5. [⚓]

Obs: Jin e Jimin saíram quando criança para estudar em outro pais. Os pais deles o enviaram. E agora, depois de adultos o fizeram voltaram, porque arranjaram um casamento para Jimin, sem consentimento dele e até mesmo sem conhecer o filho direito. Provavelmente nem deve ter aquela conexão familiar.  Por isso foi fácil para Jimin ficar com os piratas.

Quando eles finalmente chegam ao porto, Jimin diz a Namjoon sobre sua decisão de ficar com a tripulação e, embora surpreso, Namjoon fica satisfeito e o recebe. Taehyung solta uma risada e dá um pulo correndo para os braços de Jimin, e quase o derruba. Jungkook está do lado de Jimin com muita emoção no olhar e o sorriso mais brilhante do que nunca, enquanto vai para trás dele e o abraçá pela cintura.  

Seokjin fica sozinho enquanto todo mundo se aglomera em volta de Jimin, dando tapinhas nas costas e bagunçando seus cabelos. Ele olha para a pequena cidade portuária logo abaixo, avistando uma pousada em que provavelmente pode passar a noite antes de encontrar um caminho de volta para casa.

Antes que ele possa se virar para sair, Jimin de repente corre para ele, envolvendo os braços em volta dele em um abraço apertado. 

– Seokjinnie, por favor, não vá. – Ele soluça em seu peito.

Seokjin o abraça com força. 

– Eu tenho que ir. Sinto muito, Jimin. – Seokjin o empurra para longe, tentando ignorar sua fungada, e olha para Namjoon. – Obrigado por sua hospitalidade apesar de... tudo. Por favor, cuide de Jimin.

– Nós vamos. – Diz Namjoon. Ele hesita então, parecendo inseguro, antes de encontrar seus olhos. – Fique seguro, Jin.

Seokjin sorri levemente. 

– Adeus.

Ele desce a prancha em direção à cidade, lançando um último olhar para o navio e as pessoas com quem esteve nos últimos dois meses. Seus olhos permanecem em Namjoon, seu rosto solene difícil de ler, e Seokjin acha que talvez em outra vida eles pudessem ter sido felizes juntos. É um pensamento agradável, mas o deixa se sentindo um pouco vazio depois que ele toca em solo sólido.

Ele mantém sua atenção em frente, não querendo olhar para trás e ver o rosto choroso de Jimin ou os olhos suplicantes de Namjoon.

Lar. Ele precisa ir para casa.
  
[...]

Seokjin consegue comprar passagens em um navio mercante no dia seguinte, tentando ignorar o incômodo em sua cabeça, dizendo-lhe para voltar para Bangtan. 

Demora mais uma semana até que Jin veja os edifícios altos e familiares sinalizando seu retorno para casa. Ele chega ao porto após o anoitecer, ele sai do navio e entra na terra que não vê há 12 anos.

Parece estranho para ele.

Ele faz a longa jornada familiar até sua casa, como se estivesse carregando pesos nos sapatos, sem saber o que dirá a seus pais sobre tudo o que aconteceu.

Quando bate na porta da frente, começa a se arrepender de sua decisão de voltar. A porta se abre e é o pai dele, parecendo exatamente como quando Seokjin era menino, mas com um pouco mais de cinza no cabelo. Seus olhos se arregalam e ele de repente joga os braços em torno de Seokjin em um abraço apertado.

– Nós não tínhamos notícias de você. – Ele soluça em seu ombro. – Nós pensamos que tínhamos perdido você.

Seokjin hesita enquanto o abraça de volta. Parece vazio. Ele sabe que deveria sentir alívio ou felicidade, mas tudo o que sente é tristeza.

Sua mãe aparece correndo e de repente o puxa dos braços de seu pai para abraçá-lo com força. 

– Meu garoto! – Ela chora, estendendo a mão para tocar seu rosto. – Veja como você cresceu. Não o vejo há tanto tempo, meu doce Jinnie.

