t r e z e
Os dias seguintes à ida ao parque foram de total e completo silêncio da parte de Chase, que não ligava, nem se quer respondia as mensagens da mãe de seu filho. Uma semana depois, Tom e Megan sentavam no sofá da sala, observando Oliver brincar, quando a morena recebeu uma mensagem de texto.
—Tudo bem? — Tom questionou ao notar a mudança de expressão da amada. —Sim... Chase convidou Ollie e eu pra irmos à praia. — disse Megan, dando de ombros ao perceber a expressão confusa do namorado. —Praia? — ele indagou, franzindo as sobrancelhas. —Sim, ele disse que quer aproveitar a tarde quente. Quer vir com a gente? — Megan questionou, mas Tom foi rápido em negar o convite. —Não, obrigado! Tenho alguns textos pra estudar, mas vocês dois se divirtam e tomem cuidado com o sol. Principalmente você, mocinho! — exclamou o moreno, pegando Ollie no colo e depositando beijos no rosto do garotinho, que gargalhava com as cócegas.
Uma hora depois, Megan e Ollie estavam dentro do carro de Chase, fazendo o caminho até a praia mais próxima. Chegando lá, Chase arrumou o lugar onde eles ficariam, enquanto Megan passava mais uma camada de protetor solar no filho.
—Precisa que eu passe protetor solar nas suas costas? — indagou o loiro, sorriso malicioso nos lábios. —Chase... — Megan o repreendeu. —Eu só estava querendo ajudar. — disse Chase, erguendo as mãos em sinal de rendição. —Obrigada, mas Tom já passou em casa. — afirmou a morena, rindo ao ver Chase rolar os olhos.
Megan e Oliver passaram a tarde entre banhos de mar, castelos de areia e pausas para se hidratar e reaplicar o protetor solar, diferente de Chase, que passou a maior parte do tempo grudado no celular, não dando a mínima atenção para o filho.
—Tá tudo bem? — indagou a morena. —Huh? Sim, porquê? — exclamou Chase, expressão confusa no rosto. —Você não saiu do celular a tarde toda, achei que algo pudesse ter acontecido. — Megan deu de ombros, tentando disfarçar o quão desapontada ela estava. —Desculpa Meggie, eu só estava resolvendo umas... coisas. — disse Chase, guardando o aparelho no bolso.
Quando finalmente se juntou à Megan e Ollie, Chase parecia longe de estar animado. —Você tá com fome? Quer um iogurte? Sim? Então vem cá, vamos limpar essas mãozinhas. — disse Megan enquanto tirava uma embalagem de lenços umedecidos da bolsa e limpava as mãos do filho. Chase observava tudo com um sorriso no rosto.
—O que? — a morena indagou ao notar o olhar do ex-namorado. —Nada, só... você leva mesmo jeito pra isso. — disse o loiro, apontando para Ollie, que observava a mãe. —Eu tive que aprender e, aos poucos, me tornar boa nisso. Também conseguiria se você se esforçasse. — disse Megan, abrindo o iogurte e colocando-o nas mãos do pequeno. Chase deu de ombros. —Eu não sei, Meggie... — o pai de Ollie murmurou. —Tom conseguiu. — exclamou Megan, mesmo sabendo que estava pisando em um campo minado. —Ok, eu entendi. Tom é a porra de um super-herói, pode parar de jogar isso na minha cara. — Chase bufou. —Não estou jogando nada na sua cara. E também não estou afirmando que Tom é um super-herói, eu só estou dizendo que ele esteve do meu lado quando você não teve. — Chase levantou bruscamente de sua cadeira assim que as palavras saíram da boca de Megan. —Estou indo pegar uma c bebida, você vai querer? — questionou ele, sem nem sequer olhar para a ex-namorada. Assim que ouviu Megan dizer não, Chase saiu furioso na direção do quiosque de bebidas.
