𝟸𝟿 - 𝙴𝚜𝚝𝚊𝚖𝚘𝚜 𝚏𝚘𝚛𝚊 𝚍𝚎 𝚙𝚎𝚛𝚒𝚐𝚘?

Boa leitura🇧🇷

Maria e Pablo estavam deitados no sofá do apartamento da garota. Por sorte, Madu não havia precisado ir para a empresa onde trabalha e teria apenas uma reunião às 16h da tarde. Tudo era tão simples, ambos não precisavam estar conversando para se sentirem confortáveis com a presença um do outro.

E naquele momento, estarem juntos ali, no silêncio. Cada um com seus próprios pensamentos. Era o que importava para eles.

— Ainda tem aquela polaroid? — Pablo perguntou enquanto fazia uma pequena trança no cabelo de Maria.

— Tenho, tá no meu quarto. — Maria disse entregando o elástico de silicone para o garoto.

— Vou pegar. Só vou amarrar a trancinha. — Pablo disse e Madu sorriu, achando aquilo fofo.

Pablo se levantou assim que amarrou a pequena trança e correu até o quarto da garota, pegou a câmera, que estava na prateleira logo acima da cama. Quando voltou, Pablo se sentou ao lado de Madu e tirou uma foto deles. Depois tirou uma foto dela e então Madu tirou uma foto dele.

— Parece que o resto do mundo tá em preto e branco enquanto a gente está em cores vibrantes. — Pablo disse sorrindo.

Naquele momento Maria pensou se eles já estavam em uma zona segura, fora do perigo externo que era se ter um relacionamento aberto aos seguidores de ambos. Os comentários maldosos voltados a Madu nunca pararam e ela sabia que nunca iriam parar de fato, por mais que vissem o quanto ela e Pablo se amavam e estavam em uma relação saudável para ambos.

Na cabeça de algumas pessoas, Maria Eduarda sempre seria a garota que se aproximou do jogador de futebol Pablo Gavira apenas pela fama dele.

O importante era que para Maria e Pablo, as coisas entre eles estavam totalmente resolvidas. Ou era o que eles achavam.

— Lembra da briga que a gente teve no fim do ano? Em dezembro? — Maria perguntou e Pablo assentiu.

— Lembro, não acredito que eu realmente senti ciúmes do Miguel. — Pablo disse rindo dele mesmo.

— E eu da Blanca, sendo que ela namora aquele seu amigo. — Maria disse também rindo.

— Eu achei que fôssemos terminar pra valer. — Pablo disse pegando a mão da garota. — Pelo menos a gente entendeu que eram apenas amizades e não precisávamos ter sentido nada daquilo.

— Fomos feitos pra desmoronar naquele momento, mas nos reconstruímos mais fortes. — Maria disse de forma teatral e Pablo riu alto. — Para de rir! Isso foi uma pequena referência a Out Of The Woods, obrigada.

— Eu percebi, você me fez decorar essa música pra cantar a ponte dela gritando você. — Pablo disse rindo de leve. — Vai mesmo ficar com o meu cordão pra você? — ele perguntou e Maria assentiu.

— Ficou bem melhor em mim. — Maria disse com um sorriso convencido.

Pablo deu um beijo em Maria antes da garota decidir fazer um macarrão à bolonhesa. Enquanto esperavam a carne cozinhar um pouco, eles ficaram dançando algumas das músicas que Madu colocou.

Quando tudo estava pronto, os dois colocaram seus pratos na mesa e se sentaram para comer. A conversa fluía animada entre eles, embora Maria estivesse bem magoada com alguns dos comentários que ela tinha recebido por conta de ter engordado um pouco. Pablo não sabia, ele nem mesmo havia notado que ela tinha engordado, e isso não fazia diferença alguma para ele, afinal ele amava Madu até virada no avesso.



— Vou entrar na reunião, tá? — Maria disse a Pablo.

— Tá bom, vou ficar bem quietinho. — Pablo disse caminhando até a porta do quarto. — Boa reunião.

— Valeu. — Maria disse sorrindo para ele antes de o ver sair do quarto e encostar a porta.

