4. [⚓]

Jungkook é finalmente liberado do descanso de cama no dia seguinte. Ele começa a atravessar o convés um passo de cada vez, com Jimin seguindo-o ao lado, caso ele precise de assistência. 

Seokjin pode ver como os olhos de Jimin se iluminam sempre que Jungkook olha para ele para aprovação ou elogios. É fofo, mas Seokjin suspeita que há mais em jogo aqui do que simples amizade.

Ele recebe sua resposta alguns dias depois, quando vira uma esquina no porão do navio e vê Jimin pressionando Jungkook contra uma parede com a mão na frente da calça do pirata. Jungkook o vê primeiro e seus olhos se arregalam, e ele entra em pânico, enquanto Jimin lentamente vira a cabeça.

– Oh, Seokjinnie, olá. – Diz Jimin em tom de conversa, como se seus dedos não estivessem em volta do pênis do jovem.

– Oi. – Seokjin fala, tentando não encarar e falhar miseravelmente.

– Você precisava de algo?

Jungkook geme e de repente joga a cabeça para trás.

– Não... uh... apenas de passagem.

– Oh, tudo bem. Então tchau. – Jimin volta sua atenção para Jungkook e começa a mordiscar seu pescoço e mandíbula, sua mão trabalhando mais rápido em suas calças fazendo Jungkook ofegar e gemer alto. Seokjin prontamente se vira e sobe os degraus para o convés superior, com o rosto queimando.

– O que está errado? – Namjoon pergunta quando o vê.

– Existe uma maneira de queimar meus olhos para que eu possa esquecer o que acabei de ver?

Namjoon pisca. 

– Você ficaria cego.

– Sim, obrigada por avisar. – Seokjin geme e passa a mão pelos cabelos. – Você sabia que o seu menino está brincando com meu primo?

– O que? – Namjoon engasga.

– Sim.

Namjoon leva alguns minutos para processar as informações. 

– Isso é bom…

– Eu acho que não deveria estar tão surpreso. – Suspira Seokjin.

– Devo me preocupar?

Seokjin bufa. 

– Você parece um pai. Jimin o tratará como a jóia mais preciosa do mundo. Você não precisa se preocupar.

Namjoon cantarola pensativo e há um silêncio tenso por alguns minutos e, em seguida.

– Você tem alguém assim?

– Hã? – Seokjin ri e olha para ele com um sorriso divertido. – Você está me perguntando se eu sou solteiro, capitão?

– Não, eu estava apenas... – As bochechas de Namjoon ficam rosa. – Quero dizer, você fez um grande barulho por ir para casa, eu apenas assumi...

– Não. – Seokjin murmura. – Não há ninguém assim esperando por mim ou qualquer coisa. – Nunca houve alguém assim para ele. – E você?

Há uma pausa e depois um suspiro profundo. 

– Uma vez, há muito tempo.

– Oh?

– Foi durante meus anos da marinha. Deixei-a por meses seguidos e, quando voltei, descobri que ela havia se casado com outra pessoa.

– Ai.

– Sim. Doeu, mas... eu não fiquei tão chateada quanto pensei que ficaria.

– E você nunca teve mais ninguém?

– Não. – Namjoon agarra o corrimão com força. – Não está mais nas cartas para mim.

– O que te faz dizer isso?

– Você já ouviu falar sobre romances de piratas? – Namjoon diz, um sorriso irônico no rosto.

– Não posso dizer que sim. – Responde Seokjin. – Mas isso não significa que seja completamente implausível.

Namjoon pisca para ele, olhando com curiosidade, e então abaixa a cabeça com um pequeno sorriso.

– Eu suponho.

Quando ele volta para os aposentos da tripulação mais tarde naquele dia, ele encontra Jimin já deitado na sua cama lendo um livro.

– Onde você conseguiu isso? – Seokjin pergunta.

– Jungkook encontrou e me deu.

– Ah. Ei, falando de Jungkook, o que está acontecendo entre vocês dois?

Jimin finge ignorância quando vira uma página em seu livro. 

– O que você quer dizer?

– Quero dizer, encontrei você com a mão em volta do pau do garoto hoje, sinto que deveria saber do que diabos se trata.

