🌸16🌸
Leiam, por favor.
Fiquei um tempo sem postar, porque tive bloqueio criativo. Eu estava presa nesse mesmo capítulo por duas semanas. Eu simplesmente não conseguia escrever.
Então vieram as provas da escola e algumas coisas (boas) que aconteceram em minha vida.
E eu acabei não postando.
Prometo não fazer de novo.
Xoxo
"You swore would not do it again"
•Scorpius•
Estava em meu quarto com os livros espalhados pela cama, por causa das lições de casa que eu havia respondido anteriormente, quando o som da notificação do celular chamou minha atenção.
Desbloqueio e dou de cara com uma mensagem do Tommy, eu já nem lembrava mais que ele existia.
Eu tinha um certo crush nele, mas agora não significava nada.
Mas é o que dizem, quando se está namorando sai gente até de Nárnia atrás de você.
Abro o app e finalmente leio.
"Hey Scorpius, lembrei de você essa semana enquanto dava uma olhada no Instagram. Nas férias de inverno eu vou para Hogsmead. Ouvi dizer que a cidade fica linda decorada para o natal. Seria ótimo ter alguém conhecido para me apresentar a cidade"
Uh
Eu não sabia o que responder, o Tommy nunca sequer tinha trocado comigo mais de três palavras em algumas festas e agora queria que eu o apresentasse a cidade.
Estranho demais!
"Quem sabe... Eu ando muito ocupado" respondo.
"Sempre se arruma tempo para os amigos" sua reposta surge logo após a minha.
Amigos? O que deu nele?
Eu iria reponder, mas vejo o Albus abrir a porta do quarto. Seu rosto estava vermelho, assim como os seus olhos e ele parecia cansado.
- Hey, baby - sorri de canto e o olhei preocupado - O que houve?
- Treino pesado - ele deu de ombros.
Eu sabia que ele estava mentindo, mas não insisti. O moreno sobe na cama e deita com a cabeça em meu colo.
Fiquei em silêncio, apenas acariciando seu cabelo e ouvindo o som das nossas respirações.
Olhei seus braços e vi algumas marcas vermelhas, bem visíveis por causa da pele branca e outras na perna, nas partes onde a bermuda não escondia.
- Pesado mesmo, hein? - indaguei, passando os dedos levemente pelos arranhões.
- Cai - ele falou simplesmente.
- Tem certeza? - pergunto baixinho.
- Tenho - ele me deu um beijo - Esquece isso.
- Tá - suspirei.
Resolvi dar espaço para ele, mas eu podia ver o quanto ele não estava bem.
- Hoje eu vou jantar na casa da Amy, quer ir comigo? - mudo de assunto.
- Não sei... - ele levanta e me encara - Estou meio cansado.
- Por favor - faço biquinho e começo a fazer cócegas nele.
- Ah Meu Deus... Para... Por favor - ele ria e tentava se esquivar - Estou... Ficando... Sem... Ar.
- Só quando você disser sim - eu continuo e nós acabamos caindo no chão.
- Tudo bem - coloca os braços atrás da cabeça e respira.
- Bom... - falo sorrindo com os braços apoiados ao lado da cabeça dele.
- Sabe que essa pose é bem sugestiva? - ele arqueia a sobrancelha e morde o lábio.
- Você não estava cansado? - o olho interrogativo.
- Pra você? - ele fala calmo - Nunca!
Deixo um beijo lento em seus lábios, o som dos estalos preenchendo o quarto. Nada de forma sexual, mas como uma forma de demonstrar carinho.
Deito ao lado dele, o aconchego em meus braços e o vejo pegar no sono enquanto eu sentia o cheiro dos seus cabelos.
[...]
O acordo quando o relógio marcava seis horas. Eu já estava pronto para o jantar.
- Vou ser rápido - ele deixou um beijo em minha bochecha e correu para o próprio quarto.
Eu sabia que esse "vou ser rápido" seria quase 40 minutos, então resolvo descer para sala e ficar assistindo qualquer coisa para passar o tempo.
Como previsto, ele demorou muito e quis insistir pra mim que não tinha demorado quase nada. Então apenas concordei, para que a gente não perdesse mais tempo discutindo.
Fomos de moto e logo chegamos à casa dos meus tios. Ele deixa a moto na entrada da garagem e nós andamos de mãos dadas até a entrada.