Boa tarde, Srta. Becker, Sr. Montgomery e Srta. Castro. — a chefe deles disse.

— Boa tarde, sra. Armstrong. — os três disseram juntos.

Essa será uma reunião rápida, apenas quero passar algumas informações sobre o design artístico e gráfico do qual vocês estão encarregados de fazer para o novo álbum da cantora Sabrina Carpenter. — Sra. Armstrong disse iniciando uma apresentação de slides.

Maria caiu da cadeira assim que ouviu o nome da sua cantora favorita. Pablo correu até o quarto e encontrou a garota rindo junto dos colegas de trabalho e de sua chefe, que segurava a risada.

— Desculpa, eu ouvi Sabrina Carpenter? — Maria perguntou depois de se levantar.

Sim, srta. Becker. — Sra. Armstrong disse rindo levemente.

— Tudo bem? — Pablo perguntou rindo.

— Tudo, tudo ótimo, obrigada. — Maria disse. — Depois eu te conto. — ela sussurrou para o namorado que assentiu antes de sair novamente do quarto. — Desculpa, pode prosseguir.

A reunião continuou e Maria continuou tendo seus surtos, mas dessa vez apenas internamente. Quando a reunião acabou, seu colega de trabalho, Ben Montgomery, mandou para ela o link do vídeo que ele postou dela caindo da cadeira depois de a chefe deles mencionar a Sabrina Carpenter, o vídeo estava sem áudio, tocando apenas uma música de fundo. Maria xingou o amigo nos comentários do vídeo, mas republicou ele e morreu de dar risada enquanto assistia o vídeo milhares de vezes.

Ela contou a Pablo sobre o motivo da queda e o garoto riu alto quando assistiu o vídeo. Depois que Madu ameaçou bater nele, Pablo tentou segurar a risada, mas foi em vão.

— Eu sofro bullying pelos meus próprios amigos. — Maria disse olhando as mensagens no grupo tirando sarro da queda dela durante a reunião.

— O Pedri fez uma figurinha! — Pablo disse rindo.

— Ah não! Deixa eu ver. — Maria disse pegando o celular de Pablo, que ria. — Desgraçado.

— Vou mandar pra minha mãe. — Pablo disse e Maria negou.

— Não, vai não. — Maria disse rindo.

— Por favor…nunca te pedi nada. — Pablo resmungou.

— Me pediu aulas de direção. — Maria pontuou.

— Verdade, pedi mesmo. Mas eu preciso, isso você não pode negar, Mari. — Pablo disse secando as lágrimas que caiam por seu rosto devido à risada.

— Tem uma estrada boa pra treinar aqui perto, meu pai levou o Leo, a Gabi e eu pra treinar lá. — Maria disse abrindo o GPS.

— A gente vai agora? Tá escuro. — Pablo disse.

— A estrada é super iluminada, eu não vou ter tempo no resto da semana. — Maria disse olhando o garoto. — São cinco minutos pra ir até lá, eu dirijo!

— Tem que ser você mesmo. — Pablo falou. — Ah não ser que você queira que eu bata seu carro igual a Carol bateu o do Pedri.

— Muito amor mesmo, eu teria batido a cabeça dela no poste. — Maria falou colocando seus sapatos. — Vamos nessa, rapaz.

— Vamos nessa.

Maria dirigiu até a estrada e tinha apenas mais dois carros treinando direção ali. Como era uma estrada fechada e fora de uso, ela realmente virou uma estrada de treino e aulas de autoescola.

Assim que Pablo pegou a direção, Maria explicou tudo com calma e pediu que ele não pisasse tão forte no acelerador. Pablo se saiu bem e Maria se perguntou o que ele havia errado durante a prova prática.

— Eu disse pra você! O cara da avaliação só me reprovou porque eu sou jogador do Barcelona e ele torce pro Real Madrid. — Pablo falou e Maria riu.

— Você deve ter errado alguma coisinha besta. Ele não te reprovaram por isso. — Maria falou e Pablo se indignou.