Seokjin tenta sorrir para ela. 

– Olá mãe, pai. Estou em casa.

Eles conduzem Seokjin para dentro e o sentam à mesa, sua mãe imediatamente chamando as empregadas para pegar cobertores e sopa. Seokjin tenta protestar, mas qualquer palavra morre em sua garganta. Ele come em silêncio, muito consciente de seus pais o observando.  Ele abre a boca para pedir que parem quando ouvi uma batida na porta.

Seu pai se levanta e vai atender.

– Os guardas disseram que alguém estava na frente, mas não os reconheceram. – Diz uma voz familiar da porta. – Estávamos chegando para ver...

Seokjin se vira e vê sua tia e tio, o rei e a rainha, respectivamente, do lado de fora da casa em suas roupas de dormir. Quando olham para dentro e o veem, eles avançam para a sala com sorrisos brilhantes.

– Seokjin, é você? – O tio dele ri. – Eu quase não te reconheci. Você cresceu. O que você está vestindo?

– Não é nada. – Murmura Seokjin, abandonando sua sopa.

– Onde está Jimin? – Sua tia pergunta animadamente, olhando em volta. – Ele já está se escondendo de nós?

Seokjin evita seus olhos. 

– Jimin... não veio.

– O que? – Seu tio dá um passo à frente com raiva. – Como assim ele não veio? Esse foi o objetivo de você voltar, não foi?!

– Irmão, deixe-o falar. – Sua mãe rosna, embora Seokjin possa ouvir a vacilação em sua voz.

Seokjin levanta a cabeça e recita as palavras que Jimin havia dito para ele dizer. 

– Jimin não está aqui porque ele está... ele está perdido no mar.

Leva um momento para que suas palavras se manifestem e então sua tia cai bruscamente de joelhos com um soluço quebrado.

– Não... não é meu bebê...

– Sinto muito. – Diz Seokjin, olhando para longe deles.

Uma mão agarra seu colarinho com força e o para encarar seu tio, seus olhos zangados e tristes. 

– O que você está dizendo? – Ele chora. – Você está dizendo que meu filho, meu único herdeiro... você está dizendo que ele está morto?

Seokjin fecha os olhos. 

– Fomos atacados por piratas. Eu consegui escapar. Ele... Ele não conseguiu. Eu sinto muito.

Seu tio olha para ele. 

– Eu não acredito em você.

Uma mão repousa sobre o ombro do tio. 

– Jihoon.

– Não me toque! – O tio estala, batendo na mão do pai de Seokjin. – Seu filho sabe alguma coisa, mas ele não fala! Eu quero saber o porquê!

Seokjin não luta contra isso. Ele esperava essa raiva. Eventualmente, seu tio o libera e sua mãe o leva para seus braços, checando por ferimentos. A tia e o tio partem. O som do choro agonizado de sua tia enquanto ela o afasta o assombra o resto da noite.

Ele sonha em estar de volta a Bangtan, em ver Jimin e todos os outros membros da tripulação, e por alguns breves momentos quando acorda, ele pensa que está de volta àquele navio. Ele quase consegue ouvir Jimin chegando para acordá-lo para começar o dia.

Em vez disso, ele acorda ao som de um gongo alto no jardim.

Uma vez que ele está completamente acordado, ele faz o seu caminho para os banhos e deixa a água cair em cascata em seu corpo. Por melhor que seja finalmente se livrar da sujeira que ele acumulou nos últimos meses, ja que o banho no navio era mais precário, nada parece certo. Ele sente falta do som das gaivotas de manhã, do suave movimento das ondas e dos sons da tripulação acordando por um longo dia.

Ele sente falta das provocações de Jungkook e das risadas de Jimin; ele sente falta do canto melódico de Taehyung e da maneira como Yoongi resmungava por não dormir o suficiente, e como Hoseok sempre seria o primeiro a rir e alegrar o clima. Mas acima de tudo, ele sente falta da maneira como Namjoon sorria de suas piadas, e mostrava a ele como dirigir o navio nas primeiras horas da noite, quando ninguém mais estava acordado.

