XIV. Corpos quentes.

Olá, meus amores! Como vocês estão? Espero que todos estejam bem! Antes de mais nada, quero desejar a vocês um Feliz Ano Novo cheio de amor, saúde e realizações! ❤️

Quero avisar que, como já mencionei antes, as atualizações das fanfics podem não ser tão frequentes nos próximos dias. Isso ainda não é definitivo, mas acho importante deixar vocês avisados caso eu demore mais que o esperado. Não se preocupem! Eu não vou abandonar as histórias.

Além disso, tenho uma novidade: criei um grupo para nós! Ele é um espaço para conversarmos, criarmos laços e compartilharmos nossa paixão por Taekook (obviamente). Quem quiser participar, o link estará disponível no meu IG esterralencar.

Quero ver seus comentários, isso me anima muitooo!!

Agora, vamos ao que interessa: boa leitura e até mais!

Ps: perdão qualquer erro❤️


Taehyung estava deitado na cama, apoiado em um dos cotovelos enquanto observava Jungkook com atenção. O alfa estava absorto na criação de uma nova lança, os músculos dos braços flexionando a cada movimento. A concentração em seu rosto era quase adorável, mas o que realmente chamou a atenção de Taehyung foi o longo cabelo de Jungkook. Os fios caíam continuamente em seus olhos, fazendo-o bufar de frustração enquanto tentava afastá-los com um rápido movimento da cabeça.

O ômega não conseguiu conter um sorriso. Jungkook, o alfa mais forte e selvagem que ele conhecia, estava sendo derrotado pelo próprio cabelo.

— Jungkook. — chamou, sua voz suave, carregada de diversão.

O alfa parou, virando a cabeça para olhar para ele.

— O que?

— Vem aqui, deixa eu arrumar seu cabelo pra você.

Jungkook franziu a testa, claramente desconfiado da ideia. Ele hesitou por um momento, seus olhos indo da lança para Taehyung. Finalmente, com um suspiro, colocou a arma de lado e caminhou em direção à cama.

— Senta no chão. — Taehyung apontou para o espaço à sua frente. — Vou fazer uma trança.

Jungkook ergueu uma sobrancelha, confuso.

— Transa, karami?

A risada de Taehyung preencheu o espaço, leve e melodiosa, como música para os ouvidos do alfa.

— Trança, Jungkook! — corrigiu, ainda rindo. — Meu Deus, onde é que você tá com a cabeça?

Jungkook coçou a nuca, sem graça, mas não conseguiu evitar um pequeno sorriso ao ver o quanto aquilo divertiu Taehyung. Ele se sentou no chão, de costas para o ômega, esperando enquanto sentia as mãos pequenas e delicadas começarem a mexer em seu cabelo.

— Sabe, você é um alfa muito fofo. — comentou Taehyung, o tom provocativo, mas havia um carinho genuíno em sua voz.

Jungkook soltou um grunhido baixo, como se tentasse disfarçar a satisfação que sentiu com o elogio.

— Eu gosto de fofo. — murmurou ele, a voz mais baixa, quase como uma confissão.

Ele se inclinou levemente e beijou a bochecha de Jungkook, um gesto rápido e impulsivo que deixou o alfa paralisado por alguns segundos.

— Fica quieto, senão vai sair torto. — Taehyung disse, voltando a trabalhar na trança como se nada tivesse acontecido.

Jungkook tocou a bochecha onde o beijo pousou, um sorriso pequeno se formando em seus lábios. Ele ficou em silêncio, permitindo que Taehyung terminasse o penteado.

— Pronto. — anunciou o ômega, afastando-se um pouco para admirar seu trabalho. — Agora você pode trabalhar sem se preocupar com o cabelo caindo nos olhos.

Jungkook ergueu uma mão para tocar a trança, explorando o formato com os dedos. Ele olhou para Taehyung por cima do ombro, seus olhos âmbar e brilhantes encontrando os do ômega.

— Amei.

Taehyung sorriu, satisfeito.

— De nada. Quem sabe eu faço isso mais vezes... se você me deixar.

Jungkook virou-se para ele, uma expressão séria mas carinhosa no rosto.

— Tudo que quiser.

Jungkook abaixou-se lentamente, os olhos fixos nos de Taehyung, como se estivesse pedindo permissão silenciosa. Quando seus lábios finalmente se encontraram, foi como um choque elétrico que percorreu ambos. O beijo começou tímido, mas rapidamente se transformou em algo feroz e intenso, as mãos de Jungkook segurando a cintura de Taehyung com firmeza enquanto o ômega cedia completamente, permitindo que o alfa liderasse.

Jungkook aprofundou o beijo, sua língua explorando cada canto da boca de Taehyung, que gemia baixinho contra os lábios dele, incapaz de conter as sensações que o dominavam. Mas o alfa não parou por aí. Ele quebrou o beijo apenas para descer os lábios ao pescoço exposto de Taehyung, mordiscando e sugando com intensidade. O ômega arqueou o corpo contra ele, sentindo a pele arrepiar sob os toques.

Entre os beijos e as mordidas, Jungkook parou subitamente. Ele inspirou profundamente, os olhos escurecendo, e então murmurou contra a pele sensível do pescoço de Taehyung:

— Cio.

Taehyung ficou estático por um segundo, os olhos se arregalando. Ele afastou Jungkook levemente, olhando para ele com uma mistura de choque e confusão.

— Cio...? — repetiu, e então soltou uma risada nervosa, tentando processar. — Jungkook, o que você está dizendo? Apenas cadelas... ou animais fêmeas têm cio, seu bobo.

Jungkook arqueou uma sobrancelha, o sorriso zombeteiro brincando em seus lábios enquanto encarava o ômega com uma expressão que misturava provocação e seriedade.

— Você é fêmea.

As palavras caíram como uma bomba. Taehyung arregalou os olhos ainda mais, o rosto completamente vermelho enquanto seu corpo congelava. Ele piscou algumas vezes, a boca abrindo e fechando, tentando processar o que acabara de ouvir.

— E-eu o quê?! — gaguejou, completamente indignado, embora o tom de sua voz entregasse mais nervosismo do que raiva.

Jungkook cruzou os braços, inclinando a cabeça levemente enquanto o observava, como se estivesse analisando a reação do Kim com diversão.

— Kaori é fêmea... — Ele deu de ombros, como se fosse um fato óbvio. — Você entra no cio.

— Eu... Isso... Não! — Taehyung levou as mãos ao rosto, completamente perdido. — Isso é impossível! Eu sou um homem! Homens não têm cio, Jungkook!

— Alfas não, ômegas sim.

O alfa deu um passo à frente, inclinando-se um pouco para encarar Taehyung de perto, os olhos intensos demais para que o ômega conseguisse sustentá-los.

