O mesquinho debochado
No capítulo anterior:
Kelvin Gurio, inconformado com o fato de ter sido dispensado por Molly Osaka, reaparece e tenta uma reconciliação, mas a jovem, agora uma General Marina de Poseidon, nega. Por mais que Molly diga a seu antigo namorado para esquecer tudo que houve entre eles, Kelvin não quer dar o braço a torcer. No entanto, Kanon aparece na hora, e faz o jovem seguir seu rumo. Enyo de Byakko, um dos berserkers generais de Ares, resolve também usar Kelvin a seu favor, tal qual fez com Shunrei. Enquanto isso, todos os Cavaleiros e as Sailors embarcam num jatinho privado, disponibilizado por Saori Kido, rumo a Atenas, onde ficarão algum tempo no Parthenon. Que será que os aguarda lá?
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Capítulo atual:
Minutos depois, os heróis chegam diante em Rodorio, o vilarejo vizinho ao Parthenon.
SEIYA: Estamos em Rodorio... aqui é bem perto do Parthenon – diz.
SEIKA: Sim... foi aqui que eu vivi em companhia do ancião que me acolheu, até a ocasião de sua morte.
SHIRYU: Ali na frente está o começo da subida do Parthenon... vamos todos!
Os soldados que fazem a guarda se põem diante da entrada, prontos para qualquer artimanha. Mas, quando veem que são os Cavaleiros de Bronze, e alguns dos Cavaleiros de Ouro que ausentes estavam, acompanhados das Sailors, os deixam passar.
SHURA: Preparem o fôlego, que temos uma longa subida pela frente – diz.
HARUKA: Nem me fale, amor... a primeira vez que aqui estivemos, meus pés quase se encheram de bolhas.
SERENA: Ai meu Deus... ficar cheia de bolhas nos pés é tudo que eu não preciso – diz, com voz manhosa.
REI: Ai, lá vem você choramingando – provoca.
SERENA: Ora, sua engraçadinha... - range os dentes.
SEIYA: Gente, sem atritos aqui! - e se volta para sua amada – qualquer coisa que você se cansar, meu amor, eu lhe carrego sem nenhum problema.
SERENA: Ai, que amor da sua parte, meu lindo – suspira.
Minutos depois, eles já tinham passado por diversos templos zodiacais, e estavam chegando em Libra. Todos os templos estavam vazios.
SAGA: Estranho... todos os templos estão vazios – diz.
HOTARU: É verdade, meu querido. Nenhum dos Cavaleiros de Ouro está fazendo a guarda.
CAMUS: Devem estar no templo de Atena, aguardando a nossa chegada.
MICHIRU: É bem possível, meu gelinho.
Mais alguns minutos depois, eis que todos chegam no templo de Atena, onde Shion e os demais Cavaleiros de Ouro que ficaram no Parthenon estavam presentes.
DOHKO: Chegamos... enfim!
SHION: Bem-vindos de volta, velho amigo – diz o Patriarca.
SETSUNA: Patriarca Shion... que bom revê-lo!
SHION: Digo o mesmo, Princesa do Tempo.
AIOLIA: Seiya... pessoal... há quanto tempo!
SEIYA: Aiolia... que bom poder rever-te – sorri – que bom que você e todos os demais foram salvos do vale da morte pela Rainha Serena.
AIOLOS: É verdade, meu caro Pegasus...
SEIYA: Aiolos... você também está aqui! - sorri.
Nisso, eis que Aiolos bate os olhos em Seika, a irmã mais velha de Seiya, e sente uma pulsação ainda mais intensa no peito. A irmã de Pegasus, por sua vez, sente o mesmo ao ver o Príncipe da Flecha.
SEIKA (pensando): Que homem lindo... ele é incrível...
Será esse o início de mais um romance, dentre muitos?
MILO: Hyoga, que bom rever-te novamente – diz o Principe do Juízo.
HYOGA: Milo... é bom também rever-te, depois de tanto tempo...
DEATHMASK: Shiryu... depois de tantos anos, enfim, nos vemos novamente – diz o Príncipe dos Caídos.
SHIRYU: Máscara da Morte... até você voltou? Espero que não esteja mais aprontando, como no passado – diz, com uma voz severa.
LITA: Que houve, meu amor? Você e ele tiveram problemas no passado?
SHIRYU: Bem, minha flor... é uma longa e complicada história, outra hora, com calma, eu conto melhor.
SHAKA: Ikki... enfim, você, seu irmão e os demais estão de volta ao Parthenon – diz o Príncipe da Sabedoria.
IKKI: Shaka... que bom rever-te. É bom ver que todos estão a salvo.
