𝟹𝟻 - 𝙳𝚎 𝚟𝚘𝚕𝚝𝚊 𝚊𝚘𝚜 𝟷𝟾

Boa leitura🇧🇷

Ao acordar, Maria sorriu com a lembrança de Pablo ali e se virou na cama para ver o garoto, mas encontrou a cama vazia. Maria se sentou na cama e ficou pensativa, ela olhou ao redor do quarto e viu o sapato que Pablo usava ao lado da cama. Concluindo dessa forma que não havia bebido demais e não estava completamente maluca.

Depois de alguns segundos, Maria ouviu algumas batidas na porta de vidro da sacada e pegou o abajur antes de ir até a mesma e afastar a cortina.

— O que você tá fazendo aí? — Maria perguntou a Pablo.

— Vim ver a vista e fiquei preso. — Pablo disse e Maria riu. — Qual é a do abajur?

— Se fosse um ladrão eu ia atacar. — Maria disse antes de deixar o abajur na mesinha presente no quarto.

— Ia me bater com um abajur? — Pablo perguntou enquanto Maria lutava para abrir a porta.

— Se você fosse um ladrão, sim. — Maria disse empurrando a porta com toda a força que conseguia reunir. — Pablo, não abre.

— Eu vou perder meu voo. — Pablo disse ficando desesperado.

— Tem uma piscina logo embaixo da sacada, pula nela. — Maria disse e Pablo a olhou em silêncio. — Pelo menos é água.

— Seria suicídio. — Pablo falou e Maria o olhou com um sorriso divertido.

— Por amor. — Maria disse. — Considere isso sua grande declaração para mim.

— Você é meio desmiolada, né? — Pablo perguntou de forma irônica e Maria sorriu.

— Vou te deixar trancado aí. — Maria disse e Pablo a olhou incrédulo.

— Não faria isso. — Pablo disse e Maria fechou a cortina.

Pablo ficou chamando por Maria, mas a mesma não respondia porque estava chamando as meninas para ajudá-la a abrir a porta. Ao voltarem para o quarto, Bia e Carol estavam segurando a risada, mas falharam nesta missão assim que Maria afastou a cortina e elas viram Pablo parado do lado de fora sentado no chão da sacada.

As meninas abriram a sacada e Pablo entrou no quarto agradecendo as mesmas. Carol já havia enviado uma foto de Pablo preso na sacada para o grupo com o resto do pessoal e agora todos falavam disso, além de comemorarem o fato de Pablo e Maria terem conversado e se resolvido.

— Que horas é o seu voo? — Maria perguntou enquanto esperava o resto do pessoal guardar suas mochilas no porta malas do carro.

— Às 18h. — Pablo disse e Maria assentiu.

— Quanto tempo daqui até sua casita, Miguelito? — Maria perguntou e Miguel a olhou pensativo.

— Acho que nem uma hora direito, a estrada é livre. — Miguel disse e Maria assentiu. — Porque não vem com a gente, Pablo? Meu pai sempre faz muita comida.

— Isso. Vem com a gente. A Lena vai amar te ver depois de anos — Maria disse sorrindo e Pablo pensou um pouco.

— Tudo bem, eu vou. — Pablo disse por fim e Maria sorriu. — Mas só por causa da Lena.

— Ridículo. — Maria disse em português e Pablo riu.

🇧🇷🇪🇦

A viagem foi tranquila e quando chegaram foram recebidos com um almoço farto e delicioso. Os pais de Miguel adoraram conhecer Pablo, afinal, ambos eram muito fãs de futebol. Alisson ficou meio desconfiado, mas logo já estava jogando bola com Pablo e os meninos. Helena ficou extremamente feliz em ver Pablo e não saiu de perto dele nem por um segundo, assim como Matteo e Rafael.

Quando o horário de Pablo voltar para a cidade para então retornar a Barcelona se aproximou, Maria e ele foram para a enorme varanda da casa e se sentaram na mesma.