— Não acredito que você vai ficar do lado do inimigo. — Pablo falou exasperado e Maria riu.

— Cuidado, alguns bichos cruzam a estrada aqui. — Maria avisou e Pablo assentiu.

O garoto continuou dirigindo e manobrou o carro com calma para voltar ao início da estrada. Quando ele endireitou o carro e começou a andar com o mesmo, um animal correu em frente ao carro e Pablo pisou com tudo no freio.

— Mari, tudo bem? — Pablo perguntou olhando a namorada.

— Tudo e vo…troca de lugar comigo, você machucou o queixo. — Maria disse ao ver sangue escorrendo do queixo do namorado, a garota estava em completo desespero por dentro, mas tentava não demonstrar para não desesperar mais ainda o namorado.

— Puta merda, tá bom. — Pablo disse tentando manter a calma.

Maria dirigiu com pressa até o hospital, enquanto Pablo segurava um paninho contra o queixo. Ao chegarem, Maria falou com uma das recepcionistas, querendo saber se tinha como atender ele rápido, mas como estavam em um pronto socorro, o atendimento era um pouco lento por conta de ser um dos hospitais mais movimentados da cidade.

Pablo foi de fato atendido cerca de uma hora depois.

— Vou precisar dar alguns pontos, foi um corte bem fundo. — o médico falou e Pablo assentiu meio desnorteado.

Quando o médico começou a dar os pontos, Pablo apertou a mão de Maria e fechou os olhos derramando algumas lágrimas. Maria chorou junto dele. Depois de terminar de levar os pontos, Pablo tomou um remédio para dor, Maria ficou junto dele o tempo todo, se sentindo culpada por ele estar machucado.

Assim que saíram do hospital, os dois passaram em uma lanchonete 24h ali perto e ficaram assistindo o sol nascer enquanto tomavam café da manhã. Mesmo que eles não olhassem o nascer do sol e estivessem concentrados apenas um no outro, apenas olhando um para o outro.

🇧🇷🇪🇸

Na quarta-feira daquela mesma semana as aulas de Madu voltaram. Ela agora dividiria seu tempo entre as aulas, seu trabalho, academia, psicóloga e suas aulas de espanhol e francês, idioma que Bia e Gabi insistiram que ela estudasse também, pois segundo elas: "Nós três temos uma voz sexy pra falar francês, não podemos perder a chance."

Pablo descobriu que todo time do Barcelona estava indo para os Estados Unidos, e mais tarde ele descobriu que iriam participar de um evento, que lê não entendeu muito bem pela explicação de Pedri e Ansu, mas fingiu que sim para evitar que os dois mandassem áudios explicando de forma mais confusa ainda.

— Madu! — Bia cantarolou enquanto se aproximava da amiga. — Olha o que eu consegui pra gente!

— Entrada VIP? Pra qual festa? — Maria perguntou olhando para os ingressos na mão da amiga.

— Naquela que aquele monte de famoso gato vai. — Bia falou e Maria olhou a amiga.

— Eu namoro.

— Seu namorado é um famoso gato, ele pode ir com a gente. — Bia disse sorrindo.

— Eu não sei se posso nesta sexta, a Elizabeth não me daria mais uma folga esse mês. — Maria argumentou.

— Por favor, Maria. — Bia choramingou.

— Te dou uma resposta hoje a tarde, juro. — Maria disse vendo um sorriso nascer no rosto da amiga.

— Tudo bem, agora vem! — Bia disse puxando a amiga pelo corredor. — Vamos aproveitar essa aula vaga e correr assistir uma parte do ensaio do musical que o Peter vai participar.

— Ele vai fazer o papel principal, não é? — Maria perguntou.

— Sim, Romeu e Julieta.

— Bem que podiam cantar Love Story da mami Taylor. — Maria disse e Bia sorriu empurrando a enorme porta do teatro com cuidado.

— Eles vão! — Bia exclamou baixinho.

— Não acredito! — Maria disse sorrindo.

— Eu dei a sugestão, já que a peça caiu bem no dia do seu aniversário. Pensei que seria uma surpresa legal. — Bia falou e Maria sorriu enquanto as duas se sentavam na última fileira do teatro.

