
Peter
Melissa, solta o que ele te falou.
Melissa
Era só para contar a ele se alguém fizesse mal ao Jimin, enquanto ele estava fora.
Peter
Todo protetor com o toquinho dele, eu quero namorar também.
Jinjin
Desde quando piranha namora?
Peter
O Jin só aparece para atacar alguém, cobra.
Peter
Sou uma piranha com sentimentos.
Jinjin
Sentimento por vários isso sim.
Melissa
Dois gays se atacando, me sinto no Brasil de novo.
Tudo doido, guardei o celular e me juntei ao Jungkook no sono, dormi.
[...]
Acordei sabendo que era madrugada, senti um dedo desenhando no meu pescoço, segurei sua mão porque estava fazendo cócegas.
— Acordou toquinho, finalmente. — tossiu, ainda não está cem porcento. — Está com fome? Porque eu estou.
Saiu de cima de mim, peguei meu celular, são três horas da manhã.
"Mas são três horas da manhã" deita e volta a dormir, me cobri virando para o lado contrário querendo dormir de novo.
— Vamos loirinho, é só um lanchinho. — pode ir sozinho. — Por favor?
Continuei deitado de olhos fechados, quero dormir.
— Vai por bem ou por mal. — me pegou igual um saco de batatas.
Não tentamos revidar com um líder da máfia Russa, deixei ele me levar, bom que não gastei minhas pernas.
Ele acendeu as luzes no caminho para a cozinha, ao chegar me colocou sentado no balcão.
— Vamos ver o que podemos comer. — eu não estou com fome.
"Você deveria estar de blusa, está gripado" falei.
— Eu já estou bem. — foi ele falar que começou a tossir.
"Tô vendo, sai de perto da geladeira" desci do balcão e tirei ele de perto da geladeira.
Vi o que ele poderia comer, fazer um sanduíche para esse doente teimoso.
Peguei as coisas, fiz dois porque no processo eu fiquei com fome, ele queria beber refrigerante.
"Vai esquentar, você não vai beber nada gelado tossindo desse jeito" cada coisa.
— Refrigerante quente é ruim. — falou bicudo.
"Se você tivesse prestado atenção no que falei e secado o cabelo não teria que beber refrigerante quente" Jungkook doente parece criança, teimoso.
— Chato! — não ligo.
"Olha para a minha cara, pareço me importar? Porque não me importo" coloquei o refrigerante no copo, microondas por vinte segundos, provei e passei para ele "Ou é assim, ou água da torneira".
— Não sabia que alguém desse tamanho poderia ser tão exigente. — quer apanhar?
Comeu o sanduíche resmungando do refrigerante quente, e eu com o meu gelado, otário!
Terminei primeiro que ele, já fui lavar os pratos e copos, assim já subimos quando ele terminou.
Ele sem entender porque levei um copo com água, já vai entender.
Nesse momento só posso rir por dentro, seria muito mal da minha parte rir na cara dele.
Coloquei o copo na mesa de cabeceira, tirei mais dois comprimidos.
— Não, nem pensar, eu já me sinto ótimo! — tossiu bem na hora. — Entrou cisco na minha garganta, só por isso tossi.
"Jungkook, adianta e abre a boca" negou "Te deixo aqui sozinho".
— Não teria coragem de abandonar um doente. — agora está doente? Sem vergonha.
Abriu a boca, coloquei os dois comprimidos, entreguei o copo e dessa vez não precisei tampar o nariz dele, bom mesmo.
Coloquei a mão na testa dele, bochecha e pescoço.
"Te disse para colocar blusa, está quente de novo, se não baixar vamos em um hospital" estou preocupado com ele.
— Eu vou ficar bem, não precisa se preocupar. — precisa sim.
"Não consigo" fui para o closet dele, peguei um moletom e voltei.
— Uma camiseta já estava bom. — vestiu o moletom. — Só para não ficar preocupado.
"Deita, logo você dorme" sentei na cama, cobri minhas pernas.
Ele deitou, não demorou para dormir de novo, esse remédio é bem forte.
É tipo assim "não vai sentir sintomas de gripe se estiver dormindo", te derruba rapidinho, te apaga na verdade.
Fui ao banheiro, peguei uma toalha de rosto limpa e molhei, torci deixando úmida.
Sentei ao lado dele, dobrei a toalha, afastei seu cabelo da testa e coloquei a toalha, parece um anjinho agora dormindo.
Nem parece que estava testando minha paciência meia hora atrás, terrível!
Fiz carinho em seu cabelo, logo ele está bem soltando frases de duplo sentido só para me ver com vergonha.
Beijei sua bochecha, meu coração está acelerado.
Agora que ele está apagado pelo remédio, minha mente abriu uma pequena porta para deixar que expressasse o que sinto.
Contei até três.
— Eu te amo....................
Falta pouquinho para o Jimin falar e o Jungkook escutar sua voz.
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!
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