— Eu comprei isso. — Pablo disse entregando uma caixinha para Maria.

— Um colar? Com sua inicial? — Maria perguntou sorrindo ao abrir a caixinha.

— Tem um pra mim também. — Pablo disse tirando seu colar de debaixo da camiseta. — Ah, e eu também consegui isso.

— Meu Deus! É um autógrafo da Sabrina Carpenter! — Maria exclamou ao ver o autógrafo no verso de uma foto que Madu tinha com ela. — Como conseguiu essa foto?

— Carol me mandou. — Pablo disse. — A Sabrina lembra de você, ela disse que ama seu Twitter.

— Eu não tô bem. — Maria disse sorrindo. — Eu vou mandar enquadrar essa foto num negócio de vidro e vou colocar na minha estante. — ela disse abraçando Pablo em seguida. — Eu amei o colar também, coloca ele pra mim?

— Claro, segura o cabelo. — Pablo disse antes de prender o colar no pescoço de Maria.

— Obrigada, mas quando você comprou? — Maria perguntou e Pablo coçou a nuca.

— Um dia antes de vir pra cá. — Pablo disse e Maria riu.

— Como sabia que eu voltaria com você? — Maria perguntou.

— Eu tinha o não, precisava conquistar o sim e consegui. — Pablo falou encolhendo os ombros. — Não gosto da ideia de precisar ir.

— Mas você precisa marcar meu gol e beijar o colar. — Maria disse sorrindo e Pablo riu.

— Vai assistir o jogo? — Pablo perguntou.

— Diretamente da Itália. — Maria disse rindo.

Pablo riu também e então beijou Maria. Os dois se separaram rápido rápido do beijo quando Helena apareceu com dois biscoitos de coração decorados com a frase: "Maduvi Forever♡".

— Olha o que a tia Carol fez! — Helena disse sorrindo.

— Ela que fez os biscoitos? — Maria perguntou e Helena assentiu.

— Ela disse que colocou um veneninho pra tirar o tio Pablo do jogo. — Helena disse bem no momento em que Pablo mordeu o biscoito.

— Ela quer te roubar de mim, Mari. — Pablo disse de boca cheia e Helena riu.

— Nossa, como sou amada. — Maria disse e Helena abraçou a mesma.

— Quanto tempo vai ficar aqui, tio Pablo? — Helena perguntou e Pablo a olhou.

— Tenho que ir para o aeroporto daqui uma hora, Leninha. — Pablo disse e a garota fez uma expressão triste. — Mas a gente pode combinar de você e sua família irem me visitar lá em Barcelona, aí vocês assistem um jogo e eu marco um gol pra você, o que acha?

— Eu adorei! Só ganhei gol do Harry em um jogo de futebol da escola. — Helena disse, fazendo Pablo e Maria a olharem.

— Quem é Harry, Helena? — Pablo perguntou.

— É um amigo meu da escola. — Helena disse e Maria sorriu.

— É aquele que eu e a Carol achamos parecido com o Harry Potter? — Maria perguntou.

— Ele mesmo, dinda. — Helena disse. — Ele me dedicou um gol, ele joga como meia.

— Igual você, Pablo. — Maria disse sorrindo.

— Não gostei dessa história, não. — Pablo disse e as meninas riram.

— Calma, tio Pablo, você ainda é meu jogador de futebol favorito. — Helena disse abraçando Pablo. — Depois do meu pai e do meu tio Muriel, é claro.

— Isso me conforta, Lena. — Pablo disse rindo.

— Vou deixar vocês sozinhos…não quero ficar sem meus biscoitos. — Helena disse antes de sair dali.

— Onde a gente parou? — Pablo perguntou se aproximando de Maria para a beijar.

Depois que Pablo foi embora, Maria se juntou aos sobrinhos e seus amigos para jogar futebol. Maria estava com um sorriso radiante em seu rosto e com muita animação, era como se a sua versão de dezoito anos tivesse tomado conta dela. Seus sobrinhos estavam aproveitando a animação de Maria, chamando ela para jogar bola, brincar de pega-pega, esconde-esconde, corre cutia e entre outras muitas brincadeiras que Maria aceitou brincar de bom grado.

