Especial - Pedro
Atenção: Esse capítulo é impróprio para menores de 16. A leitura dele NÃO interfere na compreensão do livro, então você pode pular para o próximo se estiver fora da faixa etária ou não ficar confortável com cenas mais descritivas de sexo.
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Pedro
Recosto-me no batente e apenas assisto enquanto a Julie revira as gavetas do armário procurando a toalha que ela prometeu me arrumar. Honestamente, eu não tenho problema nenhum com nossos corpos molhados respingando no assoalho, e eu duvido que preservar minha voz seja o motivo pra ter me chamado pra entrar.
A tensão entre nós dois no carro era paupável e, se eu estivesse dirigindo, provavelmente teria encostado em qualquer canto e transado com ela na estrada mesmo. Mas, conhecendo a Julie, sei que ela não vai admitir as intenções em voz alta, então apenas a observo de longe. Ela espalha as peças de roupa no chão, e eu reconheço a camiseta preta que de repente aparece em suas mãos.
— Espera! Eu conheço essa camiseta!
— Era sua!? — Ela atira o tecido preto em minha direção, como se não importasse.
Ao estender diante do corpo, tenho certeza absoluta que é a mesma camiseta que eu lhe dei anos atrás, e eu sorrio, porque imaginava que ela houvesse se livrado de qualquer lembrança que pudesse ter de mim nesse tempo.
— Tá brincando? Era minha camiseta da sorte! Jurei que estivesse condenado a viver azarado pra sempre.
Sem pensar duas vezes, vou arrancando a camiseta molhada. Seria mentira dizer que não noto o modo como Julie desvia o olhar rapidamente, como se o simples fato de me desejar fosse criminoso.
— É. Você é tão azarado – ela diz com sarcasmo. – Eu não posso imaginar ter que viver com todo esse azar. Já pensou? Fama? Dinheiro? Todas as mulheres do mundo caindo aos seus pés?
— Todas as mulheres do mundo? — Solto um riso curto.
Ela nem desconfia que de todas as mulheres do mundo, ela é a única por quem eu realmente senti algo. Não que eu tenha ficado por quatro anos sofrendo sozinho, mas em todo esse tempo eu nunca encontrei outra pessoa que me fizesse sentir como ela me fez. E, claramente, ainda faz.
Passei um bom tempo pensando que eu só queria me sentir especial, e ela me fazia sentir assim. Ela foi a minha primeira fã, minha tiete oficial, mas, depois disso, vieram todas as outras. Veio a fama, o dinheiro, e nada disso me trouxe de volta aquela coisa que eu só senti ao lado dela.
A Julie nunca foi só a minha tiete, ela foi a primeira e única garota com quem eu namorei pra valer, a primeira e única pra quem disse as três palavras. Não à toa o Ian me convenceu a assinar aquele contrato de relacionamento midiático, depois de tanto tempo sem um relacionamento sério, as revistas de fofocas começavam a fazer suposições.
—Tá, nem todas – ela se corrige. – Não eu, por exemplo.
Ela teria conseguido me provocar com esse comentário, se fosse sério. Mas eu sei que ela está só brincando de falar o contrário do que pensa, e só o que me resta é fazer o seu jogo um pouco mais difícil de jogar.
Chego perto, e noto a maneira como seus ombros tensionam.
− Engraçado – provoco. – Não é o que ficou parecendo ainda há pouco, quandovocê tava toda entregue no capô do meu carro.
— Foi um incidente isolado. Fraqueza momentânea.
— Lá em casa também? — Ela assente, e eu enrosco a sua cintura por trás, de modo que ela desiste de caçar a toalha. — Pensei que a gente tivesse superado a fase dos joguinhos. Só para variar... por que não para de tentar resistir quando nós dois sabemos que você tá querendo o mesmo que eu?
Julie está cheirando a um perfume adocicado. Envolvo o lóbulo da sua orelha entre os lábios, e posso sentir a maneira como seu corpo está aceso e elétrico, mas ela se recusa a se entregar:
— Não é tão simples — fala.
Acaricio seu braço suavemente, descendo até segurar sua mão. Um sorriso triste se forma em meus lábios quando me deparo com aquele maldito anel sem graça. Um lembrete físico de que apenas desejar não é o suficiente, porque a Julie não pode me pertencer enquanto seu coração pertencer a outro.
