II. O Confinamento na Montanha.

*o que estiver em itálico, é porque eles estão falando em outra língua. No caso, a que eles mesmo criaram.

Perdão qualquer erro!

Votem e cometem suas expressões ❤️

Ps: boa leitura S2


Taehyung abriu os olhos lentamente, sentindo o peso da escuridão ao seu redor. O espaço era estreito e abafado, e a luz trêmula de uma lanterna iluminava as paredes de pedra ao seu redor, revelando uma caverna úmida e fria. Ele estava deitado em uma cama improvisada, feita de folhas secas e cobertores rasgados, e logo percebeu que suas pernas estavam presas por cordas grossas que cortavam sua pele.

Desesperado, Taehyung sentou-se abruptamente, seu coração batendo acelerado. Ele tentava se lembrar de como chegara ali, mas sua mente estava em um turbilhão. O que deveria ser uma expedição emocionante em busca de fósseis misteriosos se transformou em um pesadelo. Lembrava-se de ter encontrado um dente fossilizado em uma encosta e, em seguida, de um estrondo. E agora, estava preso.

Os ruídos de passos ecoaram na caverna, e, sem pensar direito, Taehyung se deitou novamente, fechando os olhos com força, tentando se convencer de que estava apenas dormindo. A respiração dele estava acelerada, e o silêncio se tornava opressivo, enquanto os passos se aproximavam. Ele sentia que algo – ou alguém – estava se aproximando, e a ansiedade o consumia.

A figura que surgiu na entrada era alta e imponente. Jungkook, com seu corpo musculoso, com cicatrizes e tatuagens culturais, entrou na caverna com a graça de um predador. Seus olhos brilhavam na penumbra, enquanto ele farejava o ar, como se estivesse buscando algo. O instinto primitivo o guiava, e, por um momento, Taehyung se esqueceu do medo e ficou hipnotizado pela criatura diante dele.

— Você é real! Eu realmente estou vendo uma criatura pessoalmente! — Taehyung exclamou, sua voz tremendo de espanto e incredulidade.

Jungkook parou, seus olhos fixos em Taehyung. Ele se aproximou lentamente, movendo-se com a elegância de um lobo, mas sua presença era intimidadora. Quando Taehyung tentou estender a mão para tocar a sua pele, Jungkook rosnou, um som profundo e ameaçador que reverberou nas paredes da caverna.

A tensão no ar era palpável. Taehyung recuou, assustado, mas a curiosidade era mais forte do que o medo. Ele estava preso em um lugar desconhecido, mas a sua criança interna e a coragem falavam mais forte.

Jungkook observava atentamente, seus instintos protetores ativados. A dualidade em seu olhar refletia o homem que ele era e a besta que também habitava seu ser. Ele não entendia completamente o que estava acontecendo, mas sentia uma ligação estranha com aquele humano que agora estava diante dele.

— Por favor, não me machuque,—  Taehyung murmurou, sua voz baixa e trêmula. — Só quero entender.

Jungkook inclinou a cabeça, como se estivesse tentando decifrar as palavras de Taehyung. Ele ainda não falava bem a linguagem humana, e a língua que saía de sua boca era um misto de sons animalescos e algumas palavras desconexas.

Kaori…— chamou sussurro, fazendo Taehyung olhar confuso, mas sorriu.

— Não, me chamo Taehyung. Como você se chama?

— Tae…hyung…?—  Jungkook repitu confuso, com a sua voz rouca e grave.

Taehyung tentou novamente aproximar sua mão, estupefato pela beleza única de Jungkook. Seus olhos brilhavam, intensos e profundos, carregados de ferocidade.

Mas, antes que ele pudesse tocá-lo, Jungkook interveio novamente, desta vez sem pensar nas consequências. Ele agarrou o pulso de Taehyung com força, sua expressão carregando uma mistura de proteção e possessividade.

— Aí… tá machucando… — Taehyung reclamou, tentando se soltar, mas o aperto de Jungkook era firme, impossível de escapar.

— Humano… morto. — Jungkook pronunciou, a voz baixa e grave, como se estivesse tentando traduzir algo complicado.