O ômega sentiu o coração quase sair pela boca. As palavras de Jungkook ecoaram em sua mente, e o cheiro doce e intoxicante que ele mal havia notado começou a fazer sentido.

— Jungkook... — tentou argumentar, mas sua voz soava fraca, quase um sussurro.

— Taehyung. — Jungkook continuou, o tom um pouco mais gentil. Ele se aproximou mais, a presença imponente do alfa deixando o ômega incapaz de se mover. — Não é algo ruim.

— Isso ainda não faz sentido... — Taehyung murmurou, uma risada nervosa escapando enquanto ele desviava o olhar, tentando ganhar algum controle sobre a situação.

Mas Jungkook não deixou. Com um movimento cuidadoso, ele segurou o queixo de Taehyung, fazendo-o encará-lo novamente.

— Eu vou cuidar. — sussurrou, os olhos fixos nos dele, a intensidade da conexão queimando como fogo.

Taehyung sentiu as palavras quebrarem algo dentro dele, mas antes que pudesse responder, desviou o olhar novamente, cobrindo o rosto com as mãos.

— Você é impossível. — murmurou, a voz abafada, enquanto sua mente girava em mil direções.

Jungkook sorriu novamente, dessa vez mais suave, e se afastou um pouco, respeitando o espaço do ômega.

— Eu sei. — disse simplesmente, antes de pegar a lança que havia deixado de lado.

Taehyung não respondeu, o rosto queimando enquanto ele enterrava a cabeça no travesseiro.

Taehyung mal conseguia se concentrar enquanto Jimin gesticulava e falava animadamente sobre algo. As palavras pareciam ecoar ao longe, desconectadas, enquanto sua mente insistia em repetir, incessantemente, as palavras de Jungkook: "Você vai entrar no cio."

Ele piscou, tentando voltar à realidade, mas era impossível. Sua cabeça estava cheia de perguntas: Ele realmente entraria no cio? Os lobos ao seu redor já podiam sentir o cheiro? Isso significava que ele atrairia outros alfas? Ele se tornaria algum tipo de lunático por sexo?

A ideia era absurda, aterrorizante até. Taehyung tentou controlar o rubor que subia em seu rosto, mas o calor queimava intensamente em suas bochechas.

— Taehyung? — a voz de Jimin finalmente o trouxe de volta à realidade. Ele piscou, encarando o amigo que o olhava com uma expressão de leve preocupação. — Você está me ouvindo?

— O quê? Ah, claro... Desculpa, estava distraído.

Jimin arqueou uma sobrancelha, claramente cético, mas decidiu não insistir.

— Eu estava falando sobre o treinamento dos ômegas na vila vizinha. Dizem que alguns estão começando a controlar melhor seus instintos, mas... — Ele parou de repente, analisando o olhar perdido de Taehyung. — Espera aí. Você está estranho. O que aconteceu?

— Nada! — Taehyung respondeu rápido demais, sua voz um pouco mais alta do que o normal.

— Nada, é? — Jimin cruzou os braços, um sorriso travesso surgindo no rosto. — Isso tem a ver com o Jungkook, não tem?

Taehyung sentiu o estômago revirar. Jimin era como um lobo caçando o menor sinal de fraqueza, e ele sabia que estava completamente exposto.

— Não é nada demais. Só... — Ele desviou o olhar, mordendo o lábio inferior. — Só estou pensando em coisas que ele disse.

— Coisas, tipo...?

Taehyung suspirou, percebendo que seria impossível despistar o amigo.

— Ele disse que eu vou entrar... no cio.

A risada de Jimin foi instantânea e alta, enchendo o ambiente.

— No cio?! — ele repetiu, quase engasgando de tanto rir. — Já era hora!

— Não é engraçado, Jimin! — Taehyung retrucou, cruzando os braços e franzindo a testa.

— Desculpa, desculpa. — Jimin tentou se recompor, embora o sorriso persistisse. — É só que... Bom, não me leve a mal, mas isso explicaria algumas coisas.

— Tipo o quê?

— Tipo o fato de você estar mais irritado, sensível... E, talvez, um pouco mais... atraente.

— O quê?! — Taehyung praticamente gritou, o rosto ficando ainda mais vermelho.

— Calma, Tae. Não estou dizendo que você está se jogando em cima de alguém.

Taehyung enterrou o rosto nas mãos, desejando desaparecer.

— Isso é um pesadelo. — murmurou.

Jimin deu de ombros, agora mais sério.

— Não é tão ruim assim. O Jungkook está por perto, e você sabe que ele nunca deixaria nada de ruim acontecer com você.

Taehyung ergueu o olhar, surpreso com a sinceridade na voz de Jimin.

— Eu não sei como lidar com isso, Jimin. Nunca pensei que passaria por algo assim. Isso não é do meu mundo!!

— O seu mundo antigo, já não existe Tae. Mas você não está sozinho, o Jungkook não tirava os olhos de você hoje. Se alguém vai cuidar de você, é ele.

Taehyung suspirou novamente, as palavras do amigo trazendo um misto de alívio e nervosismo.

— Acho que estou mais perdido do que nunca.

— Bem-vindo a isso, querido. — Jimin brincou, sorrindo com leveza. — Mas, não se preocupe, você vai ficar bem.

Taehyung tentou sorrir de volta, mas sua ansiedade ainda o consumia.

— Mas... devo alertá-lo de algumas coisas. — Jimin continuou, a expressão suavizando com um toque de seriedade. — Você vai ficar muito, mas muito sensível e... chorão.

— Sensível e chorão? — Taehyung repetiu, incrédulo. — Você está falando como se eu fosse um bebê indefeso!

Jimin segurou uma risada.

— Odeio ser o portador de más notícias, Tae, mas é meio que isso. Talvez aconteça, talvez não. — Ele piscou, divertido, antes de prosseguir. — Outra coisa: você pode acabar vomitando, desmaiando ou até queimando de febre no pré-cio.

Taehyung arregalou os olhos.

— Vomitando? Desmaiando? Febre? Jimin, isso parece mais uma maldição do que uma experiência natural!

— Eu sei, eu sei. — Jimin riu, balançando a cabeça. — Não é exatamente uma caminhada no parque, mas é temporário. Depois que passar, vai parecer menos assustador.

— Isso se eu sobreviver. — Taehyung murmurou, cruzando os braços.

Jimin tocou o ombro do amigo de forma reconfortante.

— Você vai sobreviver, e não vai estar sozinho. Jungkook está literalmente programado para cuidar de você. Alfas ficam ainda mais protetores quando seus ômegas estão passando por isso.

Taehyung abriu a boca para responder, mas fechou rapidamente.

— Tae, só deixa as coisas fluírem. Pare de pensar tanto, quando acontecer, o Jungkook vai está lá, nenhum alfa vai chegar tão perto. — falou calmo. — Agora vamos voltar para o treinamento, tudo bem?

