|| Capítulo 16 ||

Voltei!

Acatando a sugestões dos novos leitores procurei alguém para fazer a betagem, é esse anjinho junjm_, ela vai me ajudar melhorar a leitura de vocês.

Obrigada pela dica jwlskpq !

Jimin on.

"Eu quero, seu chato" respondi.

Ele me abraçou, tive saudade de estar nos braços dele, pensei que nunca mais estaria, então estou no lucro.

Poderia ficar ali para sempre, agora vai para frente, mas ainda tenho muito o que conversar com ele, principalmente do ciúmes.

Acredito que isso tem a ver com ele ser corno, deve ser isso.

Levantou meu queixo com uma mão me fazendo olhar para ele, não me beija, eu vou travar.

— Posso te dar um selinho? — fiquei rosa. — Rosado!

Confirmei, fiquei tenso com isso porque eu nunca fiz também.

Ele sorriu e começou a se aproximar, fechei os olhos antes de sentir a boca dele na minha, meu coração está acelerado, dá para sentir o piercing.

Ao beijar realmente será que irei sentir o da língua?

— Que tentação! — ele sussurrou e deu mais um. — Quando quiser me beijar é só falar.

"Safado!" Falo nada.

— Só com você, onde colocou as alianças? Você não jogou fora né? — ri da cara dele.

Soltei-me e fui pegar, abri a gaveta e tirei a caixa que guardei, peguei apenas a caixa de veludo.

Ele tirou a menor e colocou no meu dedo, fiz o mesmo com ele.

— Namorados, oficialmente só meu. — me abraçou de novo, logo senti um beijo no meu pescoço, senti falta!

Ficamos abraçados com ele se aproveitando da minha sensibilidade no pescoço para beijar, gosta de me ver encolhendo contra ele.

Nós deitamos porque eu cansei de ficar em pé, ainda grudado nele.

"Vou comer o chocolate" peguei a sacola e deitei de novo, tem barras e caixas de bombons, peguei uma caixa com bombons.

— O recheio vai morango, você vai gostar. — abri e coloquei um na boca.

"Delicioso". Comi mais um, e só mais um outro para confirmar, guardei a caixa na sacola de novo.
"Peter contou que estava tentando tirar informações deles".

— Sim, não deu certo já que ficaram quietos. — eu os inibi de contar qualquer coisa. — Porque Peter e Jin são da nossa sala agora?

"Eu estava muito deprimido e às vezes chorava, então eles mudaram para nossa sala" Contei.
"Então, Jungkook, precisamos conversar sobre o seu ciúmes".

— Estava até demorando, pode falar. —falou.

"Sinceramente não ligo que tenha ciúmes de homens que se interessam por mim, ou dão em cima como aquele cara do cinema, mas de amigos? aí nem pensar" Fui sincero. "Eu quero que seja amigo dos meus amigos, não que sinta ciúmes deles".

— Tenho medo de te perder para alguém melhor. — já percebi.

"Também tenho, mas não fico te tratando como propriedade por causa disso, eu não te pertenço e nem você me pertence. Agora, se eu fizer algo com algum amigo que você se sinta incomodado é só falar que não gostou e eu mudo, o mesmo para você".

— Sabe mais de relacionamento do que eu que já namorei, concordo com você. — bom mesmo. — Como sabe de namoros?

"Eu leio Jungkook, esqueceu?" Na verdade, como ele me pediu em namoro eu fui assistir vídeos de dicas para "como evitar brigas no início do namoro", ajudou bastante.

— Esqueci, meu leitor favorito. — eu não sou dele, mas fico sorrindo igual um idiota quando ele fala "meu". — Você tem compromisso essa noite?

"Você me lembrou que eu tenho treino em quinze minutos, mas essa noite estou livre por quê?" Perguntei.

— Quer jantar comigo? — eu vou ter um encontro, que felicidade!

"Sim, vem me buscar?" Igual nos livros.

— Com certeza. — obrigado. — Vai trocar de roupa, eu te levo na escola.

"Já volto" Primeiro fui ao banheiro escovar meus dentes, depois no closet e fechei a porta.

Eu tô namorando! Ainda não acredito nisso.

Mas com o que aconteceu, não sei quando vou conseguir falar com ele.

Coloquei a roupa do time, é vermelho e azul-escuro, eu sou o número vinte e três, o mascote é uma raposa.

Calcei um tênis que Vittorio me deu ao saber que eu estava jogando no time, eu pesquisei o preço e só não caí sentado porque já estava sentado.

Saí do closet e peguei Jeon me encarando, que foi?

"Tem algo no meu rosto?" perguntei.

— Você está loiro? — quase gritou. — Ficou mais lindo! — levantou e veio até mim, segurou meu rosto com as duas mãos. — É meu loirinho?

Confirmei, beijou a minha testa após tirar o cabelo da frente.

— Não sabia que eu poderia amar tanto uma pessoa desse tamanho. — me abraçou.

Toda vez que ele fala que me ama, sinto coisas no corpo inteiro, a vontade de dizer que sinto o mesmo é grande, mas fiquei reprimido de novo.

— Vou tentar o meu máximo pra não te machucar de novo, te fazer chorar, ter crises, não quero ser a causa da sua dor, mas sim, a cura. — beijou minha cabeça. — Um bebê desse não merece sofrer.

Vai me fazer chorar, para.

— Vamos! Ou vai se atrasar. — confirmei.

Saímos do quarto, descemos a escada, deixei recado na geladeira para o meu pai caso ele chegasse e eu não estivesse aqui.

Ao sair de casa, esse é novo, um carro prata.

"Que carro é esse?" Perguntei.

— Um Hennessey Venom f5, ganhei em uma corrida na Rússia. — respondeu. — Vem.

Pegou em minha mão levando-me para perto do carro, abriu a porta, não abre normal também.

Entrei e coloquei o cinto, deu a volta e entrou, após colocar o cinto deu partida e acelerou na rua, se mostrando.

Convencido!

— É um dos mais rápidos do mundo. — falou, notável.

Nas curvas ele está fazendo o pneu cantar, ele ama isso, quero aprender a dirigir.

— Chegamos! — que negócio rápido. — Vou te buscar na sua casa às sete, tudo bem?

"Sim, estarei te esperando" tirei o cinto, eu quero outro selinho "Jungkook…"

— Pode falar neném. — ficou esperando.

"Me dá outro selinho?" Pedi, morrendo de vergonha.

— Você é muito fofo, te dou quantos você quiser. — talvez eu possa sentir que sempre será como a primeira vez.

Porque os lábios dele são tão macios? Eu realmente queria beijar, mas tenho medo.

— Bom treino, neném. — falou me fazendo abrir os olhos. — Seu amigo está aí fora.

"Não sou neném" falei.

— Meu neném teimoso. — seu nariz.

"Tchau!" Despedi dele e saí do carro, Peter me esperando batendo o pé de braços cruzados, fechei a porta "Oi!".

— Oi nada, sem vergonha, conta tudo. — acenei para o Jungkook e ele se foi, acelerando na rua. — Exibido que só esse seu namorado.

"Como sabe que estamos namorando?" Perguntei.

— Você está com uma aliança, eu vi vocês dois fazendo coisa que criança não pode. — ele falando assim parece que eu estava transando no carro. — Então, o que fez você perdoar ele?

"Você vai ficar de cabelo em pé na hora que eu contar" falei.

Aprendi isso com a Melissa, os brasileiros têm dizeres bem engraçados.

— Se puder deixar meu cabelo fora disso eu agradeço, demora muito para deixar ele assim. — convencido. — Conta logo que eu estou curioso.

"A ex dele é uma puta, para começar...".

Contei tudo que o Jungkook me contou, com detalhes porque se não ele me faz contar do início tudo de novo.

— Estou chocado! Menina doida obcecada. — também acho, entramos na quadra. — Agora você está bem?

"Sim, agora estou bem" afirmei.

Fomos até os outros do time, mas está faltando alguém.

— O Han-chul não é mais capitão do time. — o treinador avisou. — Até semana que vem eu escolho um novo capitão.

Começamos aquecendo como sempre, depois foi para o treino real, mais duas horas e na próxima semana teremos o primeiro jogo, vai ser um por mês até a final.

Fiquei cansado como sempre, bebi água antes de sair da escola com Peter.

— Eu te ofereceria carona, mas seu namorado me mata se souber. — falou.

"Já conversei com ele, ele não vai sentir ciúmes de amigos" avisei.

— Ótimo! Porque não estou afim de morrer. — ele não te mataria. — Então eu te levo, vem.

Eu esqueci que ele tem uma moto, ele me levou até em casa e, eu morrendo de medo de cair e ralar, desci da moto e tirei o capacete passando para ele.

"Obrigado, até amanhã!" falei.

— Até Jimin! — fechou a viseira e acelerou indo embora.

Entrei em casa, meu pai no escritório, mas com a porta aberta.