As bochechas de Jimin ficam rosa.

– Oh. Bem, hum... nós gostamos um do outro?

– Eu imaginei isso. Eu só quero saber como você passou de cuidar dele para... 'cuidar dele' .

Jimin limpa a garganta e fecha o livro. 

– Estou tão confuso sobre isso quanto você.

– Dúvido, mas continue.

Jimin faz uma careta para ele antes de abrir a boca. 

– Quando ainda estávamos amarrados no convés, conversávamos por horas, mesmo depois que você dormia. Havia apenas... algo lá. Eu me senti à vontade contando coisas para ele e ele gostou de ouvir. E ele queria nos ajudar, ele não gostou que estávamos sendo tratados assim. E então, quando pensei que ele morreria, eu... eu não sei. Eu me senti impotente e triste, como se uma parte de mim tivesse partido antes que eu realmente o conhecesse. E então ele estava bem e fomos autorizados a vê-lo e todos esses sentimentos surgiram e eu só queria protegê-lo e cuidar dele, e no meio do caminho percebi que queria fazer mais com ele.

Seokjin se inclina para trás com um suspiro. 

– Você ainda está noivo, você sabe.

Jimin passa as mãos pelo rosto. 

– Eu sei, mas não a amo. Eu não... não tenho sentimentos por ela. Eu não a conheço. As chances de voltarmos para casa agora são praticamente nulas.

– Então, vai esqueci tudo e transar com o garoto da cabine?

– Foda-se, Jin. – Jimin retruca. – É mais do que isso!

– Eu não preciso de suas desculpas, Jimin. Eu odiaria ver você partir o coração do garoto.

– Eu não, eu nunca...

Seokjin o nivela com um olhar duro. 

– Você já teve encontros antes. Você os desfilou com ele pela nossa casa temporária. Eu conheci todos aqueles garotos doces que sofreram muito quando você terminou.

– Isso é diferente. – Diz Jimin e Seokjin pode ver seus olhos lacrimejando. – Eu sei que fui... sei que fiz coisas no passado, mas isso é diferente, eu juro.

Seokjin encolhe os ombros. 

– Tudo o que você diz, Jiminie.

Jimin parece que quer discutir mais, porém, apenas suspira e se vira de lado com um bufo zangado. Seokjin ouve fugos alguns segundos depois e geme, movendo-se para abraçar seu primo.

– Jimin. – Ele diz suavemente. – Desculpe.

– Não, eu estou bravo com você. – Ele resmunga.

– Justo. Eu estou feliz que você encontrou alguém que você realmente gosta. – Seokjin envolve um braço em volta de Jimin e acaricia suavemente os cabelos dele. – Só estou preocupada com você. Não sabemos o que vai acontecer conosco.

– Eu sei. – Jimin sussurra.

Seokjin o abraça mais perto. 

– Eu aceito seus sentimentos, você sabe. Se Jungkook te faz feliz, então eu estou feliz por você.

Jimin de repente se vira em seus braços e enterra o rosto no peito. 

– Obrigado, Seokjinnie.

[...]

Taehyung desafia Jungkook a uma luta de espadas dois dias depois que o ruivo diz que está bem o suficiente para parar de descansar o tempo todo e Jungkook concorda alegremente. Jimin não está muito satisfeito com isso e é bastante vocal sobre seu descontentamento.

– Ele acabou de se recuperar e vai arriscar sua vida novamente tão cedo? – Ele resmunga.

– Ele é um pirata, Jimin. – Lembra Seokjin.

– Eu sei disso. – Jimin faz uma careta. –Eu apenas acho que é estúpido. Taehyungie deveria ser mais compreensivo também.

Jungkook e Taehyung circulam um ao outro no centro do convés enquanto os outros comemoram do lado de fora, mas antes que eles possam se lançar, Hoseok grita:

– Navio no horizonte, capitão!

Todo mundo se vira para ele e Namjoon rapidamente corre para o ruivo mais velho, pegando a luneta dele para ver o que ele viu. 