Sei que quando falávamos de planetas, ela disse que o anel não mantém o seu coração impenetrável, mesmo assim, peço para tirá-lo e ela não faz nenhum protesto.
Sinto um alívio percorrer o meu corpo quando o metal quica contra o chão fazendo um estalo. Eu sei que isso pode não significar nada, eu sei que eu posso sair daqui e ela pode colocar aquele anel de volta a onde estava antes, mas eu quero acreditar que isso significa que ela está disposta a deixá-lo para trás.
− Faz você se sentir mais leve? – Deposito um beijo no seu pescoço. Ela não responde e isso me deixa ansioso. – Me fala Julie, o que eu faço você sentir?
− Eu... eu não sei – gagueja.
Há alguns dias, ela disse que minha presença não a afetava. Ela disse que todas as letras que me odiava pelo que eu fiz. Ela disse que não tinha a menor chance de se apaixonar por mim outra vez, e agora, ela deixou que eu tirasse a aliança de namoro do seu dedo e seu corpo claramente se afeta cada vez que eu a toco, talvez seja egoísmo meu, mas eu quero ouvir isso dos seus lábios.
− Sabe quando eu faço isso? – sussurro, escavando a sua blusa para tocar sua pele, meus lábios explorando toda a área do pescoço exposta.
− Porra, Pedro, isso é tortura – ela reclama e eu solto um riso.
Ela nem desconfia que seja ela quem está me torturando. Porra, Julie, é tão difícil assim assumir que gosta de mim? Na tentativa de tornar isso mais fácil, eu continuo dando mordidas leves em seu pescoço.
− Fala, Julie – imploro. – Consegue dizer que não quer o mesmo que eu?
Abocanho seu pescoço com mais intensidade enquanto uso as mãos para estimular seu seio.
A confissão mais íntima que consigo dela é um gemido de prazer e um "eu quero". O único consentimento que eu preciso para virá-la e tomar seus lábios num beijo tão intenso quanto o desejo que eu sinto.
Comprimo seu corpo contra o armário, ela enrosca as pernas no meu quadril, e eu seguro o peso do seu corpo pelas coxas para carrega-la até o lençol. Ela se livra com agilidade da blusa molhada, e atira no chão sem muito cuidado.
Preciso parar por um único instante para analisá-la, e então deixo minha língua fazer todas as coisas que tem vontade, deslizando pelo pescoço, abrindo espaço pelo sutiã rendado, seguindo um pouco mais a baixo até chegar na pele macia da sua barriga, não pretendo parar aqui, mas ela me puxa pelo cabelo e leva meus lábios de encontro aos dela, eu dou um beijo curto e então sussurro em seu ouvido:
− É melhor tirar essa saia molhada, você não vai querer pegar uma pneumonia, vai?
Fico esperando que ela proteste, mas então percebo que ela não tem mais energia para brincar de negar o desejo. Arrasto o zíper para baixo. Deixo que minha língua deslize pela sua orelha, e desça lentamente pelo seu pescoço, abocanhando a carne sob o seu sutiã, e ela crava as unhas com força nas minhas costas fazendo com que eu decida demorar um pouco mais ali.
Continuo descendo numa trilha lenta de prazer, que ela faz questão de chamar de tortura, mas que claramente está gostando. Quando me livro da calcinha rendada para beijá-la lentamente ali, ela solta um gemido alto. Sinto seu corpo derreter dentro da minha boca, e ela puxa o meu cabelo, grunhindo palavrões quando atinge o ápice.
Eu juro que poderia gozar só de vê-la nesse estado, mas não faço. Pego o preservativo e rasgo a embalagem rapidamente, o visto e então deixo que meu corpo penetre o dela com força.
Uma, duas, três vezes. Ela morde o meu pescoço com força e deixa que suas unhas rasguem a pele das minhas costas sem qualquer piedade. Derruba o meu corpo sobre o lençol e então assume o controle, como se tudo pra ela fosse só um jogo de poder.
Apenas assisto o seu corpo se movimentando acima do meu, enquanto seus cabelos castanhos caem pelos seus ombros de uma maneira sensual. Ela é tão boa nisso, que eu queria poder fazer a noite toda, até amanhecer, mas quando ela atinge o ápice uma segunda vez, clamando pelo meu nome, eu não consigo mais segurar, apenas relaxo e deixo o meu corpo extravasar dentro do dela.
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Veio aí o POV do Pedro e eu prometo que mais pra frente coloco um POV do Thomas pra vocês.
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