As palavras saíam entrecortadas, dando a impressão de que ele lutava contra sua própria natureza ao tentar se comunicar.

Taehyung franziu a testa, confuso. Aquela frase não fazia sentido. A criatura diante dele parecia tão viva, tão real, e ainda assim, havia uma escuridão em suas palavras. Jungkook observava atentamente a reação de Taehyung, seus instintos ancestrais lutando contra a curiosidade e o desejo de proteger.

— O que você quer dizer com "morto"? — Taehyung perguntou, tentando desviar a conversa para algo mais claro.

Jungkook soltou o pulso de Taehyung, mas manteve a postura alerta, como um predador que não abaixa a guarda. Ele olhou para a caverna, como se as paredes ao redor contivessem segredos que ele não conseguia decifrar.

— Humano… Morrer. — Ele gesticulou com as mãos, tentando formar as palavras em sua mente.

Era um esforço visível.

Taehyung sentiu um frio na espinha. O que Jungkook queria dizer com isso? Havia algo ameaçador em suas palavras, algo que ressoava com a sensação de estar preso naquele lugar. Taehyung se lembrou de que, apesar de sua aparência selvagem, Jungkook era ainda uma pessoa – um homem perdido em sua própria existência.

— Você não precisa me machucar — Taehyung disse, sua voz mais suave, buscando tranquilizar a criatura diante dele. — Eu só quero sair daqui. Não quero lutar.

Jungkook hesitou, a expressão em seu rosto mudando ligeiramente. Ele não entendia completamente as palavras de Taehyung, mas havia algo na tonalidade da voz dele que despertou uma centelha de empatia em seu coração. A fera que habitava Jungkook se debatia entre a vontade de proteger e a de atacar.

— Querer… sair…? — Jungkook repetiu, sua voz rouca.— Kaori não deve sair! Kaori deve ficar com o seu alfa.

Taehyung franziu a testa, tombando sua cabeça para o lado, como um cachorrinho curioso.

A tensão na caverna só aumentou quando passos firmes ecoaram pelo chão rochoso. Taehyung instintivamente recuou, apertando-se contra a parede. Uma figura ainda mais imponente surgiu na entrada da caverna. Era Namjoon, o líder do clã. Ele tinha uma presença que exalava autoridade e força, e seus olhos brilhavam com uma astúcia penetrante.

Jungkook ergueu a cabeça, se levantando e curvando ligeiramente em sinal de respeito.

Namjoon olhou para Taehyung, os olhos avaliando-o com frieza, como se fosse algo descartável.

— O que estava fazendo com esse humano?

Apenas verificando.

Taehyung observou a interação entre os dois, tentando desesperadamente entender, mas as palavras saíam como sons primitivos e graves, cada uma carregada de um peso que ele não conseguia decifrar. Ele sentiu o olhar de Jungkook sobre si.

Namjoon observou Jungkook com uma expressão séria e continuou:

Vá exterminar o grupo invasor. Deixe o humano aqui. Jimin irá cuidar dele. — Namjoon ordenou em sua língua, a voz fria e autoritária.

Jungkook voltou da caça, carregando duas cabeças em suas mãos, sua boca e corpo sujos de sangue de seus inimigos. Não havia hesitação, não atualmente. A adrenalina pulsava em suas veias enquanto ele atravessava a neve. Cada passo que dava refletia a transformação que ocorreu dentro dele.

Os membros do clã estavam ao redor da fogueira, seus olhares fixos nos troféus que Jungkook exibia. O silêncio se estabeleceu, quebrado apenas pelo som da respiração pesada e pela brisa fria que soprava, levando consigo os ecos de uma caçada bem-sucedida.

Namjoon se destacou entre os outros, observando com uma expressão que mesclava aprovação e cautela.

Jungkook lançou as cabeças ao chão próximo à fogueira, fazendo a neve se manchar de vermelho com o sangue fresco dos invasores. O som do impacto ressoou entre os membros do clã, quebrando o silêncio com um peso brutal. Ele passou o braço pelo rosto, limpando o sangue que ainda escorria pelos lábios, enquanto seus olhos penetrantes se fixavam em Namjoon. Cada respiração de Jungkook exalava a intensidade da caçada, o cheiro metálico do sangue permeando o ar.