Toquei a campainha e depois de alguns gritos dizendo "Já vai! Você é surdo?!", a Amy abre a porta.
- Oi, Scorpius - ela sorri pra mim e depois olha para o Albus - Oi, namorado do Scorpius.
- Quando ela vai parar com isso? - ele me encara arqueando a sobrancelha.
Ela ficou chamando o Albus assim desde o pedido de namoro.
- Dá um tempo pra ela - peço sorrindo - É o primeiro shipp que deu certo.
- E eu ainda sou a madrinha - falou orgulhosa.
- Vai ter que brigar pelo posto com a Lily - o Albus sorri ao lembrar da irmã caçula.
- Verdade - eu concordo com a cabeça - Ela não vai entregar esse posto pra você tão fácil.
- Vocês não precisam de padrinhos - ela dá de ombros - Seremos um casal de madrinha, okay?
- okay - suspiro e prendo o riso ao ver o moreno fazendo mímica ao chamá-la de louca.
- Entrem logo, mortais - ela deixa espaço para que a gente passasse.
- Que bom que chegaram! - ouço a voz da Tia Pansy - A Amy me contou sobre o namoro, eu estou tão feliz - ela nos abraça de maneira desajeitada.
- Uh, a Amy não sabe segurar essa língua - eu digo encarando a minha prima.
- Qual o problema, querido? - a mais velha me analisa.
- Nossos pais ainda não sabem - o Albus fala - Não tivemos tempo de dizer.
- Ah - ela mordisca o polegar.
- O que? - olho preocupado.
- Acho que é por isso que sei pai ficou puto quando eu perguntei como ele reagiu a notícia por telefone - a Pansy dá uma risada sem graça.
- Seu pai vai me matar - o Albus passa as mãos pelo cabelo, visivelmente nervoso.
- Não vai, querido - a tia aperta o ombro dele como uma forma de consolo - O Draco só tem aquela pose de mau. Você está fazendo o Scorpie feliz, então o Draco vai ficar feliz também. Mas se você machucá-lo...
- Não vai ser só o tio Draco que vai querer te matar - a Amy dá um sorrisinho.
- Vocês são más - comecei a rir da cara de assustado que o Albus fez.
- Prometo não magoá-lo - ele me olhou, falando sério.
- Magoar quem? - o tio Blaise abriu a porta de entrada.
- O Scorpie - a Pansy falou.
- Ah - ele assentiu - É bom cumprir essa promessa, rapaz.
...
O jantar seguiu com provocações ao Albus que já não fazia mais caretas e escutava tudo sorrindo.
Depois da sobremesa, nos despedimos deles e tentamos nos manter calmos para enfrentar as feras, vulgo nossos pais.
- Viu como foi divertido? - implico rindo, enquanto ele me entrega o capacete.
- Você tem razão - ele sorri de canto - Estou me sentindo melhor.
- Você precisava relaxar - aperto a mão dele - Se qualquer coisa te incomodar fala comigo.
- Okay - ele balança a cabeça em concordância.
[...]
Ao chegar em casa vejo nossos pais na sala conversando sobre algum assunto que eles param ao nos ver entrar.
- Quando que os mocinhos iriam nos contar? - vejo uma carranca se formar no rosto do meu pai.
Eu poderia perguntar "contar o que?" Com um sorrisinho cínico, mas só o deixaria mais irritado.
Ele é exatamente como eu.
- Dra... Senhor Malfoy - o Albus começou - Eu juro que nós íamos, mas a Amy se adiantou.
Albus Potter gaguejando?! Essa é nova. Será que seria errado eu filmar essa cena?
- Pai, pega leve - peço ao encará-lo -
- Seu pai tem razão, Scorpius - o Harry se pronunciou - Como nós não somos os primeiros a saber?! Debaixo do nosso teto. Nós somos seus pais! - faz drama.
- Ah então é isso? - o Albus começa a rir - Vocês são tão idiotas.
- Que susto - coloco a mão sobre o meu peito no local onde fica o coração.
- Nós estamos felizes por vocês - meu pai falou sorrindo.
- Mas vão haver algumas regras, quanto a dormir no quarto um do outro - o Harry volta a ficar sério - Nós vamos ter que falar sobre a que ponto a relação de vocês chegou e...