O pensamento repentino do capitão deixa Seokjin mais confuso do que qualquer coisa. Ele não deveria sentir tanta falta do pirata. Ele não deveria sentir falta do sorriso ou do modo como as mãos do homem esquentava sua pele. Mesmo que ele tenha negado seus sentimentos a Jimin, mesmo que ele tenha dito que não havia nada lá...

Seokjin abaixa a cabeça sob o spray quente de água, respirando fundo para se acalmar.

Hoje haveria um serviço público de luto por Jimin. Por mais terrível que fosse mentir para todo mundo sobre o destino de Jimin, é ainda pior participar de seu funeral falso. Ele desliga a água e rapidamente se seca. Ele se veste com roupas de luto e sedas pretas, as melhores do país, dizem os criados, e se junta a seus pais no templo quando ele termina.

Uma jovem garota provavelmente da idade de Jungkook está chorando enquanto olha para o retrato de Jimin no manto. Ele não a conhece. 'Era ela quem deveria ser a noiva dele?'

Seokjin franze a testa, zoneando quando seu tio faz um longo discurso sobre o quão incrível seu filho tinha sido. Ele não via Jimin desde os 10 anos de idade. Ele não sabe que tipo de homem ele cresceu. Ninguém sabe nada sobre o príncipe e isso o irrita ao ouvi-los falar sobre ele do jeito que são.

A farsa se torna demais e Seokjin acaba saindo. Seus pais confundem sua partida como um sinal de pesar e quem é ele para negá-los?

Ele anda e anda até não poder mais, respirando fundo, como se o próprio ar ao seu redor estivesse sufocante. Ele se sente claustrofóbico aqui, como paredes se fechando ao seu redor. Ele nunca se sentiu assim a bordo do Bangtan. Ele sentiu tanta liberdade no mar, como se fosse intocável, mas aqui era como se estivesse acorrentado.

Ele odeia isso.

Jimin tinha razão em não voltar.

É tarde da noite, depois que ele troca as roupas de luto, quando recebe uma batida na porta do quarto. Curioso, ele vai abri-lo e fica surpreso ao ver a garota do funeral parada ali.

Ela sorri timidamente para ele, seu vestido caindo um pouco do ombro esquerdo e ele levanta uma sobrancelha.

– Posso ajudar? – Ele pergunta.

– Seus pais me convidaram. – Diz ela.

Seokjin franze a testa. 

– Por quê?

– Para que possamos nos encontrar. – Ela ri, como se fosse algo escandaloso.

– Sim, mas por quê? – Seokjin a pressiona.

– Bem, eu devo ser sua esposa agora, não é?

O tempo para de repente. Seokjin sente um aperto no estômago enquanto a olha, percebendo que agora que Jimin foi proclamado morto, ele é tecnicamente o próximo na fila do trono. Ele se sente doente. A garota continua sorrindo para ele, mas ele não pode lidar com ela agora então fecha a porta na cara dela.

Ele xinga alto enquanto anda pelo quarto, puxando os cabelos enquanto tenta descobrir o que deve fazer. 

"Minha vida nunca será minha se eu permanecer aqui."

"Eu não posso fazer isso. Eu não posso viver assim."

Decidido, Seokjin tropeça em sua mesa, encontra uma caneta e papel e escreve uma longa carta para seus pais, explicando que ele estava saindo e não voltando desta vez. Ele pede desculpas, mas diz a eles que ficará bem e não se preocupe. Seokjin se veste com roupas simples, nada que obviamente mostre sua riqueza, e leva uma grande quantia de dinheiro com ele antes de sair furtivamente de casa, uma vez que ele sabe que todo mundo está dormindo.

A caminhada até as docas assustadoras. Ele espera que os guardas o sigam, mas felizmente chega lá sem problemas. Agora que ele está lá, ele precisa se apressar e encontrar uma pessoa confiável que possa ajudá-lo.

