Capítulo 7 - Caindo na quadra.
- July! Que bom que chegou. - Diz Lia assim que entro em sala de aula. - Corra!
Apresso um pouco meus passos, Lia tem um sorriso gigante nos lábios. Olho para Vitor e ele parece entediado.
- Algum problema? - Pergunto para Lia.
- Não... Apenas a minha festa! - Ela me entrega um convite.
O convite é preto com várias estrelas ao redor no título está escrito "noite das garotas".
- Onde vai ser isso? - Digo guardando o convite na minha bolsa.
- Na minha casa. - Lia diz contente - Mas não se preocupe, convidei apenas dez garotas... Eu acho. - Ela diz pensativa.
- Isso é perca de tempo. - Vítor revira os olhos.
Olho para suas mãos e eles esta segurando um convite também.
- Você também foi convidado para a noite das garotas? - Ironizo.
- Não... - Ele sorrir de lado - Esse é do Steven. Tenho certeza que Lia passará o dia ocupada.
- Ah! July, você ficará no lugar de Anie no nosso time de vôlei. - Diz Lia.
- Eu não sei jogar vôlei.
- Está tudo bem, é só pra se divertir.
- Essa eu quero ver. - Diz Vitor.
- Okay, eu vou. - Ergo minhas sobrancelhas para Vitor.
Ele me mostra seu sorriso encantador me deixando perdida em pensamentos.
- Vamos sentar crianças? - Ouço a voz do professor de matemática,o único para me fazer sair dos meus devaneios.
(***)
Saio do vestiário feminino um pouco envergonha por esta usando roupas de ginástica, não preciso me olhar no espelho e já sei que estou vermelha.
Me aproximo de Lia e Vitor que estão conversando.
- Estou pronta. - Minha voz sai baixa.
- Ótimo. - Lia me mostra seu sorriso espontâneo.
- Vai jogar com essa cara vermelha mesmo? - Pergunto.
- Cala a boca! - Lia da um pequeno empurro em Vitor e me puxa para perto da rede. - Só bate na bola. - Ela sorrir.
Ao meu lado se posiciona Gina, ela me olha dos pés a cabeça.
- Era só o que me faltava. - Ela revira os olhos.
O professor assopra o apito e o jogo começa. "acerta a bola,acerta a bola" tento me acalmar mentalmente.
A bola vem na minha direção, acerto ela e sem querer faço nosso time ganhar ponto.
Olho para Lia ela está com seu sorriso contente e me faz sinal positivo com as mãos.
O jogo começa novamente, a bola vem na minha direção novamente, mas meu corpo é empurrado com muita força, acabo caindo no chão.
- Desculpa. - Gina tenta conter um sorriso.
Olho para minhas mãos, elas estão raladas assim como meus joelhos. Todos estão me olhando estranho inclusive o professor.
- Você está bem? - Vítor me carrega no seus braços.
- Estou.
- Presta atenção, feche os olhos e prometa que não abrirá para nada. - Ele anda comigo nos seus braços e sussurra no meu ouvido.
- Okay. - Fecho meus olhos.
Apenas ouço a respiração de Vitor, não sei se estamos andando ou parados, não sinto seu corpo se mexer apenas ouço o vento forte passar pelo meu ouvido. Prometi que não iria abrir os olhos e assim eu faço, tento manter meus olhos fechados e na curiosidade de saber o que esta acontecendo.
Ouço barulho de porta de carro ser aberta, sou colocada sentando em algo macio.
- Pode abrir. - Ouço a voz de Vitor.
Abro meus olhos e vejo que estamos dentro do carro. Vitor fecha a porta, da a volta e entra no carro.
- Como paramos aqui? - Pergunto.
- Eu vim andando com você nos braços. - Ele fala como se eu fosse idiota.
- Mas não parecia... Porque você mandou eu fechar os olhos?
- Pra pensarem que você estava passando mal.
- Mas... Porque eu não se...
- Ah! Cheio de porquês. - Ele levanta a mão para o alto - Você fica mais linda quando está calada... Lia está vindo com nossas coisas e curativos para colocar no seu joelho. - Ele não olha para mim.
Não demora alguns minutos quando Lia bate na janela do carro.
- Aqui, trouxe a mochila de vocês. - Ela me entrega a minha mochila e a de Vitor - Trouxe esparadrapo... Foi o que eu achei.
- Está tudo bem Lia. Obrigada. - Estendo minha mão para pegar o esparadrapo. Lia fica parada olhando para minha mão até Vitor tomar da sua mão e entregar a mim.
- Okay. - Lia suspira e fecha os olhos.
- Obrigado Lia. - Vitor fecha a janela do carro e acelera.
- O que deu nela? - Pergunto.
- Ela não pode ver sangue. - Ele sorrir e balança a cabeça negativamente.
- Gina jogou sujo hoje. - Começo a colocar o esparadrapo no joelho.
- Irei falar com ela mais tarde. - Ele está com sua expressão séria novamente.
- Vai alimentar mais a raiva dela? Ela vai me matar.
- Ninguém vai te machucar... - Olho para ele que está concentrado na estrada - Prometo.
(***)
Vitor estaciona o carro em frente à minha casa, ele me ajuda a descer do carro. Dou meus primeiros passos mancando.
- Não tenho paciência. - Ele me carrega no colo novamente.
- Espero não me acostumar com isso. - Digo.
- Eu também.
Ele me coloca em frente à porta da minha casa, meus pés falham e eu escorrego, mas Vitor me segura. Seu corpo incrivelmente gelado está colado com o meu, nossas bocas estão tão próximas que sinto seu hálito assim como sua respiração fraca no meu rosto. Seus incríveis olhos cor de caramelo estão encarando meus olhos.
Ele me ajuda a ficar em pé me tirando dos devaneios.
- Consegue entrar sozinha? - Vitor Pergunta.
- Claro. - Afirmo com a cabeça - Obrigada.
Ele afirma com a cabeça entra no carro e da partida. Respiro fundo e abro a porta de casa, entro no meu quarto, deito na cama e caio em sono profundo com olhos castanhos em mente.
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