— Eu amei, seria melhor ainda se eu cantasse ela e estivesse na peça. — Maria brincou e Bia riu.

— Faz o teste pra Julieta.

Maria soltou um grito quando Peter falou isso se sentando ao lado dela.

Puta que pariu. — Maria disse olhando para ele.

— Desculpa. — Peter disse enquanto ria junto de Bia.

— Minha alma tá voltando ainda, um segundo. — Maria pediu.

— Como exagera. — Bia falou rindo.

— Pode falar agora, revivi. — Maria brincou.

— Faz o teste pra Julieta. — Peter repetiu. — Não tem muitas meninas querendo ser ela, a maioria delas foi pra peça do Aladdin.

— Ah não, eu tava só brincando. — Maria disse cruzando as pernas. — Eu nem sei como funciona isso.

— Você sabe sim, já fez teatro e tudo mais. — Bia falou e Maria a olhou séria. — Fez até a Dorothy já.

— Só faz o teste, isso não quer dizer que você vai passar. — Peter falou. — E outra que você faria a Julieta durante a adolescência só, a peça é diferente da história original.

— Como é agora?

— Depois da sugestão de Love Story, ficaria estranho eles morrerem. Então eles mudaram o roteiro. — Peter explicou e as meninas assentiram.

— Mas eu nem sou do curso de artes, não posso participar. Que pena. — Maria disse e Peter riu.

— Por isso vai só fazer o teste, a Bia também vai fazer. Ela participa do grupo de teatro musical junto comigo. — Peter falou sorrindo. — Não se preocupe, você vai ensaiar a música e a dança, depois vai apresentar junto comigo.

— A diretora gosta de caçar novos talentos no meio dos outros cursos. — Bia falou. — Você precisa sair da zona de conforto, Maduzoca.

— Não sei, não.

— Sabe sim, a resposta é sim. — Peter e Bia falaram e Maria assentiu.

— Tá, tá bom, eu faço. Mas eu não vou participar de nenhuma peça. — Maria disse.

Peter e Bia abraçaram a amiga e ela riu enquanto eles apertavam ela no abraço. Maria e Bia ficaram assistindo os ensaios durante algum tempo antes de voltarem para suas aulas e se encontraram com Miguel.

Assim que saíram da faculdade, Madu, Bia e Miguel correram para o estacionamento e entraram no carro de Maria. Ela deixou Miguel no jornal onde ele trabalhava e depois seguiu para a empresa onde ela e Bia trabalham. As duas pegaram as bolsas que deixaram no banco de trás com uma troca de roupa e correram até a entrada da empresa.

— Boa tarde. — as duas disseram ao segurança.

— Ela não chegou ainda, mas vocês tem só cinco minutos. — o segurança disse enquanto as meninas passavam pelas catracas.

— Obrigada por avisar.

Madu e Bia correram até o elevador e subiram até o sexto andar. Ao chegarem, as duas foram até o banheiro e se trocaram o mais rápido que conseguiram. Logo as duas saíram do banheiro usando calças jeans sem rasgo algum e uma camisa social. As roupas que os funcionários deveriam usar não tinha muita regra, a empresa apenas pedia que eles não usassem calças rasgadas, ou roupas que não passassem tanta seriedade.

— Becker, na minha sala. — Sra. Armstrong chamou ao passar pela sala onde Maria estava.

Tomei no meu cu, o que eu fiz? — Maria murmurou para Bia e a mesma encolheu os ombros.

Boa sorte.

Maria seguiu sua chefe até a sala dela e entrou na mesma fechando a porta. Ela andou até a cadeira vazia e apenas se sentou após a Sra. Armstrong sinalizar a mesma para ela.

— Eu fiz alguma coisa? — Maria perguntou nervosa.

— Por conta de alguns trabalhos seus, a editora Disney Hyperion entrou em contato comigo para conseguir marcar uma reunião com você. — Sra. Armstrong disse a Maria. — Eles viram um vídeo no seu tiktok, se não me engano, onde você fazia capas para os livros que você lê e gostaram muito.