Fui até lá, ele só olhando o computador e uma folha em sua mão.

— Pai. — olhou para mim.

— Oi filho, vi seu bilhete. — falou. — Já sabe o que vai querer jantar?

— Era sobre isso mesmo que eu queria falar, o Jungkook me chamou para jantar e eu aceitei. — contei.

— Um encontro? — confirmei. — Estão namorando?

— Sim. — não falou nada. — Não vai falar nada?

— Não, ele veio me pedir então tudo bem. — veio? — No dia que foi conhecer a avó dele, ele entrou e me perguntou se permitia o namoro, por você ser menor, eu permiti, só espero não me arrepender disso.

— Não vai, obrigado pai. — agradeci. — E sobre o jantar?

— Volte antes das onze e meia porque vocês têm aula amanhã. — falou.

— Valeu pai. — saí do escritório e subi para o meu quarto.

Agora são cinco e vinte, já vou tomar banho. Decidi de última hora lavar o cabelo e hidratar, ao sair escovei o dente de novo.

Entrei no closet, hidrato minha pele por causa das tatuagens e coloco uma máscara no rosto de hidratação também.

Seco meu cabelo e passo a escova, usei a chapinha em alguns lugares para alinhar os fios, tirei a máscara e minha pele está perfeita.

Olhei a hora, seis e meia já.

Vesti calça jeans preta e blusa branca gola em v, sobretudo preto e calcei coturno para fechar o look.

Passei perfume e hidratante labial de morango, brincos eu não tenho costume de usar, mas queria colocar um acessório.

Não tenho, então vou comprar.

Estou pronto!

— Jimin, Jungkook está aí. — ouvi a voz do Vittorio na porta, saí do closet e ele entrou. — Está mais lindo!

"Obrigado!" Agradeci, peguei meu celular colocando no bolso.

— Seu pai me pediu para falar com você. — já até imagino. — Nem sei porque aceitei fazer isso, mas se por acaso acontecer, só uma suposição, desse encontro acabar em uma cama, usa proteção pelo amor de Deus, seu pai não quer ser avô com trinta e oito, e você é muito novo para ser pai.

Eu nem estou rosa, mas sim quase azul de vergonha.

"Eu não vou acabar em uma cama, fiquem tranquilos, só vamos jantar" eu não consigo nem beijar o Jungkook, conseguir transar então, só na cabeça do meu pai.

— Tudo bem, então que dó do Jungkook, porque ele está ouvindo um sermão nesse momento. — passei a mão no cabelo tentando controlar o estresse. — Vem, vamos livrar ele.

Saímos do quarto, descemos para a sala e escutamos meu pai falando.

— Mão bobas nem pensar, se ele voltar mais de meia noite não vai mais sair. — a vergonha que eu tenho que passar. — Mantenha sua língua dentro da boca.

— Amor, quer que eu coloque regras para você no próximo encontro? — Vittorio interrompeu, me salvando dessa vergonha.

— Somos mais velhos que eles. — tentou contestar.

— Jeong, faça me o favor e deixe eles se divertirem. — obrigado!

— Mas eu não proibi diversão. — não?

— Disse que ele não podia encostar no Jimin. — olhei para o meu pai que se fez de sonso. — Vocês podem se divertir, só não cheguem tarde porque tem aula amanhã cedo.

"Obrigado! Meu pai já apresentou ele?" Perguntei ao Jungkook sobre o Vittorio, ele negou.

— Vittorio de Luca, noivo desse ranzinza aqui. — estendeu a mão, Jungkook apertou.

— Jeon Jungkook, namorado do Jimin. — falou.

"Vamos, Jungkook!" saímos da minha casa "Meu pai não te falou nada demais, né?".

— Só ameaçou me matar se eu tirar sua pureza. — que vergonha! — Sorte que quem fez isso foram os livros que você lê.

Bati no braço dele "Eu sou puro, seu chato".

— Não é. — quer ir jantar sozinho? — Você é sim, neném.

"Sei que sou!" Ele abriu a porta do carro.

— Está mais lindo! — minhas bochechas já ficaram rosas. — Rosado.

Entrei no carro, coloquei o cinto e esperei ele fazer o mesmo.

"Que restaurante nós vamos?" perguntei.

— Surpresa. — eu não gosto de surpresas. — Vai gostar, não se preocupe.

Como é um carro novo, eu fui fuçar as coisas, vai que eu ache algo interessante aqui.

— Não para quieto, né? — neguei ainda mexendo. — Neném.

Não sou neném! Só pareço um, tem diferença.

Quando não achei nada, parei de mexer, chato!

Nós atravessamos a cidade, restaurante longe do cacete, estamos perto do rio já. E olha só, nós chegamos à costa do rio, ele saiu e veio abrir a porta.

Tirei o cinto e saí, ele colocou a mão na minha cintura passando a me levar.

— Ali é o restaurante. — apontou para um iate enorme que muitos casais estavam entrando.

Eu tenho medo de andar em coisas que estão na água, muito medo mesmo! Quando vou à praia eu nem entro na água, tem noção de como estou em desespero agora?

Mas me fingi de pleno, Deus me proteja!

— Vamos. — claro.

Para entrar eu quase morri me tremendo todo subindo as escadas. Já dentro, entramos em um andar com mesas e cadeiras, com alguns casais.

Sentamos próximo ao parapeito, Jungkook, estou começando a duvidar do seu amor por mim, puta que pariu! E se eu cair lá na água?

— Gostou? — não, me leva embora.

"Sim, a vista é linda" realmente é, mas eu preferia ver na internet, bem seguro, no meu quarto, "Que horas vamos comer?".

— Só após ele sair da costa os garçons trazem o cardápio. — entendi. — Porque olha tanto lá embaixo?

"Gosto de água" detesto e estou planejando o que fazer se eu cair lá. "Se alguém cair na água, tem salva vida?".

— Tem, mas ninguém nunca caiu. — menos mal. — Tem medo de água?

"Não, por quê?" Sim, e muito.

— Está parecendo. — falou desconfiado.

"Não tenho, é sério" atuei para ele acreditar, consegui.

— Tudo bem. — o iate começou a se mover, e os garçons apareceram, entregando os cardápios.

Olhei às muitas opções, fiquei com frango de proteína e uns legumes com arroz.

"Já escolhi" falei com Jungkook.

— Eu também. — chamou um garçom, eu apontando o cardápio para ele entender o que eu queria. — O que vai querer beber?

"Suco" pode escolher o sabor.

— Suco de manga. — neguei. — De maracujá.

Bem melhor, o garçom saiu com os pedidos, e eu finalmente acostumei com esse negócio de iate.

— O que você fez nessa semana que não conversamos direito? — culpa sua.

"Dormi bastante, estudei, saí com meus amigos para tomar sorvete, só isso" respondi, poderia citar as crises de choro? Sim, mas não sei ser mal assim, "E você, o que fez tanto na Rússia?".

— Ajudei minha avó a resolver umas coisas, participei de corridas, e pensei em você. — fiquei rosa. — Sério, toda vez que pensava em você desenhava uma flor. — pegou o celular, mexeu um pouco e me entregou. — Essas foram as que desenhei.

Peguei o celular, tem quase trezentas flores aqui nesta pasta.

"É uma pasta só para quando pensou em mim?" Confirmou, sorri olhando as flores, "Porque essas últimas estão em preto e branco?".

— Foram dos últimos dois dias que eu não sabia o motivo da sua frieza, aí deixei em preto e branco representando minha tristeza. — se me fizer chorar em público eu te jogo na água. — Vou colorir elas quando tiver tempo. — devolvi o celular.

"São lindas! Cheias de detalhes e cores vibrantes".

— É como eu te vejo, com muitos detalhes, na aparência e na personalidade. — falou. — E você é alguém que deixou minha vida com muitas cores.

"Vai me fazer chorar mesmo?" eu sou emotivo, me deixa.

— É muito emotivo esse neném. — exato, mas não sou neném. — Desde que seja de alegria suas lágrimas.

"Não vou chorar em público" cada coisa.

O celular tocou e ele desligou, tocou de novo, mais uma vez desligou.

"Pode atender, deve ser importante" falei quando tocou.

— Certeza? — confirmei, ele atendeu. — Não devo satisfação do porque não atendi mais cedo.

Nossa, nem é agressivo.

— Está na minha mesa, já assinei, não me ligue mais. — e desligou.

"Você é tão gentil com seus funcionários" ele riu.

— Mas eu não devo, e como sabe ser com funcionário? — perguntou.

"Não falaria assim com a sua avó, o Tae deve estar com o Jin proibido de mexer no celular, só sobrando os seus funcionários" da máfia no caso.

— Está certo, mas só falo assim com eles. — falou.

"Eu sei, é muito interessante ver a diferença de como me trata para as outras pessoas, me sinto especial" fui sincero.

— Você é especial, e eu nunca te trataria assim com grosseria. — obrigado.