- Não! - o Albus colocou as mãos sobre os ouvidos murmurando uma musiquinha irritante que consistia em “la, la, la, la" - Muito constrangedor.
- Tá tarde, não é? - me faço de sonso - Vou dormir. Que tal conversamos outro dia? - ando em direção as escadas.
- Scorpius - meu pai chamou.
- Nós nos preocupamos com vocês - o pai do Albus falou.
- Nós usamos camisinha - o Albus murmurou - Satisfeitos?
- Albus! - o olho exasperado.
- Uh - meu pai nos olha surpreso - É... Bem... Continuem se protegendo.
- Acho que... A gente deveria conversar melhor amanhã - o Harry deu de ombros, tirando o óculos do rosto.
Nós aproveitamos a deixa e subimos as escadas correndo, só paramos de correr ao chegar no quarto e se jogar na cama até faltar ar.
🌸 Semanas Depois 🌸
Nós fugimos o quanto pudemos daquela conversa, mas chegou uma hora em que não tínhamos mais como fugir. Foram os trinta minutos mais constrangedores da minha vida. Eu não sabia onde enfiar minha cabeça.
A coisa boa é que o Potter e eu estamos juntos a dois meses e isso ainda me deixa com um friozinho na barriga.
No nosso primeiro mês, nós passamos o dia em Londres, fomos de trem e nos divertimos gastando o dinheiro que tínhamos em algumas lojas, tiramos fotos em pontos turísticos e terminamos a noite jantando em um pequeno bistrô a luz de velas.
No segundo mês comemoramos com um piquenique no jardim do antigo castelo. Tenho que admitir que a ajuda da Lily e da Amy foi muito importante. O lugar havia ficado lindo. Foi um lindo encontro sob as estrelas.
Dessa vez nada de câmeras, só nossas memórias para guardar as lembranças desse momento. Talvez eu devesse escrevê-las em algum lugar para que no futuro eu possa contá-la aos nossos netos.
Nossos netos...
Havia se tornado um costume para mim pensar no futuro. As vezes falávamos algo como isso, mas é algo que ainda parece tão longe.
O que seria melhor é que o nosso terceiro mês que estava bem próximo irá acontecer na pausa do inverno, então teríamos um tempo maior para comemorar.
Como todo início de namoro nós aproveitamos muito, saímos juntos, ficávamos horas grudados assistindo um filme ou conversando sobre alguma coisa que havia acontecido durante o dia.
Tudo parecia perfeito.
___
Ele me deu uma carona até a escola, como todos os dias. Desci do carro e esperei por ele.
O Albus desce e caminha em minha direção, seguro a sua mão e caminhamos até os jardins.
Era algo que havia se tornado rotina para nós, mas mesmo depois de tanto tempo, os olhares ainda permaneciam, assim como os comentários e as risadas.
Eu tentava levar numa boa, eu já havia me acostumado, mas com o Albus era diferente, ele ficava tenso ou simplesmente abaixava a cabeça. E isso em deixava preocupado.
Assim que encontramos a Amy, ele solta a minha mão.
- O que... - eu ia perguntar, mas vi o pessoal do time chegar e se posicionar no seu local de sempre.
- Preciso resolver um lance do jogo - ele fala e sai correndo.
- Apressado ele, não? - a Amy dá uma risadinha tentando esconder a tensão - Deve ser algo muito importante.
- É - suspiro e baixo a cabeça.
- Ei - passa o braço pelo meu pescoço - O que está se passando nessa cabecinha?
- Nada - nego com a cabeça.
Medo... Era o que eu estava sentindo.
- Então, vamos para sala que eu tenho que te contar algo - ela iniciou um monólogo, enquanto eu fingia sorrir.
A sirene tocou anunciando o início da aula, o Potter não havia chegado ainda. Eu estava ficando preocupado, mas esse sentimento se transformou em raiva, quando o vi entrar sorrindo com os babacas do time e se sentar no seu velho lugar.
Apenas engoli em seco e tentei prestar atenção na aula. Mas não consegui, então simplesmente pedi para ir ao banheiro, precisava jogar uma água no rosto.
Estava caminhando no corredor quando sinto uma mão segurar meu ombro. Olho para trás e vejo a Rose.
- O que você quer? - respiro fundo.