AFRODITE: Shun... já faz muito tempo, não? - diz o Príncipe da Beleza.
SHUN: Afrodite... espero que estejas redimido também, depois de uma vida errante.
MINA: Nossa, seu amigo é vaidoso mesmo, querido! Adora estar sempre belo, pelo visto – graceja.
AFRODITE: Não é a toa que sou o Príncipe da Beleza, mocinha... - e lhe mostra uma rosa vermelha.
MINA: Eh... bem... obrigada – aceita a rosa, um tanto sem jeito, enquanto Shun, com o canto do olho, o olha enciumado.
ALDEBARAN: Que bom que todos estão de volta... isso é muito bom! - diz o Príncipe da Força.
Nisso, eis que Saori, acompanhada de Darien, se põem à frente de todos.
TODOS: ATENA!!!
SAORI: Sim, meus nobres e valorosos Cavaleiros de Ouro... enfim, após tanto tempo, estou de volta.
SHION: Atena... se permite uma pergunta básica... quem é ele? - apontando para Darien.
SAORI: Ah, sim, Shion... esse é Darien, meu amado. Ou também Endymion, como é conhecido. Ele é o portador da Kamui do Leão Branco.
Todos ali ficam surpresos em saber que Saori, a deusa Atena, tem um amado, e que é também um guerreiro.
TODOS: Amado?!
SAORI: Exatamente! E nós dois estamos muito felizes, desde que nos conhecemos. Endymion foi agraciado pessoalmente por meu pai, o poderoso Zeus.
DARIEN: Isso mesmo. E desde então, jurei proteger a vida de Saori com a minha própria.
Ao olhar mais adiante, Shion nota mais outras pessoas ali.
SHION: Esse rapaz... eu senti nele o cosmo do Cruzeiro do Sul, uns dias atrás. Será ele...? - indaga, de forma reticente.
SAORI: Sim, Shion. Ele é Mark Bennett, o novo Cavaleiro do Cruzeiro do Sul, vindo diretamente da América do Sul. E essa é sua esposa, Beth Phoenix, a Amazona da Fênix. Ambos nos ajudaram a vencer um grupo de berserkers de Ares, dias antes da nossa vinda ao Parthenon.
SHAKA: É verdade... posso sentir em ambos uma força cósmica incrivelmente poderosa – diz o budista.
MARK: Obrigado... mas por que você fica o tempo todo de olhos fechados? - indaga.
SHAKA: Bem... eu não preciso dos meus olhos carnais para ver. Aprendi a enxergar com a minha alma desde pequeno.
MARK: Hum... muito legal isso. De fato, o coração e a alma enxergam melhor que os olhos, pois enxergam a verdadeira beleza do mundo e da vida.
SHAKA: Você conseguiu captar tudo que eu quis dizer – sorri.
BETH: Também posso notar uma certa carga de poder em você, Cavaleiro de Virgem. Algo muito fora do comum, jamais visto em outro ser humano...
SHAKA: Não é a toa que muitos me consideram o mais próximo de Deus, Amazona da Fênix. Mesmo assim, procuro ser sempre o mais humilde possível.
Nesse momento, Shion, que observava a todos ali, vê mais uma pessoa entre os heróis; a mãe de Camus e Ami.
SHION: A senhora deve ser a mãe de Camus, eu presumo – diz o Patriarca.
Saeko Mizuno, por sua vez, sente-se um tanto pálida, diante do Grande Mestre.
SAEKO: Hã... bem... sim, eu sou...
SHION: Mas por que a senhora arriscou vir a este lugar tão funesto? Quer dizer... parece funesto aos olhos de uma pessoa simples.
CAMUS: Patriarca... eu é que lhe peço desculpas – se ajoelhando perante Shion – eu tentei convencê-la a ficar no Japão, mas ela quis, de qualquer jeito, vir comigo e com Ami. E como um filho não pode negar nada à sua mãe...
DEATHMASK: Ora, pelo visto, o nosso amigo aí voltou a ser criança... - graceja.
Mal diz essas palavras, Michiru, tomando aquilo como uma ofensa, larga-lhe um tapa na cara.
MICHIRU: Dobre essa língua, antes de falar dele dessa forma, seu piadista sem graça! - grita.
DEATHMASK: Ora... pelo visto, a namorada dele ficou bravinha – ainda gracejando.
Michiru o olha com vontade de se transformar em Sailor Netuno e enfrenta-lo, mas Shion bota ordem.
SHION: BASTA!!! Máscara da Morte... se você não tratar as pessoas com respeito, considere-se BANIDO da nossa Ordem, e essa é a minha última palavra! - ameaça.
Sabendo que Shion falava sério, bota a viola no saco e se retira.