"Não faça mesmo, eu choro" sou sensível.

— Um neném. — nossa comida chegou, finalmente!

Começamos a comer, vimos três pedidos de casamento, tinha outro casal gay ao lado da nossa mesa e foram os primeiros, achei fofo.

— Como você imagina um pedido de casamento? — Jungkook me perguntou quando estava terminando meu suco.

"Nunca pensei sobre isso" pensei um pouco "Nada em público porque tenho vergonha, poderia travar e não responder, algo simples e com morangos".

— Você ama morangos. — confirmei. — Vou anotar isso.

Tossi um pouco, primeiro dia de namoro e ele já solta essa, quer me matar?

Fingi que não ouvi. De sobremesa eu pedi mousse de morango com bolo, Jungkook pediu uma torta estranha, vai maracujá.

Isso chegou mais rápido, estava olhando a vista, muito bonita! Ainda tem uma pontinha de medo, mas não estou tão aterrorizado.

— Você vai amanhã para escola, né? — confirmei olhando para ele. — As mesas são organizadas em dupla, vai sentar com o Jin?

"Não sei, vou ver amanhã" quero sentar com ele, mas ele pode querer sentar com Tae, aí eu vejo com qual dos meus amigos irei ser dupla.

— Já está chegando à costa de novo. — apontou, eu olhei, queria ficar mais com ele, consegui terminar minha sobremesa antes de chegar, assim como ele.

Quando foi para descer, ele estava segurando minha mão, saímos do iate, terra firme glória a Deus eu tô vivo!

— Vou passar em um lugar antes de te deixar em casa. — fomos para o carro, ele abriu a porta, entrei.

Praticamente no meio do caminho, ele parou e desceu sozinho, aproveitei para olhar o celular.

Tem mensagem no grupo, entrei e estão discutindo para saber quem é o mais inteligente, tudo doido.

Melissa
Eu sou a mais inteligente, em todos os quesitos.

Peter
Quem levou chifre de coreano não tem argumentos para se dizer inteligente.

Nossa, pegou pesado.

Melissa
Sem agredir, boqueteiro de coreano.

Jinjin
Gente, sem agredir os dois lados.

Vocês são doidos!

Peter
Aeee, Jimin apareceu.

Peter
Conte como foi o encontro?

Quando eu chegar em casa eu falo.

Jungkook abriu a porta e entrou, colocou uma cesta no meu colo.

— Para você, flores não fariam sentido, então é uma cesta de morangos. — sorri olhando a cesta de morangos.

"Obrigado, eu amei!" Vou comer quando chegar em casa.

Aí seguimos para a minha casa, eu tentado a comer um morango, estão tão vermelhos.

Eu fiquei triste quando chegou, pela janela consigo ver que está acesa a luz, meu pai ainda não foi dormir.

— Está entregue. — infelizmente. — Você gostou do seu primeiro encontro?

"Sim, eu amei, a comida e o lugar, obrigado!" Mas o próximo que seja em terra firme.

— Fico feliz, o próximo irei te levar em um parque de diversões. — aí sim, e dessa vez não dará errado. — Já ia me esquecendo.

Pegou algo na porta do carro, é um embrulho.

— Para você, abra quando estiver no seu quarto. — tudo bem.

"Obrigado! Eu vou entrar, tchau!" tirei o cinto.

— Antes. — mais beijinhos.

Meu coração sempre acelera quando sinto sua boca na minha, e o piercing, fico curioso se irei conseguir sentir da língua.

Beijou minha testa ao se afastar.

— Meu loirinho! — me deu mais um selinho. — Sua boca é uma tentação.

Fiquei rosa na hora, vergonha!

— Rosado! — preciso ir antes que ele me ataque.

"Tchau! Sem vergonha" abri a porta.

— Tchau! Loirinho. — gostou de me chamar assim.

Saí do carro, com a mão desocupada acenei para ele antes de fechar a porta, só quando eu entrei em casa ouvi o barulho do carro indo embora.

— Um minuto atrasado. — olhei para a sala, meu pai assistindo dorama com o Vittorio.

— Deixa ele, ranzinza. — isso Vittorio, me defende. — Gostou do encontro Jimin?

Confirmei, subi para o meu quarto, sentei na cadeira já abrindo o embrulho, uma caixa retangular de veludo, abri ela e tem um colar.

Muito lindo, tirei da caixa e coloquei, tem uma pedra azul nele.

Tirei uma foto, mandei para o Jungkook.

É lindo! Eu amei.

Guardei a caixa que ele veio em uma gaveta da minha escrivaninha, fui para a conversa com os meus amigos para contar como foi, enquanto comia meus morangos.

Peter
Onde ele te levou?

Um restaurante, que fica em um iate grande, coisa bem de rico.

Melissa
Segundo as minhas pesquisas, é de gente MUITO rica, você paga em dólar e como foi para duas pessoas, deve ter saído aproximadamente nove mil dólares, no andar de vocês tinha o quê?

Mais seis mesas, alguém tocando piano, era a parte aberta.

Melissa
Então foi mais caro, Jungkook deve ter pegado o combo, direito a qualquer coisa do cardápio, música e vista.

Peter
Ele te deu algo? Normalmente dão algo.

Presente? Ganhei um colar e uma cesta de morangos.

Jinjin
Já ganhou seu coração, você ama mais morangos do que eu.

Verdade.

Jinjin
Não era para concordar.

Melissa
Manda foto do colar.

Mesma foto que mandei para o Jungkook, mandei para eles.

Peter
Tenho a impressão que esse colar deve ter custado um rim.

Melissa
Ele tem dois e vendeu um para pagar o colar, te ama muito mesmo.

Peter
E o morango?

Já acabou.

Guardei o celular, fui para o banheiro lavar o rosto e escovar os dentes, passei creme no rosto e fui trocar de roupa para dormir, deitei na cama cansado.

Sorrindo igual um idiota, eu tô namorando! Espero que não seja um sonho.

[...]

O despertador gritou cedo, desliguei ele e fui para o banheiro tomar meu banho.

Saí pronto para mais um dia, mas bati meu dedinho na porta do closet.

— Desgraça. — esquece, tô de mal-humor agora.

Entrei no closet, passei creme nas tatuagens, e fui me vestir. Coloquei calça jeans rasgada, moletom azul-claro, calcei um all star branco.

Chapinha no meu cabelo, aproveitei que estava na frente do espelho para tirar o colar de dentro do moletom, meu cabelo ficou alinhado.

Passei perfume, tô pronto!

Arrumei minha cama, abri a cortina e a janela também assim fui pegar minha mochila, coloquei o trabalho que preciso entregar hoje, e duas barras de chocolate que Jungkook me deu.

Não pretendo dividir!

Peguei o protetor labial e saí do quarto passando, precisei voltar, meu celular ficando para trás.

Agora sim, continuei meu caminho, desci pulando degraus.

— Bom dia! — olhei a cozinha, Vittorio e meu pai tomando café.

"Bom dia!" falei.

— Seu leite de morango está na geladeira Jimin. — Vittorio falou. — Também fiz sanduíches, se quiser pode levar, ou prefere da escola?

"Eu levo, obrigado!" peguei o sanduíche e peguei a lancheira no armário, coloquei dentro e guardei na mochila "Tô indo, tchau!".

— Tchau! Boa aula. — falou.

— E sem marcas. — só escutei o estralo do tapa, isso aí, fique à vontade para bater nesse rabugento.

Posso nem ter umas marquinhas, tem nada a ver isso.

Saí de casa, coloquei os fones e fui ouvindo música para a escola, meu humor já melhorou, ainda bem! Ninguém merece ficar de mal-humor o dia inteiro.

Passei na frente do estacionamento, vi Jungkook encostado no carro mexendo no celular e fumando, está estressado! Iria acenar para ele me ver, mas uma menina chegou falando com ele e oferecendo uma cartinha.

Ele tem namorado sua oferecida!

Fui para dentro da escola, meu humor piorou de novo, peguei minhas coisas no armário e subi para a sala, sabia que mesmo o povo tendo medo alguém iria se interessar por ele.

E ele com aquela história "ah! Para muitos eu sou feio", um cu que ele é feio para os outros, se ele fosse feio eu não passaria por isso, mas não, vou me apaixonar logo pelo mafioso bonitão.

Tudo culpa dele nascer bonito.

Entrei na sala e fui para o meu lugar, agora faço como o Jungkook, trago a mochila para a sala, é bem mais fácil, aí só trago os livros.

Sentei, coloquei os livros embaixo da mesa, minha mochila nas costas da cadeira e abaixei a cabeça na mesa.

Idiota bonito, porque não nasceu feio?

Ouvi barulho de gente sentando atrás de mim, é ele, e logo na minha frente, tem um lugar vago do meu lado e do dele.

— Jinnie vamos sentar atrás. — ouvi Tae pedindo ao Jin

— Não, eu quero sentar aqui. — os dois estão na minha frente, alguém deu três batidas na minha mesa, levantei a cabeça.

