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“Houses of Hogwarts"

•Scorpius•

- O Albus é um babaca! - resmunguei assim que entramos em casa.

- É a milésima vez que você fala isso, Scorp - ele arqueou as sobrancelhas e deu um sorrisinho - E olha que a casa dos Potter é ao lado da nossa.

- Nem foram tantas vezes assim - arregalo os olhos - Talvez só umas dez vezes ou vinte.

- Não vejo você falando tanto de alguém assim desde o Tommy - ele me analisa ao tirar os óculos no balcão da cozinha.

- Nada haver - falo rapidamente - O Tommy é legal... O Albus é um completo idiota.

- Já te contei como eu conheci o Harry - ele afirmou com um sorriso. Eu já havia ouvido aquela história um zilhão de vezes se não mais.

- Tá vocês se odiavam pra esconder a tensão sexual que rolava - reviro os olhos.

- Isso é jeito de falar rapaz? - me adverte.

- Desculpa - murmuro - O que eu quero dizer é que...

- O Albus é um babaca - ele revira os olhos sorrindo - E mesmo que ele fosse o último garoto da terra você ficaria com ele.

- Nossa! - o olhei assustado.

- Eu te conheço - me deu um beijo na testa - Estou no escritório se precisar. Não durma tão tarde.

- Pode deixar, capitão - bato continência.

Subo as escadas devagar, entro no quarto e acendo a luz. Retiro a camisa e a calça jeans antes de me jogar na cama apenas de cueca. Eu estava cansado demais para procurar um pijama no guarda roupa, além do mais, a noite estava quente demais para por uma roupa.
Pegue o último livro de suspense que eu estava lendo na cabeceira da cama. Passei algum tempo lendo antes de ouvir uma batida na porta.

- Só um minuto - puxo a coberta rapidamente - Pode entrar.

- Hora de dormir - meu pai diz calmamente - Preciso que você acordar cedo, vou te deixar na escola antes de ir para o hospital.

- Certo - digo ao fechar o livro e coloca-lo na mesinha - Boa noite, pai.

- Boa noite, Scorp - ele diz antes de apagar a luz.

...

Sou acordado pelo barulho irritante do meu despertador. Nem parecia que eu havia dormido, a noite passou rápido demais.
Agora a musiquinha do capeta não parava de tocar e eu não achava meu celular em canto nenhum.

Mas que porra!

Levantei  da cama e o vi em cima da minha mesinha de estudos, carregando ao lado do Notebook.

- Aí está você! - digo o pegando rapidamente e desativando o alarme.

Antes de qualquer coisa dou uma olhada no meu twitter, postei alguma coisa reclamando da vida e vi que haviam algumas mensagens.
Respondi a da Tia Pancy primeiro, ela não era minha tia de sangue, mas era muito amiga do meu pai e uma pessoa muito divertida. Digo que vou visitá-la logo. Vejo uma da Lily, me perguntando se eu queria uma carona para escola, respondo que me pai vai me levar, mas que outro dia eu iria com eles. Havíamos conversado muito ontem, depois que ela deixou o Albus no quarto, nós tínhamos gostos muito parecidos. Acho que eu e ela seremos bons amigos, ela é uma garota legal ao contrário do irmão.
E por último vejo uma mensagem do Tommy, perguntando se eu havia chegado bem e que estava com saudades. Respondi que estava tudo OK e que sentia falta dele. Ele era um bom amigo, nunca passaríamos disso, mesmo que eu quisesse.

Escovei os dentes, tomei um longo banho quente cantando minhas músicas favoritas e só sai do banheiro, porque ouvi meu pai gritando, mandando eu me apressar.
Vesti uma roupa que eu adorava (mídia), queria estar apresentável no meu primeiro dia, além de que esse era o único dia que eu poderia ir com roupa normal, lá os alunas tinham que usar uniforme, segundo meu pai.
Penteei os cabelos, passei perfume e peguei minha mochila junto com o celular.
Antes de sair paro na porta, eu havia esquecido algo. Então lembro do fone dentro de alguma das malas que eu ainda não havia desfeito. Levo alguns minutos para achá-lo, mas é melhor do que passar o dia inteiro aguentando o mundo sem música.
Desci as escadas de dois em dois degraus. Encontro meu pai na cozinha lendo o jornal.