Já de noite, depois de todos jantarem, os mais jovens foram se deitar no quintal da casa olhando as estrelas. Todos estavam deitados sobre duas toalhas de mesa grandes, eles estavam rindo e conversando sobre as constelações que achavam. Maria deixou o celular de lado durante o dia todo, para dar toda a atenção a seus sobrinhos, mas ela reconheceu o toque diferente de seu celular ao receber uma mensagem de Pablo, notificação que ela não escutava a algum tempo, um sorriso surgiu em seu rosto ao pegar seu celular.

— Escuta, eu nunca soube da história de como vocês se conheceram, porque? — Miguel perguntou para Maria e ela o olhou.

— Porque tu é chato. — Maria disse e o mesmo mostrou a língua para ela. — Vocês nunca perguntaram.

— Como vocês se conheceram? — Bia perguntou e os outros riram.

— Como eu amo essa história. — Carol disse sorrindo.

— Parece até coisa de filme. — Leonardo disse rindo.

— Tá mais pra fanfic. — Carol corrigiu rindo. — Conta aí, Madu.

— Bom, tudo começou no dia dezessete de novembro, o dia em que a Seleção Espanhola chegou em Doha. — Maria contou. — Eu tinha ido dar uma volta pela cidade junto da Maisa, já que tínhamos o dia livre e a abertura da Copa aconteceria só no dia vinte. Eu estava morta de cansada no fim do dia e quando chegamos no hotel fui direto pro meu quarto. — ela prosseguiu.

— Lá é bonito? — Miguel perguntou.

— Sim, muito. — Carol disse fazendo um gesto para mandá-lo ficar quieto.

— Chata. — Miguel resmungou.

— Enfim, assim que eu entrei no meu quarto e virei na direção da cama para me jogar na mesma, eu vi uma pessoa deitada na minha cama, pessoa que estava sem camisa e usando só uma bermuda, aliás. — Maria disse e os outros riram de leve. — Eu fiquei confusa e soltei um: "Que porra.", o dito cujo que estava na minha cama nem se mexeu, então eu fui acordar ele.

— Eu teria surtado. — Bia disse rindo um pouco.

— Claro que teria, você é maluca. — Miguel disse fazendo os amigos rirem. — O que aconteceu depois?

— Bom, o Pablo acordou, deu em cima de mim e eu perguntei o que ele tava fazendo no meu quarto, ele me respondeu que era nosso quarto e ainda me chamou de colega de quarto. — Maria contou enfatizando algumas palavras. — Descobrimos que tinha sido um erro da recepção e decidimos ir juntos para resolver o problema.

— Que nem era tanto problema assim. — Carol murmurou.

— Fica quieta, tá atrapalhando a história. — Miguel reclamou para irritar a amiga.

— Ridículo! Maria Eduarda, olha o que ele tá fazendo comigo! — Carol reclamou.

— Calem a boca, a Madu tá contando a história. — Leonardo reclamou.

— Isso aí, Leozin da quebrada, bota ordem! — Bia disse.

— Posso continuar, crianças? — Maria perguntou.

— Pode. — todos responderam.

Maria continuou a contar sobre como ela e Pablo se conheceram, e enquanto contava a história para Miguel e Bia, pela primeira vez, Maria se lembrava do dia 17 de novembro de 2022 com um sorriso bobo nos lábios.

"Os dois caminharam pelo corredor em silêncio e ao chegarem no elevador, Maria o chamou e os dois ficaram olhando para a porta esperando ela abrir.

— De onde você é? — Maria perguntou olhando o garoto.

— Qual seu palpite? — Pablo perguntou e Maria o olhou com atenção.

— México? — Maria perguntou e Pablo torceu o nariz. — Espanha?

— É boa nos chutes.

— Se isso fosse uma prova, teria levado um zero na questão. — Maria disse de forma divertida.