Namjoon, com uma expressão de aprovação e certo orgulho, caminhou ao redor do círculo, analisando os troféus que Jungkook exibia. Os membros do clã observavam, em adoração, Jungkook era um exemplo a ser seguido, o exemplo de sobrevivência, que era; matar ou morrer.

Você foi rápido.

Jungkook assentiu com um aceno firme, seus olhos sombrios e determinados. Ele havia sido implacável, cada movimento preciso e letal. Não fora por acaso; sua mente estava dominada pela fúria de proteger o clã e pela sensação de responsabilidade que carregava.

Não deixei ninguém escapar.

Namjoon observou Jungkook em silêncio por um momento, o fogo refletindo em seus olhos com uma luz severa, mas curiosa. Ele podia sentir que algo havia mudado em Jungkook; uma ferocidade nova, como se algo ancestral e primitivo estivesse despertando dentro dele.

Talvez tenha sido até fácil para você... Mas o espírito do clã cresce com cada vitória.

Esses malditos humanos vão parar.

Namjoon deu uma breve risada, um som baixo que reverberou entre os membros do clã, como uma nota de desafio à ameaça dos humanos. Ele parou ao lado de Jungkook, os dois compartilhando um olhar de compreensão mútua.

Então deixaremos que tentem... Veremos até onde a coragem dos humanos realmente vai.

Eles voltarão e eu estarei esperando cada um deles. — Ele rosnou alto.

Ele estava em paz com a brutalidade da caçada, com a violência que o clã precisava para sobreviver. Se os humanos entrassem em seus territórios, sentissem qualquer cheiro indiferente, era caça na certa.

Jimin caminhava pelo corredor da caverna com uma elegância fria, a sombra de sua figura projetando-se nas paredes úmidas e ásperas. Ao entrar na área onde Taehyung estava preso, seus olhos se fixaram no jovem, que o observava com uma mistura de medo e curiosidade.

— Como se chama? — Jimin perguntou, aproximando e sentando-se na cama, avaliando o humano.

— Você… você fala a minha língua? — Taehyung perguntou, hesitante, sua voz cheia de surpresa. — Me chamo Taehyung. — respondeu.

— Bom, sim — Jimin respondeu com um leve sorriso, cruzando os braços. — Alguns de nós falam. Exceto o Jungkook… ele é um verdadeiro selvagem... ele só entende a linguagem humana, mas não sabe formular frases claramente.

— O que vocês querem de mim? — ele questionou, a voz carregada de uma tensão que ele tentava controlar. — Vou ficar preso aqui… para sempre?

Jimin inclinou a cabeça levemente, como se ponderasse a resposta, seus olhos examinando Taehyung como se estivesse avaliando cada reação, cada respiração.

— Você será o sacrifício para os deuses. — A resposta saiu calma, quase gentil, mas as palavras carregavam um peso sombrio.

Taehyung sentiu um arrepio percorrer seu corpo, seu coração martelando no peito. Sacrifício. A palavra ecoou em sua mente, intensificando seu desespero.

— Mas… por-por quê? — Taehyung gaguejou, a incredulidade e o medo transparecendo em sua voz.

Jimin apenas sorriu, enigmático, sem oferecer respostas que pudessem aliviar o pânico crescente de Taehyung.

— É o destino — ele disse suavemente. — Talvez você descubra o motivo…

— Eu não posso ser sacrificado! Eu não quero morrer! — Taehyung exclamou, sua voz tremendo, misturando desespero e revolta.

Jimin o olhou com um leve toque de ironia, os lábios curvados em um sorriso impassível.

— Não pode escapar da morte — ele respondeu, sua voz fria, quase indiferente.

— O quê?! Eu sei que não… mas… mas eu só tenho vinte e sete anos! — Taehyung continuou, a voz cada vez mais aguda. — Eu… eu quero ter um namorado, casar, adotar uma criança, e…

O tom desesperado de Taehyung aumentava, e seus gritos reverberam pelas paredes da caverna. Jimin estreitou os olhos, irritado com o barulho que ecoava em seus ouvidos sensíveis. Num movimento rápido, ele levou a mão até a boca do humano, tapando-a com firmeza, sem se preocupar em medir a força.