Jimin sorriu curto ao ver Taehyung concordar.

5 DIAS DEPOIS.

Taehyung estava claramente frustrado, seus olhos fixos em Jungkook enquanto ele arrumava algumas coisas para a viagem. O ômega estava sentado na cama, a expressão de desagrado estampada em seu rosto, e Jimin o observava, claramente tentando esconder o sorriso diante da cena.

— Por que eu tenho que viajar? — Taehyung perguntou pela décima vez, sua voz carregada de impaciência.

— Taehyung, vai ser algo divertido. Só vocês dois, aposto que irá amar. — Jimin tentou acalmá-lo, embora sua expressão transmitisse um toque de diversão e malícia. — Além do mais todos os ômegas passam por isso, você não é incomum.

Taehyung revirou os olhos e, em um impulso, se levantou da cama. Aproximou-se de Jungkook, que estava distraído, organizando suas coisas. O ômega, com a expressão doce e fofa de sempre, fez uma pergunta baixa.

— Precisa de ajuda?

Jungkook, sem tirar os olhos das suas tarefas, apenas negou com um sorriso suave, mas Taehyung notou a leveza na resposta. Ele se sentiu estranho, como se um vazio o preenchesse sem razão aparente. Algo estava lhe faltando, e ele não sabia identificar o que era. Seu coração apertou, e uma sensação de tristeza o envolveu, quase como se fosse algo que ele não pudesse controlar.

Ele se afastou e se sentou novamente na cama, seu olhar perdido no nada, ainda imerso em uma sensação de melancolia. Jungkook, ainda ocupado, de repente ergueu a cabeça, os olhos focados em Taehyung com uma expressão atenta. Ele sentiu, sabia o que estava acontecendo, e não precisou de palavras para perceber a mudança no ômega.

A marca de Jungkook, aquela conexão que agora existia entre eles, sentiu-se mais forte, pulsando com uma intensidade que ele não podia ignorar. Ele se aproximou de Taehyung, tocando seu ombro com suavidade.

— O que foi? — perguntou, a voz suave, mas com um toque de preocupação.

Taehyung olhou para ele, sem palavras, mas a tristeza era evidente em seus olhos. Antes que pudesse responder, Jimin, que estava observando a troca silenciosa entre os dois, finalmente falou.

— Efeito do cio. — Jimin disse com um suspiro antes de se virar, como se entendesse o que estava acontecendo e estivesse pronto para deixar o casal lidar com isso a sós.

Jungkook, agora totalmente focado no ômega, abaixou-se à sua frente e, com um gesto cuidadoso, tocou o rosto de Taehyung, forçando-o a olhar nos seus olhos.

— Shiu... não fica assim. — A voz de Jungkook estava carregada de calma.

O ômega, com os olhos marejados, abaixou a cabeça novamente, sentindo a pressão da emoção que havia reprimido. Ele não sabia exatamente por que, mas precisava de Jungkook ali, perto, sentindo a presença dele como uma âncora para seus pensamentos e sentimentos confusos.

— Eu... não sei o que está acontecendo comigo. — Taehyung murmurou, sua voz quebrada. — Eu estou parecendo uma mulher na gravidez. — falou causando uma risadinha no alfa.

Jungkook sentou-se ao lado dele, envolvendo o ômega em um abraço apertado e protetor. Ele sabia o que Taehyung precisava ouvir, sabia que, mais do que tudo, o ômega queria ser acolhido, queria se sentir seguro em meio ao turbilhão de emoções.

— É o cio. Vai passar. — Jungkook falou com calma, acariciando os cabelos de Taehyung com a ponta dos dedos.

Taehyung, ainda sentindo-se vulnerável e perdido, deixou-se afundar no abraço do alfa, sentindo um conforto profundo. No fundo, ele sabia que, por mais confuso que fosse o que estava acontecendo com seu corpo e sentimentos, ele não estava mais sozinho. Jungkook estava ali, sólido como uma rocha, sempre presente.

Mas então, sem aviso, as palavras escaparam dos lábios de Taehyung, como um sussurro carregado de verdade:

— Ju-Jungkook, eu amo você.

O alfa congelou por um segundo, dificilmente o garoto falava isso. Os olhos âmbar de Jungkook brilharam, suavizando-se com uma mistura de emoção e felicidade. Um sorriso largo e genuíno se formou em seu rosto, tão raro e tão puro que quase tirou o fôlego de Taehyung.

Jungkook segurou o rosto do ômega com suas mãos grandes e protetoras, os dedos acariciando a pele macia das bochechas de Taehyung. Ele inclinou-se devagar, como se estivesse saboreando o momento, antes de selar seus lábios em um beijo profundo e carregado de sentimento.

Quando o ar se tornou uma necessidade, Jungkook afastou-se apenas o suficiente para que seus olhos encontrassem os do ômega, que agora estavam brilhando com lágrimas não de tristeza, mas de emoção.

— Lindo, muito lindo.

Taehyung sorriu timidamente, mordendo o lábio inferior, completamente desarmado pelas palavras de Jungkook. Ele não sabia exatamente como reagir, seu coração batia descompassado, e seu rosto queimava em uma mistura de vergonha e felicidade.

— Jungkook... — começou Taehyung, a voz hesitante, mas o alfa não permitiu que ele terminasse.

Com suavidade, Jungkook inclinou-se novamente e capturou os lábios do ômega em um beijo breve, mas cheio de carinho. Foi delicado, como uma promessa silenciosa.

— Shiu... — murmurou Jungkook contra os lábios de Taehyung, suas mãos grandes e firmes subindo para acariciar os cabelos macios do ômega.

O coração de Taehyung parecia prestes a explodir, uma mistura de alegria e emoção tomando conta dele. Sem conseguir se conter, ele se jogou nos braços de Jungkook, abraçando-o com força e enterrando o rosto no pescoço do alfa.

— Não chore. — Jungkook falou com uma ternura que o surpreendeu até mesmo, sentindo o calor úmido das lágrimas de Taehyung contra sua pele.

— Desculpa... — Taehyung respondeu baixinho, tentando limpar o nariz e afastar as lágrimas com as mangas da camisa, mas parecia inútil.

Jungkook sorriu pequeno e, com cuidado, usou os dedos para enxugar as lágrimas que ainda escorriam. Ele inclinou-se, depositando um beijo suave na pálpebra de Taehyung, como se quisesse apagar qualquer traço de tristeza.

Taehyung ergueu os olhos para encontrar os de Jungkook, tão cheios de compreensão e afeto que ele sentiu uma nova onda de emoção. Ele não sabia como aquele alfa conseguia deixá-lo tão vulnerável e ao mesmo tempo tão seguro.

— Você me faz sentir tão protegido... — Taehyung murmurou, a voz quase um sussurro.

Jungkook sorriu, inclinando a testa contra a de Taehyung enquanto suas mãos acariciavam as costas do ômega.

