Capítulo 1 - fazendo novos amigos.

- July! - Minha mãe me remexe na cama.

Minha mãe? Como ela entrou aqui?

- Como você entrou? - Pergunto sonolenta.

- Pela porta. - Ela aponta para a porta aberta.

- Mas eu tranquei antes de ir dormir. - Sento-me na cama.

- Se tivesse trancada, eu não teria entrado. Agora se arrume, seu pai não acordou de bom humor hoje.

- E quando ele acorda?

Minha mãe saiu do meu quarto me deixando sozinha. Meu pai sempre acorda de mau humor, tenho certeza que ele me odeia, ele demostra isso todos os dias. As vezes acho que sou adotada, não me pareço nada com minha mãe e nem com meu pai.

Me arrumo lentamente, hoje o dia está preguiçoso. Névola é uma cidade onde está sempre muito frio. Visto minha calça jeans, coloco minha blusa de mangas compridas de cor bege, calço meus tênis. Pego minha bolsa e meu casaco. Caminho para cozinha, encontro meu pai sentado na mesa de cara emburrada e minha mãe como sempre está sorrindo.

- Coma, querida. - Disse Martha.

Martha tem pele branca assim como a minha, seus olhos tem cor de avelã, seus cabelos são acima do ombro com tom de loiro natural.

Sento-me na mesa. Mary coloca panquecas sobre o prato.

- Como rápido! - Disse Gário.

- Gário! - Minha mãe o repreende - Ela está tão magrinha.

- Mary, Você não quer que ela fique igual aquela bola de pelos ambulante. - Ele aponta para minha gata Alicia.

- Pai, Alicia não tem culpa em nada. - Digo.

- Cala a boca e come.

Praticamente enfio toda a panqueca na minha boca. Minha mãe me olha com uma cara assustada e meu pai tenta conter um sorriso.

- Agora vamos! - Digo de boca cheia.

Gário e eu levantamos da mesa. Olho para Alicia que está deitada no sofá. Alicia é uma grande bola de pelos preta, existe duas coisas no mundo que Alicia odeia meu pai e cachorros.

Meu pai anda na minha frente em direção ao carro, ele é alto, tem pele parda, olhos cor de mel, cabelo de tons preto e sempre está emburrado. Entramos no carro e Gário dá partida.

(***)

Paramos em frente a escola, como sempre tudo é estranho nessa cidade até a escola.

- Vai ficar só admirando? -  pergunta Gário.

- Essa escola é assustadora. - Digo olhando para o grande muro de pedras com apenas um portão no meio.

- Desça logo, estou atrasado.

Desço do carro e Gário dá partida sem nem dizer tchau. Tenho que manter a calma. Me aproximo do portão.

- Óla? - Dou uma batida no portão.

O portão é aberto, um anão aparece, ele usa roupa de segurança e tem a cara emburrada.

- O que você quer? - Ele pergunta.

- Oi... meu nome é July e eu sou a aluna novata.

- Pensei que fosse alguém importante... pode entrar. - Ele abre a porta me dando passagem.

Passo pelo portão, vejo que á um enorme corredor.

- Onde posso encontrar o diretor Hélio? - Pergunto.

- Primeira porta a direita.

- Obrigada.

Caminho pelo enorme corredor, paro em frente a porta de madeira onde tem uma pequena placa escrito " Diretor Hélio". Bato duas vezes na porta.

- Pode entrar! - Ouço ele gritar.

Abro a porta, encontro um homem de cabelos grisalhos e um pouco acima do peso.

- Óla, eu sou...

- July Bemano, certo? - Ele me interrompe.

- Certo.

- Ótimo, eu estava esperando você. Só um minuto. - Ele pega o microfone em cima da sua mesa - Lia Malafaia, venha até minha sala imediatamente, Diretor Hélio.

Demorou apenas um minuto a porta é aberta. Viro-me para ver quem é, uma menina alta, pele pálida, cabelos longos com tom de vermelho, seus olhos são claros.

- Que... rápido, Lia. - Disse Hélio.

- É porque eu estava aqui por perto. - Ela sorrir e olha para mim.

- July, essa é Lia, ela vai lhe mostrar sua sala.

- Obrigada.

- Vamos. - A menina me puxa pelo braço. Seu toque é gelado. - Essa escola é conhecida como escola do corredor.

- Porque? - Pergunto.

- Você fala. - Ela sorrir e eu coro - Simples, é cheio de corredores, você vai entender.

Nossa sala era no terceiro andar. Minha respiração está ofegante, mas Lia parece completamente normal, com certeza ela é costumada a subir seis escadas todos os dias.

- Nossa sala é aquela. - ela aponta pra a sala que se encontra no fim do corredor onde estamos.

Ela abre a porta da sala, meu coração acelera por medo, acho que meu maior medo é ser mais rejeitada que o normal.

- Galera! - Lia chama a atenção de todos que estão na sala, todos estavam animados e agora olham atentamente para mim - Essa é a July Bemano, nossa nova colega de classe.

- Ta nervosa porque, gatinha? - Ouço uma voz masculina.

- Cala a boca! - Lia grita.

Lia me puxa pelo braço, estremeço novamente pelo seu toque frio com minha pele quente.

- Essa é Emma Styles. - Ela aponta para uma menina alta, pele pálida, olhos cor de mel, cabelos roxo com tom de rosas nas pontas.

- Prazer. - Aperto sua mão, suas mãos são frias assim como de Lia.

- Prazer é todo meu. - Sua voz é doce e meiga.

- E esse é Carl Moretz. - Lia me mostra um menino alto, pele morena clara, cabelos liso curto com um tom de preto brilhante.

- Óla. - Carl acena para mim com um sorriso no rosto e eu retribuo o sorriso.

Sinto um cutucada no meu ombro, viro-me rapidamente.

- Óla. - Diz uma menina baixa, cabelos longos encaracolados, pele pálida.

- Essa é Anie Daras. - Disse Lia.

- E esse é Peter Snow - Disse Anie apontando para o menino ao seu lado.

- Prazer. - Estendo minha mão para o menino. Peter é alto, pele pálida, olhos castanhos claros e tem o cabelo encaracolado curto, como de um anjo.

- Prazer todo meu. - Peter pega minha mão e beija - AB.

- Positivo. - Disse Anie.

- Ele veio hoje. - Disse Lia.

Estou preste para pergunta de quem ela está falando, a porta é aberta. Meu mundo para, me sinto colada ao chão assim que eu o vejo, ele é alto, tem cabelos castanhos claros, seu cabelo é como se tivesse sido penteado com a mão, seus olhos tem um tom de caramelo tão lindo e brilhante. Ele se aproxima, sua sombracelha é erguida assim  que ele me ver.

- July, esse é Vitor Xavier. - Disse Lia.

- Prazer. - Minha voz saí como um sussurro.

- Prazer. - Sua voz é rouca e grave.

- Bom dia, crianças. - Uma mulher muito magra, alta, com os cabelos pretos preso em um coque entra na sala.

- Essa é Lisa, professora de biologia. - Lia sussurra no meu ouvido.

Todo mundo se sentou em seus devidos lugares, ele estava atrás de mim, talvez duas cadeiras depois, eu queria poder olha-ló, mas não faria e eu tenho quase certeza que seu olhar está sobre mim.

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