Peter e Melissa de braços cruzados, o que aconteceu?

"Que foi?" perguntei, tirei o fone e guardei.

— Jin está com o macho dele, vá ficar com o seu. — Peter apontou o lugar ao lado do Jungkook. — Anda, eu quero sentar.

— Ou o Peter senta com o Jungkook e eu com você. — Melissa sugeriu, Peter olhou para ela querendo a matar.

— Quieta chifruda, eu não vou sentar com o Jungkook. — olhou para trás de mim. — Nada contra você, estou tentando ajudar meu maravilhoso amigo.

Que nada! É medo, medroso.

Tirei meus livros debaixo da mesa e coloquei em cima da outra, peguei minha mochila e levantei, fui para a de trás, sentei ao lado do Jungkook.

— Você senta no lugar do Jimin. — Peter já colocou Melissa para sentar na frente do Jungkook, ele sentou na minha frente.

Coloquei minha mochila nas costas da cadeira, e os livros embaixo da mesa.

— Porque está bravo, loirinho? — Jungkook perguntou.

"Não estou bravo" falei.

— Se a resposta foi não, está mentindo, você entrou na escola e passou na nossa frente marchando, estava escrito ódio na sua testa. — Peter falou sem virar para trás, belisco a costela dele. — Isso doeu, projeto de gente.

Eu nem vi eles na hora que entrei, não estou bravo.

— Vai me contar? — perguntou.

"Quem era aquela menina no estacionamento?" Perguntei.

Peter e Melissa, os dois olhando nós dois na maior cara de pau, falar nada para esses fofoqueiros.

— Que menina? — não se faz de sonso.

"Sonso, eu vi ela te dando uma carta" bancar de sonso para cima de mim.

— Qual resposta Jeon tem para dar ao Jimin? Pode ser que termine em morte. — Peter falou como se isso fosse um jornal.

— O que está acontecendo? — Jin virou perguntando.

— Jimin está com ciúmes do Jungkook, normalmente é o contrário, então estamos assistindo. — Melissa respondeu.

— Se fudeu, Jungkook. — Tae falou.

"Responde, que carta ela te deu?" chamei a atenção dele.

— Essa aqui. — ele guardou, me entregou. — E eu não conheço aquela menina, mas o nome dela é Petra.

Abri a carta, é uma declaração, eu sabia!

— O que está escrito? — Peter curioso, perguntou.

"Ela gosta do Jungkook, que ele é lindo, e mais um monte de elogio" devolvi para ele "Devolve a carta para ela, você está comprometido comigo".

— Ciumentinho. — falou achando graça.

— O sujo falando do mal-lavado. — Peter soltou. — Não sei quem é pior.

"Ele" obviamente "Porque guardou a cartinha?".

— Para você ver, pensei que diria para eu jogar fora. — falou.

— Também pensei. — Melissa falou.

"Não sou tão mal, só devolve para ela" falei "O que disse na hora que ela entregou?".

— Nada, ela entregou e saiu correndo. — eu se entregasse uma cartinha. — Você pode devolver para ela.

"Não, você devolve" falei.

— Eu devolvo. — Peter pegou a carta, e aproveitou para ler. — Você lembra da Petra né Jin?

— A menina que fala, "Professor, eu não quero fazer lição, passa filme?". — imitou ela, aquelas meninas que fica mastigando chiclete parecendo uma vaca nos filmes e fala com preguiça, Jin fez igual.

— Ela fala desse jeito? — Melissa perguntou, os dois confirmaram. — Credo, facinho de apanhar no Brasil por falar assim.

— Se eu fosse o Jimin, pagava uma menina para bater nela. — Peter nem gosta de um barraco, né?

— Estou à disposição, ela é estrangeira também, não vai dá nada. — Melissa se dispôs.

"Vocês são doidos, ninguém vai bater nela" fizeram um sonoro "ah!", o fim da picada.

— Ainda está bravo? — Jungkook perguntou, neguei, me abraçou de lado beijando minha bochecha.

Rosa, simplesmente rosa.

— Jin e Tae são o casal putaria, Jungkook e Jimin são o casal fofura. — Melissa falou.

— Equilíbrio é tudo. — Peter falou. — Assim não tenho diabetes.

— Rosado! — senti um beijo no meu pescoço, bati na coxa dele.

— Ouvi um tapa, nem pensem em transar aqui. — Peter falou de costa para nós.

"Não faz isso aqui" falei com o Jungkook.

— A culpa é sua. — minha nada. — Uma pena não ser exibicionista.

Outro tapa, eu sei o que é pelos livros que ele me emprestou.

"Não sou mesmo" cada coisa.

Ganhei mais um beijo no pescoço antes dele me soltar, safado!

O professor entrou na sala, peguei meu caderno e estojo, os óculos porque preciso enxergar a lousa, coloquei.

Abri meu caderno, comecei a escrever o que estava na lousa, minha sorte é que o Peter gosta de se jogar na mesa para escrever, porque se ele ficasse com a postura certa eu não iria ver nada.

Passou algumas atividades, vinte questões para responder, senti Jungkook pegando na minha mão que descansava na coxa, entrelaçou nossos dedos.

Olhei e ele seguia escrevendo, ambidestro como eu, evitei sorrir e voltei a responder às perguntas.

Quando terminei levantei a mão, o professor veio e corrigiu as respostas, só errei duas, muito inteligente eu.

— Jimin, me passa a resposta da cinco? — Peter sussurrou, neguei. — Como pode ser tão mal assim?

Peguei meu celular e mandei mensagem para ele, não quero soltar a mão do Jungkook.

O Jungkook também já terminou, pede para ele.

— Você está tão engraçadinho, tô muito feliz com a vida, obrigado! — ele não te mataria por uma resposta.

Eu acho.

— Peter. — Jungkook chamou ele, que virou devagar enquanto orava…? É sério?! Como pode ser tão medroso?

— Sim? — perguntou.

— A resposta é a B. — falou a resposta.

— Obrigado! Está vendo Jimin? Aprende com o seu namorado, egoísta. — virou para frente, pelo jeito só faltava essa já que levantou a mão.

Passou mais três longas aulas, e nelas eu tive provas, não estava difícil, mas preferia não fazer.

Ouvimos o sinal, finalmente! Eu tô faminto!

Peguei na mochila a lancheira, e uma barra de chocolate, ao sair da sala Jungkook já pegou o que estava na minha mão.

— Encontramos vocês lá embaixo. — Melissa falou.

"Aonde vão?" perguntei curioso.

— Devolver a carta. — Peter mostrou, já tinha esquecido disso.

Jin foi com os dois, e arrastou o Tae, seu rosto mostrava felicidade em estar indo junto.

Eu com Jungkook descemos para o refeitório, na mesa mais afastada nós sentamos, abri a lancheira tirando o sanduíche e o leite rosa, Jungkook pegou e colocou o canudo para mim.

"Obrigado!" agradeci, tirei uma parte do plástico filme e mordi um pedaço, delícia!

— Você não costuma trazer nada, o que mudou hoje? — perguntou.

"Vittorio que fez" respondi "Você quer? Te dou um pedaço" antes dele aceitar ou recusar, tirei um pedaço e ofereci.

— Pode comer neném, estou sem fome. — ofereci de novo. — É sério, come tranquilo que eu não quero.

Tudo bem, terminei o sanduíche e o leite de morango, abri minha barra de chocolate ofereci e ele recusou, isso só foi por educação, fico feliz dele entender.

Ele passou o braço pelo meu ombro me trazendo mais para perto, fiquei rosa na hora, além de tudo beijou perto do meu ouvido.

— Vamos sentar aqui mesmo? — olhamos para frente, eles estavam parados olhando. — Ser vela, que legal!

Sentaram, ninguém chamou vocês, intrometidos!

— Nossa! Queria tanto um chocolate. — Peter disse como quem não quer nada.

— Também queria. — Melissa falou.

"É mil won para comprar" falei.

— Não, aquele não é tão gostoso, agora esse que você está comendo parece uma delícia. — vergonha na cara? Deixou na França, francês sem vergonha.

— Jimin detesta dividir doce, só avisando mesmo. — Jin falou, Tae está com a mão na cintura dele e mexendo no celular. — Ele divide a comida, frutas, bebidas, até o Jungkook se duvidar, mas doce nem com ameaça.

"O Jungkook é meu" cada coisa.

— E a coisa de não pertencer a você? — perguntou para provocar.

"Fica quietinho para eu continuar gostando de você" não provoca, idiota.

— Só um pedacinho Jimin. — como pode ser tão insistente?

Tirei um pedacinho e ele já pegou, outro para a Melissa, para o Jin, Tae.

— E eu? — Jungkook perguntou.

"Você não me pertence, não preciso te dar chocolate" me olhou desacreditado.

— Agora o Jungkook se pergunta, onde fui amarrar meu burrinho? — Melissa falou.