Ele vê um grande navio atracado perto de onde está e caminha mais perto até ver uma tripulação parada na rampa de carregamento. Ao se aproximar, ele reconhece um dos homens.

– Jaehwan? – Ele engasga.
(Ken do vixx)

Um homem com cabelos castanhos se vira, seus olhos se arregalam quando o vê. 

– Jin? – Um sorriso surge em seu rosto enquanto ele corre para envolvê-lo em um abraço. – Uau, eu não te vejo desde que você saiu todos esses anos atrás. – Ele ri.

– É bom ver você. – Diz Seokjin com um sorriso genuíno. – Este navio é seu?

– Ah bem…

– É meu. – Responde o homem com cabelos escuros e pele de branco ao lado dele. – Eu sou o capitão Cha Hakyeon. Como você conhece Ken?
(N do Vixx)

– Ken? – Seokjin ri.

– É um apelido. – Diz Jaehwan timidamente. – Ele é meu amigo de infância, capitão.

– Ah, o príncipe. – Hakyeon se aproxima mais até ficar perto de Seokjin, olhando-o de cima a baixo, e é um pouco intimidador e assustador, honestamente, mas de repente ele sorri e bate a mão no ombro de Seokjin. – Prazer em conhecê-lo formalmente. Eu costumava dançar no palácio, embora isso tenha passado muito tempo depois que você deixou o continente.

– O-oh...

– Então, o que podemos fazer por você?

Seokjin não hesita. 

– Você já ouviu falar da tripulação de Bangtan?

Os olhos de Hakyeon se estreitam. 

– Sim, eu ouvi falar deles.

– Eu preciso encontrá-los.

– O que? – Jaehwan engasga. – Jin, eles são piratas. Por que diabos você...

Hakyeon levanta a mão para silenciá-lo. 

– Por que isso?

– Eu tenho minhas razões. – Diz Seokjin. – Você vai me ajudar ou não?

– Houve rumores de que eles estão no porto em Emerald Cove. – Responde Hakyeon. – É daqui a alguns dias de viagem.

– Eu pago para você me levar até lá. – Diz Seokjin, pegando sua bolsa de ouro e estendendo para ele. – Por favor.

– Jin...

– Eu aceito. – Diz Hakyeon e pega a bolsa dele, abrindo-a brevemente para ver seu conteúdo e dando um pequeno aceno de cabeça quando vê o que gosta. – Ken, leve-o a bordo. Ele será nosso convidado por alguns dias.

Jaehwan hesita antes de acenar com a cabeça e puxar Seokjin pela rampa para o navio. 

– O que diabos você está pensando, Jin? – Ele diz quando estão no convés. – Por que você iria atrás de um bando de piratas?

– Como eu disse, tenho minhas razões.

– Você pode me dizer pelo menos? Não mereço saber por que estamos deixando você morrer?

Seokjin se inclina sobre a popa e respira fundo o ar do mar. 

– Eles levaram eu e meu primo em cativeiro em nossa jornada para casa alguns meses atrás. Eu os odiei por mais tempo, mas depois aprendi mais sobre eles ao longo de nossas viagens. Comecei a confiar neles e eu e... eles se tornaram como uma família.

Jaehwan bufa. 

– Uma família, hein?

– É tolice, eu sei. Parece tolo agora, como estou lhe dizendo, mas... eu senti como se estivesse em casa com eles. Eu pensei que precisava voltar aqui para sentir isso, mas eu estava errado. Não sinto nada quando estou aqui. Eu pertenço ao mar.

– Parece muita coisa para passar só para ver uma família novamente.

– Bem, há mais também, mas isso é pessoal.

– Pessoal como?

As orelhas de Seokjin ficam vermelhas. 

– Jaehwan.

Jaehwan levanta uma sobrancelha. 

– Você transou com um pirata?

– Não. – Seokjin fala rapidamente. – Nada disso. Apenas largue, por favor?

– Bem. Vou confiar que você sabe o que está fazendo, Jin.