— Sempre.

Taehyung estava dentro da pequena casa no meio da nevasca, o frio intenso penetrava até os ossos. A cabana era simples, mas servia como abrigo temporário. Enquanto tentava acender a velha lareira com as lenhas que Jungkook havia trazido mais cedo, ele olhou para a janela e viu a neve caindo pesada lá fora.

Por um momento, Taehyung hesitou, os dedos parando de mexer nas lenhas. Algo lá fora chamou sua atenção. Ele se aproximou da janela pequena e embaçada, limpando o vidro com a manga da camisa para ter uma visão mais clara.

E então ele o viu.

No meio da tempestade branca, a figura imponente de um grande lobo negro destacava-se contra o fundo. Era Jungkook, em sua forma lupina, e Taehyung ficou momentaneamente sem ar. Mesmo de longe, era impossível não se impressionar com sua presença: os músculos tensionados, a postura alerta, os olhos âmbar brilhando como brasas no meio da neve.

Nunca deixará de ser impressionante.

Taehyung observou com atenção enquanto Jungkook se movia com uma precisão quase sobrenatural, as patas mal deixando marcas na neve. Sua postura era elegante, mas carregava um peso de selvageria. Por um momento, o lobo ergueu a cabeça, farejando o ar, os olhos atentos escaneando o horizonte.

E então aconteceu. Com um salto poderoso, Jungkook desapareceu atrás de uma formação rochosa. Taehyung não pôde ver o que aconteceu, mas o som de algo grande correndo na neve chegou até ele. Não demorou muito até que Jungkook reaparecesse, com pedaços de galhos secos e musgo entre os dentes, como se estivesse trazendo materiais para reforçar a lareira contra a tempestade.

Havia algo incrivelmente terno naquela cena, mesmo em sua forma lupina. Apesar de toda sua força e imponência. Minutos depois, Jungkook entrou na casa, agora de volta à sua forma humana. -já vestido- Ele estava coberto por um leve manto de neve, os cabelos bagunçados e o olhar intenso, mas havia uma calma natural em seus movimentos.

— Está tudo seguro. — disse Jungkook, a voz rouca enquanto colocava os galhos próximos à lareira.

Taehyung apenas o observou em silêncio, ainda tentando processar o que havia acabado de presenciar.

— Você viu? — Jungkook perguntou, sem precisar olhar para Taehyung para saber a resposta.

— Sim... Eu vi. — Taehyung respondeu, sua voz mais baixa do que o habitual.

Jungkook caminhou até ele, parando bem à sua frente. O alfa inclinou-se levemente, seus olhos âmbar ainda brilhando como se o lobo dentro dele ainda estivesse desperto.

— Você tem medo? — perguntou Jungkook, sua voz quase um sussurro, mas carregada de seriedade.

Taehyung balançou a cabeça lentamente, erguendo os olhos para encontrar os de Jungkook.

— Não... Eu nunca teria medo de você. — respondeu com sinceridade, uma faísca de determinação em seu olhar.

Um pequeno sorriso curvou os lábios de Jungkook antes que ele levantasse a mão para acariciar o rosto de Taehyung, o toque gentil contrastando com a intensidade de seus olhos âmbar.

— Jungkook, que casa é essa? Alguém morava aqui antes?

O alfa hesitou por um momento, seus olhos vagando pela cabana envelhecida.

— Sim, humanos.

Taehyung franziu a testa, a curiosidade crescendo.

— Humanos? O que aconteceu com eles?

Jungkook suspirou, sua expressão permanecendo imperturbável.

— Morreram.

A resposta seca fez Taehyung arregalar os olhos. Ele engoliu em seco, a mente rapidamente tentando entender a situação.

— Como? — insistiu, quase temendo a resposta.

Jungkook olhou diretamente para ele, sem hesitar.

— Eu. Eram caçadores.

Taehyung piscou algumas vezes, surpreso com a simplicidade brutal da resposta. Ele desviou o olhar, o pensamento o assustando por um momento. No entanto, ele logo sorriu, tentando esconder o desconforto.

— Claro que foi você... Quem mais seria? — brincou, tentando aliviar a tensão.

Jungkook arqueou uma sobrancelha, um leve sorriso surgindo no canto de seus lábios, mas não respondeu. Ele apenas continuou observando o ômega, seus olhos brilhando com algo que Taehyung não conseguiu decifrar.

Taehyung se afastou um pouco, seus passos hesitantes. Foi quando sentiu algo... estranho. Um desconforto crescente em seu corpo, seguido por uma sensação molhada em suas roupas.

Seus olhos se arregalaram, o pânico o tomando de surpresa. Ele olhou para baixo e viu uma pequena mancha úmida se formando em sua calça.

— O que... o que é isso? — ele gaguejou, sua voz um misto de confusão e desespero.

Jungkook imediatamente se aproximou, seu olhar ficando sério. Ele inclinou a cabeça levemente, inalando o ar ao redor. O cheiro doce e inebriante que atingiu seus sentidos confirmou suas suspeitas.

— É o cio. — disse com tranquilidade, mas sua voz carregava uma gravidade que fez Taehyung recuar um passo.

— O q-quê? Não! Não pode ser! — Taehyung balbuciou, o rosto ficando vermelho. Ele olhou para Jungkook como se esperasse uma explicação melhor.

Jungkook permaneceu calmo, sua presença firme como uma âncora.

— Pode.

— Mas... — Taehyung começou, mas sua voz falhou. Ele sentiu as pernas tremerem, e uma mistura de medo e vergonha o consumiu. — Isso é horrível.

Jungkook deu um passo à frente, seus olhos âmbar fixos nos de Taehyung. Ele segurou os ombros do ômega com firmeza, mas sem machucá-lo.

— Não é horrível. É natural.

Taehyung respirou fundo, tentando se acalmar, mas as lágrimas já estavam se formando em seus olhos.

— Eu não sei o que fazer... — confessou, sua voz tremendo.

— Eu sei. — Jungkook respondeu, sua voz baixa e reconfortante. Ele inclinou a cabeça para tocar a testa de Taehyung com a sua.

As palavras foram como um bálsamo, e embora Taehyung ainda estivesse apavorado, ele conseguiu dar um pequeno aceno de cabeça, aceitando o conforto que Jungkook oferecia.

Taehyung respirava com dificuldade, tentando organizar seus pensamentos confusos enquanto encarava Jungkook. A expressão no rosto do alfa mudou de diversão para algo muito mais sério e possessivo.

— O-o que faremos? — Taehyung finalmente perguntou, sua voz baixa, quase um sussurro.

— Acasalamento. — Jungkook respondeu sem rodeios, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Taehyung piscou, sentindo o peso da palavra. Ele ficou em silêncio, incapaz de encontrar as palavras certas para responder.