CAMUS: Minha ninfa... pra que você foi fazer isso, sujeitar-se a ouvir tamanho desaforo da parte do Máscara da Morte? - indaga – Deixasse ele comigo.
MICHIRU: Na hora, não sei como, mas o meu sangue simplesmente subiu à cabeça, e acabei batendo nele. Posso ter me excedido, mas... é que eu não aceito que falem de você de forma tão cretina, meu amor.
Todos ali ficam surpresos pela forma como Michiru defendeu seu amado de tamanho desaforo.
REI: Muito bem, querida, gostei de te ver! - diz, pondo a mão em seu ombro.
SAEKO: Que sujeitinho mais cínico esse! - diz, com certa indignação - não entendo como foi que permitiram esse debochado ser um de vocês, Patriarca.
SHION: Peço-lhe desculpas em nome de todos os Cavaleiros, Senhora Mizuno, isso não há de acontecer mais. A senhora, que é a mãe do nosso honrado Cavaleiro de Aquário, é bem-vinda aqui, e providenciarei para que tenha uma excelente estadia.
Saeko sorri, perante tamanha gentileza.
SAEKO: Obrigada, Patriarca, o senhor realmente é muito gentil.
Instantes mais tarde, Máscara da Morte estava no seu templo, ainda lembrando da reprimenda que tomou de Shion, dizendo-lhe ser a última vez que tolera suas brincadeiras de mau gosto, bem como do tapa que levou de Michiru, por ter falado de Camus da forma aviltante como falou. E é melhor mesmo que ele fique esperto e pare de fazer brincadeiras estúpidas, ou isso poderá levá-lo a ser banido do Parthenon.
DEATHMASK (pensando): Com mil demônios... se não fosse por eu ter jurado à Rainha Serena lutar por Atena, eu teria jogado aquela "zinha" no Meikai com minhas ONDAS DO INFERNO!
Melhor ele nem tentar a sorte, ou Camus o aprisiona num ataúde de gelo, sem pedir permissão à Atena e ao Patriarca. Nisso, eis que Aiolia e seu irmão, Aiolos, chegam em Câncer. Ambos ralham com ele.
AIOLIA: Francamente... por que você foi abrir sua matraca pra falar aquilo, Máscara da Morte?
AIOLOS: Por que você ridicularizou o Camus perante a família e a namorada dele? Não tem vergonha do que você fez? Família é coisa sagrada! E o Camus é o único de nós a ter mãe viva. Uma mãe é um ser sagrado para todo filho!
DEATHMASK: Para vocês, até pode ser... mas, para mim... que se dane! - diz, de forma grosseira.
AIOLOS: Como que se dane? Nunca na vida sentiu a falta de seus pais, ao menos, por um instante?
DEATHMASK: Desde que fui expulso de casa, nunca mais tive família.
AIOLIA: Expulso de casa? Como assim?
DEATHMASK: Isso agora não vem ao caso, já foi há muito tempo. Prefiro esquecer tudo o que houve.
Os irmãos dourados ficam surpresos com o que o piadista lhes disse.
AIOLOS: Mesmo assim... não justifica você ridicularizar as pessoas da forma que faz. E se seus pais o expulsaram de casa, alguma coisa muito errada você fez, para que eles tenham tomado essa decisão tão drástica. Ninguém expulsa um parente de casa a toa, só se for por algo muito grave mesmo.
AIOLIA: Meu irmão está certo. Por que você não deixa sua arrogância de lado, e ao menos, uma vez na vida, para um instante para fazer uma reflexão sobre todos os seus atos?
DEATHMASK: Como se isso fosse fácil... - diz, de olhos fechados.
AIOLOS: Fácil não é, mas todos nós temos que parar pra pensar e refletir sobre todas as nossas ações, se tudo que fizemos, até agora, foi certo ou não.
O Príncipe dos Caídos, responsável por matar milhares de pessoas no passado, e colecionar suas cabeças, enquanto ainda era um serial killer, permanece calado. Teimoso que só, é o tipo que não dá o braço a torcer facilmente para tudo o que fez de ruim até o presente momento. Embora tenha jurado lutar pela justiça, no fundo, ainda tem vontade de aprontar das suas, mas sabe que não deve tentar fazê-lo, ou isso significaria a sua expulsão definitiva da Ordem dos Cavaleiros, quiçá na sua morte como traidor de Atena.
Enquanto isso, em outra parte, no local disponibilizado por Shion para servir como aposentos para a mãe de Camus e de Ami, Saeko ainda estava indignada pela atitude mesquinha de Máscara da Morte, diante do Patriarca e de todos os Cavaleiros.