— Acho que não, você mudou de ideia no meio do caminho. — Pablo disse e Maria deu de ombros sorrindo. — E você? De onde você é?

— Achei que pelo tanto de verde, amarelo e azul na roupa estaria meio óbvio. — Maria disse olhando o garoto.

— Claro, você é da Alemanha. — Pablo disse e Maria arregalou os olhos antes de fazer sua melhor expressão de indignação, o que fez Pablo rir.

— Fiquei até sem palavras para te dar uma boa resposta. — Maria disse e no instante seguinte um grupo de brasileiros saiu do elevador.

Maria cantou um trecho de país do futebol com eles e então entrou no elevador com Pablo, carregando um sorriso animado no rosto. Pablo apertou o botão do térreo e logo as duas portas se fecharam e o elevador começou a descer.

— Então, temos uma brasileira que ama bagunça aqui? — Pablo perguntou se encostando na parede oposta a de Maria.

— Está no sangue, na alma, no espírito. Ser brasileiro é ser animado mesmo na merda. — Maria disse sorrindo.

— Já foi a outra copa antes? — Pablo perguntou.

— Sim, a de 2014, foi no Brasil e meu irmão mais velho fez questão de me levar em todos os jogos, bem, menos no pior jogo da história. — Maria disse. — O jogo que traumatizou o povo brasileiro, eu estava doente e tenho certeza que fiquei mais doente ainda. E você?

— Essa é minha estreia na copa. — Pablo disse sorrindo. — Vai se vestir assim todos os dias?

— Assim como? Não gostou do meu modelito? — Maria perguntou em tom de brincadeira enquanto fazia a pose.

— Prefiro as cores da Espanha. — Pablo disse.

Antes que Maria pudesse responder, o elevador deu um tranco e ela se desequilibrou, se apoiando em Pablo para não cair. Maria se afastou rápido e só então notou que a única luz do elevador era uma pequena luz de emergência.

— Ah, não, vai se ferrar. — Maria reclamou irritada.

— Acho que acabou a força. — Pablo disse e Maria o olhou.

— Jura? Nem percebi.

— Calma, brasileira. A gente pode tentar ligar na recepção. — Pablo disse indo até o painel e Maria o olhou de braços cruzados. — Não vai dar, é verdade. Bem, o que nos resta é sentar e esperar.

— A gente não pode ficar aqui! Uma hora vamos precisar de água, comida e vamos precisar fazer nossas necessidades fisiológicas. — Maria disse nervosa.

— Ei, calma. — Pablo disse se levantando do chão. — A luz vai voltar antes que a gente possa perceber, não podemos fazer muita coisa daqui de dentro.

— Tem razão, desculpa, eu fiquei um pouco nervosa. — Maria disse tirando a mochila das costas.

— Jura? Nem percebi. — Pablo disse e Maria revirou os olhos com um pequeno sorriso. — E então? Quantos anos você tem? — Pablo perguntou se sentando de frente para Maria.

— Dezoito e você?

— Dezoito também, acho que é o destino. — Pablo disse sorrindo marotamente para Maria, que apenas riu. — Não ria do destino, Maria.

— Pode me chamar de Madu. — Maria disse ainda rindo de leve. — Sua vez de perguntar.

— Já 'tá na faculdade? — Pablo perguntou e Maria assentiu. — O que você faz?

— Design, ainda não escolhi qual ramo do design eu quero seguir, mas eu gosto bastante de mexer com animação e coisas assim. — Maria explicou com um sorriso. — E você?

— Quero focar na minha carreira no futebol, sou apaixonado por futebol e quero isso pra minha vida. — Pablo disse e Maria sorriu. — Sua vez.

— Qual país você gostaria de conhecer? — Maria perguntou e ele abaixou a cabeça rindo.

— Brasil, eu já teria coisas como guia turístico e hospedagem garantidas. — Pablo disse e Maria riu. — Eu sempre achei um país interessante, e depois de conhecer você tenho um motivo a mais para ir pra lá.