– Porra. – Ele chinga, voltando-se para enfrentar sua equipe. – Sabíamos que isso poderia acontecer depois de invadirmos o navio. Nós apenas teremos que proteger Bangtan como de costume.

– E eles? – Yoongi pergunta, apontando para Seokjin e Jimin.

Namjoon hesita, encontrando os olhos de Seokjin, que sente um pânico começar a subir em seu peito. Isso era serio. Estes eram piratas que Namjoon temia; essas eram pessoas com quem ele não queria se envolver.

– Vou protegê-los em meus aposentos. Diz ele.

Depois de revisar o plano com sua equipe, Namjoon agarra Seokjin e Jimin e os leva rapidamente para seu quarto.

– O que vai acontecer se você perder? – Seokjin pergunta. – E se eles nos encontrarem?

– Vou lutar até morrer. Se for encontrado, será por cima do meu cadáver e caso aconteça... lutem por suas vidas. – Namjoon diz, e por alguma razão o pensamento disso deixa Seokjin ainda mais chateado. – E continue lutando até que vocês não possam mais. Apenas... não se entreguem. Eles não são como nós. Eles não vão...

Ele não termina sua frase, mas Seokjin sabe o que, então ele assente e se senta na cama, sua ansiedade por toda a situação aumentando.

– E Jungkook? – Jimin pergunta. – Ele está apenas recuperado, não pode lutar.

– Ele é bem treinado. – Assegura Namjoon. – Ele vai ficar bem.

– Mas...

– Jimin. – Interrompe Seokjin e Jimin olha para ele, seu lábio inferior tremendo. – Deixe que eles cuidem disso, ok?

Jimin parece que quer dizer mais, mas ele assente e levanta os joelhos no peito. Namjoon trava a porta atrás de si, deixando-os sozinhos. Há o som de um canhão alto explodindo e de repente o navio inteiro avança. Seokjin cai no chão com um grunhido e então ele ouve gritando no convés. É um ruído branco por um tempo, enquanto ele e Jimin sentam e esperam. Ele não sabe o que está acontecendo acima. Ele não sabe se esses gritos de dor são da tripulação Bangtan ou não.

Antes que qualquer um deles possa se mover, a porta dos aposentos de Namjoon é subitamente chutada e Seokjin está se levantando para encontrar uma arma. O homem que está na frente deles definitivamente não é um membro da equipe de Namjoon.

Quando o homem os vê, ele sorri. 

– Bem, parece que o velho capitão Namjoon colocou as mãos em algumas mercadorias bonitas!

Seokjin recua, protegendo Jimin da melhor maneira possível, quando percebe um facão pendurado acima da cama de Namjoon. Ele não pensa duas vezes quando o agarra na mão, brandindo-o da forma mais ameaçadora possível. O homem barbudo apenas ri quando se aproxima.

Seokjin lembra vagamente de suas lições de luta com espadas quando era mais jovem. Tinha sido uma aula obrigatória e, portanto, ele foi muito bom. Já faz um tempo, mas ele tem certeza de que se lembra do básico se esse homem tentar alguma coisa.

O homem balança o braço para frente atacando, mas Seokjin é capaz de evitar o golpe, surpreendendo o homem, ele mesmo e Jimin.

– Um pouco de sorte, não é? – O homem rosna e mira novamente, mas Seokjin é capaz de se defender novamente.

Seokjin não quer perder tempo brincando com esse homem.  Se Namjoon e os outros estão mortos, ele precisa lutar com tudo o que tem.  Ele reúne toda a sua raiva e de repente bate o homem na parede oposta, enquanto pressiona o facão a centímetros do pescoço.

– Cai fora. – Seokjin cospe, mas o homem é mais forte e o afasta dando um soco na cara dele. Antes que ele possa se recompor, Jimin está avançando com um grito e se lançando contra o homem.

– Que merda...

Seokjin assiste em leve diversão enquanto Jimin aterra soco após soco, seu corpo pequeno, mas mortal. Ele embala muito em seus golpes, como Seokjin sabe por experiência própria.

O homem está em menor número e ele parece perceber isso quando Jimin bate no rosto de novo e de novo, sem ninguém para ajudá-lo. Seokjin riria se não estivesse tão chateado. Uma vez que Jimin começa a perder a adrenalina, Seokjin agarra o homem pela camisa e o joga no chão, ainda segurando o facão na mão.