SAEKO: Francamente... onde já se viu aquele indivíduo falar da forma tão aviltante como falou de você, Camus? Como é que você e os demais o permitem ser um de vocês? - indaga, ainda sentindo uma forte indignação.
CAMUS: Mamãe... perdão pelo ocorrido lá no Templo do Patriarca. Acontece que o Máscara da Morte sempre foi o tipo mesquinho e arrogante, que acha-se o mais forte de todos, só por ser um Cavaleiro de Ouro. Apesar da surra que ele tomou do Shiryu, anos atrás, nem isso o fez baixar a bola. Espero que essa reprimenda do Mestre Shion o faça tomar jeito, pois ele sabe muito bem o que significa ser banido da Ordem dos Cavaleiros. Para um Cavaleiro, é como se fosse a morte em vida.
SAEKO: Afinal de contas, por que ele é chamado assim? Ele já cometeu crimes?
Camus se sente desconfortável em ter que falar sobre o passado de seu irmão de armas para sua mãe, mas, como um bom filho nunca mente para a mãe...
CAMUS: Bem... infelizmente sim. Ele já matou muitas pessoas, se achando o mais poderoso...
SAEKO: Meu Deus! Mais uma boa razão para não permitir esse mau elemento aqui entre vocês, filho – diz, completamente aflita.
CAMUS: Máscara da Morte, ou Karl, é esse seu verdadeiro nome, está o tempo todo sob vigilância de todos aqui. E eu também hei de me encarregar para que ele não ande fora da linha, ou então, vou aprisioná-lo num esquife de gelo.
AMI: Nossa, irmão... você realmente é durão como um Cavaleiro – diz.
CAMUS: Mas é assim que nós devemos ser. Duros e rigorosos. E eu, como Mestre, fui rigoroso com o seu namorado. Mas foi graças ao rigor dos meus ensinamentos que o Hyoga tornou-se um guerreiro. Tudo que ele hoje é, deve-se a mim, que sou seu Mestre.
Saeko fica impressionada em ver que seu filho tornou-se um homem bem forte, além de ser severo. No entanto, sabe que, mesmo sendo um homem bem severo, por trás de tanta severidade, há um grande sentimento de amor.
SAEKO: Camus... nunca imaginei que você fosse crescer sendo um homem tão rigoroso e severo... mas me orgulho muito de você. Você, como Mestre, transmitiu ao Hyoga tudo que aprendeu antes. E quem sabe o Hyoga, no futuro, seja também um excelente Mestre? - e o abraça.
CAMUS: Obrigado, mamãe, é exatamente isso que eu mais quero.
Nesse momento, algumas coisas se passam no fundo do mar, no Santuário Submarino, onde os Marinas e as Bruxas Espaciais se encontram. Todos estavam na sala do trono de Poseidon, diante de seu deus.
SORENTO: Imperador Poseidon... o senhor está nos dizendo que os Cavaleiros e as Marinheiras Lunares já estão na Grécia? - indaga o Príncipe da Melodia.
POSEIDON: Exatamente, Sorento. Vieram todos para melhor se preparar para o confronto final com Ares.
MIMETE: E se os berserkers de Ares souberem a respeito disso, Imperador?
POSEIDON: Sabendo como ele é, com certeza já tomaram conhecimento – enfatiza.
ISAAK: Espero que corra tudo bem com Mestre Camus e os demais...
VILUY: Seu Mestre é um homem muito poderoso, meu bem. Tenho certeza que ele conseguirá fazer frente contra esses soldados a serviço de Ares.
POSEIDON: No entanto, em breve, vou precisar que minha filha, que está com eles, aqui esteja. Quero muito poder abraça-la – diz.
EUDIAL: Sim, Imperador, logo a Princesa Netuno aqui estará, para que possa novamente abraça-la.
Poseidon, depois da batalha que tivera contra Atena, anos atrás, mudou bastante. Agora está a serviço da justiça, sem manifestar nenhum desejo de querer inundar a Terra, como de outrora. Nesse instante, o maior perigo à humanidade é Ares, o deus da guerra, que deseja mergulhar todo o planeta numa guerra infinita.
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No próximo capítulo:
A bofetada de Michiru em Máscara da Morte de Câncer continuava a ser o assunto do momento no Parthenon. Enquanto isso, o próprio começa a se lembrar de sua vida pregressa, antes de se tornar um Cavaleiro. Ouvindo a conversa entre Seiya, Serena, Seika, Rini e Koga, o próprio Máscara da Morte ouve uns nomes que lhe soam familiares, entre eles, o de Ikuko, a mãe de Sailor Moon. Que ligação terá ele com os Tsukino, afinal de contas?
"A possível irmã de Câncer... ou não?!"
https://youtu.be/hDxCIhWJQpg
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