— Disney Hyperion? Tipo, a editora dos livros do Rick Riordan? — Maria perguntou desacreditada.

— Sim.

— Cala a boca. — Maria disse rindo de leve e então notou a confusão de sua chefe. — Quer dizer, caramba.

— Posso marcar a reunião para sexta-feira, às 18h? — Sra. Armstrong perguntou e Maria apenas assentiu.

— Mas eles não tem sede em Nova York.

— Provavelmente o seu trabalho seria durante seu horário de trabalho aqui, nossa empresa possui uma parceria com eles e eles me pediram você. — Sra. Armstrong explicou e Maria assentiu.

— Eu teria um aumento? — Maria perguntou fazendo a mais velha rir.

— Podemos conversar isso na sexta. — Sra. Armstrong disse sorrindo. — Estou muito feliz em ver seu crescimento na área, Maria.

— Obrigada pela confiança, Sra. Armstrong.

— Pode voltar ao trabalho, hoje você está liberada para sair meia hora mais cedo. — Sra. Armstrong disse e Maria sorriu. — Não se acostume.

— Nunca.

Maria não contou a novidade para ninguém, ela queria ver as coisas se concretizando antes de contar a alguém. Na verdade, ela contaria apenas para Carol, Léo, Pablo e seu pai.

Por isso, Madu dirigiu até a Columbia e ficou esperando por seu pai, que estava com o carro no conserto.

— Tu dirige. — Maria disse entregando a chave para o pai.

— Vamos passar buscar o Léo? — Diego perguntou entrando no lado do motorista.

— Sim e o Pablo também. — Maria disse sorrindo. — Tenho uma novidade, mas só vou contar quando chegarmos em casa.

— Notícias especiais combinam com uma refeição especial, o que acha de eu assar aquela lasanha que a gente deixou preparada? — Diego sugeriu e Maria sorriu.

— Sim! Eu apoio muito a ideia. — Maria disse animada.

Diego ligou o rádio e achou a rádio brasileira que ele e Madu sempre ouviam. Os dois ficaram cantando os sertanejos e rocks brasileiros que tocavam na estação. Leo os esperava em frente ao prédio da Julliard e entrou no carro perguntando que milagre aconteceu para Madu ter a bondade de buscar ele. Maria apenas disse que acordou de bom humor e Diego riu dos dois quando eles começaram a discutir usando o idioma próprio dos gaúchos, o qual eles sempre utilizavam e Diego ficava ouvindo confuso, embora agora, depois de dois anos, ele já soubesse o que algumas das coisas que eles falavam significasse.

Depois de buscarem Pablo no hotel, Diego dirigiu para o apartamento e eles subiram para casa. Diego e Madu preparam a lasanha juntos, ou ao menos Maria tentava ajudar o pai, a garota não tinha muito talento para cozinha, mas sabia se virar caso precisasse. Eles ficaram conversando enquanto comiam e então Madu contou sobre seu possível novo emprego, mas sem sair de seu emprego atual.

— Se tu não vier com o Pedro, eu arranco seus cabelos, te deixo careca. — Maria ameaçou Carol enquanto conversava com ela.

Eu queria ir, a Mali também queria, mas eu acho que não vai dar. — Carol disse e Maria choramingou.

— Tu me odeia, não me ama. — Maria disse.

Deixa de drama, guria. Como tá a semana com o Pablo?

— Ele levou vinte pontos no queixo, tá bem agora, mas foi feio. — Maria contou e Carol foi arregalando os olhos lentamente. — Que horror, Pedro! Vai colocar uma camiseta.

O que é bonito tem que ser mostrado, sua nojenta. — Pedri falou e Maria o mostrou a língua. — Cadê o queixo remendado?

— Ele tá jogando videogame com o Leo. — Maria contou enquanto pegava Laika no colo. — Olha como a Laikinha tá linda! Saudade das minhas filhas, Mamma Mia e Misty.

Vai vir visitar a gente no verão? — Carol perguntou.