— Você é muito vingativo toquinho. — eu sei. — Ainda bem que eu te amo!

Mordi o chocolate para ajudar a vencer a vergonha, como ele fala isso tão naturalmente?

— Até o final do ano eu tenho diabetes, certeza disso. — Peter falou. — Que casal meloso!

— Final do ano? — Jungkook perguntou.

— É, quando terminamos o ensino médio, ou pretende sumir de novo? — perguntou de volta.

— Eu não sumi, só faltei bastante. — grande diferença. — E nós dois não estaremos aqui no final do ano.

— Não? Onde você pensa que vai, Jimin? Vai nos abandonar por esse russo? — Jin perguntou. — Ainda fala que não está me trocando.

— Nos trocando, vai para a Rússia com ele? Se for para matar a ex dele tudo bem, caso contrário vai ficar aqui. — Peter falou.

— Concordo! — Melissa apoiou.

"Eu não vou para a Rússia, e nem abandonar ninguém, iremos terminar o ensino médio com provas, entendeu?" negaram "Jungkook explica, sem paciência".

— Em Julho vai acontecer uma prova com os conteúdos do restante do ano, quem fizer e tirar mais de setenta e cinco porcento encerra o ensino médio. — explicou. — Nós dois vamos fazer essa prova, essa é a última semana para se inscrever.

— E meu pai não me falou nada, vou me inscrever. — Peter falou.

— Também. — todos na mesa vão fazer.

— Não tem como matar quem morreu. — Jungkook falou mais para mim, que para o resto da mesa, raciocinei colocando o último pedaço de chocolate na boca.

"Sua ex está morta?" perguntei tentando esconder a felicidade.

— Ela morreu. — falou.

— Isso! Finalmente! — olhamos para o Peter que estava comemorando. — Triste né? Menina tão boa.

— Morreu é de causas naturais, alguém matou ela. — Tae soltou, Jungkook olhou com raiva para ele.

— Vontade de ir ao banheiro do nada. — Peter levantou e Jungkook também. — Aonde vai?

— Banheiro. — respondeu simples.

— Perdi a vontade. — sentou de novo, Jungkook negou e foi ao banheiro.

— Você também quer né? — Jin perguntou ao Tae.

— Não... — olhou bem o Jin. — Tô indo!

Saiu da mesa e foi atrás do Jungkook, melhores amigos vão ao banheiro juntos.

— Querem apostar quanto que após o Jungkook saber que aquela postagem dos infernos fez você parar no hospital ele mandou alguém matar ela? — Melissa sugeriu.

— Eu tenho certeza. — Peter falou. — Porque nós temos que fingir que não sabemos que eles são mafiosos?

— Porque sim. — Jin falou. — A partir do momento que confirmamos não saberemos como eles irão agir.

— Normais, eles já não disfarçam, o Tae é que expõe mais. — Peter falou. — Sinceramente, nunca vou confiar nele para guardar um segredo, o Jungkook só deixa claro porque não consegue mentir para o Jimin, boiola.

— O Tae sabe guardar segredo sim. — Jin defendeu o ficante, olhamos para ele. — Tá! Ele não sabe, mas pelo menos tenta.

"Nem isso, eu quero que o Jungkook venha me contar sobre essa vida de criminoso dele e não eu chegar falando, eu sei o que você faz" expliquei meu ponto "Quero que ele confie em mim para dizer".

— Igual você confiar nele para dizer "eu te amo"? — Peter perguntou.

"Eu confio nele, mas é complicado" falei.

— Jimin e suas complicações. — Melissa falou, respeito por mim não existe nessa amizade.

"Antes dele ir para a Rússia, eu estava confiante para falar, mas após essas coisas eu fiquei reprimido de novo e agora levará um tempo" fui sincero.

— Nós te entendemos, vai no seu tempo, na hora que estiver pronto você fala. — Melissa falou.

— É, e se ele tivesse contado desde o início que sabia você estaria falando com ele agora, mas ele não contou. — Jin falou me defendendo.

— Por um lado eu entendo ele não falar, pelo pouco que conheço o Jimin ele consegue esconder muito bem o que realmente está sentindo por mensagens, então o Jungkook deve ter pensado que conversando isso pessoalmente saberia o que Jimin realmente acha sobre o assunto, porque ao vivo é fácil ler esse loiro.  — Peter, o único que defendeu o Jungkook. — E outra, Jimin iria criar o dobro de paranóias, provavelmente iria pensar "ele deve estar ajudando ela a fazer essas postagens para se livrar de mim mais facilmente, por isso que veio me contar".

Eu iria pensar exatamente isso, quem te contou?

— Eu fico triste do Jimin parar no hospital com aquela postagem, e uma conversa teria resolvido sem causar isso, mas não podemos colocar o Jungkook em uma cruz também. — concordo.

— Obrigado! — quase mata Peter do coração, eu iria falar que ele estava ouvindo, mas ele fez sinal de silêncio para mim. — Quem eu menos esperava me defendeu.

Sentou ao meu lado, e Peter querendo sair correndo.

— Vou parar de te perseguir. — Jungkook falou me abraçando de lado.

— Obrigado! — Peter falou.

— Estamos ferrados Jin. — Melissa falou. — Deixando claro que eu super te apoio também, nunca disse que iria te jogar em um vulcão em erupção com dinamites amarradas ao seu corpo.

— Você nunca errou, e se errou foi tentando acertar. — Jin falou, Tae sentou sem entender nada.

— Porque eles parecem com medo de mim? — nem é sonso.

"É que você transborda amor, para de ser sonso" cada coisa.

— Não sou sonso. — claro que não.

O sinal bateu, nós voltamos para a sala Peter contando como foi devolver a carta para a menina, que Jin precisou segurar a Melissa que quis voar no pescoço da outra.

Eu já vi a Melissa estrangulando alguém no primeiro dia, bons tempos.

Entramos na sala e fomos para os devidos lugares, coloquei a lancheira na mochila, virei para frente e a professora já estava na sala.

Peguei meu trabalho e fui levar para ela, agradeceu e eu voltei ao meu lugar, nisso eu nem vi que a lembrei da existência desse trabalho.

Metade da sala não fez, começaram a me olhar com raiva.

— Vocês não fazem o trabalho e quem fez leva a culpa, criem vergonha na cara que não tem criança aqui. — a professora me defendeu. — E tem até amanhã na primeira aula para me entregar esse trabalho que eu passei tem duas semanas, estarei na sala ao lado, quem não entregar para participar da minha aula irá precisar estar com os responsáveis aqui.

Otários!

O Jungkook levou o dele, ele sabia desse trabalho porque eu falei já que ele estava na Rússia, na verdade, todos os trabalhos que passaram eu falei com ele.

Meus amigos fizeram, ainda bem!

A aula dela passou normalmente, tive mais três aulas, hoje teve uma a mais porque o professor queria passar todo o conteúdo já que na próxima semana não estará presente.

Saí da sala com Jungkook, com o braço no meu ombro como sempre, estava terminando meu chocolate, meus amigos atrás conversando sobre o debate que tivemos na segunda aula após o intervalo, deu agressão de novo.

Eu vi uma cadeira voando, filosofia e suas pérolas.

Mas quem recebeu a cadeira só desmaiou, mais um corte na cabeça, nada muito grave assim também.

— O que vai fazer quando chegar em casa? — coloquei o último pedaço na boca.

"Almoçar e ir estudar um pouco, por quê?" perguntei.

— É só para saber se vai ficar incomunicável, você não mexe no celular quando está estudando. — porque me atrapalha. — Posso te ligar?

"Pode, não precisa pedir, é só ligar" não significa que irei atender, às vezes eu não escuto.

Descemos a escada, paramos no meu armário deixando os livros, fomos para o estacionamento porque ninguém vai a pé embora, Jungkook me leva, Tae leva o Jin, e Peter leva a Melissa.

— Vai bagunçar todo o meu cabelo, compra um carro Peter. — Melissa reclamou após colocar o capacete.

— Ganha carona e quer reclamar, só te aguento porque você já sabe. — o nosso segredo, Peter e suas aprontadas no banheiro dos professores. — E segura na minha cintura, me recuso pagar convênio porque você caiu e quebrou algo.

— Chato! — se despediram e foram os primeiros, Jungkook abriu a porta do carro e eu entrei, coloquei o cinto.

Jin bateu no vidro e eu abri, se apoiou para falar comigo.

— Você pode me passar os trabalhos que precisa entregar essa semana? — confirmei. — E o conteúdo que está estudando para as provas?

"Sim, eu e o Jungkook estamos bem adiantados, mas tento resumir de um jeito que não vai prejudicar ninguém" falei.

— Obrigado, até amanhã! — acenei e ele foi para perto do Tae na moto.

— Vamos, toquinho? — confirmei.

Ligou o carro e nós saímos do estacionamento, o caminho para a minha casa foi rápido como sempre, ao chegar eu tirei o cinto e ele também.