Já faziam quinze minutos que Chase havia saído e, mesmo não querendo, Megan pegou o celular para ligar para o pai de seu filho e perguntar onde ele estava. Foi aí que a morena viu a última mensagem recebida no aparelho. O texto era curto e simples: "Não posso ser quem você quer que eu seja. Você e Ollie ficarão melhor sem mim. Eu sinto muito!", mas foi o suficiente para fazer seus batimentos cardíacos acelerarem.
Em um movimento rápido, Megan olhou para o quiosque para ver se poderia localizar Chase por lá, mas tudo o que ela viu foi o garoto que trabalhava lá, servindo bebidas. A próxima coisa que Megan fez foi tentar ligar para Chase, mas é claro que a chamada foi direto para o correio de voz. Ela tentou várias vezes, mas no final de toda ligação, tudo que ela ouvia era: "Hey, é o Chase! Não posso falar agora, deixe um recado após o sinal. Ou não, eu não mando em você."
Com lágrimas de frustração escorrendo pelo rosto, Megan ligou para a única pessoa que ela queria ao seu lado naquele momento. —Tom? — murmurou ela assim que ele atendeu a ligação, tentando manter o tom de voz o mais neutro possível para que o namorado não se preocupasse, mas é claro que não funcionou e Tom soube que tinha alguma coisa errada. —Hey, o que foi? — indagou o moreno, a preocupação clara no tom de voz. —Pode vir buscar Ollie e eu? — disse Megan, sentindo como se fosse desabar a qualquer minuto. —Meg, o que aconteceu? Vocês estão bem? — as palavras de Tom eram misturadas com o som dele claramente se movimentando dentro de casa. —Estamos bem, só... por favor, vem pegar a gente. — a morena implorou, deixando um soluço escapar no fim da frase. —Hey, tá tudo bem, eu estou indo, só me manda a sua localização e fique onde vocês estão, ok? Eu estou indo! — exclamou Tom, seguido do som da porta do carro batendo.
Depois de desligar, Megan recolheu os brinquedos de Oliver e guardou tudo dentro da bolsa, deixando tudo pronto para quando Tom chegasse, o que não demorou muito, apesar do caminho até a praia ser de, no mínimo, quarenta e cinco minutos.
Assim que avistou o carro de Tom se aproximar, Megan correu com o filho em direção à ele. —Hey, o que houve? Vocês estão bem? — questionou Tom, seu olhar de pura preocupação alterava entre Ollie e Megan. —Sim, estamos bem, Tom! — afirmou a morena, passando a bolsa para ele, enquanto segurava Oliver dormindo no colo. —Onde está o Chase? — indagou Tom, olhando ao redor deles, tentando encontrar o pai biológico de Oliver. —Me ajuda a colocar ele no carro primeiro, depois eu te explico. — Tom percebeu a mudança na expressão da amada, ficando ainda mais preocupado. —Meg... fala, comigo. — o moreno implorou, tentando se aproximar mas Megan balançou a cabeça. —Por favor, Tom! Eu não quero que Ollie escute nada isso. — implorou a morena, mesmo sabendo que, caso ouvisse, o filho provavelmente não entenderia o que estava acontecendo. —Tudo bem! — Tom assentiu, guardando a bolsa de Ollie no carro, antes de tira-lo do colo de Megan e coloca-lo no banco de trás.
Quando fechou a porta do carro, Tom encontrou a namorada escorada em uma delas, segurando o celular, que mostrava uma mensagem de Chase na tela. Tom não conseguia acreditar nas palavras que ele estava lendo. —Ele só... foi embora? — indagou o moreno, recebendo um aceno cabisbaixo de Megan, que tinha o rosto coberto de lágrimas. —Ele disse que ia até o quiosque pegar algumas bebidas e quando peguei o celular para ligar e pedir onde ele estava, encontrei essa mensagem. Agora ele não atende as minhas ligações e não responde minhas mensagens, eu... não sei o que fazer, Tom! — com isso, Megan desabou, sendo prontamente acolhida pelos braços de Tom. —Hey, vai ficar tudo bem, vamos encontra-lo. — afirmou o moreno, mesmo essa sendo a última coisa que ele quisesse fazer. Mas se era isso que Megan queria, ele faria, tanto por ela, quanto por Ollie.