— Silêncio. — murmurou, o olhar intenso sobre Taehyung. — Você fala demais.

Os olhos de Taehyung arregalaram-se, e ele tentou se afastar, mas estava preso e vulnerável. A mão de Jimin era fria e forte, impondo um silêncio absoluto. Quando ele finalmente afrouxou a mão, Taehyung respirou fundo.

— Você realmente acha que vai conseguir o que quer aqui? Que alguém vai te ouvir ou se importar com seus desejos? — Jimin perguntou, a voz um pouco mais baixa, quase um sussurro. — Você está nas mãos do clã agora. Sua vida, suas escolhas… tudo pertence aos deuses e a eles, a mim.

Taehyung engoliu em seco, o medo tomando conta de seu rosto. Ele não conseguia encontrar palavras. Sentia o olhar penetrante de Jimin, que parecia ver através dele.

— Eu… eu não fiz nada para vocês… por favor, me deixem ir. — implorou Taehyung, a voz embargada pela aflição.

Jimin soltou uma risada curta e fria, como se as palavras de Taehyung fossem a coisa mais absurda que já ouvira.

— Humanos, — revirou os olhos, — costumam falar uma coisa e agir de outra maneira.

Taehyung balançou a cabeça, tentando encontrar uma resposta, mas quando ia abrir a boca para falar novamente, um rosnado alto ecoou pela caverna.

Jungkook… — Jimin também deixou escapar um rosnado baixo, a tensão evidente em seu tom. — Já voltou da sua caçada. O que quer?

Saia, Namjoon está chamando. — Jungkook respondeu, a voz firme e decidida.

— O que está carregando? — Jimin perguntou, seus olhos se fixando com curiosidade no que Jungkook trazia consigo.

Comida. O humano precisa comer. — Jungkook declarou, erguendo um coelho recém-caçado, ainda com o pelo macio e a expressão assustada.

Taehyung sentiu um nó se formar em seu estômago ao ver a cena. O pobre animal parecia tão vulnerável, e a realidade de sua própria situação o atingiu com mais força.

Para que você está alimentando-o? — Jimin perguntou, sua expressão de incredulidade se intensificando.

Kaori não será morta. — Jungkook afirmou, sua postura inabalável, como se estivesse disposto a lutar contra qualquer um que ousasse discordar.

Ao ouvir isso, Jimin franziu a testa, cruzando os braços em um gesto de descontentamento.

Você não pode decidir isso.

Kaori reencarnou nesse humano. — Jungkook apontou com a cabeça para Taehyung, que se encolheu sob o olhar de ambos. — Falarei com Namjoon. Agora saia. — A ordem foi clara e direta, o tom de Jungkook cortando o ar como uma lâmina.

Jimin hesitou, um olhar de conflito passando por seu rosto, mas a intensidade da presença de Jungkook o fez finalmente recuar. Apesar de ser esposo do líder do Clã, Jungkook era como um sub líder.

Você pode se arrepender disso, Jungkook. — ele avisou, antes de sair da caverna, levando consigo uma atmosfera de tensão que parecia pairar no ar.

Com Jimin fora de vista, o silêncio se estabeleceu entre Jungkook e Taehyung. O selvagem se virou para Taehyung, a expressão suavizando um pouco.

— Come. — Ele disse, estendendo o coelho, sua voz grave soando quase como um comando.

O animal ainda tremia nas mãos de Jungkook, e Taehyung ficou paralisado por um momento, a cena à sua frente extremamente perturbadora.

Quando Taehyung olhou para o coelho, seu estômago revirou. A imagem do pequeno ser indefeso, com olhos grandes e assustados, fez com que uma onda de náusea subisse pela sua garganta. Ele afastou-se de Jungkook, uma expressão de nojo estampada em seu rosto.

— Eu… eu não posso comer isso.

A repulsa era evidente em seus olhos, e ele sentiu o impulso de vomitar.