Uma vez que Hakyeon embarca no navio, ele chama sua tripulação para zarpar. Estar de volta a um navio parece certo, mesmo que não seja Bangtan. A viagem para o Emerald Cove é relativamente tranquila. Hakyeon e sua equipe são atenciosos e gentis com ele e avisa sobre os perigos potenciais na ilha quando eles atracam.

– Não será apenas Bangtan que está lá. – Alerta Hakyeon, algumas horas antes deles chegarem. – Haverá outros navios menores que abrigam piratas ainda mais perigosos. Se você não tomar cuidado, eles vão te matar.

– Eu vou ficar bem. – Assegura Seokjin. – Eu sei ser sorrateira. Além disso, eu trouxe minha própria defesa.

[...]

É crepúsculo no momento em que chegam ao continente. Jaehwan o abraça com força e se despede antes que ele corra da prancha em direção à terra. Seokjin vê uma pousada não muito longe e decide que ele tentará lá primeiro. Ele entra no prédio e pede ajuda para encontrar a tripulação de Bangtan, prometendo pagar um preço considerável por quem estiver disposto a ajudá-lo. Alguns dos clientes examinam-no mais uma vez, decidindo se vale a pena, mas não dizem nada. Pelo menos o estalajadeiro o deixa passar a noite.

Parece extraordinariamente gentil, mas Seokjin aceita a oferta e paga ao homem de qualquer maneira. Ele sabe que Bangtan está na ilha em algum lugar, mas ele está exausto e precisa descansar um pouco antes de encontrá-los.

Assim que ele está deitado na cama, a porta do quarto é chutada e um corpo pesado cai sobre o dele. Seokjin grita de dor e olha para um rosto horrivelmente desfigurado, sorrindo para ele, uma adaga apontada para sua garganta. 

 
– Ouvi dizer que você está procurando por Bangtan. – Diz ele.

– Eu estou. – Responde Seokjin.

Uma tábua do assoalho range à sua direita e ele vira a cabeça para ver outro homem na sala acariciando com carinho sua própria adaga. 

– Que interessante. – Ele zomba. – Nós estávamos procurando por eles também.

Seokjin sente seu sangue gelar.

O homem em cima dele o pressiona contra os lençóis. 

– Diga-nos onde eles estão.

– Eu não sei onde eles estão. – Ele retruca. – Mesmo que eu soubesse, eu não diria a você.

– Homem corajoso. – O outro diz. – A bravura matará você, você sabe.

– Eu poderia gritar agora. – Diz Seokjin.

– Continue. Veja se alguém vem ajudá-lo.

A faca que Seokjin trouxe com ele está embaixo do travesseiro, mas qualquer movimento falso e o homem montado nele podem facilmente cortar sua garganta.

Realmente parece sem esperança e Jin fecha os olhos, amaldiçoando sua idiotice. Ele estava tão animado para ver todo mundo novamente que não pensou claramente quanto deveria e anunciou isso a todos. Porra. Ele sente vontade de chorar.

Ele nunca mais verá Jimin novamente.

Ele nem sequer terá a chance de descobrir o que sente por Namjoon...

Enquanto está deitado, Seokjin percebe que suas pernas não estão totalmente livres e nenhum dos agressores percebeu. Ele olha em volta, pensando em seu plano de fuga, antes de dar uma joelhada na virilha do homem, que geme de dor e cai no chão, o que alerta seu parceiro. Mas Seokjin rapidamente pega sua faca debaixo do travesseiro e pula da cama, investindo sobre o homem e conseguindo cortar sua bochecha. O homem grita de dor e segura sua ferida com uma expressão furiosa e então ele se lança sobre Seokjin descontroladamente. Seokjin consegue fugir de seus ataques e passar pela entrada. Ele foge da estalagem sem olhar para trás, mesmo quando ouve os outros piratas correndo atrás dele.