No caminho de casa, Tom fez uma breve parada no restaurante favorito de Megan, para pegar o pedido que havia feito mais cedo, antes de seguir viagem. Ao chegarem, Megan tirou Oliver do carro, levando o filho, que ainda dormia tranquilamente, até o seu quarto, sem nem se quer se preocupar com a areia que ele carregava consigo.
Voltando para a sala, Megan encontrou Tom sentado no sofá, com um olhar confortante e braços abertos, pronto para recebê-la. Assim que sentiu os braços do namorado ao redor de seu corpo, Megan não pode mais se segurar e deixou tudo o que estava sentindo sair.
—Eu me sinto tão estúpida, Tom! — disse Megan depois de alguns minutos. — Hey, olha pra mim... nada disso é sua culpa, Meg! — afirmou Tom, segurando o rosto da amada entre as mãos. —Você estava certo, desde o começo. — a morena soluçou, sendo acolhida pelo namorado. —Eu queria mesmo não estar, Meg! — afirmou o moreno, depositando um beijo na cabeça da amada.
Ao perceber que Megan parecia se acalmar, Tom continuou. —Eu não entendo, ele parecia... bem com a paternidade. — disse o moreno, lembrando das vezes que viu Chase interagir com Oliver. —Eu acho que sei o que aconteceu. — murmurou Megan, chamando a atenção de Tom, que se virou para prestar atenção nas palavras da namorada. —Na semana passada, quando fomos ao parque, Chase... ele tentou me beijar. — Megan viu os olhos de Tom arregalaram assim que as palavras saíram da sua boca.
—O que ele fez? Ele te machucou? — como Tom não parava de fazer perguntas, Megan teve que o interromper. —Não! Não aconteceu nada, eu disse à ele que estava com você agora e que nada iria acontecer entre a gente. Eu só... não sei, acho que Chase nunca se importou com Ollie, tudo o que ele queria era que nós dois voltássemos. Então, assim que ele percebeu que eu havia seguido em frente com a minha vida, ele foi embora. — a morena deu de ombros, seu olhar deprimido cortando o coração de Tom, que voltou à abraça-lá, agora ainda mais forte.
—Hey, olha pra mim... vai ficar tudo bem, Meg! Vamos encontrá-lo. — disse Tom, dando um beijo na testa de Megan, que balançou a cabeça. —Eu não acho que quero ele de volta nas nossas vidas, Tom! — exclamou a morena, pegando o namorado de surpresa. —Não vou dizer que não fico feliz com isso, você iria saber que eu estava mentindo. Mas eu quero que saiba que, não importa qual decisão tomar, eu vou estar aqui pra te apoiar. — afirmou Tom, depositando um beijo no topo da cabeça de Megan.
—O que eu queria mesmo era poder nunca mais pensar sobre ele, muito menos como sendo pai do Ollie. — murmurou a morena. —Então não pense, Meg! Faça de conta que Chase nunca existiu na sua vida. —afirmou Tom. —Mas e o Ollie? — indagou Megan, tentando enxugar as lágrimas. —Vamos ao cartório amanhã de manhã mesmo e mudamos os documentos dele. Eu serei o pai do Ollie até ele ter a idade suficiente pra decidir o que fazer. — Tom afirmou, surpreendendo a namorada.
—Tom... — as lágrimas que Megan lutava para enxugar, agora corriam livremente. —Eu estou falando sério, Meg! — ele murmurou, segurando o rosto da namorada entre as mãos. —Faria isso por ele? Por... nós? — indagou a morena. —Eu serei o homem mais feliz do mundo sendo o pai daquele garotinho. — Tom afirmou, seu sorriso apenas se intensificando ao ver o que decorava o rosto encharcado de Megan. —Eu te amo! — disse ela, se jogando nos braços do namorado. —Eu te amo, Meg! Agora e sempre! — Tom afirmou, selando suas palavras com um beijo.
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