"Vai descer?" perguntei.

— Não, só preciso de algo antes de você descer. — Jungkook se eu falar agora "me beija", ele me ataca.

Mas dessa vez não foi apenas um selinho, ele mordeu devagar meu lábio inferior, fiquei molinho com isso.

— Desculpa se não gostou, mas sua boca é muito tentadora. — falou ao se afastar de mim.

"Eu gostei" muito, se quiser pode fazer de novo.

— Bom saber disso! — beijou minha testa. — Até mais, meu loirinho.

"Até" saí do carro e fechei a porta, após eu estar dentro de casa ele foi embora.

— Jimin, pode vir almoçar, seu irmão vai acabar comendo as panelas. — ouvi a voz do Vittorio.

Deixei minha mochila no sofá e fui para a sala de jantar, sentei à mesa.

"O que tem hoje?" perguntei.

— Carbonara, vocês vão gostar. — ele colocou para nós dois.

— Vittorio, como você conseguiu tanto dinheiro? — chutei a canela do curioso, olhou bravo para mim. — Me chuta de novo e eu conto para o Jungkook que está estudando russo.

"Cala a boca ou eu conto para o Yoongi que clonou o celular dele" irmãos são enviados do inferno para ferrar com a nossa vida.

— Ninguém vai contar nada, Hoseok não ameace seu irmão mais velho, Jimin não leve em consideração o que o mais novo fala, ele está blefando. — você não conhece o demônio. — E Hoseok porque clonou o celular do seu namorado?Em um relacionamento, a base é a confiança.

— Porque ele estava escondendo mensagens de mim, dei meu jeito de ver. — é uma peste mesmo. — Está de amizade com a ex dele, aquela puta.

— Justificável, mas é melhor não fazer isso. — Vittorio aconselhou a anta, e eu comendo, uma delícia! — E eu ganhei tanto dinheiro investindo em imóveis, vocês dois deveriam fazer isso, conseguem rápido seu primeiro milhão.

"Me manda o link" pedi.

— Irei mandar para os dois. — falou. — Porque está escondendo do Jungkook, o fato de estudar russo Jimin?

"Não tenho como explicar isso, mas resumindo, eu tenho vantagens dele não saber, ele conversa com bastante gente em russo perto de mim, pensando que não irei entender e eu estou entendendo tudo" expliquei sem revelar tantos detalhes.

— Entendo, sabe ser loucura né? — confirmei.

Comemos e eu subi para o meu quarto, Hoseok vai com Vittorio ao shopping comprar o novo videogame que lançou.

Primeiro escovei os dentes, depois fui trocar de roupa, sentei pronto para começar a estudar.

Meu celular tocou, é o Jungkook, peguei ele e coloquei no apoio antes de atender.

— Te atrapalhei? — neguei.

"Ainda não comecei" falei.

— Você vai estudar o que, toquinho? — perguntou.

"Matemática e biologia" respondi "O que está fazendo?

— Resolvendo assuntos pendentes. — máfia, é coisa da máfia. — Tenho uma pergunta para fazer.

Até parei de organizar o que iria estudar, olhei para a tela.

— Você concorda com o Jin ou com o Peter? — sobre? — A culpa é toda minha, ou sua opinião é diferente?

"Já sabe a resposta" jurava que já tínhamos esclarecido isso.

— Sei? — confirmei escrevendo quais contas irei estudar hoje.

"Sim, poderia ser diferente se eu soubesse, mas de qualquer jeito, eu iria criar paranóias sem sentido, dos dois jeitos teriam o mesmo final" eu no hospital "Você não é perfeito, muito menos eu, então essas coisas podem acontecer, só espero não me desentender com você de novo por falta de comunicação".

— Não vai acontecer, vou te contar tudo e tentar evitar as paranóias. — fala sobre a máfia então. — Eu te amo e não quero te perder.

Meu coração acelerou de um jeito, vou ter uma parada antes de conseguir admitir sentir o mesmo.

— Todo envergonhado, rosado! — não dei atenção para não piorar.

"Eu tô feliz de estar namorando" admiti.

— Também estou muito feliz de estar namorando você. — enfatizou ser eu. — Você é tão perfeito que nem parece de verdade.

"Está me deixando com vergonha, seu chato" falei "Também fico feliz por ser você meu primeiro namorado".

— E último, não vai namorar mais ninguém. — ciumento e possessivo. — Iremos casar e ser felizes para sempre.

Quase entrei embaixo da cama por vergonha, ele pensa em casar comigo.

"Você pensa em casar comigo?" confirmei.

— Sim, nosso namoro é algo sério que não vai ser apenas diversão, quero um futuro com você. — escondi meu rosto com o caderno. — Aparece, loirinho.

Abaixei e ele estava sorrindo me olhando, eu mais rosa que tudo, sorri involuntariamente.

"Você gosta de me ver rosa" sem vergonha "Também quero um futuro com você".

Coloquei o caderno de lado, desisti de estudar, Jungkook me desconcentra com essas frases que ele solta do nada.

— Agora você já pensa em filhos? — tossi um pouco.

"Vai devagar, ainda estamos namorando, e eu sou muito novo para ser pai" cada coisa.

— Não agora, é óbvio, em uns quatro anos. — vou estar com vinte e dois.

"Cedo, continua cedo" falei "Quando eu tiver com vinte e cinco conversamos sobre isso".

— Quanta coisa, será que nossos filhos vão se parecer mais com você ou comigo? — Jungkook nem é emocionado né? — Espero que dois pareçam comigo, e dois com você.

"Quatro? Ficou doido? Só dois" nem ferrando que vamos ter quatro filhos, não sou fábrica.

— Dois é pouco. — olhei bravo para ele. — Tá! Dois então.

Preciso comprar uma coleira para o Jungkook, meu cachorrinho.

— Já sei, podemos adotar dois. — ai Deus ele não vai desistir da ideia de quatro filhos.

"Jungkook, não, só dois" fez bico "E sem bico".

Cada coisa que eu tenho que passar por namorar ele, ainda dizem que ele é violento, sanguinário, não ama ninguém, está nesse momento com bico porque quer quatro filhos comigo.

— Só queria quatro filhos. — só isso, né? Quase nada. — Prefere menino ou menina?

"Não sei, menina eu acho" falei.

— Também prefiro, duas menininhas. — vai ser um pai babão. — Eu pesquisei nomes, gosto de Soo-min e Lara.

Esses nomes, eu já ouvi esses nomes, só não sei onde.

"Tem sete anos pela frente, pode mudar de ideia até lá" falei.

— Não me lembre que falta tudo isso. — apressado. — Nem acredito que vou ser pai de menina, mas preciso contratar seguranças para qualquer um que tentar chegar perto, morrer.

Fiquei só olhando sorrindo, ele falou de todos os planos para as duas meninas que ainda estão no nosso projeto, já estava preocupado com a formatura da faculdade delas, namorados ou namoradas.

— O que você acha? O quarto delas pode ser rosa ou roxo? — perguntou.

"Não sei, pode deixar elas escolherem" filhas? Não, ele já está pensando nas netas.

— É mesmo, não quero ser um avô chato. — queria que todos conhecessem essa versão do Jungkook, não aquela que coloca medo até nas paredes da escola. — Você está muito fofo, meu loirinho.

"Me deixa, minhas bochechas finalmente pararam de esquentar" estou parecendo um fogão.

— Não, gosto de ver elas rosas. — desnecessário.

Ouvi batida à porta, já voltaram? Virei a cadeira para a porta.

Hoseok e Vittorio entraram, com sacolas.

— Isso é para você Ji. — Vittorio falou colocando cinco sacolas na cama. — Se não servir você me fala e nós vamos nas lojas trocar.

— Ganhei um tênis da Dior. — Hoseok apontou o próprio pé.

"Obrigado, Vittorio" agradeci.

— Vamos Hobi, testar seu videogame. — arrastou meu irmão para fora do quarto.

— Ganhou roupas? — que susto!

Virei a cadeira para o celular de novo, "Sim, vou ver", aproximei as sacolas.

Tem bastante roupa, Jungkook sugeriu eu provar todas e mostrar para ele, isso vai me dar um trabalho, mas faço esse sacrifício.

Fui provando todas e mostrando, todas ele gostou, mas a última ele gostou mais.

— Vai com essa calça amanhã na escola. — nem pagando.

"Ficou doido? Essa calça está muito agarrada ao meu corpo" ele não viu, mas eu ganhei um cropped de moletom, só me recuso a usar.

— Está perfeito! Se você gosta mesmo de mim, vai usar. — me chantageando, maldade!

"Pensar no seu caso" fui para o closet e coloquei a roupa que eu já estava, voltei para o quarto me sentando "Você sabe que vão ficar me olhando se eu usar uma calça dessa, né?".

— Bem lembrado, não precisa usar mais, acho desnecessário. — fácil fazer ele mudar de ideia.