— Sim! — Maria disse sorrindo enquanto saia de seu quarto. — Quando vocês vem me ver? Eu reformei meu quarto! — ela disse sorrindo abertamente.

Eu vou ver você semana que vem! — Pedri contou sorrindo e Maria sorriu também.

— Mas você não tem treino e coisa assim? — Maria perguntou.

O time todo vai passar uma semana nos Estados Unidos antes de viajar para outro país onde vamos jogar. — Pedri explicou e Maria assentiu.

— Você vai passar mais uma semana aqui e não me contou? — Maria perguntou a Pablo.

Surpresa! — Pablo exclamou e Maria revirou os olhos.

— Mostra minhas filhas aí, quero mostrar elas pro meu pai. — Maria pediu e Carol foi até as gatas. — Pai, olha minhas filhas.

— Mamma Mia e Misty! — Diego disse sorrindo. — Oi, Carol!

Oi, tio. — Carol disse sorrindo ao voltar a aparecer na câmera. — Preciso desligar, tô morrendo de sono. Já é 01h da manhã aqui.

— Boa noite, Caca! Te amo. — Maria disse sorrindo para a amiga. — Boa noite, Pedrito.

Boa noite, Maduzita. — Pedri disse mandando um beijo para a garota.

Boa noite, Madu! Te amo. — Carol falou mandando um beijo para a amiga.

— E eu, Caroline? — Leonardo perguntou.

Boa noite, Leo! Te amo. — Carol disse e Madu mostrou o amigo na câmera.

— Boa noite, Carolis. — Leo disse mandando um beijo.

🇧🇷🇪🇸

Na quinta-feira que antecede a reunião de Maria com o representante da Disney Hyperion, a garota tentava se concentrar em suas aulas da faculdade, mas nada prendia sua atenção. Pelo menos ela sairia para ir ao cinema com Pablo e passaria um tempo distraída. As aulas pareciam se arrastar e o tempo parecia mil vezes mais lento do que nunca. A ansiedade de Maria estava a deixando totalmente inquieta e nem acreditou quando o sinal do intervalo tocou e ela pode sair da sala para fazer algo além de ficar sentada assistindo o professor falar sem parar.

— Você vai ficar maluca por causa dessa reunião. — Bia falou se sentando ao lado da amiga no intervalo.

— Eu já tô maluca. — Maria disse. — Pelo menos vou sair com o Pablo hoje.

— Você precisa mesmo, já vai furar nossa festinha amanhã. — Bia falou fazendo uma expressão triste.

— Tu vai com o Miguel, o Leo, a Gabi e o Peter. — Maria disse. — Tais em boa companhia.

— Mas eu queria que você e o Pablo fossem, Maduzoca. — Bia falou e Maria sorriu.

— Tu e o Miguel não vivem sem mim. — Maria brincou.

— Não mesmo, aquele carioca chato me irrita. — Bia falou e Maria riu.

As duas conversaram pelo resto do intervalo e depois de mais duas horas, elas saíram da faculdade e foram direto para o trabalho. O turno longo das duas terminou às 18h, mas ambas ganharam a função de acompanhar a Sra. Armstrong em uma reunião. Maria xingou mentalmente e pegou seu celular para falar com Pablo.

Oi, Mari. — Pablo disse ao atender. — Tá pronta pra gente ir?

— É, então…eu liguei por causa disso. — Maria disse sem muita empolgação. — Eu não vou poder ir.

Como assim? Você também não pode ontem, e nem antes de ontem. — Pablo disse com chateação na voz e Maria soltou um suspiro.

— Eu sei, me desculpa. — Maria disse sentindo vontade de chorar. — A gente pode sair no sábado.

Tudo bem, me avisa quando chegar em casa. — Pablo falou com a voz triste.

— Me desculpa mesmo. — Maria disse com a voz embargada.

Relaxa, Mari. A gente se fala depois. — Pablo disse antes de desligar.

Maria respirou fundo e guardou o celular antes de ir até a sala onde ocorreria a reunião. Ela percebeu a tristeza sincera na voz de Pablo e naquele momento percebeu que estava sendo uma péssima namorada.