Seokjin não tem certeza de para onde está indo, mas espera ver a familiar bandeira Bangtan enquanto corre em direção a todos os navios ancorados. Quando sente vontade de desistir, ele  vê o navio Bangtan a poucos metros de distância, o emblema preto e branco balançando orgulhosamente na brisa.

Seokjin sente vontade de chorar de alívio, mas aumenta o ritmo, usando toda a força para chegar ao navio. Ele grita por ajuda uma vez que está à distância e por um momento nada acontece, mas então uma cabeça familiar espreita para o lado e é Jimin e Seokjin solta um pequeno soluço, sua alegria por ver seu primo novamente depois de tanto tempo deixando-o eufórico. .

– JIMIN! – Ele grita

Os olhos de Jimin se arregalam quando ele o vê e ele chama outra pessoa. Namjoon aparece de repente ao lado dele, olhando em volta descontroladamente antes que seus olhos encontrem Seokjin e ele fica boquiaberto, parecendo tão atordoado e confuso quanto Jimin.

Seokjin não pode impedir o sorriso aliviado de levantar os lábios, mas sua felicidade momentânea é destruída quando ele é derrubado no chão pelo homem grande de antes. Ele recua e luta para tirá-lo, mas o homem é mais forte e o segura, pressionando a lâmina da adaga contra a garganta.

– Pequeno pedaço de merda. – Ele assobia. – Eu vou estripá-lo pelo que você fez.

Seokjin luta com ainda mais força antes de enfiar a faca no braço do homem, que uiva de dor e se afasta dele cuidando de sua lesão. Seokjin se levanta e enfrenta o segundo atacante. Eles circulam um ao outro por vários minutos até Seokjin ficar cansado e atacar primeiro. Ele erra e deixa uma abertura para o outro homem, que se aproveita, jogando sua adaga diretamente no lado direito de Seokjin.

Seokjin grita de dor e tropeça para trás. Ele ouve Jimin e Namjoon chamando por ele, mas tudo fica embaçado de repente. Ele olha para baixo e vê o sangue jorrando de sua ferida, manchando sua camisa e olha de volta para o homem avançando sobre ele. Seokjin não tem certeza do que fará, mas não pode cair sem lutar. Não quando ele está tão perto.

Antes que ele possa dar um giro, alguém pula na frente dele, protegendo-o. Em sua mente nebulosa, ele percebe que é Namjoon.  O capitão grita enquanto corta o homem que tropeça para trás com um buraco enorme no torso. Ele então se vira para encarar Seokjin, com os olhos arregalados de pânico.

– Jin? Jin?! – Ele diz. – Você pode me ouvir?

Seokjin tenta responder, mas tudo fica embaçado e ele se sente caindo para a frente. Namjoon o pega antes que ele caia no chão e envolve um braço em torno de seu corpo enquanto ele cuidadosamente o levanta nos braços e o leva de volta para o navio.

Há tantas coisas que ele quer dizer a Namjoon, mas ele nem consegue mais pensar com clareza... 

Seokjin entra e sai da consciência, seus olhos observando o céu noturno, e depois para Namjoon, cujas sobrancelhas estão franzidas de preocupação. Ele ouve vozes distantes em pânico enquanto Namjoon se apressa a bordo.

– Seokjinnie. – Jimin soluça acima dele. – Você voltou…

– Ele está gravemente ferido. – Diz Namjoon com urgência.

– Ele vai ficar bem?

– Eu não sei.

Seokjin não consegue encontrar sua voz para respondê-las e, eventualmente, fica inconsciente.
 

 

CONTINUA
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Muita informação num capítulo só. Primeiro, foi necessário mentir para o rei, que Jimin estava perto. Como vocês viram, Jimin foi mandado para longe, para estudar desde os 10. E do nada o rei o chama de volta dizendo que ele ta noivo. O pai nem conhece o filho, poxa. Segundo, ele mandaria o exército atrás de Jimin. Sobre Jin, uau. Ele fugiu de casa e arrumou uma confusão, hem! Sera que ele vai sobreviver?

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