— Sua vez de perguntar, Pablo. — Maria disse olhando para seus tênis.

— Qual a música que você mais escuta? — Pablo perguntou e Maria ergueu o rosto pensativa.

— Acho que Garoto Errado da Manu Gavassi. — Maria disse…"

— Pera ae, para tudo. — Miguel disse fazendo Maria parar de falar. — Manu Gavassi? Perdeu o juízo, garota? Tanta coisa pra escutar e você escutava Manu Gavassi?

— Qual o problema? — Maria perguntou, perdendo totalmente o foco na história. — Manu Gavassi é a Taylor Swift brasileira, uma compositora incrível.

— Você tá de caô pra cima de mim. — Miguel disse e Maria o olhou brava. — Tanta música boa e você me vem com Manu Gavassi.

— Posso continuar? — Maria perguntou olhando irritada para Miguel.

— Continua, Manu Gavassi. — Miguel disse levando um peteleco de Maria em seguida.

— Conversamos mais um pouco antes de ficarmos em completo silêncio. Eu não sabia mais como puxar assunto e nem ele, então eu fiquei mexendo nas minhas pulseiras e ele ficou me olhando… — Maria contou se lembrando do momento.

"…Os dois ficaram em silêncio após isso, sem saber o que falar. Maria mexia nas pulseiras em seu braço, que eram em sua maioria pulseiras que ela comprou na praia. Pablo ficou observando Maria, ela estava com o cabelo preso quando se encontraram no quarto, mas agora o cabelo dela caía por seus ombros, a fazendo ter de colocá-lo atrás da orelha para que os fios castanhos não a atrapalhassem.

— O que foi? — Maria perguntou, fazendo Pablo piscar algumas vezes.

— Ah, nada. É que eu só vi agora que você tem covinhas. — Pablo disse rápido. — Eu achei bem fofo.

— Obrigada. — Maria disse soltando um riso nasal. — Para de me encarar assim.

— Assim como? Eu não sei do que você está falando. — Pablo disse e Maria negou com a cabeça.

— Você fica me olhando com esse sorriso e eu não gosto. — Maria disse sentindo suas bochechas ficarem quentes.

— Você não gosta de mim ou que eu fique te olhando? — Pablo perguntou e Maria o olhou pensando na pergunta. — Só estou admirando você.

— Você sempre flerta com todas as meninas que conhece? — Maria perguntou.

— Não, só com as que me encontram dormindo no quarto de hotel delas e depois ficam presas comigo no elevador. — Pablo disse indo se sentar ao lado de Maria. — Mas essa é a primeira vez que isso acontece, preciso do seu feedback. Está dando certo?

— Se você fosse o Jude Bellingham, sim. — Maria disse em tom provocativo e Pablo levou a mão ao coração.

— Assim você parte meu coração. — Pablo disse e Maria riu. — Se você me deixasse te beijar, tenho certeza que esqueceria o Bellingham.

— Quem sabe numa próxima. — Maria disse olhando o garoto. — Sorte sua que eu tenho um fraco enorme por jogadores de futebol e pelo espanhol.

— Dois pra mim, um para o Bellingham. — Pablo disse erguendo os braços. — Estou na frente, brasileira, o próximo gol que eu marcar é seu.

— Isso te dá uma vantagem, mas vou esperar o gol, não canta a vitória antes da hora. — Maria disse dando um pequeno sorriso.

— Nunca me gabo por estar em primeiro lugar, isso não é coisa de vencedor. — Pablo disse no instante em que a luz voltou.

— Pelo menos você sabe disso. — Maria disse enquanto Pablo se levantava.

— Tenho certeza que o Jude não sabe. — Pablo falou estendendo a mão para ajudar Maria a se levantar. — Sua mochila, Madu.

— Obrigada, Pablo…"

— Agora entendi o porquê o Pablo deu um chilique quando o Jude curtiu aquela sua foto e você comentou na foto dele. — Bia disse e Maria assentiu rindo.