- Nada - ela diz sorrindo - Só dizer que eu te avisei.
- An? - a olhei sem entender.
- O Albus cansando de você - ela sorriu - Demorou menos do que eu imaginava.
- Vai se ferrar! - Continuei andando.
Eu não iria escutá-la, ela quer apenas me envenenar contra o Albus. Está tudo bem...
Eu achava.
[...]
Nos dias que se passaram o Albus passava mais tempo com o time, nós não andávamos mais de mãos dadas. E eu tinha que concorrer com o time para o ter na minha mesa na hora do almoço.
Ele só me beijava quando estava em casa e então tudo começou a fazer sentido para mim.
Ele estava com vergonha.
Eu não sabia o que vinha acontecendo nos treino em que ele chegava triste e machucado, mas tenho um grande palpite de que tem haver com isso.
Eu precisava conversar com ele sobre isso. Mas eu queria conselhos antes. Então resolvo conversar com meu pai.
Pego minha mochila e coloco sobre um dos ombros, quase todo mundo havia ido embora, mas eu havia perdido a noção do tempo lendo um livro na biblioteca.
Resolvo ir até o campo, avisar para o Potter que eu não iria ficar esperando por ele até o final do treino.
Ando até o gramado e vejo alguns garotos apontando para mim, então o Albus me olha surpreso e corre me minha direção.
- O que tá fazendo aqui? - ele me olha receoso - Achei que você iria me esperar na biblioteca.
- Eu só vim avisar que estou indo embora - ignoro ele.
- Mas já? - ele me olha preocupado.
- Estou indo ver meu pai - dou de ombros.
- Mas você tá bem, não é? - me analisa - Está doente?
- Não - nego com a cabeça - Estou bem.
- Potter! - ouço o novo capitão gritar - Não temos todo tempo do mundo!
- Tenho que voltar - sorri de canto.
- Te vejo a noite - me aproximo para beijá-lo, mas ele se esquiva.
Aquilo doeu.
- Estou suado - ele murmura - Te vejo em casa - volta correndo para o campo.
Respiro fundo e pisco rapidamente ao sentir meus olhos lacrimejar. Ando até o hospital, não era tão longe assim, mas sinto minhas pernas doerem e meu corpo quente pelo calor da atividade.
Agradeci mentalmente aos céus quando senti o frio do ar condicionado se chocar com meu corpo quente. Era uma sensação ótima.
Cumprimentei as moças na recepção e peguei o elevador para o andar em que meu pai trabalhava. Sei que esse horário era sua pausa para o almoço. Mas não era certeza, já que em um hospital sempre tem uma emergência chegando e ele precisa adiar o seu tempo de comer.
Bato na porta da sua sala e o vejo me olhar suspreso.
- Scorpius? - meu pai me analisa.
- Vim almoçar com você - sorrio de canto.
- Claro - ele acena com a cabeça - Eu estava saindo agora mesmo. O que acha de comida de hospital?
- Me parece boa - eu sorrio de verdade dessa vez.
Ele coloca o braço em volta do meu pescoço e me guia até o restaurante do hospital. Paramos algumas vezes no caminho pra cumprimentar algumas pessoas que “me viram nascer" (alguns literalmente - trabalharam no parto) e meu pai falar orgulhoso de mim.
Pegamos nossos pratos e sentamos em uma mesa mais afastada. Ela estava bem iluminada pela luz do sol vindo da imensa janela de vidro.
- Estava com saudades de ficar assim só com você - meu pai sorriu de canto.
- Eu também - retribuo o sorriso.
- O que houve? - ele me avalia - Tem algo te incomodando.
- Não tem não - eu murmuro.
- Não foi uma pergunta - ele arqueia a sobrancelha - Foi uma afirmação.
- Na verdade - suspiro - Eu tenho uma pergunta. Como foi pra vocês assumirem o namoro?
- Eu e o Harry? - pergunta e eu concordo com a cabeça - No começo nós tentamos namorar escondidos - sorri com a lembrança.
- Escondidos? Por que? - o olho surpreso - Vergonha?
- Nada - ele ri - Nós éramos “inimigos", não queríamos assumir pra nós mesmos os sentimentos. Mas nunca do que as pessoas iriam pensar.
- Ah - eu aceno com a cabeça.