Ciumento!

Fiquei ainda um bom tempo conversando com ele, até ele precisar sair, me despedi e desliguei.

Minha tela de bloqueio é nós dois agora, a foto que estou com o pirulito gigante na mão do chaves e ele me olhando todo apaixonado.

— Eu amo ele. — falei olhando a foto.

Agora consegui estudar, uma hora e meia de matemática e uma de biologia, fui para russo em seguida, não serei fluente se não me esforçar.

Lembrei de algo, mandei no grupo todos os assuntos para estudar para fazer a prova sem dificuldade, me agradeceram.

— Eu preciso de um banho. — resmunguei ao terminar de estudar, levantei me espreguiçando.

Fechei a janela e a cortina, fui para o banheiro, tirei minha roupa para tomar banho, foi um longo banho.

Ao sair e após me secar, devolvi o colar ao pescoço e a aliança no dedo, fico olhando ela e sorrindo.

Eu e Jungkook namoramos na hora certa, porque demorou para eu confiar nas palavras dele "gosto de você", sempre tive meus problemas com confiança.

E em pensar que já melhorei muito, muito mesmo, eu tinha crises se me levassem em lugares públicos, como shopping, sorveteria, praças, e coisas assim, aí vem a questão e a escola?

Simples, por um ano estudei em casa, minha confiança no mundo exterior sempre foi quase inexistente.

Então foi uma surpresa do nada uma pessoa aparecer e começar a demonstrar que gosta de mim, do jeito que eu sou, sem mudar nada, por isso eu sempre duvidava de ser eu.

Ninguém nunca gostou, porque justo alguém como o Jungkook iria se apaixonar? Fiquei desconfiado, o Jungkook é o namorado dos sonhos de qualquer pessoa.

Quem no mundo diz "não namoraria ele", pode internar que logo morre, o cérebro está apodrecendo.

Eu instalei o Instagram de novo, ontem Jungkook postou uma foto minha no encontro enquanto eu escolhia o que iria comer, colocou na legenda "oficialmente meu namorado, loirinho".

Quem não quer alguém que te assuma para o mundo? Ele me ama, e tem uma paciência que eu invejo, porque se eu fosse ele já teria desistido faz muito tempo.

Mas ele esperou, e agora estamos namorando, nós nos apaixonamos sem beijo ou sexo, é muito amor envolvido.

Tô tão feliz!

Só não vivo andando sorrindo porque meus olhos se fecham e eu não enxergo nada, então não posso.

Entrei no closet, sentei no puff para hidratar minha pele e automaticamente as tatuagens, será que meu pai deixa eu fazer algo mais sombrio?

Vesti meu pijama de cetim azul-escuro, saí do closet e do quarto, desci para a cozinha.

Sentei à mesa, meu pai está bicudo por algum motivo que eu não sei, só coloquei comida para mim.

— Ninguém se importa comigo. — ouvi ele resmungando.

— Vai começar. — Vittorio falou. — O que foi dessa vez Jeong?

— Isso vai ser interessante. — Hobi falou para mim.

— Eu aqui triste e ninguém pergunta o motivo. — sofrido.

— Você nem tem motivo para estar triste, seus filhos estão bem e saudáveis, eu não fugi, sua vida está ótima! — concordo.

— Tenho sim, Jimin e Hoseok estão namorando e logo me abandonam. — é isso?

Parece o Jungkook sofrendo porque nossa filha vai namorar e deixar ele, nós nem estamos casados.

— Bem provável. — Hobi concordou, olhamos para ele. — Que foi? Ele disse que mentir é feio, Jimin na primeira oportunidade vai morar com o Jungkook, eu só tenho quinze anos ainda falta um tempo para ir embora.

— Como vocês abandonam um idoso? — Vittorio revirou os olhos.

— Dramático. — coisa da sua cabeça menino, ele nem faz drama.

"Eu não vou ir morar com o Jungkook" falei.

— Fala isso agora, não sabe o dia de amanhã. — Vittorio falou. — Amanhã você pode acordar pensando diferente, eu não esperava estar aqui há um ano e meio, noivo de um homem mais velho que já tem dois filhos, mas eu amo isso.

— Não escute ele filho, continue pensando que vai ficar aqui em casa. — meu pai falou, Vittorio olhou bravo para ele. — Ou não também.

— O pai está na coleira! — Hobi sussurrou.

— Eu te ouvi, Park Hoseok. — falou.

Eu tenho uma família doida, ninguém é normal.

Terminamos de jantar em paz, ajudei Vittorio a arrumar as coisas antes de subir. Entrei no quarto, antes de deitar peguei a caixa de bombons que ganhei.

Com o celular em mãos estava comendo meu chocolate, no Instagram da Yelena as publicações sumiram, foto de perfil está preto, e na biografia tem apenas uma frase "eu estou morta", literalmente.

Após o que ela me fez passar na semana passada, nem ligo do Jeon mandar matar ela, mulher dos infernos, obcecada pelo Jungkook.

Fui olhar as outras coisas no Instagram, Jungkook postou outra foto nossa, tiramos essa na escola hoje mais cedo e uma minha que eu estava distraído rindo de algo, provavelmente algo que meus amigos falaram.

Meu maior fã é meu namorado, preciso ser fã dele também.

Olhei minha galeria, achei uma foto dele, agora preciso de uma legenda bem interessante.

"O príncipe sente a sua falta", só ele vai entender, postei e fui olhar o WhatsApp.

Jungkook ainda não chegou do compromisso que ele foi, não ficou online, fui olhar as mensagens no grupo.

Peter
O perfil do Jungkook está parecendo um templo de adoração ao Jimin.

Melissa
Se meu namorado não for assim eu choro.

Jinjin
Meu pretendente nem me assume, quem não tem está mais no lucro que eu.

Melissa
Tae é mais devagar que o Jungkook, e menos romântico, então vai demorar para ele assumir.

Peter
Dá um gelo nele que resolve facinho.

Jin não consegue dar gelo nele.

Jinjin
Consigo sim, só não quero fazer, nem estou com tanta pressa assim também de namorar.

Peter
Nós dois sabemos que isso é mentira, você não vê a hora de estar namorando.

Melissa
Concordo.

Jinjin
Eu querer não vai mudar nada, vou gostar justo do lerdo, Jimin foi esperto em ele ser o lerdo da relação.

Ei, sem ofender.

Eu nem sou lerdo.

Peter
Jimin, você me fez rir, essa foi boa.

Melissa
Jimin, que legenda é aquela na foto do Jungkook? Não entendi.

Peter
Bem lembrado, fiquei cinco minutos olhando para entender.

Jinjin
Só por isso ficou olhando? Ou porque Jungkook está sem camisa?

Peter
Até parece que iria ficar babando pelo namorado do meu amigo, e o Jungkook é muito ativo, não faz meu tipo.

Ativo?

Eu já li em algum lugar sobre isso, preciso me lembrar.

Peter
É Jimin, seu namorado é ativo e você o passivo.

Vou pesquisar no Google, mas tenho certeza que já vi isso, o Google me respondeu algo com contabilidade, aí eu precisei especificar "o que é ativo e passivo na relação?", agora ficou bem explícito.

Fiquei rosa!

Voltei ao grupo, estão discutindo para saber quem é ativo e passivo na minha relação.

Peter
Isso eu afirmo com certeza, Jungkook é ativo e o Jimin passivo.

Melissa
Não podemos afirmar isso baseado na aparência deles, o Jimin pode ser ativo e o Jungkook versátil.

Jinjin
Tô com o Peter, conhecendo Jimin há muito tempo posso dizer, meu amigo é passivo!

Melissa
Eu fico com a opção que os dois são versáteis.

Peter
Menina hétero não opina, Jimin é passivo!

Jinjin
Ela é hétero? Chocado.

Peter
Sim, ela é.

Melissa
Nisso ele está certo, eu sou, e posso opinar sim, Jimin é versátil!

Gente, menos.

Porque isso importa?

Peter
Na verdade, não importa, só quero provar que estou certo mesmo, então tire a nossa dúvida.

Melissa
É, eu estou certa, ou esses dois gays encalhados?

Ri com aquilo, povo que gosta de estar certo.

Jinjin
Encalhado, porém, sem chifres.

Peter
Exatamente Jin, nossas cabeças não pesam.

Povo terrível, quero morrer amigo deles.

Melissa
Me deixa ser chifruda, vai Jimin.

Nunca pensei sobre isso, mas agora que pensei.

Desculpa Melissa, eles tem razão.

Áudio Peter
EU FALEI PORRA.

Peter
Meu passivo preferido.

Melissa
Droga, agora vou ouvir por uma semana esses dois cantando vitória.

Jinjin
Isso aí Jimin, passivo é a melhor coisa que tem.

Peter
Eu fico com ser ativo mesmo.

Jinjin
Eu não, muito trabalho, prefiro ser passivo.