— Jimin falou, certo? — Jungkook perguntou, sua voz levemente mais suave, mas seus olhos brilhavam com um toque de impaciência.

— Sim... ele me explicou algumas coisas, mas ele não tinha falado sobre isso! — Taehyung exclamou, apontando nervosamente para a mancha úmida em sua calça.

O canto da boca de Jungkook se curvou em um pequeno sorriso, quase uma risadinha que fez o rosto de Taehyung queimar de vergonha.

— Lubrificação para penetração.

Taehyung franziu a testa, cruzando os braços como uma criança emburrada.

— Tá, eu sei o que é lubrificação e penetração, perfeitamente! — disparou, mas mal terminou a frase quando percebeu o olhar de Jungkook mudar completamente.

Os olhos âmbar do alfa ficaram intensos, um brilho selvagem surgindo neles enquanto ele rosnava baixinho, quase como um aviso.

— Meu. — Jungkook rosnou, sua voz baixa e carregada de possessividade.

Taehyung revirou os olhos, tentando ignorar o comportamento territorial do alfa.

— Ju- aí… — sua voz falhou, e ele colocou a mão no pé da barriga, o desconforto aumentando. — Ju-Jungkook… se-se, for fazer al-alguma coisa-sa… faz… logo!

A súplica hesitante de Taehyung fez algo primal despertar dentro de Jungkook. Ele respirou fundo, o cheiro doce do ômega enchendo o ar, intoxicante e irresistível. Seu alfa interior rugiu, e ele inclinou a cabeça para trás, deixando escapar um baixo uivo gutural, como se estivesse reivindicando Taehyung diante do mundo.

Enquanto isso, o ômega congelou, o som mexendo com algo profundo dentro dele. Kaori começou a choramingar baixinho, quase como uma resposta ao chamado de Jungkook.

— Shiu, Kaori e Taehyung. — Jungkook murmurou, aproximando-se lentamente de Taehyung, que recuou um passo, ainda confuso e nervoso.

— E-eu... eu não sei se estou pronto… — Taehyung confessou, a voz quebrando enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas.

Jungkook parou, olhando para ele com paciência e algo mais suave nos olhos. Ele segurou o rosto de Taehyung com suas mãos grandes e quentes, inclinando-se para tocar a testa do ômega com a sua, um gesto reconfortante e cheio de cuidado.

— Nunca o machucaria. — Jungkook disse, sua voz carregada de firmeza, mas também de uma ternura quase incongruente com a intensidade do momento.

Taehyung mordeu o lábio com força, lutando contra a avalanche de emoções que o dominava. Medo, desejo, amor... Tudo se misturava em um turbilhão que parecia consumir cada fibra do seu ser. Mas mesmo que sua mente ainda titubeasse, seu corpo já havia tomado a decisão por ele, guiado por um instinto mais antigo e poderoso do que qualquer racionalidade.

— Me tome, alfa! — Sua voz saiu trêmula, mas firme, e carregava algo mais profundo: a força ancestral de Kaori, sua loba interior, que se unia à decisão de Taehyung.

Jungkook sentiu seu peito inflar com a resposta. Era como se ele e Taichi, seu lobo, estivessem esperando por esse momento há séculos. Não eram apenas 173 anos de paciência, era uma vida inteira de desejo reprimido e amor incondicional que agora se libertava.

Um rosnado grave reverberou pelo peito de Jungkook, e antes que Taehyung pudesse reagir, ele o puxou para um beijo tão feroz que parecia reivindicar sua alma. As mãos grandes e calejadas seguraram o ômega com força, mas também com cuidado, moldando-se ao corpo delicado dele como se temesse perdê-lo.

Taehyung, pego de surpresa, perdeu-se por um momento, mas rapidamente retribuiu o beijo com igual intensidade. Suas línguas se encontraram em uma dança ardente e sincronizada, explorando e reivindicando territórios esquecidos. O gosto de Jungkook era tudo o que Taehyung nunca soube que precisava, e ele se entregou completamente, agarrando os cabelos do alfa com uma mão enquanto a outra arranhava suas costas, deixando marcas profundas.

O selvagem rugiu em aprovação, apertando ainda mais a cintura fina do ômega, curvando-o contra seu corpo quente. Cada toque era uma promessa silenciosa, cada movimento uma confirmação de que eles haviam esperado por isso desde sempre.

— Você é meu, Taehyung. — A voz de Jungkook era um sussurro rouco, carregado de paixão e possessividade, enquanto seus olhos âmbar brilhavam com a intensidade de sua determinação.

— E você é meu, Jungkook. — Taehyung respondeu, sua voz trêmula, mas carregada de um amor profundo que ele nunca havia sentido antes.

Jungkook rosnou novamente, sua respiração pesada enquanto ele pressionava o corpo contra o de Taehyung. A conexão entre eles era tão forte que parecia uma força física, unindo-os de uma maneira que nenhuma palavra poderia explicar.

Taichi uivava em êxtase dentro de Jungkook, e Kaori respondia com um choramingo doce, como se estivessem celebrando a união há muito esperada. Era um momento de entrega completa, onde alfa e ômega, lobo e loba, homem e homem, tornaram-se um só.

Jungkook ergueu Taehyung nos braços, movendo-se com determinação até a cama improvisada. Ele o deitou com delicadeza, embora seus olhos famintos demonstrassem a batalha interna para manter o controle.

— Jungkook, dói... dói muito... — A voz de Taehyung era fraca, trêmula, enquanto ele segurava com força o cabelo de Jungkook, buscando estabilidade no toque firme do alfa. Seu corpo parecia em chamas, cada fibra nervosa em alerta máximo, uma mistura de dor, ansiedade e desejo.

Jungkook imediatamente se afastou, seus olhos âmbar fixos no rosto do ômega, avaliando cada pequena mudança em sua expressão. Ele sabia que o cio estava avançando rápido, mas o medo no olhar de Taehyung o fez parar por um momento.

— Confie em mim, Tae. — Sua voz era suave, mas carregada de autoridade. Ele segurou o rosto do menor com as mãos grandes, os polegares acariciando levemente suas bochechas quentes.

Taehyung respirou fundo, os olhos marejados se fixando nos de Jungkook. Mesmo em meio ao turbilhão de emoções, ele encontrou algo reconfortante ali, algo que o fez relaxar um pouco.

— Eu confio... — murmurou, mordendo o lábio inferior para conter um gemido de dor.

Jungkook inclinou-se para a frente, pressionando um beijo suave na testa de Taehyung antes de descer lentamente, seus movimentos precisos e calculados. Ele segurou os lados do corpo do menor, descendo até a área onde a tensão parecia maior.

Com delicadeza, Jungkook ergueu a blusa de pele que cobria o ômega, revelando a pele quente e ligeiramente úmida. Taehyung observava cada movimento, o coração batendo descompassado enquanto sentia o toque quente e reconfortante do alfa.