— Você não viu nada ainda. — Leonardo disse rindo.

— Enquanto os dois estavam separados, ele viu que vocês foram em uma festa e encontraram o Jude, ele soube também que rolou uma pegação entre você e o London Boy. — Carol disse apontando para Maria a última frase.

— Sabia. — Maria disse baixinho.

— Nessa tal festa a Madu ficou com tanta gente. — Miguel falou antes de passar o braço pelos ombros de Madu. — Essa daqui é bem fã da Sabrina Carpenter mesmo…

— Um tesão inacabável. — Bia disse e Maria olhou para os dois de forma indignada.

— Gente, que horror. — Maria disse.

— Vai querer pagar de santa, agora? Com a gente? — Leonardo perguntou e Maria cruzou os braços. — Carol ainda perdeu você dando em cima do barman.

— Mentira? Tu nunca me contou, sua ridícula. — Carol disse.

— Eu nem lembrava disso. — Maria disse rindo.

— Como termina a história? Do dia que vocês se conheceram. — Miguel perguntou.

— A gente resolveu a questão do erro com as chaves e voltou pro meu quarto, a gente se despediu e ele pegou meu número. — Maria disse. — Ele me achou no Instagram, curtiu minha foto e então tudo aconteceu.

— Literalmente amor à primeira vista. — Bia disse e todos riram.

Depois de mais algum tempo ali fora, todos decidiram entrar para dormir. Maria notou a luz da cozinha acesa e foi até o cômodo, encontrando Lorenzo preparando a massa que usaria para preparar o almoço do dia seguinte.

Bambina. — Lorenzo disse sorrindo e Maria se aproximou dele com um sorriso.

Zio Lorenzo. — Maria disse sorrindo. (Tio Lorenzo)

Molto bene! Está ficando com seu italiano afiado. — Lorenzo disse e Maria sorriu encolhendo os ombros antes de prender o cabelo. (Muito bem!)

— Tio, eu posso te fazer uma pergunta? Além dessa. — Maria disse colocando o avental que Lorenzo a entregou.

— Claro. — Lorenzo disse. — Seria sobre o garoto que veio com vocês?

— Sim. — Maria disse lavando as mãos. — Eu e o Pablo nos conhecemos em 2022, durante a Copa, e as coisas aconteceram bem rápido, nós dois nos apaixonamos bem rápido. Foi quase instantâneo. — ela contou e Lorenzo a ouviu com atenção.

— Poderia me contar a história de como se conheceram? — Lorenzo pediu e Maria sorriu antes de assentir.

Maria contou a história e isso rendeu boas risadas para os dois, Lorenzo achou a situação toda muito engraçada, principalmente quando descobriu que alguns dias depois ambos adolescentes ficaram presos na sacada do hotel. Depois de terminar toda a história, Maria ficou em silêncio, apenas mexendo na massa, tomando coragem para fazer a pergunta que estava presa em sua garganta.

Bambina, o que quer perguntar? — Lorenzo perguntou e Maria o olhou.

— Tu acredita em destino? Porque eu sinto que eu e o Pablo estávamos destinados a nos encontrar no hotel durante a Copa. — Maria explicou. — Se não fosse do jeito que foi, eu e ele acabaríamos nos encontrando em algum lugar do hotel.

— Claro que acredito, passei pela mesma coisa quando conheci Marcos e também quando adotamos Miguel. — Lorenzo disse e Maria o olhou com expectativa. — Primeiro de tudo, quando você percebeu que estava apaixonada pelo Pablo?

— No primeiro jogo da Espanha. — Maria disse sorrindo com a lembrança. — Antes do jogo, ele foi no meu quarto e me deu a camiseta oficial do uniforme dele. Depois, quando ele marcou o primeiro gol dele na Copa, ele dedicou pra mim e…bah, quando ele passou em frente a torcida ele olhou diretamente pra mim e o brilho no olhar dele quando ele foi falar comigo depois do jogo, eu…naquela noite eu percebi que estava realmente apaixonada por ele.