Na sexta-feira, sua reunião correu bem e ela conseguiu o emprego. Tudo ficaria mais corrido para ela, mas isso a faria conseguir criar seu nome no ramo em que queria seguir e isso era o que importava. Maria estava extremamente feliz e extremamente lotada de trabalhos da faculdade e da Disney Hyperion para fazer.

Ela precisou cancelar seus compromissos do fim de semana e não fez nada além de ir para a faculdade, o trabalho e sua casa durante a semana seguinte. Quando o fim de semana chegou novamente, Madu continuava atolada de trabalhos para fazer, mas agora ela estava apenas finalizando tudo, e iniciando um projeto a parte.

— Filha, você não ia ver o Pablo hoje? — Diego disse para a filha enquanto colocava a coleira na Laika.

— Não, a gente combinou no sábado às 14h. — Maria disse enquanto fazia um desenho para depois o computadorizar. — Pra gente almoçar junto.

— É sábado e são 15h. — Diego falou e Maria o olhou em completo silêncio durante alguns segundos.

— O Pablo vai me odiar pelo resto da vida dele e da minha. — Maria disse se levantando. — Obrigada por me avisar, pai, beijo.

— Filha, você…tá de pijama. — Diego disse, mas Maria já tinha saído do apartamento.

Maria entrou no carro e dirigiu com muita pressa até o hotel de Pablo. Assim que chegou, ela deu oi para a recepcionista e a moça a liberou, afinal já a conhecia e sabia que ela estava indo ver Pablo. Madu bateu na porta do quarto de Pablo e esperou que o garoto abrisse, assim que ele abriu a porta, Maria deu um sorriso culpado e Pablo deu passagem para ela.

— Me…

— Nem começa, Maria. — Pablo disse cortando a fala de Madu.

— Eu não fiz por querer, Pablo. — Maria falou com a voz triste. — Eu fiquei atolada com trabalhos da faculdade e com algumas coisas da empresa.

— Você esqueceu que tem uma vida além do trabalho, quantas vezes você marcou e desmarcou comigo essa semana? — Pablo perguntou chateado. — Aí hoje, você me faz ficar esperando você por uma hora igual um idiota.

— Eu não queria te deixar esperando, achei que hoje fosse sexta. — Maria explicou e Pablo respirou fundo.

— Se você veio aqui pra se desculpar e ficar se explicando, podia ter feito isso pelo telefone como fez a semana inteira. — Pablo disse e Maria o olhou de forma triste.

— Pablo…

— Maria, eu me desdobrava pra ver você na época da copa, eu me atrasei pra treinos, deixei de sair com o time pra ver você! — Pablo disse e Maria o olhou com os olhos enchendo de lágrimas.

— Eu não pedi pra que você fizesse nada disso! E eu tô tentando, mas nem dormir eu consigo direito! — Maria falou segurando o choro. — Eu tô me esforçando, dando meu máximo, eu não queria ter esquecido o almoço hoje e nem ter desmarcado todas as vezes que eu desmarquei.

— Você podia ter avisado. — Pablo disse se aproximando de Maria e pegando a mão dela.

— Eu sei, me desculpa. — Maria falou chorando.

— Ei, Mari…olha pra mim. — Pablo pediu segurando o rosto da namorada. — Não precisa se desculpar tanto. Podemos fazer dar certo, tá bom?

— Tá. — Maria disse limpando o rosto.

— Vem, vamos assistir um filme, você escolhe.

— Enrolados.

— Feito. — Pablo disse sorrindo de leve antes de dar um beijo rápido em Maria.

Maria se sentiu mais calma e a única coisa que pensava era: "Já estamos resolvidos? Estamos resolvidos? Ainda bem"

Oi gente, como vcs estão??

N sumi, tô viva, só tava com dificuldade de escrever.

Capítulo bem longuinho pq teve passagem de vários dias e enfim, desculpa se ficou confuso, na minha cabeça tá fazendo muito sentido.

Espero que tenha gostado, não se esqueçam de favoritar e comentar bastante.

Bjs, Ana!!

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