– Você escolheu o quarto errado, imbecil. – Seokjin rosna e chuta o homem no estômago.

Quando Seokjin o chuta de novo, ele olha para a porta e vê Namjoon parado ali com os olhos arregalados e a boca aberta, sangue respingado em suas roupas e rosto. Seokjin imediatamente joga o facão no chão.

– Você está vivo. – Ele suspira.

– Você também. – Namjoon responde, ainda não se afastando de seu lugar.

Parece estranho apenas olhando um para o outro assim, mas Seokjin não consegue encontrar as palavras que quer dizer e aparentemente Namjoon também não. Jungkook quebra o silêncio para eles correndo repentinamente passando por Namjoon na sala em direção a Jimin.

– Você está bem? – Jungkook pergunta a Jimin várias vezes enquanto eles se abraçam. Ele deve ver os hematomas e o sangue nas juntas de Jimin, porque ele solta um pequeno gemido.

– Estou bem. – Assegura Jimin. – Eu não estou machucado, vê?

Seokjin olha por cima do ombro para vê-los se abraçando e vê Jimin segurando o rosto de Jungkook. Ele se vira rapidamente, apenas para encontrar os olhos de Namjoon mais uma vez. Eles mantêm seu olhar até Yoongi aparecer atrás do capitão para relatar tudo o que aconteceu.

Eles tiveram muita sorte, como se vê. A tripulação de Namjoon é forte e foi capaz de combater os outros piratas com pouco ou nenhum dano a si mesmos, no entanto, o navio sofreu alguns danos e, portanto, precisará chegar à aldeia mais próxima para fazer reparos. É um desvio que parece incomodar a tripulação, mas Namjoon garante que eles não passarão muito tempo lá.

Mais tarde naquela noite, Seokjin se encontra de pé no convés, com vista para o oceano e o céu estrelado acima, pensando em tudo o que aconteceu naquele dia. Ele ouve passos e vira a cabeça para ver Namjoon se aproximando dele.

– Posso me juntar a você? – Ele pergunta.

Seokjin encolhe os ombros. 

– É o seu navio, capitão.

Namjoon sorri um pouco antes de franzir a testa. 

– Você está bem depois de tudo o que aconteceu hoje?

– Eu sinto que deveria estar lhe perguntando isso.

– Passamos por batalhas piores.

– Essa foi a minha primeira. – Seokjin murmura.

– Você lutou bem.

– Sério? Jimin e eu espancando um homem até a morte e samos dignos de elogios?

– Você saiu vivo. – Namjoon diz suavemente. – Eu diria que sim.

Seokjin olha para ele antes de suspirar profundamente. 

– Sabe, eu já tive sonhos de velejar pelo mundo. – Diz ele. – Obviamente eram sonhos infantis para alguém na minha posição, mas... foi bom pensar nisso. Sem regras... sem responsabilidades... eu estava livre de tudo isso.

– Você ainda pode. – Diz Namjoon, olhando para as estrelas.

Seokjin ri. 

– Eu tenho dever para com minha família. Eu não posso simplesmente... deixar tudo para trás. E Jimin...

– Eu não acho que você precisa se preocupar com Jimin.

Seokjin sorri e inclina os braços sobre o parapeito. 

– Eu acho que não. Você sabe que ele quebrou o rosto daquele homem de todas as formas possíveis?

– Você me disse que ele era inofensivo. – Namjoon ri.

– Eu posso ter mentido.

– Bem, ele é definitivamente mais forte do que parece.

– Sim ele é. – Seokjin faz uma careta. – O que você vai fazer conosco quando chegarmos ao porto? – Ele pergunta suavemente.

– O que você quer dizer?

– Você vai nos matar? Vender?

Namjoon pisca. 

– EU…

– Lembro-me claramente de você dizendo que venderia Jimin e eu para um bordel.

Namjoon balança a cabeça. 

– Eu não farei isso. Essa foi uma ameaça vazia.

Seokjin levanta uma sobrancelha. 