Jungkook, por sua vez, não entendeu a reação de Taehyung. Ele franziu a testa, seu olhar se tornando sombrio. O rosnado involuntário escapou de seus lábios, e sua raiva começou a borbulhar. Para ele, aquele coelho era uma oferta, um gesto de cuidado, e a rejeição do humano o feriu de maneira primitiva.

— Come. — Jungkook ordenou novamente com a voz profunda.

Ele se aproximou, ainda segurando o coelho, e seus olhos brilhavam com um misto de fúria e confusão.
Taehyung recuou ainda mais, a expressão de horror, com nojo.

— Eu não posso. — negou enjoado.

Jungkook rosnou novamente, mas desta vez, um som mais baixo e profundo. Ele se agachou, os músculos tensionados, como um lobo pronto para atacar, mas também com um olhar de dor. Tentou falar em sua língua, mas não adiantaria.

Taehyung não o entenderia.

— Kaori! — Jungkook gritou, apontando para o coelho e depois para Taehyung, tentando explicar que ele queria cuidar dele. — Kaori… come! — Ele gesticulou, a frustração crescendo.

A frustração fez com que Jungkook batesse a mão no chão, e sua respiração ficou mais pesada. O olhar que ele lançou a Taehyung era intenso, quase desesperado, como se estivesse tentando transmitir uma mensagem que escapava do alcance da linguagem humana.

— Kaori… come! — Ele insistiu, agitando as mãos de maneira agitada.

— Não! — Taehyung respondeu, a voz embargada, lutando contra a repulsa.

Jungkook se levantou de repente, a frustração e a raiva transparecendo em seu olhar. Ele estava perdido em suas emoções, confuso entre seu instinto protetor e a incompreensão do humano à sua frente. Em um gesto impulsivo, ele jogou o coelho de lado, o corpo do animal caindo ao chão com um baque suave.

Taehyung olhou intensamente para Jungkook, tentando processar a situação. Ele podia ver a frustração nos olhos do alfa, mas não conseguia entender por que Jungkook o chamava de Kaori.

KAORI!

— Meu nome não é Kaori! — ele exclamou finalmente. — Eu sou Taehyung! Taehyung!

Jungkook franziu a testa, perplexo. As palavras de Taehyung soavam estranhas em seus ouvidos, e ele balançou a cabeça, como se tentasse afastar a confusão.

— Kaori…? — Jungkook insistiu, gesticulando, o olhar intenso e determinado. Ele se aproximou, quase como se estivesse tentando se conectar com o humano de alguma forma, mas a frustração o fazia parecer ainda mais feroz.

— Não! — Taehyung quase gritou, agitando as mãos em um gesto de desespero. — Eu não sou Kaori! Sou uma pessoa diferente, e eu… eu não quero isso...

Jungkook soltou um rosnado grave, claramente irritado com a resistência de Taehyung em aceitar algo que, para ele, era sagrado. Palavras em sua própria língua lutavam para escapar, mas ele não conseguia expressar em linguagem humana o que realmente queria dizer. As palavras de Taehyung chegavam até ele em fragmentos compreensíveis, mas isso pouco ajudava a diminuir a frustração que crescia dentro de si.

Com um movimento rápido, Jungkook bateu a mão com força ao lado de Taehyung, fazendo o humano fechar os olhos instintivamente, o coração batendo rápido.

Por que está negando!? — insistiu com a voz grave, quase desesperada. — Tem que comer, seu alfa cuidará de você!

Os olhos intensos de Jungkook o observavam, uma mistura de preocupação e autoridade. Ele esperava que Kaori—ou melhor, Taehyung—o entendesse, que respondesse, que aceitasse a proteção e o cuidado que ele queria oferecer.

O silêncio caiu entre eles.

— Po-... Kaori… não… ? — Jungkook murmurou, seu tom de voz saindo desta vez mais baixo. — Kaori, sim. — insistiu.

Taehyung respirou fundo, o coração disparando.
— Meu nome é Taehyung, e eu sou um humano — ele insistiu, sua voz mais suave, mas cheia de emoção. — Por favor, me escute.

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