— O jeito como você fala dele é muito bonito. — Lorenzo disse e Maria o olhou esperando uma explicação. — Seus olhos brilham e o seu sorriso é sincero. Nunca tinha te visto com um olhar tão vivo.

— A primeira vez que eu vim aqui foi exatamente cinco meses depois que eu e ele terminamos. Foi uma época bem difícil pra mim, eu até pintei o de loiro, depois de preto e aí eu tive o corte químico e agora decidi cortar. — Maria disse rindo, sendo acompanhada por Lorenzo.

— Vocês se viram em Barcelona, certo? — Lorenzo perguntou.

— Sim e foi torturante. — Maria disse. — Aí ele veio até a Itália…por mim. Ninguém tinha feito algo assim por mim antes. — ela disse rindo. — Mas eu não sei, depois de tudo eu continuo amando ele e eu acho que ele continua me amando também…eu tenho medo de tudo dar errado de novo.

— Maria, você acha que ele te ama? — Lorenzo perguntou. — Eu tenho certeza! Você não pode viver com medo, Bambina, viva sem medo. Eu não tenho dúvidas de que foram feitos um para o outro. — ele disse e Maria sorriu. — Agora, já para a cama. Amanhã vamos fazer um passeio a cavalo.

— Mesmo? — Maria perguntou animada. — Obrigada, obrigada, obrigada! Boa Buonanotte zio Lorenzo. (Boa noite, tio Lorenzo)

Buonanotte Madu.

Maria deu um beijo na bochecha do mais velho, tirou o avental e correu para o quarto que estava dividindo com Bia e Carol. Maria estava se sentindo tão leve e feliz que não conseguia dormir, por isso foi mexer em seu Twitter.

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@madubecker 💕☀️

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@carol.almeida roubou meu biquíni, sim!
↳ @madubecker roubar é muito forte, peguei emprestado!

@bia.castro oi, gata, vem sempre aqui?
↳ @madubecker oi, gata, eu venho e tu?

@oliveira.leonardo demorei quase duas horas pra tirar as fotos e nem recebo os créditos por isso, sou mesmo odiado, vou mudar de amigas!
↳ @madubecker eu te agradeci na hora, seu sensível! muito obrigada, ficaram todas lindas🫶
↳ @oliveira.leonardo de nada, madu🥰🫶

@username1 eu vi essa curtida aí @pablogavi

@username2 não acredito que o Pablo voltou com a biscate🙄
↳ @madubecker oi💕é pra ler?

@username3 temos maduvi de volta à vida? amei!

@username4 gostosa demais🤤
↳ @miguelsouza velho nojento, ficou maluco? vai tmnc seu otário! nojento
↳ @oliveira.leonardo o que sua esposa acha de tu ficar comentando em foto de outras meninas? velho imundo

@username5 A MARCAÇÃO DA FOTO, EU VOY MORRER

@gaby.torre saudades dessa viagem, saudades de vocês 😭❤️
↳ @madubecker mil saudades, gabis, queria que tu estivesse aqui😭❤️
↳ @oliveira.leonardo eu também queria😭❤️
↳ @madubecker Leo, para de roubar meu momento com a gabis!

@miguelsouza meu celular trincou depois que eu abri a publicação, você vai pagar o conserto, Maria Eduarda!
↳ @madubecker eu vou ir no seu quarto te bater, seu ridículo!

@maduviforever gatita❤️
↳ @madubecker ❤️

Oi, filhos maduvi, como vcs estão??

Eu caprichei nesse capítulo e entreguei diversos mimos do nosso casal que voltou a ser casal!!!!! Espero que tenham gostado.

Passando também pra dizer que falta apenas 5 capítulos para o final da fic, tô triste kkkkkkkkkk mas eu tô preparando algo digno de Maduvi.

Espero que tenham gostado, não se esqueçam de favoritar e comentar bastante.

Bjs, Ana!!

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