– Então o que? Não temos mais valor para você. Você tem suas riquezas para negociar.

Namjoon fica em silêncio por alguns minutos, então.

– Você quer sair?

– Que tipo de pergunta é essa? Claro que quero ir embora.

Namjoon assente lentamente. 

– OK. Então vamos deixar você quando atracarmos.

– Espera.  Tão fácil? Você não vai me amarrar ou me jogar ao mar ou algo assim?

– A menos que você goste, então não. – Namjoon diz com um sorriso irônico. – Você está certo. Você não tem mais valor para nós. Jungkook está bem novamente e será capaz de cozinhar.

Por alguma razão, Seokjin sente uma pequena pontada de decepção. Ele esperava que Namjoon tentasse desencorajá-lo ou algo assim.

Ele balança a cabeça lentamente, processando a informação de que em poucos dias ele estaria livre para voltar para casa. 

Quando ele diz a Jimin as novidades, espera sorrisos e abraços, não uma careta decepcionada.

– O que está errado? – Seokjin pergunta. – Eu pensei que você ficaria feliz em finalmente sair deste navio.

– Eu gosto daqui. – Diz Jimin. – Todo mundo é tão legal.

– Eles são piratas, Jiminie.

– E eles poderiam ter nos matado tantas vezes, mas não nos mataram. Eles nos mantiveram seguros e nos alimentaram e...

– Eles nos sequestraram depois de afundar nosso navio e matar a tripulação. – Ele retruca, sentindo sua raiva disparar pelas desculpas de Jimin. – Então eles são tão ruins quanto poderiam ter sido, grande coisa.

– Como você pode dizer isso quando sabe que poderíamos estar mortos, no fundo do oceano, se eles não tivesse aparecido naquele dia. Quando você estava tão preocupado com eles durante essa batalha quanto eu?

– Eu não estava preocupado.

O lábio inferior de Jimin treme. 

– Seokjinnie, por favor. Eu não quero voltar para casa. Você sabe o que eles vão me fazer fazer.

A raiva de Seokjin diminui. Ele viu como Jimin ficou chateado quando lhe disseram que ele estava noivo sem o seu consentimento. Ver Jimin tão feliz com Jungkook nos últimos dois meses o fez perceber o quão rígida a vida deles tinha sido. Seus pais os governaram, ditando tudo o que fizeram sem nenhum espaço para a liberdade.

Ele disse a si mesmo que quer voltar a isso, que quer ser o herdeiro de quem seus pais podem se orgulhar. É o que ele deve fazer.

– Jimin...

– Eu amo Jungkook. – Jimin diz, lágrimas caindo em suas bochechas. – Eu sei que é provavelmente estúpido, mas eu o amo e acho que não posso suportar deixá-lo agora. E o resto da equipe... eles são como uma família! Eu só... quero ser feliz pela primeira vez. Eu sou feliz aqui.

Seokjin suspira e esfrega as mãos no rosto. 

– Eu acho que não posso fazê-lo mudar de idéia.

– Acho que não. – Jimin fareja. – Eu não posso acreditar que você quer voltar para essa vida.

– Eu tenho que voltar.

– Mas por que? Por que você não pode ficar aqui e ser feliz com Namjoonie?

Seokjin congela. 

– Por que eu ficaria feliz com ele?

Jimin pisca coruja. 

– Vocês dois não estão apaixonados?

Seokjin solta uma risada alta. 

– De onde diabos você tirou essa ideia? Eu acho que ficar no mar por tanto tempo fritou seu cérebro, Jiminie.

– Mas eu vi o jeito que vocês se olham.

A alegria de Seokjin se dissipa. 

– Você estava imaginando coisas.

Jimin parece que quer protestar, mas segura a língua.

Por mais que Seokjin queira forçar Jimin a sair com ele, ele sabe que Jimin nunca o perdoaria. Jimin fez sua escolha. Saber que ele nunca mais  verá seu primo mais novo dói mais do que ele imaginou ser possível.
 

 
  

CONTINUA
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Será que Seokjin vai embora mesmo? O que vai acontecer quando o navio chegar ao Porto? Vamos descobrir no próximo capítulo.

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