- Coma antes da gente sair - ele abaixa o jornal.

-  O senhor também deveria comer - aponto o copo com suco de laranja.

- Estou enjoado - ele franze a testa.

- Okay - suspirei - Vou me apressar.

Pego a caixa de cereal no armário, coloco numa tigela e pego leite na geladeira. Como o mais depressa que eu consigo.

...

O caminho até a escola é rápido, de carro levou apenas dez minutos. Meu pai estaciona em frente ao gramado da grande e famosa Hogwarts. Pessoas usavam o uniforme preto, mas os detalhes eram em cores diferentes, não sei como eles decidiram aquilo, mas se fosse para escolher, eu iria escolher o verde igual a do meu pai.

- Tenha um bom dia - ele diz sorrindo.

- Obrigado - fingi um sorriso.

- Consegue chegar em casa? Já decorou o caminho? - me olhou preocupado.

- Eu vou ficar bem, pai. - tento tranquiliza-lo ao sair do carro.

Vejo o carro desaparecer na esquina, viro e vejo várias pessoas, estava meio perdido até ouvir uma voz conhecida.

- Olha que lindo o garotinho do papai - procuro o dono da voz e escontro o Albus - Ele vai vir buscar você também?

- Vai se foder, Potter! - murmurei.

- Quem ele pensa que é pra falar com o Albus assim? - uma garota morena vestida de líder de torcida pergunta me olhando incrédula.

- Scorpius Malfoy - dou um sorrisinho irônico.

- Seja bem vindo, Malfoy - ele disse sarcástico e sorriu.

- Obrigado, Potter - sorri irônico e sai andando.

As pessoas olhavam pra mim e eu não gostava dessa atenção toda. Precisava encontrar a diretora, tinha que falar com a diretora Minerva, mas não fazia ideia de onde a sala dela ficava.

- Hey, Malfoy - ouço alguém chamar meu nome e vejo de longe a cabeleira ruiva vindo em minha direção.

- Hey, Lily - falo assim que ela se aproxima.

- Já sabe em que casa você está? - me olha curiosa.

- Casa? - a olho sem entender.

- Ninguém te falou nada? - ela me olha frustrada, mas depois começa a andar me segurando em minha mão - Então, aqui na escola nós somos divididos em grupos, ou casas como costumamos chamar.  Você só fará trabalhos com alguém da sua casa, as competições são entre as casas, para só aí ser escolhido o time que vai defender a escola nas estaduais.

- Ah - balancei a cabeça fingindo compreender - E como eles fazem isso?

- Um teste rápido - olho para ela assustado e ela começa a me explicar rapidamente - São algumas perguntas sobre personalidade, então é colocado na máquina seletora e tchanran - abre o braços sorrindo - Escolhe a sua casa!

- Okay - quando eu ia começar a dizer para ela me levar até a diretoria vejo o nome gravado na porta a minha frente.

- Não posso ficar para ver o teste - ela diz fazendo bico - Espero que você fique na mesma casa que eu.

- Qual a sua casa? - pergunto antes de ela ir.

- Grifinória - ela diz orgulhosa - vermelho e dourado.

- Espero ir pra lá também - sorrio de canto.

...

A diretora Minerva parecia ser bem severa, mas foi bastante gentil comigo. Falou que ficaria de olho em mim, talvez tenha sido algo que meu pai fez.
Respondi o teste rapidamente, eram algumas pergunta sobre mim. Os dois minutos de espera pareceram horas e logo apareceu na tela “Sonserina", verde e prata. Meu pai havia feito parte de casa, ele me contou muitas histórias. Espero que dê tudo certo.
...

Pego meu uniforme e vou até o banheiro me trocar, coloco minhas roupas na mochilas. Olho o horário que a diretora Minerva havia me dado. A primeira aula seria de inglês, não demorei muito para encontrar a sala do professor Mitchell.
Bati na porta antes de entrar, entrei de cabeça baixa e entreguei o papel que a diretora havia me dado a ele.

- Seja bem vindo, senhor Malfoy - dá um sorriso - Fale um pouco sobre você para a turma.

Escutei algumas risadinhas, passei a mão no uniforme tentando enxugar o suor em minhas mãos. Levanto a cabeça ainda nervoso e dou de cara com o Potter sorrindo para mim.

Maldito sorriso!

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