Sem hesitar, Jungkook começou a distribuir beijos leves e demorados na barriga de Taehyung, cada beijo seguido por uma lambida lenta e cuidadosa. Sua língua traçava um caminho suave pela pele sensível, como se estivesse marcando um território que já era dele por direito.

Taehyung soltou um suspiro trêmulo, seu corpo reagindo imediatamente ao toque íntimo. Ele agarrou os lençóis abaixo de si, os dedos tremendo enquanto um calor diferente do desconforto começava a se espalhar por todo o seu ser.

— Ju... Jungkook... — sussurrou, sua voz embargada, os olhos fechados enquanto tentava controlar a onda de sensações que o dominava.

Jungkook olhou para cima, seus olhos âmbar brilhando intensamente.

— Respire, meu ômega.

O uivo baixo de Taichi, ecoou em sua mente, uma mistura de possessividade e necessidade. Ao mesmo tempo, ele ouviu um pequeno choramingo vindo de dentro de Taehyung, um som delicado e quase suplicante, indicando que a loba interior do ômega, Kaori, também estava desesperada por alívio.

— Você é meu. — murmurou Jungkook, sua voz mais rouca enquanto continuava a explorar o corpo de Taehyung com beijos e carícias.

Taehyung abriu os olhos, sua expressão em uma mistura de vulnerabilidade e entrega total. Ele sabia que o alfa estava ali, guiando-o, protegendo-o, e pela primeira vez, entregou-se completamente, permitindo que Jungkook assumisse o controle.

O corpo de Taehyung tremia sob o toque de Jungkook, e a dor na base de sua barriga começava a ser substituída por algo mais profundo, mais intenso. Sua respiração era irregular, e ele mordeu o lábio inferior novamente, tentando conter os pequenos gemidos que escapavam.

— Não segure, meu ômega. — A voz de Jungkook era baixa, quase um rosnado, enquanto seus olhos âmbar brilhavam com intensidade.

Jungkook encarava Taehyung com um olhar intenso, quase reverente, enquanto seus dedos firmes mas gentis começaram a desamarrar as roupas do ômega. Cada movimento era lento, cuidadoso, como se estivesse desembrulhando algo precioso.

Taehyung engoliu em seco, o coração acelerado enquanto sentia os dedos de Jungkook deslizando pela sua pele. A primeira peça deslizou por seus ombros, caindo suavemente na cama, expondo sua clavícula delicada. Jungkook parou por um momento, os olhos âmbar brilhando com um misto de desejo e adoração.

— Você é lindo. — Ele sussurrou, inclinando-se para deixar um beijo suave na pele exposta, arrancando um suspiro de Taehyung.

As mãos do alfa continuaram, deslizando pelo tecido restante até que a última peça de roupa de Taehyung caiu, deixando-o completamente vulnerável diante de Jungkook. Taehyung cruzou os braços instintivamente sobre o peito, envergonhado, mas Jungkook segurou suas mãos gentilmente, afastando-as.

— Não se esconda. — Ele pediu, sua voz um misto de firmeza e ternura.

Quando Taehyung finalmente relaxou, Jungkook começou a tirar suas próprias roupas. Ele puxou a camisa por cima da cabeça, revelando um torso definido e marcado por cicatrizes, vestígios de sua vida selvagem. O ômega observava, encantado e um pouco intimidado pela presença imponente do alfa.

Jungkook desfez o laço de suas calças, deixando-as cair ao chão, e ficou diante de Taehyung, completamente exposto. Ele não tentou esconder nada; pelo contrário, deixou que o ômega visse tudo, como uma forma de mostrar sua vulnerabilidade e confiança.

Os corpos de ambos estavam em chamas, mas o calor que emanava de Taehyung parecia quase insuportável. Ele já havia visto o corpo nu de Jungkook antes, mas agora, de alguma forma, o alfa parecia mil vezes mais irresistível, cada detalhe de sua forma parecia esculpido para provocá-lo.

Taehyung arregalou os olhos, o coração batendo ainda mais rápido. Ele tentou desviar o olhar, mas Jungkook segurou delicadamente seu queixo, forçando-o a encarar seus olhos.

— Tão lindo assim. — Jungkook sussurrou, sua voz carregada de adoração.

Os lábios de Taehyung tremeram, e uma lágrima silenciosa escorreu por sua bochecha. Jungkook inclinou-se, beijando-a delicadamente antes de voltar a deslizar os lábios pelo corpo do ômega, explorando cada curva e cada centímetro de pele com paciência e devoção.

O alfa sabia que o momento exigia mais do que apenas alívio físico; era uma conexão, um vínculo que precisava ser fortalecido. Ele queria que Taehyung sentisse segurança, conforto e amor em meio ao turbilhão de emoções e sensações que o cio trazia.

Quando os dedos de Jungkook deslizaram suavemente para segurar a cintura fina do menor, Taehyung ofegou, um calor novo espalhando-se por todo o seu corpo.

— Jungkook... — Sua voz saiu como um sussurro rouco, carregada de vulnerabilidade e desejo.

— Estou aqui, Taehyung. — respondeu Jungkook, enquanto sentia seu próprio lobo interior uivar em pura exultação.

O choramingo de Kaori dentro de Taehyung crescia, implorando pela presença de Jungkook, pelo toque do alfa. O corpo do ômega arqueava levemente, buscando mais contato e mais proximidade.

Jungkook se inclinou novamente, pressionando os lábios contra os de Taehyung em um beijo profundo e apaixonado, suas línguas dançando em perfeita harmonia. Ele puxou o menor ainda mais para si, o calor de seus corpos misturando-se enquanto o aroma do cio preenchia o ar.

O alfa deslizou a língua pelos lábios rosados do ômega, fazendo Taehyung prender a respiração em expectativa. O gesto foi lento, calculado, quase cruel na maneira como deixava o menor ansiando mais. Quando Jungkook finalmente tomou seus lábios, o beijo não foi apenas um toque; foi uma invasão completa. Sua língua quente e firme entrou, explorando e reivindicando cada canto da boca do ômega com uma fome insaciável.

O gemido de Taehyung foi abafado pela intensidade do beijo, suas mãos tremendo ao se apoiarem nos ombros largos do alfa. O calor que irradiava de Jungkook parecia fundir-se ao seu próprio, tornando impossível distinguir onde um começava e o outro terminava.

Jungkook afastou-se por um momento, seus olhos âmbar queimando com intensidade feroz enquanto ele fitava o rosto de Taehyung. O menor estava completamente entregue, os lábios inchados pelo beijo, a respiração acelerada, e os olhos brilhando com um misto de desejo e nervosismo.

— Para sempre meu. — a voz de Jungkook era grave, carregada de posse, mas havia uma ternura subjacente que Taehyung não podia ignorar.