- Por que essa pergunta agora? - passa a mão em meu cabelo, o bagunçando todo.
- É algo que eu venho observando acontecer com o Albus - eu falo baixo.
- Você acha que ele tem vergonha de você? - ele me olha e eu baixo a cabeça - Talvez ele só tenha medo, as pessoas são duras Scorpie, ele pode se sentir acuado.
- Eu sei - digo exasperado - Eu só queria que ele me contasse para nós enfrentarmos juntos. Não admitir isso que estão fazendo com ele.
- Você precisa dizer isso a ele - ele me diz.
- Só não sei como - suspiro.
- Tenha calma - ele me aconselha - Potters são estourados e cabeça dura. Malfoys sempre gostam de ter razão. Somos como chama e gasolina. Não chegue brigando, converse e espere ele contar. Vocês vão ter que ceder em algum momento. Nem sempre se ganha todas. Mostre que vai está lá para ajudar ele e que ele pode se sentir seguro.
- Obrigado, pai - aperto a mão dele por cima da mesa.
- Sempre que precisar, querido - sorri.
Comemos e falamos de outros assuntos, até ele precisar correr para atender um paciente que havia chegado em estado grave. Me despeço dele e volto para casa andando novamente.
Eu precisava parar de andar de carona.
Chego em casa e encontro o Albus jogado no sofá. Ele sorri e levanta, caminhando em minha direção para me beijar, mas eu desvio.
- Tô suado - murmuro.
- Eu não me importo - ele revira os olhos e sorri.
- Eu sim - digo e me afasto.
- Isso é por causa do que aconteceu no treino? - ele me encara - Infantilidade, Malfoy.
Talvez
- Infantilidade? - arqueio as sobrancelhas - Eu vou tomar banho - começo a subir as escadas e escuto seus passos atrás de mim.
- O que deu em você? - entra no quarto depois de mim.
- O que deu em mim? - o encaro - Você, Potter!
- O que eu fiz? - me olha confuso.
- Só mudou comigo - dou de ombros como se fosse algo simples - Você só age como meu namorado quando estamos em casa.
- Tudo isso é porque eu não te dei a porra de um beijo no treino? - ele me olha exasperado - Não acredito nisso, Scorpius!
- Para de agir como se a culpa fosse minha, Porra! - falei irritado - Não é por causa da droga de um beijo.
- Vai começar a gritar agora? - ele me encara com uma das sobrancelhas arqueadas.
- Que droga, Albus - respiro fundo.
- Eu queria ficar com você, mas pelo visto não vai dar - ele dá de ombros - Os garotos vão sair para uma festa. Quando eu chegar e se você tiver mais calmo a gente conversa.
- Vai começar com isso? - eu o olho incrédulo - Você jurou que não ia fazer isso de novo.
- Eu queria entrar pro time - ele grita - Entrei, acho que já posso voltar a sair. Você mesmo disse que eu preciso relaxar.
Sai e bate a porta do quarto.
- Droga! - chuto a porta.
Sento no chão e abraço meus joelhos, deixando as lágrimas rolarem pelo meu rosto.
É uma droga quando tantos sentimentos estão presos, mas nenhum para pra escutar o outro. Age de cabeça quente e fala coisas que não deveria ter dito.
Uma explosão num momento de estresse.
Gasolina e chama.
...
Tomei um banho longo e vesti uma roupa limpa. Liguei algumas vezes para o Albus, mas ele não me atendeu.
Eu iria ficar no quarto, mas ouço a Lils me chamar, então resolvo descer.
- Oi, Lils - falo ao chegar na sala.
- Tem um gato dizendo que é seu amigo lá fora - ela sorri.
- Meu amigo? - a olho confuso.
- Ainda bem que o Albus não está em casa - ela brincou - Do jeito que ele é estourado. Pra onde ele foi mesmo?
- Saiu com o time - falo andando até a porta.
- Uh - ela suspira - Eu não acredito - se joga no sofá com uma carinha triste.
- Nem eu - dou um sorriso confortador e vou abrir a porta.
- Hey, Malfoy - vejo o sorriso com dentes perfeitos alinhados e os cabelos loiro escuro.
- Tommy? - eu o olho surpreso.
- Espero não ter chegado em uma hora ruim - ajeita a mochila nas costas.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top