Jinjin
Como assim ele é seu passivo preferido? Tem eu.

Melissa
Agora temos outro assunto para discutir, quem é o passivo preferido do grupo.

Recebi mensagem da Melissa no privado, perguntando da legenda da foto, expliquei para ela o que significa.

Melissa
Sou tão sozinha, vocês são fofos!

Melissa
Ele postou uma foto sua, nada de novo.

Saí do WhatsApp, fui para o Instagram, não lembro onde ele tirou essa foto, lembrei! Foi no dia que dormi na casa dele antes da viagem para a Rússia, ele tirou uma foto minha dormindo.

A legenda, "Meu príncipe, o mundo não vai mais te machucar", sou emotivo para.

Curti a foto e respondi, poderia falar "não vai mesmo, mandou matar os últimos que fizeram isso", mas foi algo menos polêmico.

Ele enviou mensagem no WhatsApp, aí eu tive que voltar para lá, mas tem mensagem no grupo, entrei para ver se ainda estão discutindo.

Peter
Então Jimin já dormiu com o Jungkook, porque esse quarto na foto definitivamente não é seu, só tem o led azul parecido.

Jinjin
Jimin já dormiu lá duas vezes, safado!

Melissa
Muito safado!

Vocês são doidos, nós apenas dormimos, só isso.

Fui para a conversa com o Jungkook, ver o que ele mandou.

Meu cara tatuado
Loirinho, como posta foto minha sem camisa? Muita gente vai ficar olhando o que só você deveria ver.

A preocupação dele é excelente, mas bem pensado, não irei apagar agora.

Não sou ciumento a esse ponto, você pode olhar, desejar, mas quem vai tocar sou eu.

Meu cara tatuado
Então sente minha falta?

Não pensei nisso na hora que postei, mas eu não ligo que olhem, não vão tocar mesmo.

Sim, estou sentindo muito a sua falta.

E eu mudei o contato dele, antes era só "cara tatuado" agora é "meu cara tatuado", até eu achar outro apelido para ele.

Meu cara tatuado
Também sinto a sua falta.

Meu cara tatuado
Vai na sua janela.

Ele não veio aqui né?

Levantei da cama e fui até a janela, abri a cortina e ela, Jungkook estava do lado de fora do carro.

Chegou mensagem, olhei.

Meu cara tatuado
Vem aqui fora, quero ver você mais de perto.

Estou indo.

Fui para o banheiro, escovei meus dentes porque eu estava comendo chocolate, depois para o closet colocar a calça do pijama.

Saí do quarto e desci pulando degraus, Vittorio está na mesa mexendo no MacBook e meu pai na sala assistindo dorama.

— Onde está indo? — meu pai perguntou.

"Jungkook veio me ver" falei.

— Uma hora dessa? — confirmei.

— Que fofinhos. — Vittorio falou.

— Só não demore. — falou. — Está tarde para ficar na rua.

"O senhor chegava em casa cinco horas da manhã, muito tarde para um idoso estar na rua" contestei.

— Ele te pegou, Jeong. — Vittorio riu.

"Tchau" saí de casa após calçar meu chinelo, fui até o Jungkook já o abraçando.

— Meu loirinho. — me abraçou de volta. — Porque demorou?

"Falando com meu pai" contei após me soltar dele, "Você está vindo da sua casa?" negou.

— Academia. — olhei para ele, mas nem suou? — Lá tem banheiro, sempre tomo banho antes de seguir para casa.

"A tá! Nunca vi fazer academia sem suar. No perfil da sua falecida ex não tem nada" falei.

— A família deve ter apagado. — claro, e eu nasci ontem. — O que fez após eu precisar sair?

"Estudei, depois tomei banho e jantei, fiquei conversando com meus amigos, o que te fez sair?" ele não vai falar, querem apostar quanto?

— Algo sem importância. — ele pretende esconder isso até quando?

"Tudo bem! Minhas tatuagens já estão cicatrizadas? Estava pensando em fazer outra" segurou meu braço subindo a manga do pijama, passou o dedo em cima do gatinho.

— Por ser pequena seria rápido, e foi, deixa eu ver a maior. — sorte que o pijama é largo, então deu para subir tudo e ver o coração. — Essa falta um pouco, quando completar um mês talvez, já que não tem tantos traços detalhados.

Abaixei a manga, ótimo saber que já estão ok.

— O que pretende fazer? — perguntou.

"Ainda pensando, quando eu decidir será o primeiro a saber" falei "Sua irmã está bem? Não falou dela desde que voltou".

— Deve estar, ela ficou lá na Rússia. — não entendi.

"Por quê? Ela não quer mais morar com você?" perguntei.

— Ela não liga muito onde está na verdade, minha avó achou melhor ela passar um tempo lá na Rússia, já que ela não pode ser criada pela babá porque eu ficaria muito ocupado ao voltar. — com a máfia, eu sei.

"Parece triste com isso, você gostava de ter ela por perto" apegado a irmã mais nova.

— Sim, mas isso é o melhor para ela, minha avó tem tempo para ficar com ela, Rosa também ficou lá. — voltou só ele e Tae pelo jeito. — Eu tenho a escola, meus próprios compromissos, estudar para as provas, assim que eu fizer as provas minha avó disse que posso ir buscar ela e ela volta a morar comigo.

"Vou te ajudar a estudar para você conseguir passar com cem porcento" e agora ele fica sozinho naquela casa enorme.

— Obrigado loirinho, sua ajuda é muito bem-vinda. — me trouxe para mais perto pela cintura. — Você está mais fofo com esse pijama.

E rosa, será que um dia eu paro de ficar rosa? Eis a questão.

— Rosado! — obrigado por me lembrar. — Fico cada vez mais apaixonado por você.

Está subindo o tom de rosa, agora eu percebi que me encolhi por vergonha.

"Está me deixando com vergonha" falei.

— Gosto de como suas bochechas ficam quando está com vergonha. — ele faz de propósito. — Você é tão pequeno, toquinho.

"Nem vou contestar" gosto de ficar no meio das pernas dele, e ele com as mãos na minha cintura "É melhor você ir, está tarde e o caminho para a sua casa é longo".

— Está me expulsando? — confirmei. — Isso não é jeito de tratar seu namorado toquinho.

"É para o seu bem, falta algumas horas para nós nos vermos na escola" falei.

— Muito tempo. — beijou meu pescoço, fico molinho quando ele faz isso. — Quer ir para a minha casa?

"Hoje eu não posso, meu pai vai ter a certeza que estou abandonando ele" e fazer um drama enorme.

— Por quê? — perguntou.

"No jantar surgiu o assunto que logo eu e o Hobi iremos abandonar ele, Hobi confirmou dizendo que em breve eu irei morar com você, mas que ele ainda falta um pouco pela idade".

— Não ligaria se você viesse morar comigo. — sorrir nesses momentos é certeza que está louco, né?

"Um pouco cedo para isso, mas pensarei com carinho nessa hipótese" respondi.

— Se disser não vai ferir meu coração. — nem é dramático.

"Não seja dramático, no segundo dia de namoro você já falou sobre filhas e netas, agora morar com você, vamos com calma" apressado.

— Sou emocionado, me deixa. — é notável. — Quando você ama alguém, quer ela sempre por perto e imagina um futuro com ela, assim eu me sinto com você, quero você sempre perto e um futuro lindo com você.

"Meus amigos tem razão, você é muito romântico, gosto disso" porque eu não sei nada de romances além do que li "Também quero ficar perto de você, e ter um futuro com você, só não esperava que fosse citar isso hoje, me pegou de surpresa".

— Eu sei, mas fique despreocupado que vamos no seu tempo. — é, porque se fosse no dele, hoje casamos, amanhã temos duas filhas. — Com calma.

"Você está enrolando para não ir embora, sem vergonha" falei ao notar o que ele está fazendo.

— Fui descoberto. — despediu-se de mim, com um selinho e um beijo na testa. — Até amanhã, loirinho!

"Até" falei não querendo soltar ele.

— Trouxe uma coisa para você. — abriu a janela do carro, e pegou uma sacola, me entregou. — Aquele pacote de pirulito já deve ter acabado.

"Obrigado!" agora ele se foi, entrei em casa, meu pai dormindo enquanto a televisão fala sozinha e Vittorio ainda na mesa.

— Boa noite, Jimin! — falou.

"Boa noite!" subi para o meu quarto, deixei a sacola em cima da escrivaninha, fui para a janela e fechei também as cortinas.

Deitei na cama, me cobri e fui dormir.

[...]

— Então ela fez ele parar no hospital com uma publicação? — Jungkook confirmou para a avó. — Sabe que tem culpa nisso por não falar com ele, né?

— Sim, vó, mas a maior parte da culpa é dela por postar aquilo sendo que eu deixei claro que não sentia nada por ela. — falou.

— Eu mesma cuidarei dela, em uma hora ela não estará mais entre nós...................

































































































O colar.

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!

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