Antes que o ômega pudesse responder, Jungkook começou a descer pelo corpo dele, seus lábios traçando um caminho ardente de beijos ao longo da mandíbula delicada, descendo pelo pescoço até a clavícula. Cada toque era uma mistura de reverência e desejo bruto, como se ele estivesse marcando mentalmente cada pedaço de pele exposta.

Taehyung arqueou as costas quando os lábios de Jungkook encontraram um ponto especialmente sensível em sua pele, suas mãos agarrando os cabelos escuros do alfa em busca de algum controle sobre a tempestade de sensações que tomava conta de si.

— Jungkook... — ele murmurou, sua voz um misto de súplica e rendição.

Jungkook respondeu com um rosnado baixo, a vibração profunda ecoando contra a pele sensível de Taehyung. Ele ergueu o olhar para o menor, como se quisesse ter certeza de que cada reação fosse capturada por seus olhos famintos, antes de puxar gentilmente a roupa de Taehyung, expondo mais de sua pele pálida e perfeita.

— Tão lindo... — Jungkook murmurou, seus dedos ásperos traçando lentamente o contorno da cintura fina de Taehyung enquanto ele admirava o corpo do ômega como se fosse uma obra de arte feita apenas para ele.

Taehyung sentiu seu rosto queimar de vergonha e desejo, mordendo o lábio inferior, ele já havia visto o corpo nu de Jungkook antes, mas naquele momento, parecia ainda mais imponente e irresistível.

Quando Jungkook voltou a se inclinar sobre ele, Taehyung estendeu a mão para tocar o peito do alfa, sentindo o calor da pele e os músculos rígidos sob seus dedos trêmulos.

— Eu sou seu, Jungkook... completamente seu. — ele sussurrou, sua voz carregada de emoção.

Jungkook rosnou profundamente, seus olhos âmbar brilhando enquanto observava o ômega debaixo de si. Taehyung estava entregue, sua pele reluzindo de suor, a respiração ofegante, e seus lábios inchados de tantos beijos. Ele se contorcia, a dor e o desejo queimando dentro dele como uma chama impossível de apagar.

— Jungkook... — sua voz saiu embargada, um apelo desesperado. — Por favor... me tira essa dor...

O alfa não respondeu com palavras. Ele inclinou a cabeça, observando o corpo de Taehyung com uma intensidade predatória. Seus dedos firmes correram pela pele do ômega, tocando-o com possessividade, como se quisesse marcar cada centímetro dele. O lobo interior de Jungkook, Taichi, rosnou baixo, ecoando a necessidade que pulsava entre eles.

Kaori, choramingou, encorajando o contato, desejando desesperadamente a união.

— Jungkook, eu imploro... — Taehyung arqueou o corpo em direção ao alfa, lágrimas escorrendo pelo canto dos olhos. A dor do cio era avassaladora, mas seu desejo por Jungkook era ainda maior. — Eu sou seu... só seu.

O rosnado de Jungkook ficou mais grave, quase um som gutural. Ele segurou a cintura de Taehyung com força, como se tivesse medo de que o ômega fugisse, mesmo que isso fosse impossível. Seus movimentos eram calculados, mas vorazes, os olhos selvagens nunca deixando os de Taehyung.

Enquanto Jungkook inclinava a cabeça para lamber o pescoço do ômega, onde a marca brilhava levemente, Taichi rugiu em aprovação. O som reverberou pela pequena cabana, misturando-se com os gemidos de Taehyung e os choramingos de Kaori.

Seus dedos correram pelas costelas delicadas, descendo até a curva da cintura, onde ele segurou com firmeza. Taehyung agarrou os ombros de Jungkook, puxando-o ainda mais para perto. Ele mordia o lábio inferior, tentando conter os sons que escapavam de sua garganta, mas era inútil.

— Por favor, Jungkook... não aguento mais...

O alfa não precisava de mais incentivo. Ele pressionou o corpo contra o do ômega, as respirações se misturando enquanto o calor entre eles aumentava. Taichi e Kaori se conectaram em um nível primordial, a força da ligação refletida nos olhares intensos e nos movimentos possessivos de Jungkook.

O aroma poderoso de Jungkook se intensificou, espalhando-se como uma onda invisível que envolvia tudo ao redor. Era o cheiro de alfa no auge, tão dominante que parecia tangível, e Taehyung foi completamente tomado por ele.

— Jungkook... — gemeu, os olhos se apertando enquanto seu corpo se contorcia contra a madeira áspera da cama improvisada.

Ele sentia o cheiro do alfa como se fosse uma carícia física, quente e possessiva, fazendo seu corpo responder de maneiras que ele nunca havia experimentado antes.

Kaori uivou, sua excitação explodindo em ondas que percorriam o corpo do ômega. Ele agarrou os lençois de pêlo abaixo de si, incapaz de conter os gemidos que escapavam de seus lábios.

Jungkook observava cada reação de Taehyung, seus olhos âmbar brilhando de satisfação e algo mais profundo: orgulho. Ele sabia o que estava causando. Ele sabia que sua presença, seu cheiro, sua energia alfa estavam afetando o ômega de uma forma primitiva e irresistível.

Taehyung arqueou o corpo, os lábios entreabertos, enquanto o calor o consumia por completo. Ele não conseguiu conter o grito que veio logo depois, nem o tremor que percorreu seu corpo. A excitação chegou ao ápice, e ele gozou ali mesmo, sem que Jungkook sequer o tocasse diretamente onde ele mais precisava.

— Ju-Jungkook... — Ele tentou falar, mas sua voz era um sussurro rouco, embargada pela intensidade do momento.

Sua mão grande e quente percorreu o pescoço do ômega, subindo até acariciar sua bochecha, limpando as lágrimas de emoção que escorriam.

— Meu. — Jungkook disse, sua voz grave reverberando pelo espaço. Não era apenas uma declaração; era um juramento.

O cheiro de Jungkook continuava dominando o ambiente, e mesmo depois do ápice, o corpo de Taehyung parecia ansiar por mais. Seu cio ainda ardia, e a presença do alfa apenas alimentava aquele desejo incontrolável.

— Eu... eu não consigo... parar... — Taehyung disse, desesperado, arranhando as costas do alfa

Jungkook apenas rosnou baixo, mantendo seus olhos fixos em Taehyung, que continuava arqueando o corpo, consumido pelo cio e pelo desejo avassalador. O cheiro doce e intenso do ômega misturado ao próprio aroma do alfa criava um ambiente quase intoxicante. A respiração de Jungkook tornou-se mais pesada, e Taichi, sua fera interior, soltou um rosnado baixo e possessivo.

Com movimentos lentos, quase como se estivesse saboreando cada segundo, Jungkook deixou sua mão descer pelas curvas delicadas do corpo de Taehyung. O toque firme, mas gentil, enviou ondas de arrepio pelo corpo do ômega, que se contorceu embaixo dele.

— J-Jungkook... — Taehyung gemeu, a voz embargada de necessidade. Ele segurou os braços fortes do alfa, como se implorasse silenciosamente por mais.

Jungkook abaixou ainda mais a mão, os dedos roçando de leve a entrada quente e sensível de Taehyung, fazendo o menor arfar audivelmente. O corpo do ômega reagia instintivamente ao toque, relaxando e ao mesmo tempo pulsando com antecipação.

— Don haka cikakke, omega mai dadi. (Tão perfeito, doce ômega) — pensou Jungkook, mas não verbalizou. Ele não precisava de palavras; o toque falava por si.

Kaori estava implorando pela união que ambos sabiam que estava por vir. O alfa passou os dedos ao redor da entrada de Taehyung, provocando de maneira lenta e deliberada. A lubrificação natural, fruto do cio, tornava tudo mais fácil, mas Jungkook parecia determinado a preparar o ômega com paciência.

— J-Jungkook... por favor... me ajude. — Taehyung soluçou, enquanto seu corpo tremia.

Sem aviso, Jungkook pressionou de leve com um dedo, apenas o suficiente para testar a reação do ômega. Taehyung arqueou o corpo novamente, soltando um gemido alto enquanto seus olhos se fechavam com força.

Taichi rugiu em aprovação, e Kaori respondeu com um uivo interno.

Jungkook inclinou-se para frente, distribuindo beijos suaves pelo pescoço e ombros de Taehyung enquanto continuava seus movimentos, agora com mais firmeza. Ele sabia que o ômega estava no limite e queria aliviar sua dor.

O alfa rosnou baixo, um som carregado de possessividade e desejo, enquanto seus dedos exploravam o interior quente de Taehyung. O ômega estava completamente entregue, seu corpo respondendo a cada movimento de Jungkook como se fossem feitos para se encaixar.

— Meu Taehyung, minha Kaori.

Sentido que Taehyung já estava pronto, o selvagem retirou os dedos e ajustou o corpo sobre o de Taehyung, o calor entre eles tornando o momento ainda mais intenso. O alfa inclinou-se para beijar o ômega mais uma vez, abafando os gemidos suaves de Taehyung com sua boca, enquanto suas mãos firmes seguravam as coxas do menor, abrindo-o mais para si.

Taehyung estava completamente entregue, seu corpo pulsando em antecipação. Ele segurou os ombros de Jungkook com força, as garras de lobo crescendo aos poucos, mostrando que Kaori estava ansiosa. Seus olhos marejados fixos nos do alfa, implorando silenciosamente.

Sem mais hesitação, Jungkook alinhou-se e, em um movimento firme e decidido, começou a penetrá-lo. Taehyung arqueou as costas imediatamente, a boca se abrindo em um gemido alto e desesperado enquanto sentia o alfa preenchê-lo por completo.

— J-Jungkook! — ele chamou, o tom repleto de uma mistura de prazer e dor.

O corpo de Taehyung tremia enquanto tentava se ajustar à invasão intensa. Jungkook parou, dando tempo para o ômega se acostumar, mas não conseguia ignorar o calor delicioso que o envolvia. Ele rosnou baixinho, um som profundo e cheio de desejo, enquanto pressionava sua testa contra a de Taehyung.

— Delícia. — ele rosnou.

Depois de alguns segundos, o ômega começou a se mover levemente, encorajando Jungkook a continuar. Com movimentos lentos no início, Jungkook começou a se mover dentro dele, cada estocada mais profunda que a anterior.

Kaori soltou um uivo interno de puro prazer. Taichi, por sua vez, rosnava de prazer, empurrando Jungkook a marcar o ômega de todas as formas possíveis.

Ele se inclinou, beijando os lábios preciosos do ômega e ao mesmo tempo, Jungkook empurrou-se mais fundo, e o nó começou a se formar, prendendo-os juntos.

— Ah... Jungkook! — Taehyung soluçou, sua voz embargada e seus gemidos altos preenchendo o espaço.

O nó do alfa causava uma pressão deliciosa e intensa dentro dele, e o ômega podia sentir cada pulsação, cada movimento, como se fossem feitos para se encaixar assim.

— J-Jungkook... não consigo... — ele ofegou, sua voz falhando entre gemidos altos e soluços.

O alfa não respondeu com palavras; ao invés disso, suas mãos firmes deslizaram pelo corpo suado do ômega, apertando-o contra si enquanto seus movimentos se tornavam mais profundos e deliberados. Cada estocada parecia atingir um ponto sensível dentro de Taehyung, que, incapaz de conter o próprio prazer, gritou.

— Jungkook! — O nome saiu como um lamento, seguido por um gemido agudo enquanto seu corpo estremecia violentamente.

Taehyung gozou novamente, o prazer tão intenso que ele quase perdeu a consciência. Sua mente estava em branco, sua visão embaçada, e a única coisa que sentia era Jungkook, tão profundamente conectado a ele.

O cheiro doce do cio de Taehyung misturava-se com o aroma dominante e inebriante de Jungkook, que preenchia todo o ambiente. O alfa rosnou baixo, sentindo o aperto pulsante do ômega ao redor de si, a sensação o levando à beira do limite.

— Taehyung... — foi a única palavra que ele conseguiu murmurar antes de empurrar-se uma última vez, profundo e possessivo.

Com um rosnado gutural, Jungkook finalmente chegou ao seu clímax, liberando-se dentro do ômega em longas e quentes ondas. Taehyung sentiu cada pulsação, o calor enchendo-o por completo, trazendo uma sensação de plenitude e conexão que o fez soltar um suspiro de alívio e prazer.

Os dois ficaram imóveis por um momento, ofegantes e suados, seus corpos entrelaçados como se fossem uma única entidade. O nó de Jungkook ainda os mantinha unidos.

Taehyung, ainda atordoado, deixou-se cair contra o peito de Jungkook, seus olhos se fechando enquanto seus dedos traçavam círculos lentos nos braços fortes do alfa.

— Eu... nunca pensei que algo pudesse ser tão intenso... — murmurou ele, sua voz baixa e trêmula.

Jungkook inclinou-se para beijar o topo da cabeça de Taehyung, seu toque agora mais suave, mas ainda cheio de possessividade.

— Eu te amo — Sua voz era baixa, mas carregada de uma promessa inquebrável.

E enquanto o ômega suspirava em contentamento, sentindo-se protegido e completo nos braços do alfa, ele sabia que aquela noite era apenas o começo de algo muito maior entre eles.

Uma pequena obs: os nomes, Kaori e Taichi, possuem significados, como:

Kaori significa: “perfume que entrelaça”; “aldeia cheirosa” e “beleza que enlaça”

Taichi significa: "grande, supremo, extremo, alcançar o fim"

Espero que tenham gostado. Beijinhos e até a próxima atualização!!

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